Crianças das Estrelas escrita por HallsDePreto


Capítulo 6
A escolhida?




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Como dizem: " Fama de garotas gravidas por possíveis criaturas do espaço dura pouco... " - Espera! Eu acho que ninguém diz isso! Bem mais acho que me manter humorada em situações complicadas é uma coisa que não muda em mim.

Bem como dizia, depois de alguns minutos de ter salvo a vida da idosa as pessoas se afastaram e voltaram para suas rotinas, bem o fato de eu não responder perguntas nenhuma que eles fizeram para mim pode ter contribuído. No fim das contas eu devo ter ficado como: Apenas uma coincidência. Mas, pelo menos por um minuto eu pude me sentir bem diante dos meus problemas.

Agora tinha que voltar a dura realidade que estava passando, até... Eu me dei conta que minha mala não estava mais ali! Será que alguém pegou enquanto as pessoas me rodeavam? Eu comecei a olhar de um lado para o outro para achar algo caminhei alguns centímetros onde estava mais nada encontrava.

Já cansada ( Claro quando me joguei em cima de velhinha um homem grande me jogou do outro lado ) me sentei na calçada e me pus a chorar. Poxa... Uma coisa boa durou 5 minutos... E a mala, nem sei se um dia volto a vê-la. Chorando ainda pude ouvir alguém me chamado vinha de dentro de um beco er algo como:

– Ei! Psiu! Olhe aqui! Menina!

Eu me levantei enxuguei minhas lagrimas e fui devagar seguindo o som até ele me levar em um beco onde a mesma velhinha que salvei a vida a alguns minutos se encontrava. Assim que ela me viu sorriu e se sentou em meio uma especie de cabana. Somente umas telhas velhas faziam um teto em cima de um monte de colchões, talvez para protegê-los da chuva.

Eu fiquei ali em pé olhando para ela em silêncio, que olhava para o horizonte pensativa. Ela tirou um cigarro de seu sutiã e o pôs na boca, sem olhar para mim ela perguntou:

– Ei, você não teria um esqueiro ai? Teria?

Eu fiquei meio indignada com a pergunta, ela me chamou só para perguntar sobre um esqueiro?!

– Calma menina, só estou brincando! - Ela tirou um esqueiro no sutiã dessa vez. - Olha! Eu tenho um! - Então ela o acendeu. - Venha, não fique com medo... Você salvou minha vida, deixe eu tentar salvar a sua!

Eu ainda não estava certa se ela estava falando sério ou rindo da minha cara.

Mais antes que eu pudesse responder algo a fome me veio e meu estomago roncou tão alto que podia ser ouvido a 2 quarterões de distancia! ( Talvez nem tanto).

Eu fiquei vermelha com a situação, botei minhas mãos na barriga.

– Você está com fome... - Disse a idosa tirando om cigarro da boca e mexendo numa bolsa de onde tirou um pedaço de pão. Então ela jogo-o em minha direção que o agarrei num susto.

Estava vermelha... Quem diria que uma pessoa que a puco estava esmolando para fugir da miséria estaria ajudando outra miserável?

– Uma gravida deve se alimentar muito bem... - Falou ela soltando a fumaça do cigarro de seus lábios.

Eu caí de joelhos no chão olhando para ela apavorada, olhei para o pão dei uma mordida e perguntei com a boca cheia:

– Como?

– Não fale de boca cheia...

Eu estava tão acabada que o fato de ela saber não me surpreendia e sim me irritava! Então com lagrimas de ódio, tristeza, duvida e fome... Eu gritei:

– Por que eu? - O grito foi tão alto e intenso que me fez chorar tudo que eu guardei desde o momento que tive aquele maldito sonho.

Larguei o pão no chão, e ainda de joelhos com a cabeça em cima dos braços chorei... Chorei muito. Então a velha senhora se levantou num suspiro e se aproximou até mim, se sentou do meu lado e passou as mãos nos meus cabelos.

– Querida... Não chore, as vezes algo acontece, mais se ele vai ser bom ou ruim ou não, vai depender dos olhos que usaremos para descreve-lo!

Eu não fazia a menor ideia do que ela estava tentando me dizer só ódio me vinha a mente.

– Não é justo...

– E por quê não? Você não está olhando isso do modo certo apenas...

Já cansada daquela situação eu me levantei estava de cabeça quente não gostava de ouvir sobre o que ela dizia.

– Ah, eu não estou sabendo olhar da maneira certa? Eu levei uma surra por um filho que eu não fiz! Fui expulsa de casa! Fui chamada de Vagabunda! E agora não tenho nem o que comer ! e você vem me dizer que eu não estou sabendo olhar isso com os olhos certos?! Franca... - Antes que pudesse terminar a moça se levantou e me abraçou, nossa foi uma abraço muito inesperado para mim eu arregalei os olhos assustada. Uma de suas mãos na minha cintura e outra em minha cabeça fazendo minha cabeça ser prensada em seu peito.

– Pode chorar. - Disse ela num tom de voz muito agradável. Então... Eu chorei... Eu acho que precisava disso depois de tudo que passei.

De depois de um tempo estávamos nos duas sentada eu finalmente estava comendo algo.

– Melhor agora?

Eu só fiz que sim com a cabeça, meus olhos ainda estavam inchados depois de tanto chorar e eu comia como uma condenada um sanduíche.

– Soraya... - Murmurou ela.

– Hã? - Eu não havia entendido o que ela disse.

– Eu me chamo Soraya! - Respondeu ela orgulhosa.

– Hum, eu me chamo Gaby... - Eu soltei eu pequeno sorriso no meu rosto.

– Bom depois que você terminar de comer Gaby temos muito a conversar...

– Sobre o que? - Perguntei eu de boca cheia.

– Argh! Que nojo! Não fale de boca cheia.

Então eu engoli o que estava na cabeça e me desculpei.

– Vamos falar sobre... Mãe das estrelas...

– Mãe... Das estrelas?


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