E Se fosse verdade? 2 escrita por PerseuJackson


Capítulo 27
Percy detona tudo




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Estávamos na cozinha nos preparando para a suposta guerra. Tia Rachel nos entregava tudo o que pedíamos. Annabeth havia pegado facas, gafos, uma colher de pau, panelas e uma vassoura. Parecia que estávamos indo comer em um lugar selvagem. Kayro estava com a sua bola de metal nas mãos, e ficava apertando os botões. Torcia para que ele não apertasse, sem querer, o botão para fazer se requebrar até o chão. Caso isso acontecesse, seria a maior vergonha da minha vida.

— Pronto. — Annabeth entregou a cada um de nós uma faca e um gafo. Ela havia ficado com a colher de pau e uma panela de pressão. — Acho que isso vai resolver.

Percy murmurou:

— Parece que eu estou esperando eles entrarem para poder devora-los, com essa faca e gafo nas mãos.

O som de vidro se quebrando veio da sala. Os gritos ficaram ainda maiores. Meu pelos se arrepiaram. Será mesmo que teríamos que lutar contra eles?

— Hã... Annabeth. — disse eu. — Vamos mesmo ter que... sabe, mata-los?

Todos olharam para ela.

— Bem, não é obrigatório matar eles. — respondeu ela. — Eu também não estou tendo coragem para fazer isso. Mas se não fizermos... nós é quem vamos estar mortos.

Ouvi barulho de passos se aproximando. Estava chegando a hora.

— Ai, deuses. — sussurrou Ashley. — Nunca matei ninguém na vida.

— Eu já. — sorriu tia Rachel.

— Sinistro. — murmurei.

— Calma, galera. — disse Kayro. — Acho que não vai ser preciso. Olha, programei a minha esfera mortal para primeiro cegá-los, depois para rirem sem parar, e após isso para requebrarem até o chão.

— Eu tenho um celular ali. — falou minha tia. — Posso pelo menos filmar esse momento?

Eu a fitei.

— Acho que não. Pode ser muito arriscado.

— Droga. — resmungou. Ela foi até o fundo da casa, onde havia uma porta, e a abriu. — Vamos sair por aqui.

— Está bem.

— Agora, como vamos sobreviver a esse calor, eu não sei.

Era verdade. Havia me esquecido do imenso calor que fazia lá fora. Tentei pensar em alguma coisa.

— A gente poderia pegar alguns lençóis para se cobrir. — sugeri.

— Boa ideia. — sorriu Percy. — Vamos ficar parecendo fantasmas, mas...

— Ei! Silêncio! — exclamou Annabeth. Seus olhos cinzentos estavam arregalados. — Ouvem alguma coisa?

Ficamos em silêncio para ver se ouvíamos algo.

— Não. — disse Ashley. Mas depois arquejou. — Os gritos! Cessaram!

Ela tinha razão. Alguns minutos antes, só se ouviam os gritos dos Cranks. Agora estava tudo quieto.

— Será que eles foram embora? — perguntei.

Percy encolheu os ombros.

— Não sei.

Depois de alguns segundos, tia Rachel, que estava na porta dos fundos, gritou para nós:

— Para dentro! — e começou a atirar em alguma coisa.

Fui até lá.

— O que houve? — quando olhei para fora, vi que os cranks que estavam na parte da frente da casa agora estavam aqui. — Ah, deuses!

Virei-me para meus amigos.

— Corram! Para dentro!

— Peguem eles! — gritavam os cranks.

Largamos os talheres e panelas, e corremos para a sala, enquanto tia Rachel ainda atirava em alguns.

— Venham, seus monstros. — berrava ela. — Venham!

— Tia! — gritei, aborrecido por ela ter ficado lá. — Venha pra cá!

No momento em que ela saiu, dezenas de pessoas entraram pelos fundos. Alguns estavam armados com cacos de vidro, outros com pedras e barras de ferro.

— Malditos imunes! — gritou um homem corpulento, que estava com a metade do rosto rasgado.

— Não merecem viver! — gritou uma mulher, que ficava rindo sem parar.

Assim que a tia nos alcançou, Annabeth olhou para Kayro:

— Agora!

Kayro jogou a esfera de metal, que rolou pelo o chão indo de encontro a eles. Quando se aproximaram o bastante da esfera, ela começou a rodar rapidamente como um pião, e a soltar um gás espesso no ar.

— Aaahhh! — os que estavam na frente começaram a gritar e a esfregar os olhos loucamente. — Meus olhos!

— Está ardendo! — gemeu um cara.

Eu fiquei assistindo tudo de queixo caído. Senti certa pena deles. Afinal, eles eram pessoas comuns, que tinham uma vida normal, uma família, emprego e amigos. Mas tiveram a triste calamidade de desenvolver o vírus.

— Vamos logo sair daqui! — gritou Annabeth.

Ela e Percy abriram a porta e saíram, apesar do calor escaldante lá fora, enquanto Kayro, Ashley, eu e minha tia ficamos dentro.

— O gás vai parar! — avisou Kayro. Ele estava tremendo. Suas pernas não paravam de se mexer.

Como se obedecesse à palavra de Kayro, o gás parou. Cerca de quinze pessoas estavam no chão, gritando e gemendo por que não podiam mais enxergar. Os que estavam atrás, vendo que o gás cessara, avançaram passando por cima dos outros.

— Vamos embora! — gritei. Nós quatro corremos, mas um caco de vidro, na forma de um triangulo, penetrou nas costas de Ashley, que caiu no chão berrando de dor.

— Não!

Voltei para ajuda-la, mas um homem me atacou, derrubando-me no chão.

— Não merecem viver! Não merecem viver! — ele gritava bem em frente do meu rosto.

— Sai de cima de mim! — tentei empurra-lo, mas foi como tentar empurrar uma parede. Quando vi um vulto de uma perna acertando a cabeça dele, que tombou para trás violentamente.

— Venha! — Kayro me puxou. — A esfera cuida deles.

Vi que havia muitos deles que estavam rindo sem parar, com as mãos na barriga e caindo no chão, enquanto outro gás se espalhava pelo o ar. Levantei-me rapidamente, sentindo-me apavorado, e olhei ao redor.

— Onde está Ashley?

— Ela está lá fora! — disse Kayro, puxando-me pelo o braço.

Tia Rachel estava na entrada da casa, perto da porta, com a sua espingarda nas mãos. Enquanto os cranks estavam ocupados rindo, cheguei até a porta e olhei para ela.

— Você também vem.

Ela me olhou, e pude ver por um segundo uma tristeza em seus olhos.

— Meu sobrinho. Sinto muito, mas não vou com vocês.

— O quê? — exclamei.

— Sei que você não vai entender, mas não quero viver mais. Essa calamidade que atingiu nosso planeta é mais terrível do que pensa. Meu marido, o que você viu nas fotos, morreu devido ao calor. Eu não morri, mas não fiquei muito melhor. Eu tenho o vírus. Eu... sou um crank.

— Mas... Como?

— Posso sentir o vírus tomando conta de mim. Fico com raiva de tudo. Tudo me aborrece. Estou perdendo a sanidade aos poucos.

— Não! Mesmo que a senhora seja um crank, eu...

— Eu não quero mais viver! — gritou ela. Sua voz cheia de amargura. — Não quero ser uma louca assassina. Não quero viver por ai nesse calor infernal. Você não entende! É melhor morrer do que ter a doença.

Meu coração estava tão apertado que senti vontade de gritar, chorar, e matar todos aqueles cranks.

Dentro da casa, pude ver o gás parando, e os que riam iam ficando em pé, olhando para mim.

— Vá! — disse minha tia. — Você vai conseguir! Me desculpe, mas tomei minha decisão.

— Não estou nem ai para a sua decisão! — gritei. Apesar de estar fora apenas alguns segundos, já sentia o suor escorrendo pela minha testa. — Você vai vir com a gente!

Ela olhou para dentro e sussurrou:

— Esperava que dissesse isso. — minha tia deu uma ultima olhada para mim e falou: — Adeus, Raphael!

E fechou a porta, trancando-a.

— Não! — eu empurrei a porta, mas esta não se abriu. — Não! Tia!

Bati, chutei, dei murros, mas a porta permaneceu em pé. Olhei pela a janela, e a vi recarregar a espingarda.

— Morram, pragas! — e começou a atirar contra os outros cranks.

— Matem ela! — rugiu uma mulher.

Seis deles caíram no chão, ensanguentados, mais o resto se amontou em volta da tia Rachel, lançando a arma para longe, e fazendo-a cair no chão.

— Nããããooo! — berrei, enquanto as lágrimas rolavam pelo meu rosto.

O homem que havia me derrubado dentro da casa, rosnou como um animal louco e subiu em cima dela. Depois começou a esmurra-la no rosto. Ela gritava de dor enquanto os outros puxavam seus braços e a mordiam. O sangue começou a escorrer de seu nariz, quando o homem que estava em cima agarrou a cabeça da tia Rachel com as duas mãos, e apertou seus polegares contra as pálpebras dela. O grito de minha tia saiu rasgado de dor.

Não sei o que aconteceu depois, por que não fiquei lá para ver. Não conseguiria suportar olhar minha tia sendo morta por um bando de loucos assassinos. Chorando, saí correndo, me afastando da casa, e indo de encontro aos meus amigos que estavam sentados em um circulo embaixo de uma arvore quase sem folhas. O ar abafado e escaldante sufocava meus pulmões. Meus cabelos estavam grudados na testa, a qual estava pingando de suor. Meu peito parecia que estava sendo cortado por uma serra elétrica. Meu corpo estava exausto, tanto fisicamente quanto emocionalmente.

Assim que cheguei perto deles, deixei-me cair no chão, enquanto eu chorava amargamente. Soluços irrompiam de mim. Não me importei com o que poderiam pensar. Nem mesmo me importei com Ashley, que estava desacordada e com um caco de vidro enfiado nas costas. A questão era que minha tia se fora.

— Ela... Ela se trancou dentro da casa? — sussurrou Annabeth, atônita. — Por que ela fez isso? Por quê?

Não conseguia responder, nem tampouco controlar meu choro. Tentava fazer parar, mas não conseguia. Meu rosto estava banhado de lágrimas.

— Cara — a voz de Percy saiu fracamente. — Eu não acredito que isso aconteceu.

Nenhum deles falou nada por uns minutos. E eu preferi assim. Se tivessem dito que sentiam muito por mim, soaria clichê e falso.

A cinco metros de nós, os cranks, ainda dentro da casa, batiam na porta tentando sair. Quando ouvi isso, uma semente de raiva começou a crescer em meu peito. Depois foi aumentando, tornando-se forte. Uma força percorria meus braços. Um ódio mortal, um desejo de vingança e fúria transbordava de mim.

Ergui minha cabeça, olhando para meus amigos. Pude imaginar meus olhos fervendo de raiva. Eu mesmo não poderia lutar contra todos aqueles cranks, mas havia alguém que poderia fazer isso.

Olhei para a mochila de Kayro, que estava no chão perto de mim, e avancei sobre ela.

— Ah! — gritou Kayro.

— O que é isso? — exclamou Percy.

Eu peguei a mochila e a abri com violência.

— Onde está? — gritei. — Cadê a Máscara?

Virei à mochila de cabeça para baixo, e uma porção de coisas caiu dela. A maioria era peças de engrenagens e ferramentas. Até que a Máscara também caiu.

Eu a peguei, com um sorriso no rosto.

— Eles vão pagar. — rosnei. Quando fui coloca-la, Percy agarrou meus braços.

— Não faça isso!

— Me larga! — eu o empurrei e tentei colocar a máscara de novo, mas Annabeth veio por detrás de mim e me puxou, prendendo-me com seus braços.

— Raphael, calma! — disse ela. — Você não está pensando direito. Isso é loucura.

Rangi os dentes e tentei me soltar, mas ela tinha braços fortes.

— ME SOLTA! — berrei, liberando todo o ódio que sentia. — Eles mataram minha tia! MATARAM MINHA TIA! — Então, a coisa inverteu. A raiva murchou, dando lugar a mais uma tristeza infinita. — Mataram minha tia.

E recomecei a chorar.

Annabeth me soltou, e enxugou uma lágrima do meu rosto.

— Raphael, eu... não sei o que dizer. Sinto tanto por você. Mas... por que ela fez aquilo?

— Ela disse que não queria mais viver. — contei. — E que ela tinha o vírus, e que estava se tornando louca aos poucos.

— Minha nossa. — sussurrou Kayro, que juntava suas coisas do chão.

Percy se aproximou de mim.

— Cara, lamento. Sei que pode parecer falso isso, mas estou falando sério. Agora me entregue a Máscara.

Eu não percebi que ainda a estava segurando.

— Se vocês soubessem a dor que estou sentindo. — murmurei. — Me deixariam colocar a Máscara.

— Eu sei. — disse Percy. — Mas...

Foi quando a porta da casa caiu, levantando poeira no ar. Os cranks gritaram de alegria e saíram, olhando em nossa direção.

— Lá estão eles! — gritou um.

Virei-me para Percy.

— Você está com vontade de mata-los?

— O quê?

Respirei fundo, começando a ter uma ideia na cabeça.

— Você, cara, está com vontade de matar esses cranks?

Ele não respondeu, mas depois assentiu.

— Estou. Estou com muita vontade.

Dei um sorriso travesso.

— Era tudo o que queria saber.

— Hã...

Em um gesto rápido, empurrei a Máscara contra o rosto de Percy.

— Não! — gritou Annabeth.

Mas já estava feito. Ela grudou no rosto dele, e começou a se fechar em torno de sua cabeça.

— AAHHH! — Percy colocou as mãos na cabeça, gritando e se debatendo no chão. — Tira isso de mim!

Ele começou a se transformar. Trovões e relâmpagos cintilaram a nossa volta. Nós recuamos. Até que depois de alguns segundos, Percy olhou para nós.

— Uau! — disse ele, com o rosto verde e a expressão perplexa. — Santo Poseidon! Nunca me senti tão bem em toda minha vida. Isso funciona mesmo.

Ele estava usando uma jaqueta vermelha, com uma camisa branca por baixo. Calças jeans rasgadas na parte do joelho e sapatos marrons.

Annabeth olhava para ele atordoada.

— P-Percy?

— Olá, minha querida.

Uma pedra atingiu Percy na cabeça. Ele olhou para os cranks com ódio.

— Ah! Eles vão ver só uma coisa.

— Mate-os cara! — gritei.

— Percy, não! — protestou Annabeth.

Mas ele não deu ouvidos, e correu em direção a aos cranks, tirando um taco de baseball de dentro da jaqueta e pegando uma pedra do chão.

— Sempre fui um bom rebatedor. — disse Percy. — Querem ver?

Ele arremessou a pedra para o alto, e quando ela começou a cair, rebateu com o taco. A pedra voou como um raio, e atravessou três homens de uma vez só.

— Ah! Que péssimos jogadores. — resmungou Percy. — Não sabem nem segurar uma bola... — ele sorriu, parecendo envergonhado. — Ops! Desculpem! Era uma pedra.

— Quem você pensa que é? — gritou uma mulher. Ela avançou sobre Percy e deu-lhe um soco no rosto.

Percy cuspiu um pouco de sangue.

— Agora eu sei para que serve esses seus cabelos longos. — rosnou. E agarrou os cabelos da mulher, ergueu-a no alto, e começou a girá-la.

aaaaaahhhh! — gritava a mulher.

Depois de alguns segundos girando-a, Percy a soltou, e mulher saiu voando feito um boneco. Ele olhou para o restante.

— Hora do Massacre!

Os restantes começaram a fugir, mas não conseguiram. Percy pegou o taco de baseball e golpeava os rostos deles. Tudo o que eu podia ver era respingos de sangue por todos os lados e pessoas caindo no chão. Outra coisa. O calor estava ficando insuportável. Eu queria sair dali, mas sabia que não conseguiria.

— Hahaha! Isso é muito legal!

Cada ataque que Percy fazia era com um objeto diferente. Primeiro foi o taco de Basebaal, depois um cortador de grama (foi a pior parte. Pense em cabeças dilaceradas e esquartejadas. Pronto, você visualizou como eles ficaram.), depois disso um machado e uma britadeira, que, graças aos deuses, foi o ultimo objeto que ele usou. Também, todos já estavam mortos. O chão estava repleto de sangue e partes do corpo.

Depois que a dor da perda abrandou um pouco em meu peito, meu cérebro voltou a pensar com clareza. Olhei para a carnificina e meu queixo caiu.

— Ah... — tentei falar algo, mas não consegui.

— Ah... meus... deuses. — Annabeth olhava completamente abismada.

Olhei para Kayro, e vi que ele estava cuidando de Ashley.

— Ah, droga! — exclamei, e me aproximei. — Ashley. Como ela está?

Kayro olhou-me.

— Veio se importar agora?

Bufei.

— Não me provoque.

— Okay, sr. Zangado. — ele derramou néctar na ferida de Ashley. — O corte está cicatrizando devagar. Não vou colocar mais néctar. Pode fazer mal a ela.

— E ai, pessoal? — Percy aproximou-se com os braços erguidos. — Mandei bem?

Annabeth levantou-se, aparentemente irritada.

— O que você fez? — gritou ela.

— Opa! Calma, gata! — disse Percy. — Eles mereciam aquilo. E... será que ouso dizer... Essa Máscara é incrível!

— Você matou pessoas! — insistiu Annabeth.

Percy revirou os olhos, enfiou a mão dentro da sua jaqueta e tirou uma caixa de chocolate.

— Tome, My Love! Acho que isso vai fazer você se sentir melhor.

Annabeth olhou-me com raiva.

— A culpa é sua! Você colocou essa Máscara nele.

Eu fiquei sem fala.

— Me desculpe. — falei. — Eu... não estava pensado direito.

— Ah, puxa! — ela sorriu. — Nem havia notado.

Percy deu um tapa no traseiro dela.

— Sabe o que eu estou pensando em fazer agora?

— Não, não sei. Mas sabe o que eu vou fazer agora? — ela avançou sobre Percy e colocou as mãos atrás de sua cabeça. — Isso! — e puxou a máscara.

— Ôôôô! Calma ai! — gritava Percy. Os trovões soando e relâmpagos cintilando.

Quando finalmente a Máscara saiu, Percy caiu sentado.

— Ah, cara. — ele colocou as mãos na cabeça. — Isso foi... ruim.

— Nunca, mas nunca coloque essa coisa novamente! — ralhou Annabeth.

Quando uma voz soou do nosso lado.

— Olhem só! Eles estão com a Máscara.

Nos viramos. E para a minha surpresa, vi Igor e Grover em pé, olhando para nós, só que estavam amordaçados e com as mãos presas nas costas. E atrás deles estavam os dois deuses menores. Fobos e Deimos.

— Vocês? — rosnei.

Eles riram.

— Sim, nós.

O cara de bandana vermelha e jaqueta preta com uma blusa branca por baixo, ergueu o braço e anunciou.

— Eu sou o Medo.

O outro sorriu.

— E eu o Pânico.

— Não me digam. — murmurou Percy.

— Bem, bem. — disse Deimos. — Desculpem a gente ter vindo antes do prazo marcado, mas é por que temos um pouco de pressa em cumprir o nosso objetivo.

— E qual seria esse seu objetivo idiota? — falei, mesmo sabendo qual era.

— Entreguem a Máscara para nós. Se fizer isso, libertaremos seus amigos. Mas... se não o fizer — ele colocou uma faca nas têmporas de Grover. — Seu amigo sátiro não irá mais ver a luz do sol. E que sol.


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