Memories of Tears... escrita por Elaine


Capítulo 3
Capitulo 03: My Memories...


Notas iniciais do capítulo

Ta legal, pelo menos eu acho que deve de estar... eu gostei!!!!

Boa leitura ^.^



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Here's My Life (BarlowGirl)

"Sempre é difícil pensar que já tinha passado tanto tempo, cinco anos era muito tempo, um grande espaço perdido por ambas as partes, não só para os dois como para o pequeno menino também, viver cinco anos sem a mãe, sem os afetos, os carinhos, os afagos, os beijos protetores que só a mãe podia dar era algo que não se pode substituir, nunca teria algo parecido, porque esse tempo tão precioso foi perdido, mas não devemos viver do passado, é o presente que deve ser desfrutado e o futuro que deve-se almejar, mesmo que tenha sido magnifico o passado ou doloroso, é preciso ser deixado pra traz pra poder continuar, não significa que é necessário esquecer, mas o futuro é feito do presente, e o presente é feito do passado e do passado fazemos as lembranças, as memorias, aquelas que devemos sempre lembrar e relembrar quantas vezes forem necessárias pra saber que aconteceu, que estivemos la, que presenciamos, que vivemos tudo aquilo, lembranças são feitas pra sempre recordar do que nos é significativo, do que é importante, mas principalmente, saber que passou, que é passado, que aquilo não vai mais voltar, porque assim é a vida, nada é eterno, tudo acaba um dia, sedo ou tarde, mas sempre chega a hora que acabara...

Mas isso não quer dizer que não podemos adiar esse "fim", que não podemos viver o máximo possível aqueles momentos, que não podemos desfrutar o melhor da felicidade, sempre há uma segunda chance, pra todos e tudo, e dessa vez, são eles que terão a sua tão preciosa segunda chance, não porque alguém teve pena deles, não porque eles eram os protegido, ela sofreu, ele sofreu, mas não desistiram, apesar de ter aqueles momentos que ele se viu na oportunidade de abandonar tudo, ele não o fez, quando ela estava na total perdição, que ela estava na beira do precipício, onde uma mão lhe puxava pra baixo, ela não pulou, deu meia volta e tentou mais uma vez sonhar com as lembrança, não pensem que eles terão um segunda chance porque tem prioridade, o destino é cruel, ele não daria uma segunda chance por mera generosidade ou por pena, mas era o certo, mesmo ela indo contra o seu destino, contra o que lhe foi prometido, ela ainda tinha uma oportunidade de uma vida, ou melhor, de três, onde ela poderia em fim reencontra-los, mas ela se esqueceu, lhe foi privado essa benção, ela simplesmente se esqueceu o porque de ter uma nova vida, e isso não podia, acontecer, não naquele dia, não naquele momento, não com ele..."

Ele estava deitado olhado o teto branco como tantas vezes, não estava a fim de ir em um trabalho, também nem precisava, seu pequeno não estava com ele, estava com Lucy e Natsu, uma vez por semana eles buscavam o pequeno Lenyu pra passear, Gajeel não absolutamente nada pra fazer, estava com uma vontade enorme de dormir muito tempo, como fazia antigamente, mas como se estivesse repreendendo-o, uma voz fininha soou pela sua cabeça.

[— Não seja preguiçoso, levante-se e vai fazer alguma coisa.]

Um sorriso de canto se fez presente, ele levantou e saiu da casa, indo em direção da floresta, fazia um tempo que não treinava, seria bom fazer um treino básico agora.

Quando chegou na floresta, ele presenciou uma coisa estranho, Mavis, a primeira mestra da Fairy Tail, estava lá, sentada numa arvore olhando o céu azul, sua face estava seria e parecia muito preocupado, quando ela percebeu a presença, desviou seu olhar pro moreno e como se não tivesse nenhuma preocupação, sorriu como se fosse uma criança, Gajeel se aproximou mais da arvore tendo de levantar a cabeça pra poder olha-la.

— O que faz aqui, Primeira? — perguntou levantando uma das sobrancelhas e cruzando os braços.

A loirinha pulou la de cima ficando a frente dele, apesar de bater abaixo dos ombros dele e com um sorriso, respondeu.

— Eu queria pensar antes de falar com você — fez uma pausa e fechou os olhos, suspirando em seguida — Mas, como você já apareceu, acho que não tenho mais tempo — fez outra pausa e abriu os olhos, com uma expressão muito mais seria do que antes — Gajeel, tenho algo muito importante pra falar com você.

Gajeel ficou um pouco tenso e assustado com a primeira, aquela era a primeira vez que a via tão seria e preocupada, Gajeel não sabia o porque, mas estava tão preocupado, estava de um jeito que a muito tempo não ficava, estava como quando Levy morreu, aquela mesma sensação de impotência, inutilidade, tristeza e raiva voltava pra ele naquele momento, e ele não fazia a minima ideia do por que disso, ele respirou fundo.

— Do que se trata essa conversa? — perguntou com a voz um anto vacilante, um certo medo era perceptível na sua voz, Mavis juntou as sobrancelhas mais preocupada ainda.

— É um assunto muito delicado, é sobre uma pessoa muito importante pra você — fez uma pausa pensando se contava à ele ou não, mas acabou sedendo — É sobre Levy.

Os olhos dele se arregalaram, seu corpo estremeceu, tudo ao seu redor pareceu perder o foco, era como se tudo parasse por um momento, tudo parou, seu coração pulou uma batida, ele sentiu seu corpo estremecer e suas mãos suaram, e sua respiração assim como as batidas de seu coração aceleraram.

— Sobre a minha... Pequena? — perguntou num fio de voz angustiada.

[...]

— COMO É POSSÍVEL!? — se exaltou, incrédulo, com o que acabara de ouvir — NÃO BRIQUE COMIGO — ele se levantou da cadeira e bateu com as mãos na mesa — ELA NÃO PODE ESTAR VIVA, ISSO É... — pausou um pouco fechando os olhos e abaixando a voz — ... Isso é impossível, eu vi quando ela desapareceu — mais uma vez a dor e angustia da perda era presente na voz dele — Eu senti, quando ela sumiu, que não estava mais aqui, ela estava nos meus braços, bem aqui quando eu a perdi - sentou-se novamente se acalmando.

Mavis levantou da cadeira e tocou o rosto dele, ele levantou o olhar pra menor e encontrou um sorriso sincero.

— Não estou brincando — retirou as mãos do rosto dele — Ela realmente esta viva, Levy não morreu, meu filho — inclinou a cabeça um pouco pro lado e deitou-se na mesa — Levy ainda esta viva.

Gajeel não podia acreditar, isso era realmente verdade, a primeira não estava mentindo, muito menos brincado.

— E onde ela esta? — indagou, Mavis já podia sentir o desespero dele sumir e se transformar em alegria.

— Ela esta bem longe daqui, mas e vou te levar até ela — se levantou acompanhada do moreno.

Gajeel estava preocupado e, ao mesmo tempo, estava feliz, ansioso, depois de tanto tempo, depois de tanto sofrimento e saudade, ele poderá vê-la novamente, poderia toca-la, senti-la, eles estariam no mesmo lugar outra vez, Gajeel pensava que seu tormento tinha acabado, mas, bem, como todos sabem, o destino é cruel, ele prega peças nas pessoas, deixa elas loucas, deixa elas perdidas no seu próprio sofrimento, afoga-as nas trevas da solidão, deixa suas lagrimas de medo secarem sem que uma ajuda venha, o destino é cruel a ponto dr tirar um filho recém-nascido de uma mãe desesperada, Gajeel sabia que ele era cruel, mas o moreno pensara que ele tinha cansado de tortura-lo, mas não era isso que o cruel destino lhe reservava.

[...]

Era difícil andar naquele lugar, Mavis o tinha levado em uma caverna, o cheiro fétido do local atrapalhava seu ofato, quando tentava cheirar o ar, tudo que sentia era um cheiro forte de mofo e ervas, era escuro também, tudo que ele conseguia ver era por causa de rochas magicas que iluminava o caminho, a unica coisa que conseguia ouvir era a água que escorria das estalactite e batia nas posas d'água.

Gajeel já estava com duvida se aquele era realmente o lugar onde a azulada estava, ele não conseguia sentir a presença dela ou sua magia, era como se nada estivesse naquela caverna, quando tentava sentir o cheiro dela, nem mesmo o rastro aparecia, aquela gruta parecia tão vazia quanto ele, e fazia tanto tempo que estava adentrando aquela gruta e nem uma palavra da primeira, que estava deixando-o agoniado.

— Primeira — chamou, sua voz arrastada carregava cansaço e agonia, Mavis olhou-o pelo canto do olho sem tirar a atenção do caminho — Tem certeza que ela esta aqui? —perguntou.

Ele estava cansado, cansado de ter esperanças fúteis, sem fundamento, aquilo o estava matando por dentro, Mavis suspirou e parou, sem responde-lo, ela apontou pra uma parede.

— Quebre-a! — ordenou à ele.

Gajeel chegou perto, analisando a parede, ela era escorregadia e muita água escorria pelos seus cantos, ali era onde o cheiro de ervas mais se intensificava, ele deu dois soquinhos com as costas da mão, o dom ecoou pelo lugar, parecia ser oco do outro lado, como se tivesse uma sala escondida embaixo de água e poeira.

Gajeel respirou fundo e soltou o tetsuryu no houkou na parede, derrubando e levantando muita poeira, quando a poeira baixou, ele observou a pequena sala, parecia antiga e fedia a ervas e mofo mais do que tudo, ele sentiu o intuito de tampar o nariz pelo cheiro horrível que se formava ali, mas paralisou, nem se mexer conseguia, bem ao fundo da gruta, ela estava la, deitada no chão gélido da caverna dormindo profundamente,ou desmaiada, ele não sabia distinguir, sua respiração ia e voltava devagar, como se estivesse com dificuldade de respirar, a pele estava exageradamente pálida, num aspecto doentia, como se a muito não tomasse sol e talvez não tomasse mesmo, pensou Gajeel, como se não bastasse o fato do aspecto dela parecer doentia, seu rosto mudava constantemente de expressão, de dor para alivio e de alivio para dor novamente.

Gajeel teve o instinto de correr até ela, mas teve o braços segurado pela primeira, que o encarava estranhamente seria.

— Espere um segundo — disse largando-o e se pondo a sua frente.

Ela abaixou e pegou uma pedra qualquer e tacou contra a azulada, Gajeel ia xinga-la, perguntar por que fizera aquilo, mas não o fez, a pedra antes mesmo de chegar meio-metro perto da baixinha, ricocheteou, parando no meio do caminho e virando pó, como se alguém a tivesse amassado estre os dedos, Mavis suspirou e passou a mão no rosto, tirando os fios de cabelos que grudavam no seu rosto.

— Eu sabia — disse pareceu pensar um pouco, antes de se virar para o moreno — Ela esta protegida pela magia do suicídio — disse um pouco exitante, agora ela achava que não tinha sido uma boa ideia traze-lo naquele lugar — Acho, não tenho certeza — ela fechou os olhos e abriu novamente, agora com certo arrependimento no olhar — Vai ser impossível tira-la daqui sem deixar sequelas, sem causar danos nela e... — dirigiu o olhar pra azulada deitada no chão, suspirando logo em seguida — ... e em você.

Sua voz estava carregada de culpa, como se aquela fosse uma das piores coisas que ela já tinha feito e, de fato, era, já que ela causaria muita dor neles, ela não deveria ter,trazido ele até aquele lugar, realmente, foi um erro desde o começo.
Gajeel juntou as sobrancelhas, confuso.

— Do que esta falando?! — ele já começara a ficar exaltado e não escondia isso na voz um tanto arrogante — Ela estava bem ali, por que não podemos tira-la de la?

A primeira suspirou pesadamente e andou até a menina.

— Vou mostrar porque não podemos tira-la daqui — ela parou um pouco antes de onde a pedra parou e estendeu a mão.

Sua mão colidiu com algo, parecia uma parede de vidro, mas o que realmente o surpreendeu, foi a corrente elétrica que a parede liberou e arremessou a loirinha um pouco pra traz, Gajeel arregalou os olhos.

— O que foi isso? — perguntou um pouco assustado, mesmo longe ele pode sentir o tamanho da eletricidade que aquela parede continha.

— Isso... Isso é a barreira... Para que ela... Não possa sair sem pagar... O preço por usar a suicida — disse ofegante se recuperando do choque levou — E tem outro motivo por dificultar a saiada dela — dessa vez Gajeel não disse nada, apenas esperou que ela continuasse.

Mavis caminhou mais uma vez ate a menina e parou no mesmo lugar de antes, porem dessa vez não tocou na parede.

— Levy — chamou a baixinha que se remexeu, Gajeel correu até a loirinha e ficou ao sei lado, ansioso pra ver os olhos dela outra vez — Levy, por favor, acorde.

Levy se remexeu outra vez e se levantou, o coração dele foi a mil, o olhos castanhos dela se encontrou com os escarlates dele, Gajeel sentiu como se levasse um tapa no rosto, os olhos dela não demonstrava nada, nem surpresa ou felicidade por vê-lo, era como se eles nunca tivessem se visto.

— Quem... São vocês? — perguntou inclinando a cabeça um pouco pro lado.

O mundo dele desmoronou, como pode ela não o reconhecer? O que estava acontecendo ali? Era uma piada, não? Tinha que ser uma piada, ele não suportaria a perder de novo.

— Ela não pode sair, principalmente, porque ela não se lembra como — Mavis disse e desviou um olhar culpado pra ele — Ela não se lembra quem é ou... Quem você é.

Tudo que Gajeel queria naquele momento era que aquilo acabasse e eles pudessem voltar pra casa, mas pareceu mais improvável ainda, sem saber bem o porquê, seus olhos umedeceram, mas ele não se permitiu chorar, não naquele lugar, não naquele momento.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!!!

Comentem ta ^.^



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