Diário de Uma Garota Quase Perfeita escrita por Nakamura Tisuky


Capítulo 3
Colégio Lima Nogueira Pt. 2


Notas iniciais do capítulo

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~Capítulo atualizado 22/01/2016~



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"Querido diário,

Naquela hora eu senti meu rosto corar, não sabia o que fazer, será que ele estava apaixonado por mim? Será que eu estava apaixonada por ele? Difícil dizer, mas acho que não"

 

— E-eu tenho que ir - Diz Carmem levantando.

— Calma vem aqui - Diz Cebola segurando sua mão.

— Já disse que conversaremos depois.

 

Ela pegou seu celular e depois de ver as horas, se levantou e foi até o treinador Átila.

 

— Posso ir ao banheiro treinador? - Perguntou.

— Pode sim Carmem, mas volte logo, iremos dar continuação ao basquete.

 

Carmem fez que sim com a cabeça e saiu da quadra indo em direção ao banheiro.

 

— Você é bem pontual, marcamos pras 10:30 e já está aqui 10:29? -pergunta Maria.

— Maria - Carmem dá um abraço nela.

— Oi, tudo bem?

— Tudo e com você?

— Estou bem também. Estava em que aula?

— Na de educação física e você?

— Na de história, o professor fala cuspindo e eu sento na frente então eu passo a aula dele fora da sala.

 

Carmem ficou superfeliz achou que seus pais nem imaginavam que Maria Mello não era esnobe e sim, uma boa amiga mesmo sendo de família rica era bem humilde e brincalhona.

 

— Já que está cabulando porque não faz educação física comigo? - Pergunta Carmem.

— Claro, por que não? - Responde Maria Mello.

 

As duas caminham juntas até a quadra e ficam conversando na arquibancada enquanto os outros alunos terminam de fazer as cestas.

Cebola não tirá os olhos de Carmem e ela também fica olhando pra ele várias vezes

 

— Seu namorado? - Pergunta Maria Mello ao perceber o jeito que Carmem olhava pra Cebola.

 

Carmem estava tão distraída que acaba nem pensando na reposta:

 

— Ahã - Diz ela sem tirar os olhos do garoto.

— Sério mesmo? Nossa chegou hoje e já tem namorado? Tá podendo.

— Hã, quê?

— Você aí dizendo que o Cebola é seu namorado.

— Eu? Que viagem.

— Tava sonhando acordada então, porque você disse que sim.

— É eu devia estar. Conhece ele?

— Conheço, ele é minha dupla nas aulas de química.

— Ele é.. legal?

— Bom com você aí babando por ele parece que sabe mais do que eu.

 

Carmem ficou corada novamente, essa Maria era sincera mesmo

 

— Eu nem conheço ele Maria.

— Sei...

— Ah esquece.

— Carmem, posso te fazer uma pergunta?

 

Carmem fica em silêncio pra ouvir o que Maria tinha pra dizer.

 

— Sabe, a sua mãe me mandou um e-mail dizendo pra eu conhecer você e talvez até fazer amizade com você.

— Sim, claro, ela me disse isso.

— Mas por que sua mãe me pediu isso? Pra você não ficar perdida na escola?

— Mais ou menos. Isso também, mas ela pediu pra você ser minha amiga pelo simples fato de ela escolher meus amigos.

— Sério?

— Sim, é uma longa história, e se você não se importa, eu não gosto de falar sobre isso. Agora vamos que o professora tá chamando a gente pra jogar basquete.

— Ah diz que machucou a perna e que não pode jogar, fica aqui na arquibancada comigo.

 

Carmem ficou nervosa nunca tinha dado essa desculpa antes, sempre foi certinha e seguia as regras para depois não sofrer com sua mãe.

 

— Acho melhor não Maria.

— Por quê?

 

Carmem não sabia o que dizer. Ela diria que a mãe dela a agrediria e a humilharia se descobrisse que não estava se comportando bem?

 

— É que eu amo basquete e quero muito jogar. Vem você jogar comigo?

—Tá bom então.

 

As duas desceram da arquibancada e foram jogar como velhas amigas.

 

—______________________________________________________

— É seu pai de novo? - Perguntou Gabriele.

— Ele não é meu pai, é só meu padrasto, Gabriele - Diz Luca.

— Me desculpe, eu esqueci. Mas a causa de tudo isso é ele de novo?

— É sim. Porque minha mãe se divorciou dele? E casou com aquele mala? E não me diz nada sobre meu pai verdadeiro?

— Talvez ela não queira que você se aproxime dele.

— Por quê? Isso que é minha dúvida, porque minha mãe não deixa eu conhecer pessoas que eu amo?

— Não fica assim amor, eu tenho certeza de quê você vai achar seu pai verdadeiro.

— E se eu achar? E se ele não for como eu espero que ele seja? E se...

— LUCA! Calma, você está se preocupando demais. Ele é seu pai ele vai ser do jeito que você imagina.

— Eu espero Gabi, eu espero...

 

—______________________________________________________

—Todos mandaram muito bem - Disse o treinador Átila orgulhoso - Vejo vocês amanhã na quinta aula.

 

As meninas foram pro banheiro feminino e os meninos pro masculinos.

 

— Ainda não acredito que você está estudando aqui - disse Amanda.

— É nem eu - Disse Carmem - Estou ainda estou me acostumando com todas essas mudanças, sabe?

— Bom seja bem-vinda - Diz Magali.

— Obrigada.

— Carmem, vamos - Diz Maria Mello - Agora é nossa aula de química.

— Vamos.

 

Elas saem do banheiro (depois de ter tomado uma ducha) e vão até a sala de química.

 

— AAAiii aai Carmem - Choraminga Maria Mello colocando a mão do lado da barriga.

— Ai meu Deus, o que foi Maria? - Pergunta Carmem segurando ela.

— Minha barriga tá doendo muito - Ela dá uns gritos e se joga no chão com a mão na área dolorida.

— Socorro, socorro - Carmem grita assustada.

 

O professor sai da sala acompanhado de alguns alunos curiosos

 

— Oh meu Deus, o que houve com ela? - Disse o professor ajoelhando perto dela.

— Eu não sei, ela está sentindo uma dor muito forte.

 

O professor leva ela até a enfermaria e deixa a sala com uma das aulas vaga (são duas aulas seguidas de química).

 

— O que houve? - Pergunta Cebola indo em direção a mesa que Carmem está sentada, que por sinal, só ela está sentada e quieta.

— Eu não sei - Disse Carmem abaixando a cabeça.

— Bom, ela é meu par na aula de química e agora que ela não está aqui e você tá sem par, você quer sentar comigo?

— Hã... - Carmem ficou pensativa, ela queria muito sentar com Cebola e sua irmã não estava por perto pra dedurar ela então ela decidiu arriscar.

— Eu quero - Ela respondeu sorridente.

 

Bem nessa hora o professor entrou na sala.

 

— Alunos, sentem em seus lugares - Ordenou ele assim que viu a baderna que estava na sala.

— Como tá a Maria? - perguntou Irene preocupada.

— Ela está com úlcera e vai ficar internada por cerca de 7 dias - Disse o professor - Por causa disso Carmem, você será a dupla de Cebola durante esse tempo nas aulas de química.

 

Cebola olhou pra ela com um sorriso e ela correspondeu.

Ele então se levantou com suas coisas e se sentou ao lado dela.

 

— Mas peraí, prof. O que é úlcera? - Um aluno perguntou lá do fundão.

— Felipe, a gente já estudou sobre isso, você não presta atenção em nada - Bronqueia Luisa, irmã mais velha de Felipe.

— Ah, eu devo ter faltado, explica professor.

— Eu tenho cara de professor de ciências? Eu estou aqui pra dar aulas de química e sou pago só pra isso, quando eu for pago pra dar aulas a mais eu explico o que vocês quiserem.

— Tá professor, explica logo.

 – Então classe, hoje vamos aprender a fazer uma poção caseira para que vocês possam fazer experimentos em casa.

 

Do Contra levanta a mão.

 

— Maurício?

— É Do Contra professor - Diz ele - Bom, eu quero saber como vamos arranjar as coisas para fazermos.

— Vou falar sobre isso agora - Responde o professor - A escola forneceu 50 reais para cada dupla poder comprar os ingredientes e potes necessários para fazer a poção.

 

A sala ficou eufórica

 

— Eu vou dar pra vocês a folhinha com o que devem comprar.

 

O professor deu pra todos os alunos da primeira carteira de cada fileira uma certa quantidade de folhas para eles passarem pra trás.

 

— Vamos ter pelo menos um tempinho fora da escola - Diz Cebola.

— É - Diz Carmem com um sorriso.

— Todos pegaram as folhinhas? - Pergunta o professor.

— Sim - Disseram todos.

— Ótimo, vocês tem uma hora pra comprar as coisas e voltarem (A escola era em tempo integral, eram duas horas pra cada aula).

 

Os alunos saíram da sala conversando sobre o que iam comprar.

 

— Repolho roxo? Ainda bem que não é aula de culinária se não íamos precisar comer hahaha - Brincou Carmem.

— Ah, eu também odeio repolho roxo - Diz Cebola.

 

Eles saíram da escola e foram num supermercado

 

— Só nós viemos nesse mercado, o resto do pessoal foi em mercados famosos - Disse Carmem.

— Achei que você quisesse ir num famosos também - Diz Cebola.

— Não, eu preferia vir aqui mesmo lá tem muita gente e eu não gosto de multidões.

— Estranho ouvir isso logo de você.

— O que você quis dizer com isso?

— Nada não.

 

E os dois ficaram rindo como bobos olhando pra cara um do outro.

Quando pararam de rir ficaram se olhando e ninguém sabia o que dizer, seus lábios estavam quase se tocando.

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

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