Myrcella sempre foi do tipo mais reservada.

Seus irmãos tinham seus próprios aspectos, mesmo Joffrey o cruel e maldoso e Tommen o gentil e carinhoso. Era como se ela não tivesse seu próprio brilho, como se os dois já tivessem pegado suas duas opções a deixando apenas como a princesa de sorriso tímido. Apenas isso.

Era fato em todo o reino que Myrcella tinha a beleza e graça de sua mãe e às vezes, quando a baixa autoestima chegava era isso que a confortava.

Mesmo sabendo sobre o incesto.

Tinha visto uma vez, quando estava escondida no quarto da Rainha em baixo da cama, apenas a esperando para fazer uma surpresa, ela só queria lhe contar como foi o seu dia e as coisas novas que tinha aprendido. Até que viu sua mãe e seu tio Jaime, eles se beijavam como apaixonados e faziam coisas que ela só foi saber o que eram mais tarde, e quando soube sua ficha caiu.

Não foi a toa que quando soube das noticias, as “mentiras” contadas pelo povo e pelos inimigos para rebaixar tanto a Senhora sua mãe quanto a ela e seus irmãos, ela nem ao menos se surpreendeu mais devido suas condições sua reação, tinha que ser, de descrença.

Ela ainda se lembrava de como seu choro, de pura dor e constrangimento, foi silenciado pelas palavras doces de seu príncipe Trystane.

Ela ainda conseguia se lembrar de quando prometeu não chorar mais, de como rogou aos Deuses pra que lhe livrasse daquela dor e de como rezou até os joelhos doerem.

E no fim, Myrcella teve que perceber por si só, que os Deuses nem sempre são gentis.

O maior sacrifício, é não alimentar mais esperanças.