Depois do chamego e carinho no sofá, os dois subiram as escadas, pararam no meio do corredor, e olharam para os lados, como era difícil se despedir e ir cada um para seu quarto, Oliver pegou a mão dela e deu um beijo na parte superior.

– Nos vemos amanhã. – Ela assentiu. Os dois viraram de costas um pro outro, seguraram a maçaneta da porta de seus respectivos quartos, mas algo estava faltando e os dois sentiram isso, Oliver virou-se e a puxou pelo braço, a fazendo girar e chocar-se com o corpo dele, deu dois passos e a encostou na parede, perdendo seu corpo contra o dele. Olhou intensamente os olhos dela que estavam perdidos nos dele, esboçou um leve sorriso, e a beijou com urgência, desceu as mãos até a coxa dela e apertou a fazendo arfar, Felicity envolveu as pernas no quadril dele, encaixando bem seu quadril no dele. Sentiu um arrepio percorrer todo o corpo, quando sentiu o sexo dele em suas coxas. Ele estava pronto para ela, mas algo gritava para ter calma. Ele afastou os lábios dos dela.

– Calma. – Sussurrou. Felicity colocou os pés no chão, e abaixou o vestido, estava queimando de desejo por ele. E estava se sentindo frustrada. Qual o problema? Juro que sempre quis encontrar um homem que antes de fazer sexo pedisse calma e paciência, mas Oliver esta mexendo com meus hormônios. Estou enlouquecendo de tanto desejo por ele. Dizia mentalmente.

– Ok. – Disse um pouco decepcionada com ela mesma. Oliver encostou os lábios nos dela.

– É melhor dormirmos. – Oliver pensava que um banho gelado não ia ser o suficiente, quem sabe uma banheira cheia de gelo. Desvencilhou-se do corpo dela e rapidamente entrou no quarto.

– Qual é? O que esta acontecendo comigo. Sempre foi tão fácil fazer sexo. E agora eu quero calma? O que esta acontecendo comigo? O que essa mulher esta fazendo comigo? – Oliver estava confuso, para ele fazer sexo era tirado de letra, sempre passava a noite com alguma mulher, hora uma hora outra, mas definitivamente não sabia o que estava acontecendo com ele, entrou bruscamente no banheiro e ligou o chuveiro, outro banho gelado para acalmar seus hormônios que gritavam.

Felicity deitou na cama, sua respiração ainda estava frenética, seu corpo ainda queimava, clamava por um simples toque de Oliver, se revirava de um lado para o outro na cama e o sono não chegava, jogou as cobertas para o chão e deitou de bruços, nada, sem sinal de sono, virou-se de barriga para cima, penteou os cabelos com a mão, observou o teto, nada, pegou o travesseiro e andou até a porta a abrindo e atravessando o corredor, sorriu quando viu que a porta do quarto de Oliver estava aberta, entrou e ficou um tempo observando ele dormir tranquilamente.

– Não, é muito cedo para isso. – Concluiu. Virou as costas para sair do quarto, mas foi impedida pela voz de Oliver.

– Não é cedo. – Oliver falou se sentando na cama, ela o olhou confusa. – Eu tenho um sono leve, acordei quando vi o barulho da porta, apenas fiquei com os olhos fechados, pelos passos leves e o perfume deduzi que era você. – Disse com a voz sonolenta.

– Não consigo dormir. Posso dormir aqui? – Perguntou acanhada. Os lábios de Oliver desenharam um enorme sorriso.

– Vai ser bom. – Felicity pulou ao lado dele na cama, se aninhou no peito dele, e não precisou de muito tempo para adormecer.

[...]

Oliver acordou primeiro que ela no dia seguinte. Levantou da cama com cuidado, pegou seu celular, e saiu do quarto, preferiu fazer a ligação em um lugar que não fosse o corredor, aproveitou que o quarto de Felicity estava vazio e entrou ali mesmo, precisava falar com alguém que o conhecia muito bem.

‘Alo? – Escutou uma voz sonolenta do outro lado da linha.

– Helena, preciso da sua ajuda. – Disse rapidamente.

‘ Ok... O que aconteceu Oliver? – Helena parecia preocupada.

– Estou travado, não consigo fazer sexo. – Disse se arrependendo depois, pois Helena soltou uma gargalhada. – Helena. – Falou com a voz grossa.

‘ Oliver você esta fazendo piada comigo? Eu não posso acreditar nisso. O que aconteceu? Quem fez você travar?’

– Felicity. – Oliver falou sem pestanejar.

‘ Oh meu Deus eu sabia que essa menina ia dar trabalho para você, mas não nessa dimensão. – Helena reprimiu outra gargalhada. – Você esta travado. Deixa eu pensar. – Helena ficou um tempo em silencio, Oliver escutava apenas a respiração dela.

– Helena. – Chamou.

‘ Oliver você pensa em passar mais noites com ela? Por que pode ser isso, você esta com medo, sua vida foi sempre uma mulher por noite, e agora você tem medo de tranzar com ela, gostar, e não ter vontade de despachá-la. – Helena ficou em silencio novamente. – Essa garota esta mexendo mesmo com você. Não tenha medo Oliver, se ela é especial curta o momento. – Oliver guardou tudo na cabeça, medo? Será mesmo? Perguntou-se.

Saiu do quarto dela e a encontrou com Sara no corredor, as duas olharam surpresas para ele, que não sabia o que fazer.

– Recebi uma ligação, não queria acordar você. – Olhou para Felicity.

– Então vocês estão juntos? – Um breve silencio predominou o lugar. – Hum vácuo. – Sara falou. – Então Fel, vamos ao concerto essa noite?

– Sim. – Ela respondeu. Sara seguiu o caminho até as escadas, os dois ainda olhavam para ela.

– Que concerto? – Perguntou Oliver.

– No teatro, o diretor do concerto é amigo do meu tio, e ficou sabendo que eu estava na cidade, com meus amigos, mandou alguns convites. – Felicity apertou o braço de Oliver o fazendo olhar para ela. – Você vai como meu acompanhante?

– Isso é um convite? – Ela assentiu. – Acho que não devo recusar um convite seu. – Os dois aproximaram os lábios.

– Ó meu Deus eu sabia que existia algo entre vocês. – Escutaram a voz de Nyssa, ela estava parada no corredor com um sorriso no rosto. – O pessoal já sabe disso? – Felicity negou. – Apostei com Roy que vocês estavam juntos. – Ela deu um pulinho de alegria. – Ganhei. – Foi até a porta do quarto de Thea e Roy, e bateu o punho na madeira. – Roy....Roy quero meu dinheiro. – Roy e Thea saíram atordoados do quarto.

– Ei Nyssa ta maluca? – Thea parecia furiosa.

– Mas que confusão é essa? – Ray saiu do quarto. Oliver e Felicity se olharam. E saíram de fininho deixando eles discutido.

– Bom não temos, mas problemas em se esconder, definitivamente seus amigos são malucos. – Os dois riram, Quando chegaram na cozinha Sara já estava tomando café, Felicity largou a mão de Oliver, e deu um beijo no rosto da amiga.

– Estamos juntos Sara. – Ela sorriu olhando para os dois.

– Estava pensando em deixar vocês dois presos na dispensa, a porta é forte, duvido que você daria conta. – Olhou para Oliver que sorriu. – E quando Lowton saber que você esta se relacionando com o seu guarda-costas? – Sussurrou no ouvido de Felicity, que deu de ombros.

[...]

O dia passou rápido, Oliver se enturmou um pouco com os amigos de Felicity, o concerto ia acontecer no teatro de Sydney ás nove da noite, as mulheres começaram a se arrumar, claro antes dos homens.

– Ei vai colocar e tirar mais quantos vestidos, isso esta me fazendo ficar tonta. – Sara disse fazendo graça depois do terceiro vestido que Felicity tinha experimentado.

– Você não vai se arrumar não? – Sara sorriu e saiu do quarto, deixando Felicity e suas duvidas, ela olhou para os vestidos que ainda não tinha experimentado, um era rosa e longo, com um decote saliente na frente, o outro era azul um pouco mais curto, tomara que caia, que delineava bem as curvas dela, ela olhou para os dois em duvida até escolher o azul.

Vestiu-se, maquiou-se e prendeu os cabelos em um coque despojado, se olhou no espelho ainda com certa duvida, será que ele vai gostar? Perguntava-se vendo seu reflexo no espelho. Escutou a porta do quarto se abrir e pelo espelho pode ver Oliver em toda sua elegância, vestia um terno que caia perfeitamente bem nele, ai a duvida foi maior ainda, será que estou a altura dele? Jogou para longe sua baixo estima e fixou os olhos nos dele, Oliver estava fascinado por ela, ela era linda, suas curvas perfeitas, suas coxa salientes, seus ombros nus, suas bochechas rosa, a cor vermelha de seus lábios, teve vontade de beijá-la, mas ela estava tão linda que teve medo que seu batom manchasse, e seus cabelos arrepiassem.

– Como es...

– Esta lin..

Os dois falaram juntos e pararam na metade da frase.

– Desculpe, você primeiro. – Diz Oliver ainda com os olhos fixos nos dela.

– Como estou? – Ela girou o corpo com toda sua graciosidade. Oliver engoliu em seco, levou a mão até a gravata e a afrouxou.

– Esta linda. – Queria dizer mais, mas aquilo bastava. Ela esboçou um sorriso, para ela apenas o olhar dele fitando ela dos pés a cabeça bastava.

– Huum. Você usa terno. – Ela se aproximou dele, e o puxou pela gravata, selando seus lábios, em um beijo calmo.

– Sempre tenho um em minha mala. – Os dois ainda estavam com os lábios unidos.

– Esta na hora. – Sara avisou e em seguida deixou os dois a sós novamente.

[...]

Eles chegaram todos juntos ao teatro, estava decorado luxuosamente, o concerto era de musica clássica, os assentos já estavam reservados para Felicity e seus amigos, bem a frente da banda, eles todos se sentaram e ficaram em silencio, ia durar cerca de duas horas.

[...]

Chegaram exaustos em casa, a maioria subiu para os quartos, Soares foi para o quarto que Olga tinha lhe arrumado, e Felicity e Oliver foram até a cozinha, ela encheu dois copos com água, entregou um para ele, e outro ela bebeu.

– Você odeia concertos né? Notei que você quase dormiu. – Disse depois de largar o copo na pia.

– Sim eu não gosto, e dá sono aquelas musicas. – Felicity deu a volta e sentou sobre a mesa, bem na frente dele.

– Eu também não gosto, mas Sara, Nyssa e Thea gostam, elas adoram isso, entendo Nyssa o pai dela ensinou desde pequena a gostar de clássicos, e ela ensinou Sara a gostar também, mas... – Oliver levantou-se e colocou o dedo indicador nos lábios dela, delineou-os com o polegar, trocaram um olhar intenso e cheio de paixão, até seus corpos cederem ao desejo.

Oliver a beijou loucamente, soltando seus cabelos e os bagunçando, Felicity envolveu as pernas no quadril dele, e sentiu seu corpo arrepiar quando os lábios dele encostaram-se em seu pescoço.

– Oliver. – Ela gemeu quando sentiu os dentes dele cravar no lóbulo da sua orelha. – Acho melhor irmos para o quarto. – Disse em meio a delírios. Rapidamente Oliver a pegou em seus braços e subiu as escadas da mansão, pouca distancia até o quarto, mas que para os dois estava sendo uma eternidade, Oliver entrou no quarto dela, com ela em seus braços, empurrou a porta com o calcanhar, colocou ela de pé no chão, e fitou todo o corpo dela, como é linda, dizia para si mesmo.