Diário de um Anjo Negro escrita por Jenny BiPuPiJiCo


Capítulo 17
Situações Desnecessárias


Notas iniciais do capítulo

Apartamento do Ashley, Hamburgo, Alemanha
P.O.V. Demetria Hayley
Pela primeira vez em muito tempo, consigo dormir por livre e espontânea vontade. Sem sedativos, sem correntes ou correias me amarrando na cama. Sinto-me livre, tranquila, leve e feliz. Tudo ao mesmo tempo. Graças ao meu amado, Ash. Ele não está aqui, mas deixou uma pequena lembrança que vou guardar com todo cuidado do mundo. É impressionante como ele é cuidadoso. Deixou mais roupas pra mim em cima da cadeira no canto do guarda-roupa, inclusive íntimas.
Resolvo me levantar de vez e saio do quarto. O apartamento é bem grande pra ele que mora sozinho, eu creio. Vejo que ele comprou comida, os armários estão cheios e a geladeira também. Mas antes de fazer uma boquinha, vou tomar um banho. Retiro com cuidado minha roupa e ligo o chuveiro. A água quente me fazendo relaxar, deslizando por meu corpo, tirando todas as impurezas daquele hospital imundo.
Logo, começo a me lembrar de tudo que passei. Eu agia como louca na visão deles, mas na verdade só estava chamando Ashley. Eu o desenhava inúmeras vezes e até mesmo Andrew. Eu o vi uma vez, de longe. Ele estava discutindo com Ash, mas não me notou, pois estava escondida. Eu fiquei admirada com aqueles olhos tão azuis e aquele cabelo tão negro. Mas foi só isso. Na verdade, me senti atraída por ele por causa de uma certa escuridão que ele tinha em sua aura. Quando Ash me disse que ele tinha perdido sua amada, eu entendi o porque.
Aura. Eu consigo ver a aura dos anjos. Consigo sentir a presença deles. Consigo ver a alma dos humanos, consigo ver a minha. Esta, tem um tom de verde com rosa bem claro. Eu costumava desenhá-las em torno dos meus desenhos, mas os médicos só diziam que eram minhas alucinações. E meus pais acreditavam. Eles, toda vez que iam me visitar, eu recusava vê-los e era arrastada até eles. Sempre me diziam que eu era louca e que deveria ficar ali por mais tempo, pois não apresentava melhora. Eu os agredia fisicamente e começava a gritar pra ser levada dali. Dopavam-me e eu fingia dormir. Nunca realmente me doparam, não sei porque, mas esses remédios não funcionam comigo. Eu nunca me rendi às mentiras deles, aos “cuidados” excessivos, as coisas que me diziam. Sempre soube que eu estava certa e foi isso que me manteve lúcida. E a prova disso tudo, que minhas expectativas estavam certas, foram concretizadas quando Ash quebrou aquele teto e me tirou de lá.
Eu sorrio. Não estou com medo, nem com angústia, nem remorso. Eu acredito em um final feliz e vai ser assim que vai ser.
Desligo o chuveiro e volto pro quarto. Visto a roupa que Ash separou pra mim. Olho-me no espelho. Sinto-me bem e sorrio que nem boba. Penteio meus cabelos e reparo que a roupa está larga, mas eu gosto disso. A blusa é do Metallica e o short é preto e justo, mas confortável. Volto pra cozinha e preparo um chocolate quente.
De repente, sinto um calafrio na espinha. Alguém está aqui, me vigiando. Viro-me e deparo com uma garota loira. No susto, solto a caneca, que se quebra fazendo o chocolate se esparramar pelo chão.
Sinto que ela não é humana. Ela tem uma aura que brilha em tons de vermelho e dourado. Seus olhos verde-água expressavam susto. Ela parecia desnorteada. Olhava pra mim e depois para o apartamento.
— Quem é você? – pergunto, me aproximando.
— Carolyn... Sou Carolyn. E você deve ser Demetria.
— Sim, mas como sabe disso?
— Bem, é uma longa história. Digamos, que eu sou a amada “falecida” do Andrew. Na verdade, eu estava em outra dimensão por causa da chave. Foi ela que me trouxe aqui e estou tentando entender o porque. Mas antes, onde estamos? – ela se aproximou um pouco mais de mim. Notei que ela estava com um vestido preto rodado, uma sapatilha também preta com um laço e seu cabelo foi o que mais me surpreendeu. Ele era dourado, liso, cheio e ia até lá embaixo, um pouco depois das nádegas. “Que lindo...” Eu pensei. “Tem razão de o Andrew amá-la, ela é linda.”
— No apartamento do Ash... Você o conhece?
— Sim, ele é meu grande amigo. Fui eu que pedi pra ele te buscar.
— Como sabe de mim?
— Como disse, é uma longa história. Preciso resolver antes este fato: “Como vim parar aqui?” Lembro-me que estava numa caverna e desmaiei. E agora estou aqui... O que essa chave quer?...
— Chave? Caverna? Espera, você estava com Ash e os outros?
— Sim...
Uma luz forte nos interrompeu. Vinha do colar dela. Tapei meus olhos e quando a luz se foi, retirei aos poucos. Minha visão foi se acostumando e quando olhei novamente na direção da garota, ela não estava mais lá.
...



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P.O.V. Gabee

Eu sei o que Nick está passando. Essa dor excruciante que nada consegue parar. É como se uma parte do seu coração fosse arrancada e ele nunca mais pudesse se regenerar ou for costurado. A gente fica tão cega de dor que nem as lembranças felizes ajudam. Tudo fica vazio, um nada, incompleto e num tom de cinza. Foi assim comigo, no primeiro dia tive que ser carregada, minhas asas não respeitavam meus comandos de tão insana que eu estava. Por vários dias eu chorei e não me mexia. Todos tentavam me consolar, inclusive a pequena Nick, mas nada adiantou. Até que, Andy, que também sofria, teve a ideia de dormirmos por um longo tempo. Foi o que me aconchegou. Durante cem anos eu sonhei com o sorriso de Davi e com todas as suas doces palavras.

Nick mal andava, tive que apoiá-la. Chegando à entrada, segurei-a contra meu corpo e alcei voo. Ia leva-la para o topo da montanha para que ela pudesse sentir, pelo menos um pouco do vento. Pousei e coloquei-a no chão, fazendo-a se sentar.

_ Nick – segurei seu rosto entre minhas mãos – eu sei o que sente. Uma dor, um desconforto terrível... Mas agora, por mais que seja difícil, você tem que se lembrar de todas as coisas boas que você e Christian viveram. Todas as coisas que ele disse que te fizeram rir, de todos os gestos que ele cometeu que foram feitos só pra você.

_ Como posso lembrar-me disso se ao menos não acredito que ele se foi? – ela não parava de chorar. Nunca a vi desse jeito. Ela sempre foi a segunda mais forte de nós e a segunda mais engraçada. Mas agora, parecia derrotada, sem vida.

_ É, eu sei como é... – me sentei ao seu lado, segurando sua mão agora. – Olhe. – apontei para o horizonte. – Não é lindo?

_ Não... Está tudo cinza e feio... – eu sabia. Era como eu via as coisas quando Davi se foi. – Chris não ia gostar disso... Ele gosta... gostava do céu da cor dos meus olhos. Era o que dizia. – isso, lembre-se Nick.

_ Ah... Lembro-me de uma vez que vi você e ele voando pelo céu. Pareciam brincar de pega-pega ou alguma coisa assim... Né não?

_ Hum... Na verdade, eu disse que iria pintar o céu de outra cor. Castanho, já que ele gostava tanto dos meus olhos por causa do céu. Mas ele falou que não ia deixar e começou a me perseguir... – ela sorriu. ISSO NICK! – Uma vez, eu disse pra ele ir beijar o Andy já que temos os olhos da mesma cor. Há! Foi ai que perdi, digamos, minha virgindade. – dessa vez, eu dei gargalhadas junto com ela.

_ Oras... Comigo foi diferente. – ela parou de chorar, agora olhava para o horizonte, pensativa.

_ Fale... Como foi?

_ Eu queria fazer uma homenagem pro Davi. Uma inesquecível. Então, decidi pintar as nuvens da cor dos olhos dele. Quando terminei, me sentei em uma delas e o “feitiço se virou contra o feiticeiro.” – ela me olhou, com uma sobrancelha arqueada. – Ele escreveu um poema em cada nuvem e todos falavam da cor dos meus olhos. Fiquei tão emocionada e feliz... Eu o abracei tanto, tanto, tanto. Beijei-o inúmeras vezes e acabou que nos unimos, ali mesmo.

_ Que lindo... Ele era extremamente bom, não é? Quer dizer... Em tudo que ele fazia.

_ Sim.

_ Lembra-se de algum poema? – sorri.

_ Lembro-me de todos, mas tenho um em especial.

_ Diga... Me distraia um pouco...

Então, o citei:

“Minha donzela da meia-noite,

Com seus cabelos grandes e negros,

Me acompanhou por toda a Corte,

Festejando todos os bailes,

Selando seus lábios fartos aos meus,

Nunca me senti tão seu.

Quando você sorri,

Eu não mais posso fugir.

Seus olhos tão verdes, pequenas esmeraldas,

Convidam-me para as noites estreladas.

Tu és minha amada,

Minha donzela imaculada.”

_ Oh... Extremamente lindo... – ela agora sorria, sua aparência melhorou um pouco.

_ Nick, sempre tive orgulho de você. Tu és forte fisicamente e mais ainda psicologicamente. Eu sei que a perda é imensa, não é todo dia que achamos um grande amor, mas temos que seguir em frente. Ainda mais agora que estamos na reta final. Eu sinto isso. Tanto Carolyn quanto nós, precisa de você. Sabemos o quanto é capaz de lutar. E bem, agora você tem um grande motivo para esbanjar sua ira naquele maldito do Lúcifer.

_ Obrigada Gabee... Você está certa. Por Chris, não vou mais chorar e muito menos fraquejar. Andy matou aquele que o tirou de mim, mas não a fonte de nossos problemas. Então, aqueles que morrerampor nós, pelo que acreditavam, ainda serão vingados. – ela se levantou e abriu as asas. “Sempre soube. Ela é bem mais forte que eu, sinto isso na sua aura.” Por mais que tenhamos muitas diferenças e muitas intrigas que aconteceram, somos amigas e isso nunca vai mudar. Levantei-me e a abracei.

_ Isso minha pequena... Somos amigas não é? Então, nada vai nos abalar enquanto estarmos juntas... – de repente, ela se solta de mim. Eu a olho, assustada e vejo que ela está séria, olhando para trás de mim. - O que...

_ Falando no Diabo, olha quem vem ali. – ela apontou com a cabeça. Virei-me e vi. Lúcifer, cercado de párias (demônios sem decisões alguma) e bestas. Vinham em nossa direção. – Temos que avisar os outros que uma batalha feia está chegando.

...

P.O.V. Carolyn

“VOCÊ. SÓ. PODE. ESTAR. BRINCANDO. COMIGO. SUA CRUZ MALDITA!” Eu berrei pro nada. Num segundo estava na caverna, no outro no apartamento do Ashley e agora, na dimensão vazia.

_ ANDA! MOSTRE-ME O QUE TEM DE MOSTRAR E ACABE COM ISSO! – berrei outra vez. Já estava de saco cheio disso. Essa maldita chave só me traz infelicidades, me leva para lugares estranhos e mórbidos e nunca traz uma revelação correta ou que seja de extrema utilidade. Bem, ás vezes... – OK! EU QUE MANDO EM VOCÊ! VOCÊ TEM QUE OBEDECER A MIM! EU QUE TENHO QUE TE PROTEGER! CHEGA DESSA PALHAÇADA! VOU ACABAR COM SUA MISTICIDADE EM DOIS SEGUNDOS! EU QUERO VOLTAR PRO ANDY! – e nada. Nem sinal de imagem, nem um zumbido. AGORAAA! “Tunf.”

Pronto. Agora estava olhando pro teto da caverna. Finalmente voltei. “Espera, por que o teto está tão perto do meu nariz? Oh não! Estou flutu... ESTOU CAINDO!”

_ AHHHHH!

_ TE PEGUEI! – a voz rouca de Andy. Ah, como é bom ouvir essa voz, mesmo tão urgente.

_ Andy... O que aconteceu? – ele me segurava no colo, pousando calmamente.

_ Você desmaiou, depois sumiu e ficou cinco minutos longe daqui, não sei aonde. Te procuramos em tudo quanto é canto dessa caverna, ai de repente, você aparece, flutuando no teto e começa a cair. Sorte que eu estava embaixo de você docinho... – me remexi no colo dele, tentando me soltar.

_ Me põe no chão Andy!

_ Tá!

Ele me soltou e num ato de raiva e desespero, arranquei o colar do meu pescoço e citei novas palavras:

_ Conjugo-te á apenas meu comando. Ficarás apenas como um simples colar e cruz se transformará quando minha boca recitar tuas ordens. Desapareça!

“Puff!” Ela sumiu de minhas mãos, mas agora eu sabia onde ela estava. Na dimensão vazia. Gabriel havia me dito essas palavras dizendo que só as usasse quando a chave estivesse fora de meu controle. Quando ela estivesse “viva”. Eu sei o porque. Sinal de que estamos chegando perto da espada de Miguel. “ÓTIMO!”

_ Por que fez isso? – Andy se aproximou, olhando de um lado ao outro com os olhos arregalados.

_ Ela estava me deixando louca! E eu sei onde ela está... Não se preocupe. Bem, voltando ao tempo que sumi... Fui parar no apartamento do Ashley. – virei-me pra ele, que estava atrás de mim.

_ No meu apartamento? – ele olhou pra mim e depois pro chão, com as sobrancelhas arqueadas. – Você viu Demi?

_ Vi sim... Conversei com ela, pelo menos, um pouco. Ela está bem e pelo que senti está segura. – olhei a minha volta. Todos estavam presentes, exceto Gabee e Nick. Lembrei-me que elas tinham saído e o pior, lembrei o motivo. – Estão todos bem?... Totalmente recuperados?

_ Sim, estamos. Fisicamente. – Jinxx respondeu.

_ Eu... Eu sei... Meus amigos... Amor. Temos que ser fortes agora, já que estamos tão perto de acabar com isso. – abracei Andy e o beijei. Ele retribuiu, abraçando-me mais forte.

_ AH! Já ia me esquecendo... Você e Andy esqueceram isso na barraca. Peguei antes de queimá-la. Tome. – Jinxx me deu uma bolsinha preta com dois fechos. Lembrei-me do que se trata.

_ Oh! O diário! Como pudemos esquecer ele?

_ Muita coisa amor... Muita coisa. Agora, a coloque e não tire pra nada.

_ Certo. – trespassei a bolsinha por meu pescoço. Abracei Jinxx. – Obrigada pequeno. – depois abracei os outros. – Obrigada a todos por tanto se sacrificarem. Eu amo vocês.

_ Oh! Não precisa agradecer! Nós que temos que fazer isso. Também amamos você Carol. Não é mesmo Jake? – Dani disse, cutucando Jake.

_ Sim, claro. Como não amar donzelas?

De repente, as meninas entram em disparada pela caverna.

_ ANDREW! – Nick berra. Ela não chorava mais. Estava transformada, com os vermelhos ainda. Parecia irada. “Ela vai fazer da sua dor, sua maior força. Eu sei.” Espera, mas pra quê?

_ O que foi!? –

_ LÚCIFER ESTÁ VINDO! ESTÁ CHEGANDO CADA VEZ MAIS RÁPIDO! ESCONDA CAROLYN! – num segundo, todos se transformaram. Agora, com os olhos dourados e azuis cálidos. Andy, num impulso, me empurrou pra trás e eu caio nos braços de Jinxx que me levou pra mais fundo da caverna. Não consegui reagir pra nada. Apenas deixei ele me levar.

Eu estava certa, tinha um lago subterrâneo aqui. Jinxx me colocou entre duas rochas, na beira do lago azul cristalino. Ele brilhava por causa da luz do sol que entrava não sei de onde. “Certo, talvez foi por aqui que Mattew veio.”

_ Fique aqui. Não saia pra nada. Você sabe não é? Nada de chave... – um estrondo forte. A batalha começou. Comecei a entrar em pânico. Andy era mestre em batalhas, mas isso não significa que era mais forte que Lúcifer. – Por favor, não saia daqui. Senão, todos entramos em perigo. Ouviu bem? Só... - outro estrondo. – vou ver se precisam de mim... – mais estrondos. – e tento voltar. – e saiu em disparada.

Encolhi-me nas rochas, tentando escutar ou sentir qualquer presença de inimigo. Não poderia servir de isca, não mais. Tapei os ouvidos. Os estrondos eram ensurdecedores. Estava com medo, mas não por mim. Pelos outros. Não queria perder mais ninguém, principalmente meu Andy.

_ MALDIÇÃO! POR QUE PERDI MEUS PODERES! LOGO AGORA!!!

Peguei algumas pedras pequenas e comecei a lançar no lago. Desejei meus poderes de volta, profundamente. Desejei saber porque tinham ido. Desejei me lembrar de todas as coisas, mas nada aconteceu. Eu era humana e tinha que aceitar isso.

Outro estrondo, ainda maior. Logo depois, um guincho rouco e fortemente ensurdecedor fez tremer toda a caverna. Sem dúvidas, era de Lúcifer. E bem, acho que ele foi lançado contra a montanha porque depois desse guincho, uma cratera abriu no teto, fazendo algumas pedras caírem perto de mim. E uma delas, veio na minha direção. Me levantei rapidamente e comecei a correr pra mais fundo da caverna.

Não via pra onde estava indo. Estava tudo escuro, fui tateando as paredes e correndo ao mesmo tempo. Até que... Minhas mãos tocaram uma bifurcação, mais parecia uma rachadura gigante. Me encolhi através dela e vi que cabia até mais que três humanos em pé, mas como não via nada, me sentei. Estava ofegante, tentei fazer o que Jinxx me pediu antes e aos poucos fui recuperando meu fôlego.

Mais um estrondo igual ao de antes e pro meu azar, as pedras que se soltaram eram enormes e taparam completamente a entrada da bifurcação.

...


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Notas finais do capítulo

Nada a declarar. u.u Só dizendo que eu gostaria muito se você comentasse.

BVBjos, Jenny



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