E Se fosse verdade? 2 escrita por PerseuJackson


Capítulo 7
Revejo o meu lugar favorito


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal!



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Chegamos ao pé da Colina Meio-Sangue. Ainda bem, por que Percy ficava olhando toda hora para a máscara em minhas mãos. Isso me deixava desconfortável. Ele tinha dito que havia sonhado com ela, e eu não gostava disso.

Olhei para cima, através da janela do táxi, e vi o pinheiro de Thalia bem no meio da colina. E notei algo brilhando e reluzindo no galho mais baixo.

— O que é aquilo? — perguntei.

Percy olhou.

— Ah, é o... — ele se interrompeu, olhando para o taxista. Sua camisa estava encharcada de sangue por causa do corte na testa, e também por que ele ficava colocando-a em cima do ferimento para parar o sangramento. — Hã... Depois eu lhe digo.

O taxista olhou ao nosso redor.

— Vocês vão ficar aqui?

— Sim. — disse Percy. Ele lhe deu um rolo de dinheiro mortal. — Obrigado.

— Mas aqui não tem nada. — observou o taxista.

— Não tem nada? — disse eu. — Você não está vendo...

Percy me deu uma cotovelada nas costelas.

— Sim. — me corrigi, contorcendo-me de dor. — Não tem nada aqui.

— Obrigado por nos trazer. — agradeceu Percy.

— Posso perguntar uma coisa? — disse o taxista.

Percy fez que sim.

— Vocês são doentes ou retardados mentais?

Franzi a testa.

— Por quê?

— Você está com um corte sangrando na testa. — disse ele apontando para Percy. — E você... — ele apontou para mim. — Não faz nada por ele. Nem o leva para o hospital. E depois pedem para ser deixados aqui, no meio do nada.

Percy e eu nos entreolhamos.

— O que a gente faz? — sussurrei.

— Hã... Deixe comigo. — disse Percy. — Sei de um truque legal para fazê-lo esquecer disso. Thalia fez isso uma vez, mas... Vou ver se agora dá certo.

Percy olhou firmemente para o taxista, e estalou os dedos bem na sua frente.

— Você não está vendo esse corte em minha testa. Você nunca nos viu. E não vai comentar isso com ninguém. Vai esquecer-se disso e deixar a gente ir.

O taxista piscou. O olhar dele ficou distante. Não entendi o que Percy fez, mas pareceu ter funcionado.

— Sim. — disse ele. — Tudo bem.

Ele pegou um celular, digitou uns números e colocou em seu ouvido.

— Alô? É do manicômio? Tem dois loucos soltos aqui!

— O quê? — exclamei.

— Rápido! — gritou ele. — Eles são perigosos e dementes! Estão em Long Island...

— Saia do carro! — exclamou Percy. Abri a porta e saí. Percy me seguiu.

— Eles estão fugindo! Venham rápido!

— Vamos! — gritei.

Logo, nós dois estávamos subindo a colina correndo. A voz do taxista ficava mais distante a cada passo.

Quando chegamos ao topo, olhei para o acampamento.

Lá estava à Casa Grande, com o seu telhado azul, e uma grande águia de metal acima. A quadra de vôlei, onde havia alguns campistas e sátiros brincando. O chalé de Artes e Ofícios, a Arena de combate, onde se praticavam lutas de espadas e lanças. O Anfiteatro, Os campos de morangos ao longe, o pavilhão-refeitório, a Parede de Escalada (não gostava muito.), os Estábulos, onde ficavam os pégasos. O Arsenal, onde os campistas forjavam as próprias armas. E finalmente os chalés, um para cada deus. Estavam dispostos em U.

A maioria das construções lembrava a arquitetura grega antiga. Eu ainda ficava impressionado de como tudo aquilo podia ser mesmo real.

Percy olhou para o pinheiro de Thalia e me cutucou.

— Está vendo? — perguntou, apontando para o galho mais baixo. Havia uma coisa dourada, que no inicio não consegui distinguir muito bem. Aproximei-me mais, e vi que se tratava de uma lã de ouro.

Arquejei.

— O Velocino de Ouro?

Percy assentiu.

— Nossa! Que legal.

— Venha. Vamos procurar Annabeth.

***

Quando estávamos descendo, coloquei a máscara dentro das minhas calças. Pareceu estranho, mas eu não queria que ninguém visse aquela coisa. Vai que alguém tenha sonhado com ela e saiba do que é capaz. Bem, ficou um pouco incômodo aquela coisa dura dentro das minhas calças. Na mesma hora tive um pensamento horrível, e fiquei tentado a tirá-la. Vai que a máscara pensasse que... O que estava atrás dela balançando fosse um rosto, e se agarrasse a ele?

Aquele pensamento foi tão tosco e embaraçoso que o tirei da minha cabeça.

Passamos pelos campistas, e alguns me cumprimentaram. Eu estava me sentindo bem. Estava de volta ao meu lugar preferido. Pensava que iria ver Grover, mas lembrei-me de que ele havia partido para procurar Pã, o deus dos lugares selvagens.

— Onde está Quíron? — perguntei.

— Não sei. — respondeu Percy.

— Você ainda está sangrando, cara.

Alguém me tocou nas costas. Virei-me, e vi Matheus.

— Olá, cara! — disse ele com um sorriso.

— Matheus! — disse eu. O abracei. Percy também. — E ai, como está?

— Estou bem. Treinei muito aqui. Sabe, estou conseguindo atirar flechas muito bem.

Sorri.

O cabelo dele estava um pouco grande agora. Ele me contou que Stefferson havia sido reclamado como filho de Ares, o que eu já suspeitava. Contou que conseguira chegar ao topo da parede de escalada sem morrer. Perguntei onde estava Israel. Ele disse que o havia visto na Arena de combate.

— O que aconteceu? — perguntou ele olhando para Percy. — Você está sangrando.

— É... Bem, aconteceram uns probleminhas.

— Ora, vejam só. Olá Raphael.

Quíron vinha da Arena de combate. Ele estava com a sua metade cavalo um pouco suja.

— Oi, Quíron. — disse eu.

— E Percy também. — disse ele. — Que bom que estão aqui. — Então ele reparou no corte de Percy. — O que aconteceu?

— Ele foi atacado por um touro de Cholquis. — falei.

— De Colchis. — corrigiu Percy.

— Isso.

Quíron suspirou.

— Ainda bem que está vivo.

— Pois é.

— Venha, Percy. Vou cuidar disso.

— Hã... Quíron. — chamei. — Onde está Igor?

Ele franziu a testa.

— Igor?

— Sim.

— Ele ainda não está aqui.

— O quê? Mas... Ele disse que viria para cá.

A cauda de Quíron balançava nervosamente.

— Quando ele disse isso?

— Hoje mesmo. Ele falou que ia pegar um táxi e que viria para cá.

— Ele não estava em New Jersey? — perguntou Percy.

— Estava. Mas aconteceram alguns... Imprevistos.

— A sua parte da frente está meio volumosa Raphael. — observou Matheus.

Quíron e Percy olharam. Fiquei totalmente envergonhado.

— Hã... bem...

Fui salvo de tentar explicar quando Annabeth chegou correndo.

— Ei. Vocês já chegaram.

Vê-la fez meu coração ficar meio acelerado. Tentei não ficar sem jeito na frente dela.

— Wikipédia! — acenei. — Olá!

Ela fez uma careta.

— Muito engraçado.

— Bem... Se não se importam vou levar Percy para tratar do seu ferimento. — disse Quíron. Percy o seguiu. Annabeth deu uma piscada de olho para ele.

— Então... como você está? — perguntou-me ela.

— Bem. E você?

— Nada mal.

Um silêncio constrangedor.

— Hã... eu vou ali falar com Beckendorf. — disse Matheus. — Vou ver se ele pode consertar meu arco.

Ele se foi.

— Annabeth, você viu Igor?

— Igor? Não. Ele está aqui?

— Era para estar.

— Por quê?

— Ele disse que vinha para cá.

Ela deu de ombros.

— Então ele deve estar aqui em algum lugar. É só procurar. Ah, e esqueci de avisar, a inspeção acontece daqui a pouco.

— O quê?

— É melhor ir ver o seu chalé.

— Mas... Mas...

— Vou ver como está o meu. Foi bom ver você Raphael.

Ela sorriu para mim, e saiu correndo em direção ao chalé de Atena, me deixando sem saber o que fazer.


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