Asas Congeladas escrita por Beliel


Capítulo 5
Esquecimento parte 2


Notas iniciais do capítulo

Mil desculpas pelo atraso! Acho que terei que por um alarme pra me lembrar!!
Enfim fiquem com um capítulo de cenas lindas e fortes hahahaha!



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–Por que aceitou a missão? –Nemêssis perguntava. –Nem chegou a ouvir o que era.

–Não importa. Eu nunca mais vou deixar alguém mexer com a vida de ninguém assim. –Beliel tinha os olhos tingidos de violeta.

–E você Bucky, concorda?

–Sim. –Ele estava quieto pensando em si mesmo.

–Tudo bem, então vou lhes contar sobre o que se trata. –Ele trancou a porta. –A HIDRA tinha morrido aparentemente, com a SHIELD, porém alguns soldados sobreviveram e decidiram recomeçar a HIDRA, assim como Fury recomeçou a SHIELD. O nome não é mais HIDRA, e sim SOTH. A AA não se preocuparia, claro. Mas encontramos dois agentes infiltrados aqui, estão na prisão de alta segurança daqui, se recusam a falar, esperava que você pudesse arrancar algo deles. Enfim, dois meses atrás houveram sumiços de mutantes, aparentemente eles cansaram de fazer seus mutantes quando há alguns disponíveis por ai. Semana passada um banco de dados da SHIELD foi atacado. A missão de vocês seria encontrar a SOTH e destruir a base central, resgatar os mutantes e recuperar os dados, mas não os devolvam, precisamos dos mutantes e dados. Entenderam?

A missão não era limpa, nunca foi. A AA ficaria com os mutantes e dados, provavelmente mataria muita gente inocente e torturaria os mutantes, mas ambos (Beliel e Bucky) já haviam feito tanta coisa que isso não pesaria em suas consciências.

–Sim –Os dois repetiram juntos.

–Ótimo, o treinamento dos dois começa amanhã, hoje vocês tem o dia de folga, podem até sair da AA, mas terão de ter rastreadores e de noite farão os agentes duplos da SOTH falar.

–Por mim, pode pegar a seringa dentro de sua gaveta. –Beliel falou, escorando na parede.

–Bucky? –Nemêssis perguntou.

–Pegue. –Segundos depois ambos estavam com rastreadores em seus braços e sendo encaminhados para a ala de roupas.

–Peguem o que quiserem. –Um agente mais novo falou.

–Qual seu nome? –Beliel perguntou.

–Alex Turner, Senhorita Belona. –Ela estremeceu ao ouvir o seu nome.

–Obrigada, agente. –Ela entrou levemente perturbada. Começou a mexer nas roupas limpas e escuras, achou um sobretudo de seu tamanho, cobriria bem as asas e uma calça jeans surrada, coturnos com salto inadequados para uma luta, mas preferiu ficar com esses.

Bucky estava do outro lado da sala, não sabia o que vestia, não vestia uma roupa normal fazia muito tempo. Ela riu de sua confusão.

–Ei, eu gosto da jaqueta de couro que cobre bem seu braço e a calça jeans preta, uma blusa de lã por baixo e, oh! Esses coturnos marrons! Está pronto. –Ela empurrou ele até o provador e foi para o seu lado provar as roupas. Alguns minutos os dois estavam prontos e devidamente agasalhados. Beliel pegou sua bandana e torceu o nariz.

–Como vou sair com essa cicatriz? –Ela se perguntou.

Bucky fez uma careta de culpa.

–Não se culpe. –Ela disse imediatamente.

–Não posso. –Ele estremeceu mas sorriu.

–E se você usasse um cachecol?

–Vermelho! –Ambos exclamaram e riram.

–E os olhos? –Ela perguntou.

–Óculos escuros! –Ele pegou um modelo de 68 e colocou no rosto dela. –Gostei.

–Obrigada Bucky! Ah, luvas para a mão metálica. –Ele aceitou o par de luvas de couro e ambos saíram da sala, sendo acompanhados por Alex até a porta de saída da AA.

–Minha moto está ali. –Ele disse casualmente.

–Tudo bem. –Subiram na moto, as mãos dela segurando a cintura dele, ela pode sentir os músculos definidos e retos. Lembrou de algo.

–Aonde vamos? –Ele perguntou.

–Ah, não sei. Podemos ir ao parque aqui perto. –Ele acelerou a moto e ela amou sentir o vento em seus cabelos.

...

Eles chegaram e desceram da moto, em silêncio, sentaram no banco perto do lago. O olho roxo dele despertava curiosidade em crianças, ocasionalmente alguém perguntava como ele havia arranjado aquilo. Ele dava de ombros.

Eles ficaram quietos, observaram crianças passar, mães apressadas, meninas carentes, meninos jogando bola, pais ocupados, senhores e senhoras de idade e soldados que não faziam ideia de quem eles eram.

Em certo momento ela pensou em escorar a cabeça no ombro de James, mas mudou de ideia. Apenas abaixou e pegou um punhado de neve, ele intrigado observou ela fazer uma bola e sorrir maliciosamente para ele. Jogou a bola de neve em sua cara.

–Ei! –Ele ralhou, mas ela se matava de rir. Ele pegou um punhado e esfregou nos cabelos dela.

Logo ambos estavam fazendo uma guerra.

Duas crianças curiosas chegaram e Beliel se virou para a menina mais nova.

–Vamos brincar? –Ela perguntou em alemão fluente.

O menino deu de ombros e jogou uma bola de neve em James, que gargalhou em seguida, jogando uma na menina. A confusão de neve e risos atraiu mais pessoas e então uma guerra de mais ou menos vinte pessoas se sucedeu. James rindo e Beliel atrapalhada com seu casaco cheio de neve.

Ele jogou uma bola no rosto de Beliel, que franziu a sobrancelha e se jogou em cima dele. Ele caiu na neve rolando com ela e ambos riram, sentindo seus hálitos gélidos contra seus cabelos, ambos compridos.

–Que bom que não cortou o cabelo. –Ela sussurrou, ele não podia ver, mas achava que ela sorria.

–Eu gosto dele assim. –Sorriu.

–Eu também. –Ela pegou uma mecha de cabelo dele com as pontas dos dedos congelados.

O rosto de Beliel fica pálido e se contorce de dor, seus olhos ficam melancólicos e ela põe a mão direita na barriga, que sangra.


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Notas finais do capítulo

ALGUÉM COM DÓ DA BEL????



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