Da amizade ao amor escrita por Doladoavesso


Capítulo 13
"...know now can you love me again?"


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!
Desculpa não ter postado, mas eu realmente precisava resolver algumas coisas e estava sem ideia também, então unindo tudo isso, eu fiquei dois dias sem postar, mas aí está! :D

https://www.youtube.com/watch?v=vDx27Ye2gC4
Música - Love me again - John Newman



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Karina POV

Então era isso. A palavra era amor... era isso que eu estava sentindo e pelo Cobra! Eu nunca disse eu te amo para Pedro, na verdade, eu não tinha costume de dizer isso para ninguém. Mas dessa vez era diferente, eu queria berrar isso pra quem quisesse ouvir, mas óbvio que eu não podia berrar. Fui para casa, e vi Cobra no QG. Toda a vontade que eu tinha de falar essas três letrinhas, se esvaíram quando eu vi aqueles olhos me encarando. Eu não podia virar pra ele do nada e dizer “Cobra, descobri agora na minha fono que você é o cara que eu amo. É por isso que eu te digo: Eu te amo!” Era capaz dele se assustar e nunca mais olhar na minha cara e aí, eu ia perder tanto meu amigo quanto meu amor.

Cobra ficou me encarando da porta e sorriu. Sorri de volta, e fui para casa, a espera dele ir lá à noite para me ver.

Cobra POV

Eu estava fechando o QG quando vi Jade sentar no banco chorando. Eu queria ir até ela, eu ainda tinha bons sentimentos por ela, queria vê – la bem, mas não podia falhar com a Karina, que devia estar me esperando.

Passei por Jade, tentando não olha – la, mas ouvi sua voz...

– Cobra... – disse ela baixo. A olhei e ela me olhava com os olhos vermelhos. Me penalizei com aquela situação, mas não me aproximei, nem me distanciei, me mantive ali, parado, a encarando. – Cobra, por favor... não me olha... fala comigo – Pedia ela, como uma suplica. – Só conversa comigo um pouco. Eu... eu estou acabada. – Disse ela, querendo chorar de novo. Decidi que precisava ouvi – la, por tudo que nós vivemos.

– Fala Jade. – Respirei fundo e me sentei ao seu lado. – Mas fala rápido que daqui a pouco eu tenho que....

– Minha mãe ta com câncer Cobra! – Ela soltou antes deu terminar a minha frase e me deixou chocado. Como assim câncer?

– Tem certeza? Ela fez os exames, calma... – Pedi ao vê – la começar a mexer em seu cabelo. – Por favor Jade, não faz isso. – Pedi, segurando sua mão. Ela me encarou.

– Ai Cobra, por quê? Minha mãe reclama, é chata, mas eu a amo. – Disse ela. Jade estava extremamente frágil, não ia ser fácil sair dali. – Ela demorou muito tempo pra me contar, disse que queria me poupar e tal... – disse ela.

– Ela ta com câncer aonde? – Perguntei.

– De mama... – respondeu. Jade ficou olhando pra baixo, enquanto eu a encarava com pena. Eu sabia como era difícil perder um ente querido, principalmente uma mãe, ainda mais quando se é jovem. A abracei de súbito e ela se assustou, mas retribuiu.

– Você não sabe como esperei esse abraço. – Disse ela. Ouvi um barulho de porta e me assustei. Olhei no relógio... não não não! Eu me atrasei pra ver a Karina.

– Jade, eu tenho que ir embora! – Disse e ela assentiu. Ela se levantou e foi pra casa, mas antes parou e me olhou.

– Obrigada Cobra. – Disse.

Karina POV

O Cobra estava se atrasando! Será que aconteceu alguma coisa com ele? Será que ele cansou de conversar comigo? Será que ele se cansou de mim? Esse pensamentos invadiam minha cabeça, e eu não conseguia pensar em outra coisa. Decidi ir na varando, ver se via algum sinal dele, mas o que eu vi foi uma cena patética. Cobra e Jade abraçadinhos. Bati a porta da sacada com força e me sentei no chão, colocando a mão no meu rosto, com uma vontade imensa de gritar, mas não poder.

Cobra POV

Bati na porta da casa de Karina, torcendo para que Gael não me dissesse que estava tarde demais para eu estar ali. Ele a abriu, com cara de poucos amigos.

– Atrasado, né rapaz! – Disse, com os braços cruzados e olhos de fera.

– Eu tive um imprevisto. – Falei. Ele me encarou desconfiado mas abriu a porta. Entrei e segui até o quarto, abri a porta, e vi Karina irritada, sentada no chão. Droga, foi ela que bateu a porta, ela me viu com Jade. – K, eu posso te explicar.

– Não... – Ela começou a falar. Sua voz estava começando a voltar, mas fiquei feliz por ela. Ela percebeu que não ia conseguir terminar, e então pegou uma folha. Não atrevi a me aproximar, fiquei a observando enquanto escrevia.

Não fala comigo ok! Sai da minha casa e não me aparece mais!

Ótimo idiota estragou tudo de novo! Eu era um burro mesmo, não sabia manter nada certo. Saí de lá cabisbaixo, e segui para a porta.

– Já vai Cobra? – Perguntou Gael, me encarando.

– Sim senhor. – Disse, com educação e segui.

Karina POV

DUAS SEMANAS! Duas semanas que me recusava a olhar pra cara do Cobra. Aproveitei que não podia mais treinar e nem saía de casa, só ia para a escola, e meu pai ia me buscar no colégio. Mas eu tenho que confessar, eu estava com saudades daquele chato, idiota, babaca, marrento, gato, gostoso, que beijava bem e ainda era um bom amigo e um fofo quando queria! Toda vez que passava pelo QG, eu resistia e não olhava para ele. No início, mas depois eu consegui ignorar. Meu pai achou esquisito, disse que ia bater no Cobra se ele tivesse feito algo que me magoasse, mas eu disse que era coisa minha e implorei pra ele não fazer nada.

Eu estava voltando da faculdade, pela primeira vez sem meu pai, depois do acidente. Eu tinha tirado minha bota ortopédica de manhã. Vi Cobra com um olhar cansado. Ele me encarou e depois abaixou os olhos. Estava abatido e triste, decidi fazer o certo.

Cobra POV

Duas semanas que ela me ignora. Estava sem horrível. Eu nunca imaginei que ia sentir tanta falta de alguém. Karina tinha se tornado meu alicerce, e sem ela ali, tudo parecia perder o sentido a minha volta. Ela tinha feito tanto por mim. Eu não queria voltar a ser quem eu era, eu sabia que ela tinha me mudado, mesmo que pouco, mas ela tinha.

Vi Gael entrar na minha loja e me surpreendi. O que ele queria comigo? Será que estava tudo bem com a K? Será que ela queria me ver? Ou será que pediu pra ele ir me matar, cortar em picadinhos e me jogar no matagal? Não Cobra, você ta vendo muita novela.

– Ricardo Cobreloa, eu não faço a mínima idéia do que você fez para minha filha, mas eu sei que ela está muito chateada com você, e eu, como obrigação de pai, vim aqui para dizer que o que quer que você tenha feito, eu quero que você repare imediatamente entendeu bem? – Disse ele. Ele se aproximou de mim. – Olha aqui garoto, você já fez muita besteira, e mesmo assim eu deixei minha filha ser tua amiga, e você jogou isso fora, espero que você faça ela ficar melhor, senão eu quebro essa tua cara, com gosto! – Ele disse, e sua voz ecoou como um trovão. Fiquei paralisado e ele saiu, sorrindo irônico.

Fiquei o resto do dia pensando no que eu poderia fazer para Karina me perdoar. Ela não ia fazer isso facilmente, ia ser um trabalho árduo. Ela nem sequer olha na minha cara! Fiquei cabisbaixo, pensando o quanto eu queria te – la por perto de volta, quando a vi entrar no QG.

– O que a senhora quer? – Perguntei, e lhe entreguei um papel, para que ela escrevesse, mas ela pegou e colocou sobre a mesa, em minha frente.

– Eu quero saber por que a gente ta assim... – disse ela. Então sua voz tinha voltado? Me levantei e fui até ela.

– K, sua voz voltou! – Disse alegre, ela me encarou como se isso não significasse nada.

– Eu sei disso Cobra, ela voltou faz um tempinho, semana passada, mas a gente não ta se falando então eu não te contei nada. – Disse, desconcertada.

– Nossa Karina, muito obrigado. – Bati palmas, sarcástico. Então era isso? Ela me deixava feito um besta, preocupado com ela, e nem me conta que sua voz voltou? – Eu aqui, preocupado, e você me esconde isso, obrigado. – Falei.

– Preocupado? Você nem voltou na minha casa depois daquele dia, e isso já faz duas semanas Cobra! – Disse ela, exasperada.

– Você me mandou sumir! – Falei. Ela tinha problema de memória? Era bom ver isso aí.

– E você levou a sério? Eu fiquei com raiva porque você se atrasou naquele dia, pra ficar de papo com a Jade! – Disse, não escondendo o ciúme, ri de lado, cruzando os braços e me aproximando.

– Ciúmes, novinha? – Perguntei, e a senti ficar constrangida.

– Ah, cala a boca! – Ela disse e empurrou meu ombro. – Eu to falando sério Cobra, da pra você falar sério? – Pediu, e meu sorriso murchou. – Eu tava precisando de você e você nem se deu conta disso. – Ela se arrependeu de ter dito aquilo, pois na mesma hora levou às mãos a boca, como se tivesse falado demais.

– Olha Karina, eu fiquei pensando em você todos esses dias, e por me importar contigo que eu não voltei na sua casa. Eu sabia que você estava chateada, e eu achei melhor assim, achei que seria melhor para sua recuperação. Eu só quero te ver bem K, seja perto ou longe de mim. – Falei, e era verdade, eu queria Karina sempre feliz.

– Cobra, olha, eu to cansada ta. – Disse ela, respirando fundo.

– Eu também Karina, eu estou cansado disso aqui... – apontei para nós dois. – Não dar certo! A gente briga, discute, somos dois cabeças duras! – Eu disse e ela sorriu, que saudade desse sorriso. – Naquele dia Karina, a Jade estava precisando de ajuda.

– E tinha que ser a sua? – Ciúme de novo! Ri com aquilo. – Para de rir! –Mandou ela, com a cara emburrada.

– Você fica linda com ciúmes! – Eu disse e apertei sua bochecha, mas ela deu um tapa na minha mão.

– Não era ciúme! Eu só achei falta de respeito você demorar, e nem me avisar. – Ela disse, tentando mudar a situação.

– Mas a Jade precisava de mim! – Eu disse, cansado daquela discussão.

– Por que hein? – Falou ela, colocando a mãos nos quadris e triscando o lábio. -–Ela não tem família? Pois que a procure. – Disse.

– Depois diz que não é ciúme. – Ela me olhou brava e eu parei. - Fui até ela e a segurei pelos ombros. – A mãe dela ta com câncer de mama Karina! – Falei e ela se espantou com a informação.

– Meu Deus... – disse ela, se soltando de mim. – Eu... eu fui egoísta né?! – Falou e eu fiquei sem coragem de dizer que sim. – Mas também, não tinha como eu saber que era isso, pra mim vocês estavam tendo uma recaída e... – ela falou, me olhando. – E como ela ta Cobra? Eu sei que eu e a Jade nunca nos demos bem, mas eu não a desejo mal. – Disse. Era isso na K que eu gostava e admirava, ela era boa.

– Eu não sei muita coisa. Depois daquele dia só falei com ela umas duas vezes, ela me disse que a Lucrecia começou a quimioterapia. – Eu disse cabisbaixo.

– Espero que ela fique boa... perder uma mãe, é muito triste. – Disse Karina, pensativa. – Acho que te devo desculpas né? Você tava tendo uma boa ação e eu nem te deixei explicar, vim cheia de cobrança, de raiva. – Ela disse, sem jeito.

– De ciúmes. – Falei e ela rolou os olhos. – Fala Karina, fala que você não tem ciúmes desse corpinho aqui? – Eu disse apontando pra mim mesmo.

– Nossa Cobra, você ta tão engraçado, já pensou que se não der certo como lutador, você pode iniciar um stand up comedy? – Ela disse.

– Não dá K, a minha mina é muito ciumenta. – Senti seus olhos fixos em mim e percebi que o que eu disse tinha surtido efeito.

– É Cobreloa? Quem é a tua mina? – Perguntou ela.

– Ah, ainda não tenho uma, mas ela vai ser ciumenta, porque todas tem ciúme do meu corpinho. – Ouvi Karina bufar e ri disso. Me aproximei dela. – Marrenta, eu tava com saudades de você sabia! – Falei. Ela virou de costas, tentando evitar contato comigo, mas eu a abracei por trás. – Tava com saudades do seu cheiro. – Cheirei seu pescoço e ela se arrepiou. Cobra 1 x Karina 0 – Tava com saudade da sua pele. – Acariciei seu braço e senti seus pelos se eriçarem.

– Cobra... – Suspirou ela. A virei de frente e ela colocou suas mãos em meus ombros.

– Novinha, novinha! Você falando meu nome assim me mata! – Sussurrei em sua orelha, e a senti ficar mole. Karina estava toda entregue. Mordisquei sua orelha e um gemido saiu de sua boca. Puxei seu cabelo para trás, de um jeito rude, mas não violento e a beijei. O beijo tinha gosto de saudade. Ela enfiou sua mão em meu cabelo enquanto a outra passeava pelo meu abdômen, em cima da minha blusa. Minha mão livre estava em seu quadril. Ela colocou sua mão por dentro da minha camisa, e me arranhou com sua unha, me fazendo grunhir entre o beijo. Ela sorriu com isso, e nós nos separamos com selinhos.

– A gente é louco! – Ela disse, sorrindo. Nossas testas estavam unidas.

– Por quê? – Eu perguntei, confuso.

– Olha no que a gente foi se meter? Karina e Cobra juntos, ou melhor, cobrina o casal marrento! – Disse ela, entrelaçando nossos nomes.

– Juntos é? – Perguntei.

– Você me perguntou o que eu queria quando eu cheguei não foi? – Ela disse e eu assenti. – Eu já sei o que eu quero. – Ela falou e eu a olhei, sentindo meu coração disparar. – Você...


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Notas finais do capítulo

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