E Se fosse verdade? 2 escrita por PerseuJackson


Capítulo 39
Annabeth adestra um dragão




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Não consegui dormir mais aquela noite. Depois de saber que Kayro ainda estava vivo, simplesmente não consegui pegar no sono, por que as perguntas giravam em minha mente.

Como ele sobreviveu? Onde estava? Com quem estava? Quem era aquele garoto sombrio?

Ashley e Percy, ao contrário de mim, dormiam profundamente. Legal. Isso é que é se preocupar com o amigo desaparecido.

— Ah, deuses. Por que ainda não chegamos? — eu murmurava. Olhei para cima, e decidi relaxar um pouco. Apertei um botão, e o teto se retirou, como uma escotilha. Coloquei a cabeça para fora, sentindo o vento frio em meu rosto. Aquilo fazia-me relaxar. O céu estava negro, com milhões de estrelas enfeitando-o. A lua estava na forma crescente, e estava parecendo um sorriso brilhante. Olhei para a rua e percebi que estava deserta. Não havia ninguém mais andando.

Fechei os olhos e fiquei assim por um bom tempo.

Quando de repente a limusine dobrou para a esquerda abruptamente. Eu tive um ataque cardíaco de tão assustado que fiquei.

— Ahhh! — bati no teto do carro. — Annabeth! — gritei. — Você está levando é gente, num é jumento não!

Depois de me recuperar, fechei os olhos novamente. Mas a limusine começou a perder o controle. Dobrava para a esquerda, direita, e ia assim, oscilando. Percebi que havia alguma coisa errada.

Arquejei.

— A Máscara.

Foi quando o veículo dobrou para a direita violentamente, subiu a calçada, e começou a destruir tudo que havia lá. Caixas de correios, placas de transito, tudo. Eu gritava e pedia para Annabeth frear, mas ela não ouvia. O lado da limusine se chocou contra a porta de uma casa, depois entrou em um mercado, quebrando o vidro, e começou a atropelar tudo. Estantes de produtos de limpeza, banca de frutas e etc...

— AAHHHH! — eu gritava sem parar. Me abaixei quando um pedaço de madeira veio em minha direção. — Annabe... — duas uvas entraram em minha boca. Eu me engasguei e comecei a bater em meu peito, desesperado, quando consegui cuspi-las.

O carro saiu do mercado e voltou para a rua, cheio de frutas e destroços sob seu capô.

— Eu odeio uvas! — gritei.

Quando alguma coisa pousou fortemente no teto da limusine atrás de mim. Virei-me, e meus olhos quase saltaram para fora.

Um dragão enorme, com asas, estava olhando para mim. Seus olhos eram amarelos com fendas pretas. A pele coriácea e os dentes afiados. O focinho era longo e as garras mortais.

— Aaaahhhh! — berrei, e voltei para dento da limusine. — Percy! Ashley! Acordem!

O dragão rugiu e enfiou seu focinho para dentro do carro, através do buraco. Eu recuei horrorizado. Percy levantou-se, tonto e sonolento, e quando viu a fuça do dragão, deu um grito e destampou Contracorrente.

— O que é isso?

Ashley deu um grito estridente e recuou. O dragão rosnava e tentava abocanhar algo, mas em vão.

— Ele vai pensar duas vezes antes de colocar seu nariz em um buraco. — rosnou Percy. Ele avançou com a espada pronto para cortar o focinho do monstro, mas o dragão tirou sua fuça dali no exato momento.

— Como ele veio parar aqui? — perguntou Percy. A limusine deu um tranco para a direita e bateu em algo. Nós três fomos lançados para frente violentamente. Taças, garrafas e copos caíram e se quebraram.

— Uhh... — eu gemi, embaixo do corpo de Ashley. — Odeio limusines.

— O que está acontecendo? — a voz de Percy soou abafada. E vi o porquê. Ele estava embaixo de mim, com o rosto no chão.

Nos levantamos, doloridos e atordoados, e saímos do carro.

Foi a pior decisão.

O dragão estava sobrevoando acima de nós, rugindo e... claro, soltando fogo. Annabeth abriu a porta e saiu cambaleando.

— Annabeth? — Percy correu até ela. — Tudo bem?

Quando ela se virou, deu um sorriso maníaco e gritou:

— Claro! Melhor do que nunca! — ela gargalhou e segurou Percy pelos os ombros. — Sabe, eu queria dizer uma coisa para você faz anos...

E em uma velocidade incrível, enrolou Percy de cima a baixo com aquelas luzes de natal, a qual acenderam, iluminando tudo.

— Você é brilhante! —RIU Annabeth.

O dragão pousou com um forte baque bem no nosso meio e rugiu, cuspindo fogo. Saltei para trás com um grito.

— Há! Um dragão! — Annabeth tirou uma longa corda de dentro do bolso e sorriu. — Você vai ser muito prestativo.

Ela avançou sobre ele. O dragão a encarou e cuspiu fogo em sua direção, mas Annabeth desviou-se. Saltou sobre o monstro, passando a corda pela a sua boca, e sentou em seu pescoço. O bicho rugia e se debatia, mas Annabeth puxou a corda com força.

— Ei, amigo, calma! — disse ela. — Só vou pegar você emprestado.

Mas o dragão não parava quieto. Então Annabeth o amansou, quando fez aparecer uma marreta enorme, e com ela, bateu na cabeça do monstro.

— Fique quieto!

Incrivelmente, o dragão ficou.

— Muito bem. — ela olhou para nós. — Senhores, queiram subir.

Não gostei muito de subir nas costas de um dragão, até por que a pele era áspera demais. Mas depois de alguns minutos estávamos no ar, voando nas costas de um dragão.

— Para o oeste, por favor. — pediu Annabeth. — Até São Francisco.

***

Passar duas horas nas costas de um dragão é simplesmente... tedioso. Você ficar parado, olhando para o nada, enquanto fica se movimentado para cima e para baixo não é tão divertido. Inclusive por que tenho medo de altura.

O vento soprava sobre nós suavemente. Eu queria que chegássemos logo. Olhei para trás, para Ashley, e lhe perguntei que horas eram.

— Deve ser quase meia noite. — disse ela, olhando para o céu. — Nosso tempo está se esgotandoRÁPIDO.

— Droga. — resmunguei.

Após alguns minutos, o dragão desceu alguns metros. Abaixo de mim, vi as luzes de uma cidade adormecida que passavam com uma rapidez extrema.

— Hã... onde estamos?

— Onde você acha? — resmungou Annabeth. — Em um dragão.

— Ha ha ha. — fingir gargalhar. — Piadista.

Ela me lançou um olhar maligno.

— Brincadeira! Você é sim engraçada, minha amiga linda do coração. Te amo, viu?

— É São Francisco. — disse Percy atrás de mim. — Estamos na Califórnia.

— Já chegamos?

— Pelo visto, sim.

A viagem continuou. Mas depois de alguns minutos, vi um monte ao longe. Era impressão minha ou havia um redemoinho escuro sobre ele?

— Não vamos ter de passar pelo dragão Ládon? — perguntei.

AnnabethRIU.

— Por isso peguei esse transporte aéreo. Se preparem. Daqui a pouco irão enfrentar dois deuses menores.


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