Diário de Uma Garota Quase Perfeita escrita por Nakamura Tisuky
Notas iniciais do capítulo
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~Capítulo atualizado 22/01/2016~
Maria Cassandra estava bem preocupada e seu filho mais velho tentava a acalmar.
— Mãe - Disse Toni - A Maria vai ficar bem, eu tenho certeza.
— Mas Marco Antônio - Disse Maria Cassandra - A úlcera dela está forte demais. Eu dizia pra ela parar de tomar aqueles remédios todos.
— Não fui culpa dela. Ela queria ser uma boa filha e ganhar a medalha de ouro em olimpíadas, mas ela sentia dores e tomava comprimidos e passava pomadas fortes por causo disso.
— Ela só tentou fazer o bem e acabou assim, minha filhinha.
— Não fica assim mãe, tenho certeza que ela vai ficar bem.
Nesse momento alguém bate na porta.
— Eu atendo - Disse Toni levantando e indo até a porta - Ah Carmem, oi.
— Oi Antonio Marcos - Diz Carmem.
— É Marco Antonio mas pode me chamar de Toni.
— Eu estou interrompendo alguma coisa?
—Não, Entra.
Carmem entra com educação pedindo licença e cumprimentando as pessoas ali presentes.
— Boa tarde senhorita Colleman - Disse Carmem cumprimentando a mãe de Toni.
— Boa tarde Carmem - Diz ela.
— Boa tarde senhor Colleman.
— Boa tarde senhorita DiLaurents - Diz Cascão.
Toni vai até a escada.
— Mãe, qualquer coisa estou no meu quarto tá? - diz ele - Você vem Carmem?
— Claro - Diz Carmem subindo com ele.
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17:01h
Casa dos Dilaurents
— Não sei o que eu vou fazer - Diz Ana Paula ao telefone - Ela ameaçou contar tudo pro Rubens e chamar a polícia. Sem contar que os meus filhos mais velhos vão vir até aqui, mas isso eu resolvo depois, primeiro temos que cuidar da Marina.
— Não se preocupe eu tenho um plano que vai funcionar direitinho - Disse uma voz do outro lado da linha - Mas ela pode...Digamos.. "Se machucar" um pouco.
—Acha que estou ligando pra machucados agora? Diga logo como dou um jeito nessa fofoqueira.
— Ana Paula, é você mesmo?
— Claro que sou eu, imbecil. Quem mais seria?
— Sei lá, mas você falando desse jeito da Marina.. Você tá bem?
Realmente ela não estava.
Tudo aquilo estava mexendo com a cabeça dela e ela estava fora do controle.
Todos perceberam isso. Menos ela.
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17:05h
Casa dos Oliveira
— Mãe a Irene me convidou pra ir viajar com ela - Diz Xaveco sentando no sofá com seu laptop.
— Uma garota te convidou pra sair? - Perguntou Maria Xavequinha - Qual é o problema dela?
— Cala a boca Maria!! E ela não me chamou pra sair, me chamou pra viajar, é diferente. E se fosse pra sair o que tinha a ver?
— Aí depende de qual ela saiu.
— De qual o quê?
— De qual hospício - Ela riu sapeca.
— Olha Maria, quando eu colocar as minhas mãos em você...
Eles começaram a correr entre os móveis da sala derrubando algumas coisas.
— Querem parar? - Disse Poeira Negra.
— Foi ela que começou - defendeu-se Xaveco.
— Não interessa quem começou - Grita Yuka da cozinha - Pode ir nessa viagem Xaveco, e Alex vem me ajudar a fazer o jantar (Na minha história o capitão feio se chama Alex e não se fala mais nisso).
— Ok, eu vou dar uma saída.
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17:12h
Casa dos Dilaurents
Ana Paula desce as escadas com a cara mais falsa possível.
Estava com um sorriso no rosto e com um tom bem alegre.
— Querido, estou diferente hoje, quero mudar, não quero mais ser rabugenta - Disse ela completamente falsa.
— Bateu a cabeça na estante do quarto de novo, meu bem? - Brincou Rubens.
— Como você é bobo amor - Disse ela se segurando pra não dar um grito com ele - Eu vou lá fora pegar um ar, hoje o dia está muito quente.
Ela sai de casa e encontra a pessoa com quem estava no telefone mais cedo.
— E aí, conseguiu o treco? - Perguntou Ana Paula.
— Consegui com ela.
— Ótimo, e a bebida?
— Aqui também.
— Valeu.
— De nada.
Ela coloca o potinho no bolso e entra como se nada tivesse acontecido.
— Rubens chame a Marina,vamos comemorar com um champanhe.
—O que iremos comemorar?
—Minha mudança pra uma pessoa melhor querido.
— Não estou te entendendo Ana Paula, você sempre foi uma pessoa boa.
— É querido, mas eu resolvi mudar de verdade, vou passar a deixar a Carmem mais livre, sabe?
— Ah, isso sim é notícia boa, vou chamar a Marina.
Rubens sobe as escadas para chamar Marina.
Ana Paula da um sorriso maléfico e vai pra cozinha arrumar as bebidas.
— Pra mim uma simples taça de champanhe - Ela colocou champanhe em uma das taças. Pra você filhinha - Ela colocou o conteúdo do potinho que recebeu na taça - Só vai ficar um pouquinho tonta. E por último você meu amor, vai tomar um absinto - Ela coloca o liquido da garrafa recebida.
Marina e Rubens descem das escadas
— Vai mesmo mudar? - Perguntou Marina olhando seriamente pra mãe.
— Depois da nossa conversa, decidi que era a o certo a se fazer - Disse Ana Paula com um sorriso.
— Que bom.
Marina abraça a mãe.
Ela entrega as bebidas para todos.
Todos bebem felizes comemorando a "mudança" de Ana Paula, sem saber que o pior está por vir.
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17:30
Casa dos Colleman
Ela o beijava sem expressão, nem ao menos fechava os olhos.
O beijo dele não era profundo e ela não queria estar ali com ele.
Apesar de ter dado um rápido selinho no Cebola, ela sentia muita mais emoção beijando ele do que o Toni.
— Eu te vejo amanhã - Disse ele desfazendo o beijo.
— Claro - Disse ela disfarçando a decepção.
Ele a beija de novo e ela novamente não demonstra nenhuma expressão
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17:34h
Casa dos Menezes...
Cebola e Mônica estavam assistindo a um filme de terror enquanto comiam um balde de pipocas.
Sua irmã havia adormecido em seus braços, como não queria assistir sozinho, a ajeitou no sofá, desligou a TV e foi dar uma volta.
Bem nessa hora, Carmem saiu da casa dos Colleman e avistou Cebola.
Ela sentiu um aperto no coração, ter que ficar longe dele. Mas paciência, ela que tinha ordenado que ele não chegasse perto, não podia reclamar.
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17:40h
Casa dos DiLaurents
— Cof, cof, cof - Tossia Marina com a mão no seio direito.
— Ó filhinha, o que houve? - Disse Ana Paula se segurando para não dar risada.
Rubens também não estava nada bem, ele estava totalmente bêbado.
— Mãe, cof, cof, o que tinha naquela cof, bebida?
— Nada querida, nada - Disse Ana Paula - Se acalme você está muito nervosa.
Ao ouvir o barulho da porta, Ana Paula sai correndo dali levando consigo Rubens, deixando Marina sozinha na sala.
Carmem entra em casa e se depara com a sala vazia somente com sua irmã desmaiada.
—Marina - Gritou Carmem - Marina, oh meu Deus, acorda Marina. Mãe, pai, socorro - Ela gritava em vão sem ninguém á ouvir.
Ela teve uma ideia, saiu na rua e por sorte, ele ainda estava lá:
— Cebola, Cebola, vem aqui por favor.
Ao ouvir os gritos desesperados de Carmem Cebola foi correndo até sua casa, mas mantendo uma distancia segura de Carmem.
— O que foi Carmem? - Perguntou Cebola assustado.
— Cebola você precisa me ajudar, entra - Ela dizia quase engasgando as palavras morrendo de nervosismo.
— Calma Carmem, eu não posso ficar a menos de um metro de distancia de você, lembra?
— Não é hora pra isso, esquece tudo que eu disse e entra logo.
Carmem puxou Cebola pra dentro da casa.
— A minha irmã Cebola - Ela gritava desesperada - Está desmaiada, não tem ninguém em casa, ela precisa ir no hospital.
— C-calma Carmem, eu levo, fica mais calma se não você vai acabar desmaiando também. Agora procura a chave do carro que eu vou pegar ela pra gente levar.
—Tá bom.
Carmem pega a chave do seu carro(ela começaria a dirigir com 16 então já tinha um carro) e o abriu.
Enquanto isso, Cebola pegou Marina no colo, colocou-a no carro e foram pro hospital.
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17:57h
Casa dos Santos
Na casa de Luca,ele estava assistindo TV quase adormecendo no sofá quando sua mãe sentou ao lado dele.
— Vá pro seu quarto querido, vai acabar dormindo aí mesmo -Disse ela bondosa.
— Já vou mãe - Respondeu ele sonolento - E seu marido, já chegou?
— Não chame ele assim, Luca. Não esqueça que ele é como um pai pra você.
— Se você acha, pra mim não quero ele nem como tio.
— Não fala assim filho.
— Por quê você não me fala sobre seu pai?
— Olha,não quero falar sobre isso agora, quando você fizer 15 anos eu falo ok?
— Ok.
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18:00h
Hospital Vilas Boas
— Deixa eu entrar, eu quero ver minha irmã - Disse Carmem na porta do consultório.
— Desculpe senhora, não é permitido entrada de ninguém agora - Disse o segurança.
— Mas quero saber como ela está, quero saber se ela está bem, por favor.
— Deixe ela saber o que está acontecendo com a irmã dela - Disse um médico saindo da sala.
— Oh, graças a Deus, ela está bem?
— Não.
— Não? Ai, ela vai ficar internada?
— Não, infelizmente ela não está mais entre nós.
— O quê?
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