Geração Pamerval - A história do início ao fim escrita por Sophie Carsifur


Capítulo 134
Capítulo 134


Notas iniciais do capítulo

E mais um capítulo quentinho saindo do forno...



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Por Pamela:


Depois de tantos livramentos da morte que já tive, achei que daquela não escaparia! God forbid! Mas pensei. Eu havia passado pelo sufoco de quase estar cara a cara com um tubarão, o que deveria pensar? “Ready, I screwed me!”

Mas assim como ele fez desse o primeiro instante em que estivemos juntos, Herval me salvou. Ele sempre salva a minha vida... desde o momento em que fui desperta por ele, até o momento em que voltamos para o quarto, fiquei em puro transe. Ele mais uma vez havia arriscado sua vida pela minha.

No entanto, quase conseguiu estragar um momento sublime como o que eu estava tendo em profunda admiração, com uma de suas belas crises de ciúmes por causa do nosso guia turístico. Que por sinal, estava cada segundo mais interessado em levar a slap in the middle of the face! Um tapa muito bem dado pelo atrevimento em me cantar na frente de Herval.

Ah se o Sr. Domingues bem soubesse o quão lindo ele sempre foi, tanto por dentro como por fora, – principalmente por dentro! – Jamais cogitaria pensar que Luca teria alguma chance comigo! Mas até que foi parcialmente engraçado, até que há sua dose de sentir-se amada, e isso é bom para qualquer woman, então eu relevei.

O problema é que a crise não cessou ali e por mais que eu o amasse, ciúme sufoca! E ele começou a se agravar quando voltamos para casa. Do dia em que chegamos em diante, Herval vinha se afastando toda vez que Ernesto ia me visitar; ficava com aquela carinha irritada, e ao mesmo tempo, sexy, quando eu tocava no nome dele; e eu já não sabia mais o que fazer. Se discutia e impunha a minha vontade, o meu desejo de ter um amigo tão querido como Ernesto por perto, ou se o afastava para evitar brigas.

Só que definitivamente afastar Ernesto não era uma opção. Ele já havia feito muito por mim, e mesmo que tenha tido um passado com sentimentos suspeitos em relação a mim, preferi acreditar que ele havia superado tal coisa.

E está para nascer the man who put me reins! Os ciúmes de Herval teriam que acabar pois ele sabia muito bem a quem eu amava. Então se tínhamos que brigar, brigaríamos! Mas eu não me afastaria de Ernesto por puro capricho de Herval.

Na noite em que Ernesto me ligou, nós combinamos de ir a uma festa na Gambiarra. Na verdade, só aceitei ir porque ele muito insistiu e porque realmente a proposta era tentadora. Além de que é da natureza feminina provocar os instintos masculinos, right?

Mas fiquei na dúvida se contava ou não para Herval sobre a festa. Em todo caso, ia dar briga. Mais cedo – antes de eu sair para a festa, pois ele me pediria para não ir e eu não iria desmarcar – ou mais tarde – depois da festa, quando eu lhe contasse onde estava ao chegar em casa.

Então fomos dormir já que o dia seguinte seria longo. Joaquim iria dormir na casa de um little friend e com isso, não vi mesmo problema em ir à festa. No dia seguinte, ainda na Marra, tive a ideia de em vez de ir escondida para a festa, ligar para que Herval nos acompanhasse à tal.

Hello, baby!

– Oi, meu amor.

– Estou te ligando para te fazer uma proposta irrecusável!

– E que proposta seria essa?

Party! Hoje à noite, vamos?

– Festa? Onde, Pam? – Perguntou, meio desinteressado.

– Na Gambiarra! Ernesto me convidou, mas eu achei que seria mais divertido se você fosse too, o que que você acha?

– Eu acho que o garoto tinha outros planos para essa noite e vai se decepcionar bastante quando me ver. – Disse meio sorridente.

– Você está vendo chifre em ovo, honey! Inclusive, eu acho que você e Ernesto deveriam se entender...

– Aí você já quer demais. Tudo bem, eu vou. Mas vou ter que ficar até um pouquinho mais tarde na Plugar, então a gente se encontra lá, tá legal?

Okay... and then... eu queria ir na Plugar com você, ver umas coisas... – Insinuei.

– Você não perde oportunidade, não é...? – Pergunta, sorrindo e já se animando com a ideia. – Eu vou adorar te mostrar, seja lá o que for que você quer ver.

(...)

Ao fim do dia, voltei para casa, a fim de tomar um banho e trocar de roupa para a festa e encontraria Ernesto também lá. Só esperava que eu chegasse antes dele e Herval se esbarrarem porque just in the third world war e eu não queria ser pivô de guerra alguma!

Após me despedir do Quim, que se preparava para ser levado à casa do little friend por Dorothy, fui para a tal festa. Chegando lá, Ernesto já me apresentou a pista de dança, praticamente me arrastando para lá assim que me viu.

Wait a minute, carismático Ernesto! Eu acabei de chegar, me deixe apreciar a festa antes...

– Melhor eu aproveitar enquanto te tenho aqui, porque você vai acabar querendo voltar para casa mais cedo por causa o Herval, não é não?

Not really... Herval está v...

– Quer uma bebida? – Me pergunta, interrompendo meu raciocínio. Parei, pensei por um instante, e se eu teria que lhe dar com Ernesto e Herval respirando o mesmo ar, precisaria estar muito embriagada, então... aceitei.

Me entreguei à bebida e à dança como se fosse a última vez que o fosse experimentar e em menos de uma hora eu já estava vendo Ernesto com um irmão gêmeo.

– Oh Lucky! Por que não me disse que tinha um irmão?

– M-mas eu não tenho, princesa... – Fala, olhando para os lados.

– Ah! Já sei! Ele é seu irmão gêmeo do mal, que fez você se afastar da little Shelda in Andrômeda, right?

– Mas o Lucky e a Shelda sempre trabalhavam juntos nos episódios de conflito contra a princess Evil, como alguém pode ter afastado os dois? Pera, little Shelda?

– Ops! Falei demais... – Falei, deixando-o confuso e caí na gargalhada.

– Falou demais o que?

– Vai me dizer que não lembra, Lucky? Do passado suspeito entre princess Shelda and Lucky Meteoro?

– Passado suspeito, é? Acho que perdi esse episódio. Conta mais. – Ainda dançando, envolvi meus braços em seu pescoço e encostando a boca em seu ouvido, prossegui:

– Não lembra quando brincávamos de médico... na nebulosa de Órion...? – Ele deu uma leve estremecida, como que arrepiado e eu não tive sequer tempo de rir, quando senti uma mão segurar meu braço e me puxar dele abruptamente.

– O que é que está acontecendo aqui, Pamela?

– Oh! Honey! Você demorou... achei que não viria mais!

– E aí resolveu ficar se agarrando com esse aí?

– Nós estamos dançando apenas, baby... relax! The vibe is crazy... – Continuei da melhor maneira possível, mas ele segurou o outro braço agora, me exigindo seriedade. Coisa impossível quando estou bêbada.

– Pamela, você bebeu ou se drogou?

– Bebi, of course! Não está sentindo o cheirinho agradável e álcool?

– Bebeu quanto?

– O suficiente para ter saco pra aguentar essa sua crise chata de ciúmes! – Me soltei dele e voltei a agarrar Ernesto, que estava meio sem jeito com a situação.

– Vamos embora pra casa! – Tentou segurar meu braço de novo e eu não deixei.

You do not own me, Sr. Domingues! Se quiser ir pra casa, vá sozinho!

– Eu não vou deixar você aqui nesse estado.

– Não devia se preocupar com isso. Estou muito bem acompanhada! – Falei, passando a mão sobre o peito de Ernesto e ele teve que respirar bem fundo para se controlar.

– Você vem comigo agora! – Segurou minha mão e puxando para fora do lugar.

– Me larga, Herval! Não quer se divertir, vá pra casa, mas me deixe aqui! – Chegamos à porta do estabelecimento e ele parou de caminhar.

– Por mais que você esteja merecendo que eu te deixe aí bêbada, sem poder voltar para casa, eu sou seu marido e tenho o dever de cuidar de você! – Me fez entrar no carro e foi para o lado do motorista, emburrado. Passei a olhá-lo durante o trajeto e sua expressão dura parecia não mudar nunca.

– Por que essa cara?

– Você ainda pergunta? – Dei de ombros. – O que que você tava sussurrando no ouvido daquele imbecil, hein? – Revirei os olhos, e achando engraçado, dei meio sorriso. – Não vai responder?

– Estava perguntando se ele não queria ir para um lugar mais reservado! – Ironizei e ele me olhou fulminante. – Of course que não foi nada demais, Herval Domingues! O que você pensa que eu sou?!

– Uma bêbada! Sem noção nenhuma do que está fazendo ou falando!

– Melhor do que ser uma chata! By the way, chato é meu pé! Você tá insuportável! – Dessa vez, ele que revira os olhos.

– O que você tava falando, Pamela? – Insiste.

Oh... shut up, Herval!

– E que intimidade toda é essa? Fala! – Chegávamos em casa.

– Para dançar é preciso estar perto, baby! Ou você acha que iríamos dançar a dois metros de distância?! – Saí do carro tombando.

– Não seria má ideia... – Murmurou.

– Eu não tenho culpa que o meu hubby resolveu me deixar lá plantada por uma hora esperando, okay?! Eu não ia ficar te esperando parada feito um poste!

– Eu avisei que ia demorar um pouco na Plugar! Isso não é desculpa, Pamela!

– Mas que gritaria é essa...? – Dorothy apareceu na sala, onde acabávamos de entrar.

– Sua afilhada está completamente alcoolizada, Dorothy!

– Você não é o meu daddy, okay? – Me apoiei em Dorothy para não cair. – Ele me tirou à força da festa, madrinha!

– Festa? Que festa?

– A maior zorra que tá acontecendo na Gambiarra! Adivinha quem chamou ela! – Ele disse irritado.

– Posso imaginar... mas não tenho nada a ver com isso.

– Qual o seu problema com o Ernesto?! – Dorothy foi saindo de fininho, enquanto eu me dirigia ao quarto e Herval vinha atrás.

– Todos! Aquele moleque não deveria nem ter nascido!

– Tudo isso é insegurança, Mr. Domingues...? – Debocho.

– Quem tá falando de insegurança aqui? – Fala, fechando a porta.

– Ciúmes é insegurança pura! Você tem medo de me perder pra ele, Herval! Admita!

– Por que? Há chances de isso acontecer? – Pergunta em tom magoado e eu suspiro sem paciência.

– Eu vou é tomar um banho! – Dou meio passo e ele segura o meu braço.

– Responde. Tem alguma chance de isso acontecer?


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Notas finais do capítulo

Continua...



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