E Se fosse verdade? 2 escrita por PerseuJackson


Capítulo 38
Uma descoberta incrivel




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Estávamos viajando há mais de três horas após Annabeth ter comprado a limusine por um milhão de reais. Pouco dinheiro, né? Eu sei, tenho isso no bolso.

Quando perguntamos a ela de onde arranjou tanto dinheiro, Annabeth respondeu que havia tirado do bolso da mesma forma com que tirara a metralhadora.

A propósito, Vocês já passearam de limusine? Se tiverem a chance de ir a algum lugar em uma, não hesite de jeito nenhum! Acredite, é simplesmente sensacional! Meu queixo caiu de tão impressionante que era. Se eu não souber descrever tudo o que vi, desculpem.

Primeiro, haviam dois bancos lá dentro. Um ficava no lado, a direita, enquanto o outro estava na parte de trás do veículo. Sentei-me no banco da direita, e percebi o quanto era confortável. O chão brilhava na cor lilás com vários losangos serpenteando-se. A minha frente via-se uma estante toda chique, com vários suportes para taças, copos, garrafas e tal. Acima da estante havia uma televisão em tamanho pequeno, mas não era apenas uma televisão. Eram três, e estavam espalhadas pelo veículo. No teto, havia umas coisinhas onduladas que eu não sabia o que era, mas brilhavam em verde e várias outras cores.

Enfim, era tantas coisas que eu não consegui processar tudo. Percy riu, e disse para Annabeth que aquela havia sido uma ótima ideia. Ashley estava boquiaberta observando tudo. Annabeth, ainda com a Máscara, veio conferir se estava tudo certo. Em um instante, seus olhos fixaram-se em mim. Eu a encarei, e meus pelos se arrepiaram. Alguma coisa estava errada. Quando de repente ela colocou um revólver em minha testa, e disse que se eu batesse nela novamente, minha cabeça iria virar uma bola de boliche, com três buracos. Mas depois ela piscou, e ficou aflita quando viu o que fez. Ela me pediu desculpas e foi para a frente da limusine dirigir.

— Cara — disse Percy, enquanto tomava um gole de Coca-Cola numa taça. — Estou me sentindo tão importante.

— Isso aqui é uma maravilha! — comentou Ashley, tirando sua faca da cintura e colocando na estante. Afinal, onde mesmo ela havia conseguido aquela faca?

— Ei, Ashley. — disse eu. — Onde você conseguiu isso?

— O quê? A faca? Ah, sim. É... — ela suspirou, seu olhar ficando triste. — Kayro me deu.

Meu coração se apertou.

Kayro.

Havia me permitido esquecer da morte de meu amigo. As cenas aterrorizantes voltaram a minha mente. O grito dele pedindo por ajuda. Aquele buraco negro...

Uma tristeza me invadiu. Fiquei em silencio por alguns minutos. Tantas pessoas haviam morrido nessa missão. O que viria depois?

Nesse momento, uma onda de coragem me encheu. Olhei para Ashley e disse com toda a certeza:

— Não se preocupe. Quando essa missão acabar, vou procura-lo por toda a parte. Ele deve estar vivo. Eu vou acha-lo.

Ashley deu um sorriso, e pegou em minha mão.

— Vamos juntos.

Percy, que antes estava no outro banco bebendo Coca-Cola e comendo salgadinhos, colocou sua mão sobre a nossa e sorriu.

— Vamos todos.

Eu ri. Me senti tão agradecido. Quando tudo aquilo acabar, iríamos partir em outra missão à procura de Kayro. Eu iria a qualquer custo.

— Bebidas por minha conta. — disse eu.

Pegamos as taças e enchemos de refrigerante. A limusine chacoalhou, e o refrigerante de Ashley se derramou. Mas ela nem se importou. Apenas riu e pediu para colocar mais.

— Ei, Annabeth está conseguindo mesmo controlar aquela Máscara, não é? — sorriu Percy.

Assenti.

— Ela está conseguindo manter o equilíbrio. Não sei como, mas está funcionando.

— Menos na hora em que ela colocou um revólver na sua testa. — murmurou Ashley, cruzando as pernas.

Eu estremeci lembrando daquilo.

— Acho que ela vai ficar bem. Sabe, você seria a mais ferrada daqui se Annabeth ainda estivesse com raiva de você.

Ashley me olhou, estranhando.

— Por que?

— A Máscara liberta o lado obscuro da pessoa. Sendo assim, Annabeth poderia... hã, matar você de todos os modos possíveis.

— Puxa, obrigado por me lembrar disso. — disse ela, irônica. — Adorei.

— Afinal de contas, como vocês duas se entenderam? — perguntou Percy.

— Quando estávamos no trem, Annabeth me disse que nós estávamos sendo estúpidas por brigarmos desse jeito. Disse que não era muito inteligente ficarmos agindo feito duas criancinhas. Eu disse que ela tinha razão. Daí fizemos as pazes.

— Que meigo. — sorri.

Após termos conversado, decidimos dormir. Bem, havia apenas dois bancos. Então eu e Ashley meio que... dormimos juntos, colados um no outro. Mas não pensem besteira. Estávamos apenas dormindo.

E para variar, tive um sonho rápido.

Eu me vi em um cemitério, cercado por vários túmulos. Cruzes de madeira estavam por toda a parte. Era noite. O clima estava úmido e frio. Uma névoa branca pairava sobre o chão, e fazia meus pés ficarem gelados. Sons de grilos e cigarras ecoavam por toda a parte, fazendo meus pelos se arrepiarem, mas fora isso, o ambiente estava em um silêncio absoluto. O que eu estava fazendo ali? Não podia sonhar em algum lugar melhor?

Eu começava a ficar com medo. Já podia imaginar que uma mão ia sair debaixo da terra e tentar agarrar minha perna. Quando uma voz sussurrou atrás de mim.

— Cuidado.

Eu me virei, aterrorizado, com o coração na garganta. Mas tudo o que vi foi um garoto andando por entre os túmulos. Ele tinha uma aparência assustadora. Usava roupas pretas por debaixo de uma jaqueta também preta. Calças jeans esfarrapadas. Seu rosto era sério e sombrio, com os cabelos caindo no rosto. Uma espada pedia ao seu lado.

Não sei por que, mas senti que já havia visto aquele garoto em algum lugar. A medida que ele andava, as sombras que haviam ao redor pareciam ser sugadas em sua direção.

— Fique ai. — disse o garoto, olhando para trás. — Só venha para cá quando eu mandar.

Não sabia com quem ele estava falando. Quando ele começou a falar sozinho, como se estivesse conversando com uma pessoa invisível.

— Sabe onde estão? — perguntou ele.

Fiquei observando, tentando detectar algo. Quando vi uma névoa sulfurosa flutuando a frente do garoto. Ela começou a tomar forma humana.

Eu recuei.

Era um fantasma. Por que aquele cara estava falando com um fantasma? E como ele podia fazer aquilo?

— Sim, eu ouvi falar. — murmurou o garoto. Ele ficou atento a algo e depois franziu a testa. — Limusine? Como?

Depois de conversar mais alguns minutos, ele fez um gesto com a mão, como se mandasse o fantasma embora. Virou-se para trás e exclamou:

— Pronto, pode vir! Já sei para onde eles estão indo, Kayro!

O sonho se dissolveu, e eu acordei com um salto.

— Meus deuses! — gritei.

— Ai! — Ashley acordou, atordoada. — O que foi?

Eu respirava rapidamente, mas olhei para Ashley e disse:

— Kayro está vivo.


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