Diário de Uma Garota Quase Perfeita escrita por Nakamura Tisuky
Notas iniciais do capítulo
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~Capítulo atualizado 22/01/2016~
"Querido diário,
Naquela hora eu senti meu rosto corar, não sabia o que fazer, será que ele estava apaixonado por mim? Será que eu estava apaixonada por ele? Difícil dizer, mas acho que não"
— E-eu tenho que ir - Diz Carmem levantando.
— Calma vem aqui - Diz Cebola segurando sua mão.
— Já disse que conversaremos depois.
Ela pegou seu celular e depois de ver as horas, se levantou e foi até o treinador Átila.
— Posso ir ao banheiro treinador? - Perguntou.
— Pode sim Carmem, mas volte logo, iremos dar continuação ao basquete.
Carmem fez que sim com a cabeça e saiu da quadra indo em direção ao banheiro.
— Você é bem pontual, marcamos pras 10:30 e já está aqui 10:29? -pergunta Maria.
— Maria - Carmem dá um abraço nela.
— Oi, tudo bem?
— Tudo e com você?
— Estou bem também. Estava em que aula?
— Na de educação física e você?
— Na de história, o professor fala cuspindo e eu sento na frente então eu passo a aula dele fora da sala.
Carmem ficou superfeliz achou que seus pais nem imaginavam que Maria Mello não era esnobe e sim, uma boa amiga mesmo sendo de família rica era bem humilde e brincalhona.
— Já que está cabulando porque não faz educação física comigo? - Pergunta Carmem.
— Claro, por que não? - Responde Maria Mello.
As duas caminham juntas até a quadra e ficam conversando na arquibancada enquanto os outros alunos terminam de fazer as cestas.
Cebola não tirá os olhos de Carmem e ela também fica olhando pra ele várias vezes
— Seu namorado? - Pergunta Maria Mello ao perceber o jeito que Carmem olhava pra Cebola.
Carmem estava tão distraída que acaba nem pensando na reposta:
— Ahã - Diz ela sem tirar os olhos do garoto.
— Sério mesmo? Nossa chegou hoje e já tem namorado? Tá podendo.
— Hã, quê?
— Você aí dizendo que o Cebola é seu namorado.
— Eu? Que viagem.
— Tava sonhando acordada então, porque você disse que sim.
— É eu devia estar. Conhece ele?
— Conheço, ele é minha dupla nas aulas de química.
— Ele é.. legal?
— Bom com você aí babando por ele parece que sabe mais do que eu.
Carmem ficou corada novamente, essa Maria era sincera mesmo
— Eu nem conheço ele Maria.
— Sei...
— Ah esquece.
— Carmem, posso te fazer uma pergunta?
Carmem fica em silêncio pra ouvir o que Maria tinha pra dizer.
— Sabe, a sua mãe me mandou um e-mail dizendo pra eu conhecer você e talvez até fazer amizade com você.
— Sim, claro, ela me disse isso.
— Mas por que sua mãe me pediu isso? Pra você não ficar perdida na escola?
— Mais ou menos. Isso também, mas ela pediu pra você ser minha amiga pelo simples fato de ela escolher meus amigos.
— Sério?
— Sim, é uma longa história, e se você não se importa, eu não gosto de falar sobre isso. Agora vamos que o professora tá chamando a gente pra jogar basquete.
— Ah diz que machucou a perna e que não pode jogar, fica aqui na arquibancada comigo.
Carmem ficou nervosa nunca tinha dado essa desculpa antes, sempre foi certinha e seguia as regras para depois não sofrer com sua mãe.
— Acho melhor não Maria.
— Por quê?
Carmem não sabia o que dizer. Ela diria que a mãe dela a agrediria e a humilharia se descobrisse que não estava se comportando bem?
— É que eu amo basquete e quero muito jogar. Vem você jogar comigo?
—Tá bom então.
As duas desceram da arquibancada e foram jogar como velhas amigas.
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— É seu pai de novo? - Perguntou Gabriele.
— Ele não é meu pai, é só meu padrasto, Gabriele - Diz Luca.
— Me desculpe, eu esqueci. Mas a causa de tudo isso é ele de novo?
— É sim. Porque minha mãe se divorciou dele? E casou com aquele mala? E não me diz nada sobre meu pai verdadeiro?
— Talvez ela não queira que você se aproxime dele.
— Por quê? Isso que é minha dúvida, porque minha mãe não deixa eu conhecer pessoas que eu amo?
— Não fica assim amor, eu tenho certeza de quê você vai achar seu pai verdadeiro.
— E se eu achar? E se ele não for como eu espero que ele seja? E se...
— LUCA! Calma, você está se preocupando demais. Ele é seu pai ele vai ser do jeito que você imagina.
— Eu espero Gabi, eu espero...
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—Todos mandaram muito bem - Disse o treinador Átila orgulhoso - Vejo vocês amanhã na quinta aula.
As meninas foram pro banheiro feminino e os meninos pro masculinos.
— Ainda não acredito que você está estudando aqui - disse Amanda.
— É nem eu - Disse Carmem - Estou ainda estou me acostumando com todas essas mudanças, sabe?
— Bom seja bem-vinda - Diz Magali.
— Obrigada.
— Carmem, vamos - Diz Maria Mello - Agora é nossa aula de química.
— Vamos.
Elas saem do banheiro (depois de ter tomado uma ducha) e vão até a sala de química.
— AAAiii aai Carmem - Choraminga Maria Mello colocando a mão do lado da barriga.
— Ai meu Deus, o que foi Maria? - Pergunta Carmem segurando ela.
— Minha barriga tá doendo muito - Ela dá uns gritos e se joga no chão com a mão na área dolorida.
— Socorro, socorro - Carmem grita assustada.
O professor sai da sala acompanhado de alguns alunos curiosos
— Oh meu Deus, o que houve com ela? - Disse o professor ajoelhando perto dela.
— Eu não sei, ela está sentindo uma dor muito forte.
O professor leva ela até a enfermaria e deixa a sala com uma das aulas vaga (são duas aulas seguidas de química).
— O que houve? - Pergunta Cebola indo em direção a mesa que Carmem está sentada, que por sinal, só ela está sentada e quieta.
— Eu não sei - Disse Carmem abaixando a cabeça.
— Bom, ela é meu par na aula de química e agora que ela não está aqui e você tá sem par, você quer sentar comigo?
— Hã... - Carmem ficou pensativa, ela queria muito sentar com Cebola e sua irmã não estava por perto pra dedurar ela então ela decidiu arriscar.
— Eu quero - Ela respondeu sorridente.
Bem nessa hora o professor entrou na sala.
— Alunos, sentem em seus lugares - Ordenou ele assim que viu a baderna que estava na sala.
— Como tá a Maria? - perguntou Irene preocupada.
— Ela está com úlcera e vai ficar internada por cerca de 7 dias - Disse o professor - Por causa disso Carmem, você será a dupla de Cebola durante esse tempo nas aulas de química.
Cebola olhou pra ela com um sorriso e ela correspondeu.
Ele então se levantou com suas coisas e se sentou ao lado dela.
— Mas peraí, prof. O que é úlcera? - Um aluno perguntou lá do fundão.
— Felipe, a gente já estudou sobre isso, você não presta atenção em nada - Bronqueia Luisa, irmã mais velha de Felipe.
— Ah, eu devo ter faltado, explica professor.
— Eu tenho cara de professor de ciências? Eu estou aqui pra dar aulas de química e sou pago só pra isso, quando eu for pago pra dar aulas a mais eu explico o que vocês quiserem.
— Tá professor, explica logo.
– Então classe, hoje vamos aprender a fazer uma poção caseira para que vocês possam fazer experimentos em casa.
Do Contra levanta a mão.
— Maurício?
— É Do Contra professor - Diz ele - Bom, eu quero saber como vamos arranjar as coisas para fazermos.
— Vou falar sobre isso agora - Responde o professor - A escola forneceu 50 reais para cada dupla poder comprar os ingredientes e potes necessários para fazer a poção.
A sala ficou eufórica
— Eu vou dar pra vocês a folhinha com o que devem comprar.
O professor deu pra todos os alunos da primeira carteira de cada fileira uma certa quantidade de folhas para eles passarem pra trás.
— Vamos ter pelo menos um tempinho fora da escola - Diz Cebola.
— É - Diz Carmem com um sorriso.
— Todos pegaram as folhinhas? - Pergunta o professor.
— Sim - Disseram todos.
— Ótimo, vocês tem uma hora pra comprar as coisas e voltarem (A escola era em tempo integral, eram duas horas pra cada aula).
Os alunos saíram da sala conversando sobre o que iam comprar.
— Repolho roxo? Ainda bem que não é aula de culinária se não íamos precisar comer hahaha - Brincou Carmem.
— Ah, eu também odeio repolho roxo - Diz Cebola.
Eles saíram da escola e foram num supermercado
— Só nós viemos nesse mercado, o resto do pessoal foi em mercados famosos - Disse Carmem.
— Achei que você quisesse ir num famosos também - Diz Cebola.
— Não, eu preferia vir aqui mesmo lá tem muita gente e eu não gosto de multidões.
— Estranho ouvir isso logo de você.
— O que você quis dizer com isso?
— Nada não.
E os dois ficaram rindo como bobos olhando pra cara um do outro.
Quando pararam de rir ficaram se olhando e ninguém sabia o que dizer, seus lábios estavam quase se tocando.
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