"No more crying to get me through. I'll keep dancing till the morning with somebody new."

Povs Annabeth

Já fazia uma semana desde o meu terrível fim de semana com Perseu Jackson, bem... Nem tão terrível assim. Eu queria entender o que se passa pela cabeça dele, uma hora ele parecia querer tanto, parecia tão decidido a ter tudo de volta... Mas pela manhã, toda essa esperança se foi. E dói, isso dói. Mas dói mais ainda está em conflito comigo mesma, porque tudo que um lado meu quer é esquce-lo, supera-lo, apagar tudo, já o outro lado, não suporta a misera possibilidade de apagar uma memória dele, uma memória nossa. Podem nomear como razão e coração - respectivamente- o lado se quiserem.

Acontece, que eu sou filha de Atena, sou filha da razão, eu só queria saber por quê estou tão preza aos sentimentos, afinal de contas, o amor não pode ser isso, pode? Quer dizer, o amor não machuca, ele cura. Então por que estou cada vez pior, desmoronando cada vez mais rápido, me partindo a cada palavra dura que vem dele como se elas estivessem pegando fogo ao me atingirem? Eu não entendo, não consigo entender.

Eu afasto esses pensamentos da minha cabeça e saio do carro, iria encontrar todo o pessoal em uma boate no centro de Londres. Eu vestia um vestido vermelho com um V nas costas até o fim da minha coluna, ele batia no meio de minhas coxas, na frente também havia um decote V, porém menor. Minha maquiagem preta era leve, mas os olhos bem marcado de preto e os lábios com o clássico batom vermelho, nos meus pés havia um scarpam preto. Eu estava realmente linda, modéstia a parte.

Eram 22:30 e as coisas já estavam animadas do lado de dentro, eu avistei da entrada, então coloquei meus pés para dentro local, andando com confiança e com um pequeno sorriso no lábios em direção da galera.

– Se beleza fosse crime, você seria condenada a morte, gata. - Disse Jack. Eu gargalhei.

– Você também não está lá tão mal. - Ele fez um reverência, eu só neguei com a cabeça comprimentando a todos.

Thalia, Reyna, Piper e Rachel estavam em um pouco mais afastadas da roda conversando, fui até elas.

– Como vão as vadias da minha vida?

– Elas estão ótimas, Annie. - Disse Reyna.

– Você também é uma das vadias dela, Reyna. - Disse Rachel.

– Calada, Dare. Você é a vadia chefe.

– Adoro! - A ruiva exclamou e eu ri. - Pena que é mentira, eu perco esse posto pra Thalia.

– Sinto lhe dizer, a vadia chefe é a Annabeth. - Afirmou a punk.

– Ei! - Eu fingi irritação, mas logo abro um sorriso.

– Como você está, Annie? - Perguntou Piper e pelos seus olhos eu vi que ela se referia a ele.

– Nunca estive tão bem.

– Não é o que parece, só essa semana foram cinco caras. - Disse Reyna.

– Te garanto que ele pegou o dobro. - Eu disse áspera.

– Acontece que essa é a principal atitude a ser esperar do Percy. Ele não é a melhor pessoa para mostrar que não está bem, ele gosta de ser inatingível, de permanecer inabalável. - Disse Rachel.

– Engraçado, eu também gosto de permanecer inabalável.

– Eu sei quando você está perdendo o controle, Annabeth. - Disse Thalia de forma firme. Eu revirei os olhos.

– Por que vocês não vão encher o saco dele dizendo todas essas coisas?

– Porque o Percy não ouve nada que ninguém tem a dizer. - Disse Reyna frustrada.

– Ele escuta você, a Thalia, a Rachel, a Alasca, a Margo... Principalmente a Margo. Então por favor, dá um tempo, Reyna. - Eu disse ríspida e com um olhar frio.

– Ele só escuta, você segue os conselhos, - nesse momento eu avistei um loiro dos olhos realemnte azuis me encarando com um sorriso de lado, mordendo os próprios lábios de forma sexy, vindo em minha direção - você sabe a hora de parar, Annabeth.

– Não essa noite, Piper.

Então eu fui de encontro ao loiro e o beijei e olha, ele é bom nisso.

– Me passa seu telefone, loira.

Eu sorri, aquele sorriso malicioso, maldoso, que dizia "vai nessa".

– Não essa noite.

E sai, topando direto com o peitoral de Luke, que me olhava de uma forma reprovadora.

– Ainda não acabou com o showzinho dessa semana?

– Nem comecei, Lukito.

Eu olhei para suas mãos, havia um copo de tequila com limão. Thalia. Eu peguei o copo e sai andando.

– Ei! Isso é pra Thalia! - Ele disse indignado.

– Diga à que não deve beber isso, ela pode ficar bêbada.

– Você é que vai ficar bebada, Annabeth! Você não devia... - Ele gesticulava de forma irritada.

– Essa noite não, Castellan.

Eu estava conversando com um cara forte, de cabelos pretos e olhos negros como a noite, - lindo, muito lindo e gostoso, realmente gostoso- enquanto rebolava no ritmo da música. Então avistei Percy, ele me encarava, eu lhe lancei um sorriso sarcástico e levantei meu copo de tequila em sua direção, então sorri para o cara a minha frente e o beijei.

...

Povs Percy

– O que está acontecendo com ela? - Piper me lançou um olhar que dizia "jura que não sabe?", então eu percebi, ela sabia do fim de semana. Reyna só fez um gesto com as mãos do tipo "deixa", Rachel me olhava com o tipico olhar "não seja idiota", enquanto Frank, Hazel, Nico, Calipso, Leo, Jason, Will davam de ombros. Então olhei na direção de Luke.

– Cara, quando fui falar com ela, tudo que ela disse foi "Essa noite não, Castellan." - O loiro respondeu, com um semblante irritado.

Então olhei para Thalia, ela tinha uma explicação, ela sempre tem uma explicação sobre Annabeth. Ela me encarou.

– O que está acontecendo com ela, Thalia?

– O mesmo que com você, Jackson. Ela está fora de controle.

– Eu estou sob controle.

– Não, não está. - Disse Rachel.

– Esse não é você. - Disse Jason. Nico o olhou como se dissesse "cara, cala a boca."

– Eu não preciso que alguém me diga quem eu sou ou deixo de ser, Grace.

– Você vai se arrepender de fazer tudo isso, Percy, é errado. - Disse Will.

– Eu não preciso que ninguém me diga o que é certo ou é errado. Eu tenho minha própria consciência, Solace. - Eu respondi frio. Então ergui meu copo de wisky na direção dele, bebi o último gole, sorri e depositei o copo na mesa, saindo dali.

Eu tinha acabado de beijar um morena gostosa pra caralho quando vi Annabeth saindo do local. Eu precisava falar com ela. Então a segui.

Eu a puxei pelo braço, ela se virou assustada.

– O que você quer?

– Saber o que está acontecendo!

– Bem, é provável que o dólar aumente essa semana, porém a economia esta estável...

– Não quero saber como se encontra o país, Chase. Quero saber o que está acontecendo com nós. - Gesticulei apontando pra ela e pra mim. Ela sorriu amarga.

– Nada, porque não existe um nós.

Nesse momento eu soltei seu braço e passei as mãos pelo cabelo.

– Por que você se afastou?

– Não é da sua conta. - Ela se virou para sair, mas a puxei pelo braço, fazendo-a bater em meu peito novamente. - Me larga, imbecil, começou a chover!

– Não largo, até você me explicar.

– Eu não te devo satisfações. Não mais.

– Só conversa comigo, okay? Uma chuvinha não vai te matar. - Ela revirou os olhos. - Por que se afastou depois...

– Depois da gente ter transado e você ter dito que nunca quis aquilo? - Ela deu um sorriso amargo. - Eu me afastei porque eu me sinto presa em um pesadelo, onde eu caio cada vez mais. Cara, isso é tão novo pra mim, sofrer por você e não estar feliz com você. Eu costumava estar nos seus braços e não implorando aos seus pés. Durante esses dois anos, as noites tem sido difíceis, mas desde que eu cheguei aqui, elas estão insuportáveis.

– Você acha que foi fácil pra mim? Acha que eu nunca me agarrei no travesseiro no meio da noite, pensando ser você? Acha que eu nunca me agarrei a ninguém, querendo que me amasse de volta? Acontece que esses pessoas não são você. Não é eu e você. Eu estou tentando escolher entre minha mente e meu coração! Não faça como se eu fosse um mostro que busca a sua destruição, porque tudo que eu sempre quis foi esmagar todos os seus medos, te deixar em paz, te fazer se sentir segura nos meus braços... Eu só não...

– Não está preparado? - Ela disse irônica. Então riu. - Você está jogando comigo, mas esse jogo é a dois, Jackson. E eu não perco. Acontece que você não pode negar, não somos namorados, mas somos mais que amigos. Portanto, coloque fogo em cada palavra que você já me disse e as sinta perfurar seu coração, pra você vê o que eu senti. Não há mais desculpas suas, não há mais choros que me atinja, essa noite eu vou superar você.

Então ela virou e saiu.

Eu só fiquei lá parado, na chuva, vendo a garota pela qual eu nego ser irrevogavelmente apaixonado se afastar, de novo.

...

Povs Annabeth

– Annabeth? - Perguntou Stefan, confuso.

– Me ajuda. - Minha voz estava embargada.

– Entra. - ele me deu passagem, me levou até o sofá, eu já chorava nesse momento. - O que aconteceu, Annie?

– Eu não aguento mais.

Ele me abraçou, forte. Eu soluçava.

– Percy? - Eu assenti. - Me conta o que houve.

Então eu contei. Contei sobre o fim de semana, sobre hoje, sobre tudo.

– Me ajuda, Stef. Eu não aguento mais amar ele e não ser correspondida, eu não aguento chorar todas as noites ou quase morrer ao ver cada boca que ele beija quando devia estar beijando a minha.

– O que você quer fazer sobre isso?

– Superar. Eu quero deixar tudo pra trás. Essa noite.

– Ligue pro Jack e dê aquela chance. Hora de seguir em frente, Annabeth.

– E se não der certo?

– Bem, eu estou aqui, Loira.

...

Povs Percy

– Vocês transaram? - Perguntou Margo, surpresa.

– Sim.

– E você, no final de tudo, ainda continua apaixonado? Quer dizer, nunca deixou de estar. - Ela disse tentando processar tudo.

– Exatamente.

– E por que você está aqui ao invés de estar indo falar isso pra ela? - Ela me olhou com aquela cara " você é idiota?"

– Ai está o problema. - Então contei da briga de hoje. - Ela quer superar, seguir em frente. Ela não merece sofrer, ainda mais por mim. Só quero que ela fique bem.

– Mas e você, o que você quer?

– Superar, realmente seguir em frente, quer dizer, eu preciso disso. Porque em questão de querer, sempre vou querer ela. Mas preciso deixar tudo pra trás.

Ela me olhava.

– Me ajuda.

– O que você acha de tentar com a Megan, como ela sempre quis?

– E se der errado?

– Então eu estarei aqui, moreno. Como sempre.