Um ciume tomou conta de mim .

As palavras de porta voz soaram como varias enguias enroscadas em minha perna , eu estava gostando do Porta voz por alguma razão , desde de aquele dia que ele me prensou na parede parece que meu empoeirado coração começou a bater .

Ele se ajoelhou perto do rosto da garotinha , desamarrou a mascara e a encarou por alguns instantes .

– Você , te conheço de algum lugar – Ele se levantou novamente enquanto a garotinha dava risadinhas.

– Pare com isso Porta voz – Olhei para a janela e uma chuva forte estava tomando conta da casa .

– Juro que não fiz nada – Disse Viúva sendo sarcástica .

– Ok se é assim vamos dormir nesta casa – Segurei a menina no colo e ignorei o resto em minha volta .

Girei a maçaneta com delicadeza revelando meu antigo quarto , pousei a garotinha levemente na cama e a selei com beijo em sua testa .

– Qual é seu nome ? – Eu disse me ajoelhando ficando de ombros contra o colchão e a cama emadeirada .

– Eu não sei , mamãe nunca disse meu nome

– Que estranho , antes de eu morrer também não sabia meu nome

– Desculpe mas esqueci seu nome

– É Sangri... espera você não morava sozinha ?

Os olhinhos esverdeados da garotinha se fecharam , e ela apagou profundamente .

– Crianças – soltei uma leve risada e a cobri com meu antigo pedaço de pano .

– Own , parece que conheceu a nova candidata .

Quando eu me virei me deparei com uma garota , ela parecia ter minha idade , tinha cabelo rosa medianos , seus olhos obtinham uma luz negra , e pareciam escorrer um liquido negro abaixo das pálpebras , seu sorriso era horripilante como de uma sereia assassina de contos , sua roupa era um vestido rosa e branco um pouco armado com partes rasgadas , parecia um Miss Assombração .

... – Tentei dizer alguma coisa , mas o som não saia da minha boca .

Estava de cara a cara com o maior Demônio de todos .

– Menina do lago – Minhas palavras saíram tremulas , me levantei com custo até ficarmos da mesma altura .

– Olá , filhinha – Seu sorriso se tornou ainda mais assombroso , sua forma mudou para outra pessoa , e um calafrio me percorreu a espinha .

– V-você esta parecida com a minha mãe .

– Eu não pareço como sou , ha ha deixe-me contar uma historia - Ela tomou sua forma normal de Espirita Demoníaca

Sua boca começou a mexer e antes que pudesse lutar meu corpo se paralisou

*A algum tempo atrás *

Depois dá minha morte que aquele desgraçado do porta voz causou resolvi fazer vingança , fui fazer uma visitinha ao orfanato mas ai enquanto eu caminhava achei uma caixa , dentro da caixa uma pequena garotinha de olhos cor maça do amor e cabelos castanhos sorria para mim percebi logo de cara aquela sim aquela tinha um poder sobrenatural, a governadora do fluxo vermelho achei que aquela garotinha seria minha parceira da vingança , cuidei dela por nove anos sempre tentando ensinar a como ser sobrenatural , mas você sempre achava que era uma loucura , mas um certo dia enquanto eu estava preparando seu almoço hihi eu colocava minha carne na sua sopa , você sem querer me flagrou fazendo isso , e eu fingi uma morte para fugir daquela situação , depois apenas apagaria sua memoria e começaríamos de novo , mas ai aqueles nojentos da umbra te caçaram e eu fiquei sem nada , mas ai achei esta garotinha encardida no orfanato e usei ela para te atrair , mas ela não se compara a você , eu dei a ela um pouco de poder limitado , ela é apenas uma humana que consegue ver espíritos chamamos isso de Mediunidade mas isto não vai levá-la a ser uma Umbra e muito menos me ajudar a vingança , se ela morrer sera apenas mais um dos Devoradores .

Forcei meu olhos , e me deparei novamente com ela .

– Gostou da historia querida – Ela se aproximou e seu odor de morte se inalava pelo ar .

– Sua vadia - Minha vontade era de rasgar aquele pescoço podre com meus próprios dentes .

– Preciso de você , nós precisamos – Atrás de sua perna a garotinha cabisbaixa me encarava com olhos de lagrimas - Me desculpe por ter te enganado sangria – Ela se calou novamente e continuou a se lamentar em silencio .

– Que nada Esperança , ela esta feliz de voltar para casa – Ela começou a acariciar a cabeça da criança com seus dedos pálidos e mórbidos .

– Esperança ? - Mordi meu lábio inferior para me calar , oras porque minha curiosidade era tão grande .

– Mas é claro , escolhi o nome dela pois ela é a Esperança que você um dia vai voltar para a família . – A menina do lago ergueu os braços como forma de um abraço , e olhou fixamente para a Esperança.

– Volta para a casa Sangria ...- Esperança Repetiu .

– Desculpa Esperança mas eu não tenho família . – Sai correndo sem pensar comecei a chamar a todos mas ninguém respondia .

– Acha que ela vai voltar Mãe ?

– Ah Esperança não te dei este nome para nada não é ?

Abri a porta da casa e corri tanto que sentia minhas pernas arderem , escorreguei na chuva e cai ajoelhada , vi a terra se avermelhar e com um grito eu arranhei meu rosto , tudo se revelou eu nunca tive mãe , amigos , uma casa ... eu nunca tive família .

Comecei a me arrastar pelo chão e os raios seguiam meus ruídos de dor , avistei a porta para a Umbra mas todo meu corpo tremia , abafei meus gritos e em troca a chuva começou a aumentar, arranquei um pouco dos meus cabelos enquanto não me conformava com a situação , eu estava perplexa não sabia onde ia , só fiquei parada no meio daquela floresta olhando a chuva cair e infiltrar na minha pele .

Mas finalmente senti um calor sobre meus ombros , alguém estava me carregando abracei o pescoço do desconhecido e prensei minhas coxas em volta de sua cintura .

Ele começou a passar a mão em meus cabelos , e colocar seu paleto para me aquecer .

Abri os olhos de leve .

– Obrigado Porta voz – Minha boca estava tremendo e sentia o gosto de minhas lagrimas

– Vamos , você tem que voltar para casa .

– Esperança ...

Quando percebi Apaguei novamente