Eve escrita por BibiBennett


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Aeeee, não demorei dessa vez, viu?
Finalmente depois de reescrever várias vezes, e mais uma outra vez pq meu PC desligou no meio das coisas e apagou tudo e eu entrei em depressão... Finalmente o capítulo 10 o/
To super na correria pra postar, então dessa vez as notas vão ser pequenas D:
Beijos e queijos, vejo vocês lá no final *-*



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Natasha Romanoff ficou surpresa pela primeira vez naquela semana.

— E o Rogers? — Perguntou ela à uma agente que se localizava perto da sala de reuniões da base secreta da S.H.I.E.L.D. onde estava desde noite passada. A reunião marcada para decidir os planos de sua próxima missão juntos começaria em... Bem, há 30 minutos, e Steve ainda não havia dado sinais de vida.

— Ainda não chegou — Respondeu a loira, momentaneamente se atrapalhando com os papéis que segurava. Após colocar os papéis em sua mesa, ela ajeitou seus óculos e sentou-se em frente ao computador, ligando-o em seguida e respirando fundo. Aquela havia sido a primeira vez em que ela havia dirigido à palavra a um agente de nível tão alto.

— O quê? — A Viúva Negra perguntou, franzindo o cenho e se afastando do local.

Não seria a primeira vez que Steve chegaria atrasado a uma reunião, mas certamente a primeira em que Sam não estava envolvido no atraso. O Falcão havia sido designado para uma missão no dia anterior, e não estava em Manhattan para retardar a chegada do loiro dessa vez.

A pontualidade, típica de Steve, havia então sido abalada por outra coisa.

Tirando rapidamente o celular do bolso de seu jeans, Natasha procurou por qualquer mensagem que o loiro possa ter enviado, não encontrando algo que justificasse sua ausência na reunião. Ela então apertou o número de discagem rápida que ligava diretamente para o celular de Rogers.

Um, dois, três toques depois Natasha decidiu que algo estava tremendamente errado.

Ela voltou para a recepção da sala de reuniões em passos rápidos, com seu olhar focado na agente loira à sua frente.

— Eu preciso do seu computador. — Natasha disse assim que chegou ao lado da agente, que olhou para ela de forma confusa.

— O-o quê? —Gaguejou a moça. — Oh, é claro, é claro. Aqui está, Natash- Agente Romanoff. —

A agente levantou-se de sua cadeira quase que instantaneamente, e observou enquanto a ruiva rapidamente tomava seu lugar na mesa e digitava de forma apressada no aparelho.

Logo Natasha conseguiu o que queria, podendo observar com o cenho franzido as imagens das câmeras de segurança da rua de Steve.

Tudo parecia normal.

As imagens borradas e em preto-e-branco não mostravam nada de estranho nas redondezas, muito pelo contrário, parecia um dia como qualquer outro.

Os olhos da ruiva percorreram todas as imagens, todos os ângulos, à procura de qualquer coisa que parecesse fora do lugar, e ao não encontrar nada se fecharam de forma frustrada. Natasha suspirou e levantou-se da cadeira.

Talvez não tivesse acontecido nada, talvez ele até já estivesse a caminho.

— Hã... Agente Romanoff? — A agente loira que já havia tomado sua posição na cadeira tirou a ruiva de seus pensamentos.

— Fale. — Natasha respondeu voltando seu olhar para a moça, que analisava atentamente o computador.

— Eu posso estar errada, mas... Essa lanchonete não deveria estar aqui, já fechou tem um mês. —

A Viúva Negra se aproximou da jovem agente no mesmo instante, olhando para a lanchonete que ela apontava. O letreiro da lanchonete Rosie’s brilhava algumas casas depois da de Steve, e clientes saiam e entravam de lá a todo o momento. Entravam e saiam de uma lanchonete que não existia mais.

Tempestuosamente, Natasha andou em direção à sala de reuniões que a esperava já há trinta minutos, abrindo suas portas com um baque alto. Todos os agentes do cômodo olharam para a ruiva com os olhos arregalados, enquanto um murmurava algo sobre seu atraso.

— Eu preciso de uma equipe. Agora.

***

Eles eram muitos, e eu não entendia o porquê.

Por que mandar tantos agentes para me capturar? Por que eu era tão importante? Será que eles achavam mesmo que eu ofereceria tamanha resistência a ponto de terem que mandar mais que uma dúzia de homens armados?

Essas e dezenas e outras perguntas rondavam a minha mente sem parar nos segundos em que me posicionava da maneira que Steve havia instruído, logo atrás da mesa de metal maciço do arsenal. Ele relutantemente me deu uma pistola quando eu pedi, me perguntando se eu sabia usá-la, e agora eu analisava seu peso gelado em minhas mãos. Uma pistola em cada palma, uma preta e a outra metálica - que havia tomado de Fyres, as duas completamente cheias de munição e prontas para atirar.

O plano era simples, nós – mais especificamente Steve – iríamos espalhar granadas de luz e fumaça pelo corredor assim que ouvíssemos os primeiros passos na escada, e seguraríamos nossa posição enquanto pudéssemos. Nós tínhamos um arsenal ao nosso favor, além de que conhecíamos a casa melhor que os invasores, sabendo exatamente por onde eles passariam para chegar até nós.

Além das granadas, algumas pequenas e tecnológicas armadilhas foram posicionadas às pressas pelo andar de cima, que incapacitariam. pelo menos parte dos agentes inimigos. Eles tinham a vantagem em números, enquanto nós o elemento surpresa que esperávamos causar ao contra-atacar tão decididamente, com bombas e armadilhas.

Se nada desse certo, Steve se assegurou de que eu soubesse sobre a escada dos fundos que ficava logo atrás da janela, e disse que os distrairia enquanto eu escapava. Eu assenti quando ele explicou o plano de escape só para tranquilizá-lo, pois obviamente não o deixaria lutar sozinho.

Tudo o quê fizemos e planejamos teve que ser realizado em tempo recorde, pois menos de um minuto depois que vi a van preta do lado de fora a porta da frente da casa foi aberta com um barulho alto, e passos percorreram o primeiro andar.

Eu estava assustada, embora tentasse manter uma máscara de calma no rosto. Eu já tinha constatado que Steve sabia lutar, e o arsenal escondido em sua casa já dava uma boa dica de que ele não era amador, mais o quão bom ele seria? Será que somente nós dois daríamos conta dos agentes? E o que isso significaria para nós?

Eu definitivamente nunca havia matado antes - ao menos eu esperava que não - e definitivamente não queria descobrir qual seria a sensação de tirar a vida de alguém pela primeira vez, mesmo essa vida sendo a de um dos agentes que queriam me pegar.

Será que Steve também tinha essa preocupação? Em todo o tempo que passamos juntos ele nunca pareceu ser capaz disso, mas depois de hoje eu já não tinha mais tanta certeza.

Balancei a cabeça numa tentativa de afastar esses pensamentos e olhei para Steve, que tinha duas granadas em suas mãos e o escudo que usei mais cedo em suas costas. Ele não transparecia preocupação, nem mesmo um pouco de nervosismo, e mantinha uma expressão decidida no rosto. Parecia até treinado para isso.

Se passássemos por isso ele com certeza ia ter que me explicar tudo mais tarde.

Passos puderam ser ouvidos da escada, e Steve fez questão de lançar um olhar encorajador em minha direção antes de lançar as granadas, que rolaram precisamente pelo chão do corredor antes de emitirem um barulho baixo, como se fosse um flash de câmera. Esse era o sinal para fechar os olhos.

As granadas entraram em ação assim que os primeiros agentes subiram as escadas e eu fechei meus olhos com força, abrindo-os segundos depois para observar cerca de quatro homens andando aos tropeços no início do corredor ao esbarrar em algumas das mobílias da casa, um deles cambaleando de encontro ao chão, desorientado.

O clima tenso e silencioso após isso logo se dissipou, sendo substituído pelo barulho de armas, vozes e pelo zunido do escudo de Steve, que logo nocauteou dois dos agentes.

Arregalei os olhos com o resultado do ataque, e um pequeno sorriso se plantou em meus lábios quando percebi que realmente tínhamos uma chance contra eles. Dois já estavam no chão, e se continuássemos assim não seria tão difícil combater os outros dez.

O único problema é que depois do primeiro ataque e da primeira rodada de balas que vieram em nossas direções, eles pareceram perceber nosso plano. E assim como nós, eles tinham suas próprias granadas.

A primeira veio voando rapidamente das escadas com uma precisão impressionante, vindo diretamente em direção ao arsenal. O projétil preto se destacou no ambiente claro da casa de Steve, o quê deu tempo para o percebemos no ar, mas quase tempo nenhum para nos prepararmos para a explosão que veio a seguir.

Não vi quando Steve recuperou o escudo, só o percebendo quando os braços do loiro me puxaram pra perto de si e o objeto metálico cobriu minha visão, nos protegendo do impacto e estilhaços da barulhenta explosão que nos jogou contra a parede do quarto.

— Nós não queremos matá-la, seus idiotas! — Escutei uma voz feminina gritar em meio ao barulho agudo que preencheu meus ouvidos. Olhei em volta atordoada para perceber que havia caído sentada logo ao lado de Steve, que piscava da mesma maneira que eu, com cinzas caindo em seu rosto e os braços ainda a minha volta.

Ele virou seu olhar em minha direção e eu assenti, confirmando que estava bem antes que ele pudesse abrir a boca. Nós nos levantamos e olhamos para o estrago que a explosão havia feito no quarto, que havia nos distraído por tempo suficiente para que os agentes já estivessem há poucos metros de distância.

Nos levantamos depressa, procurando abrigo para a enxurrada de balas que viria em seguida.

O som dos tiros se espalhou de forma bruta pela casa no momento em que a fumaça se dissipou, provavelmente alertando novamente o quarteirão de que havia algo de errado acontecendo por ali. Uma pequena parte de mim esperava que a polícia aparecesse, mas parecia improvável e algo me dizia que a chegada das autoridades não traria bons frutos.

Conseguimos nos escorar à parede, cada um de um lado da entrada do quarto, e eu olhei para Steve sem saber o quê fazer em seguida.

— Me cubra. — Ele disse antes que eu pudesse perguntar, posicionando seu escudo para entrar com tudo no corredor.

— O quê? Não, você n– — Steve não me deu tempo para terminar, partindo em direção a linha de fogo de forma imediata.

Balas podiam ser vistas zunindo por todos os lados. Paredes e janelas eram atingidas o tempo todo, mas o principal alvo era Steve, que era bombardeado pelos projéteis que ricocheteavam em seu escudo.

Ele avançou rapidamente pelo corredor, e eu pude aproveitar a distração que ele havia causado para sair do meu refúgio atrás da parede e atirar algumas vezes nos agentes. Sequer pude dar três tiros, devido ao constante movimento dos homens e pelo medo de por um descuido atingir Steve, afinal, o corredor não é conhecido por ser o maior cômodo da casa.

Em segundos o loiro chegou nos agentes, e de forma bem sucedida os fez largar suas armas para iniciar uma batalha corpo-a-corpo. Mal tive tempo de me surpreender com a habilidade com qual Steve derrotava inimigo por inimigo, pois assim que pus os olhos na batalha percebi alguém nas escadas.

Loira, parte do cabelo raspado e com uma roupa vermelha completamente diferente dos outros agentes, a mulher sorria de lado pra mim, apontando uma longa arma na minha direção. Seu sorriso cresceu ainda mais quando encontrei seus olhos azuis, e mal tive tempo de me jogar no chão enquanto a via disparar.

Quase no mesmo instante em que saí do caminho, um dardo voou por onde antes estava meu pescoço. Um tranquilizante que supostamente deveria me atingir agora estava fincado na parede.

Arregalando os olhos ainda do chão, olhei novamente para a mulher, que já preparava seu próximo tiro e dessa vez parecia ainda mais determinada em me acertar.

Aos tropeços tentei sair da linha de tiro da agente, esperançosa de que talvez eu pudesse escapar novamente e talvez até contra-atacar, mas a mira da agente era impecável, e o dardo atingiu minha perna de forma rápida e dolorosa enquanto eu dava o último passo em direção à segurança. Caí novamente com a dor, rolando para o lado para evitar ser atingida novamente.

Puxei o dardo o mais rápido que pude de minha perna, preocupada em recuperar as pistolas que haviam caído de minhas mãos na queda e voltar para a luta. Talvez eu ainda pudesse cobrir Steve, ou pelo menos avisá-lo sobre a mulher nas escadas.

Assim que recuperei a pistola prateada tentei voltar para o corredor, percebendo rapidamente que me levantar para ir até lá era a pior coisa que eu poderia ter feito. A pontada que eu havia sentido na perna era só um aviso do que viria, e arfando com a dor que logo se espalhou por meu corpo eu deslizei da parede até o chão.

Minha visão ficou turva mais rápido do que eu gostaria, e o mundo a minha volta começou a girar de forma enjoativa. Fechei meus olhos para tentar normalizar minha respiração, mas de nada adiantou para interromper o torpor que aos poucos tomava conta de mim. Eu iria desmaiar ali mesmo, sabia disso.

— Vão, vão, vão! — Uma voz feminina gritou em forma de ordem, fazendo meus olhos abrirem em alarde.

A janela ao meu lado foi quebrada, jogando estilhaços em minha direção, e diversos vultos pretos dançaram à minha volta. Mais agentes?

Um vulto em específico, esse diferente dos outros, parou à minha frente e se agachou, colocando sua mão quente em meu pescoço, e seus cabelos cor de fogo foram a última coisa que vi antes de fechar meus olhos de vez com uma estranha sensação de deja vu.


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Notas finais do capítulo

Tatataaaaam...
Eu literalmente acabei de escrever esse capítulo e to postando na correria, então os comentários só vou poder responder amanhã de tarde, mas vou responder tudinho como sempre, ok? *-*
Só queria mesmo deixar aqui o capítulo procês =D
Espero que tenham gostado, e se sim, pls não se esqueçam de deixar opiniões e críticas na caixinha destinada a isso =D
Ah, e Nicky sua linda, obrigada por me ajudar com o capítulo s2
Beijos e queijos, vejo vocês em breve :*
(Ah, e estou pensando em criar um tumblr pra fic, oq acham? Ai eu posso fazer mais gifs legais e tal *--*... Oq acharam do gif desse capítulo? Quis fazer alguma coisa diferente pra compensar a demora e deu nisso, espero que tenham achado legalzinho =D)
EDIT: Aaah esqueci de dizer, eu imagino a personagem loira com parte da cabeça raspada como a Natalie Dormer... Nem sei pq to falando, mas achei bom comentar =3
Agora sim, beijos e queijos :**