Heart of Ice - Jotun Fanfic I escrita por HeavyDwrtySoul


Capítulo 10
Capítulo 9




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Daniel me contou mais algumas coisas e logo nós saímos da biblioteca. Paramos em frente à porta da mesma e ele passa a falar comigo novamente.

– Você sabe o que eu realmente quero agora?

– O quê? – lhe pergunto.

– Um bom banho. Meu treino com Sam hoje foi cansativo, não tivemos uma pausa. Creio que você também queira se arrumar, lembra que tem que falar com minha mãe?

– Sim, é claro que lembro.

– Então, vou tomar banho e te levo até ela depois, pode ser?

– Claro!

– Ótimo! Vou contigo até o quarto para que não se perca e depois eu volto para te levar até minha mãe - Então fui guiada por Daniel até meu quarto. Assim que ele saiu, corri para o closet arrumar minha roupa, não queria falar com a rainha com minha roupa de treino. Peguei algo mais “arrumadinho” e fui tomar um banho rápido. Resolvi usar calça, não sabia se teria alguma atividade à tarde. Tomei banho e fui vestir-me. Deixei meu cabelo solto. Eu fiquei pronta rápido. Quando estava calçando minhas sapatilhas, Daniel me chamou do corredor.

– Pode entrar! – eu disse. Ele entrou e, nossa! O perfume dele tomou conta de meu olfato imediatamente. Fiquei apreciando aquele aroma enquanto terminava de calçar as sapatilhas e ajeitar minha roupa.

– Você se arruma mais rápido que qualquer garota que já conheci, sabia?

– Não, Daniel. Eu não sou sempre tão rápida. Eu sei me arrumar rápido quando o tempo é curto, mas sou como qualquer outra mulher.

– Hm... Bem, já está pronta para ver mamãe?

– Sim, vamos lá! - Ele pega em minha mão dessa vez para me levar até onde a rainha Kathrin me esperava. Eu não sei se ele sentia algo diferente quando nos tocávamos, mas eu sentia. Seu toque era refrescante, parecia que se criava um equilíbrio entre nós quando nos tocávamos. Seu toque era reconfortante. Eu estava a pensar nisso quando ele me disse que havíamos chegado. Eu não queria soltar sua mão, estava ficando nervosa.

– Johanna, eu vou te esperar na sala ao lado, certo?

– Tudo bem – enquanto eu lhe respondia ele soltou minha mão e parou em frente a tal sala onde me aguardaria.

– Me encontre aqui quando terminar para irmos almoçar juntos.

– Ok. Até mais, Daniel – nos despedimos e eu bato na porta, que logo é aberta pela própria rainha.

– Entre Johanna. Você fica muito bonita de rosa sabia? – ela me elogia por minha camisa enquanto eu entro.

– Bem, obrigada Sra. Suolide.

– Por favor, me chame de Kathrin.

– Tudo bem. Eu não a deixei esperando muito tempo, deixei?

– Não. De maneira alguma. Eu estava com Claus há alguns minutos. Sente aqui comigo, querida.

– Obrigada – eu agradeço e sento-me junto a ela.

– Bem, eu queria conversar com você porque desde que chegou aqui só está com meus filhos, não é? Creio que uma conversa entre mulheres seja boa agora.

– Oh, obrigada pela preocupação Sra. Kathrin. Eu nem sei o que dizer, sua família tem me tratado muito bem desde que cheguei. Seus filhos são incríveis, muito atenciosos. Parabéns por esses belos rapazes.

– Obrigada, Johanna. Eu quero de te contar uma coisa também, se me permite. É a respeito de sua família.

– Minha família? – eu confesso, fiquei confusa naquele momento. A que família será que ela se referia? A verdadeira ou os que me adotaram?

– Bem, você já deve saber quem seus verdadeiros pais eram, correto?

– Não me disseram muito a respeito deles. Só disseram que minha mãe foi morta e que meu pai saiu daqui buscando vingar a morte dela e nunca mais retornou.

– Quem te contou isso, Johanna?

– Minha mãe, Isabella.

– Bem, realmente sua mãe foi morta naquele conflito, mas o seu pai não te abandonou com Isabella e Henry como eles te disseram.

– Não? Então o que aconteceu?

– Bem, você e sua mãe foram levadas por um grupo, mas Isabella te salvou. Só que contaram a Bruce que vocês duas haviam morrido. Por isso ele saiu de Svetilnik, ele nunca te deixaria se soubesse que estava viva – quando ouvi suas palavras eu fiquei em choque.

– E por que eles esconderam isso de mim? Meu pai pode estar vivo ainda!

– Eu não sei dizer porque eles não te contaram, nem porque não disseram a Bruce a verdade. Sinto muito, Johanna.

– Eles me esconderam de meu prórpio pai? Por que eles quiseram nos separar? Eu não entendo.

– Johanna, eu prometo que vamos descobrir, tudo bem?

– Tudo bem. Eu espero poder saber logo o porquê de tudo isto.

– Você confia em nós, Johanna? Nós podemos te ajudar, mas só se você permitir.

– É claro que confio em vocês. Obrigada por me ajudarem com tudo. E, você poderia me fazer mais um favor?

– Sim, Johanna. O que seria?

– Se meu pai ou minha mãe virem aqui me ver, diga que eu não posso ver eles, que saí para treinamento ou qualquer coisa. Não quero ver eles agora, estou muito confusa com tudo isso. Não sei se posso confiar mais neles depois de tudo o que esconderam de mim.

– Tudo bem, querida. Eu vou te ajudar. Agora, se quiser, pode ir. À tarde podemos conversar novamente. Tudo o que precisar, certo?

– Certo. Muito obrigada mesmo por me contar isto. Espero que possam descobrir algo mais logo. Obrigada por tudo – eu agradeci inúmeras vezes à rainha e depois saí para encontrar-me com Daniel.

Saí da sala depois de conversar com a rainha completamente chocada com tudo. Meus pais me tiraram do meu pai verdadeiro, mas por quê? Eu não podia confiar mais em meus próprios pais. Eu precisava me acalmar para não queimar, enquanto tentava me acalmar respirando fundo, entrei na sala onde Daniel me esperava, pois a porta se encontrava aberta, seu irmão estava ali também, juntamente com Addie e Samuel. Logo que entrei Daniel me convidou para sentar ao seu lado, eu fui sem pensar duas vezes. Não queria ter que ficar perto de Samuel, onde o outro lugar livre estava.

– Então, como foi a reunião com a dona Kathrin? – Daniel me pergunta.

– Foi boa. Ela só queria saber se eu estava me sentindo bem aqui, se dormi bem e, se estava me entendendo com vocês – apontei para os dois príncipes.

– E você disse? – os dois perguntam simultaneamente.

– Eu disse que tá tudo bem. Disse que vocês são ótimos, se é o que querem saber.

– É, acho que queria ouvir isso. Não sei quanto a meu irmão, mas eu gostei da resposta – príncipe Daniel diz.

– Como você é convencido hein Daniel – diz seu irmão Loki.

– Ah, não seja exagerado, mano. Eu só disse que estou feliz que Johanna esteja se sentindo bem aqui com a gente.

– Ah, que seja. Nós estamos saindo. Nos vemos no almoço, ok?

– Tudo bem. Sam vai com vocês?

– Sim. Vamos buscar Jasper. Ele ficou de ajudar hoje à tarde com algumas coisas, já deve estar a caminho.

– Ok. Até mais pessoal! – Daniel se despede sem nem sair do lugar. Eu também só acenei um tchauzinho para eles enquanto saíam. Fiquei sozinha com Daniel de novo. - Então. Sei que não foi só para saber de seu bem-estar que minha mãe te chamou lá.

– Ah, é claro que sabe.

– E o que foi que ela te contou?

– Você é filho dela, deve saber.

– Bem, sei algumas coisas, mas não sei quais ela te contou.

– Ai Daniel, sua família sabe mais a meu respeito que eu mesma! Não me vai dizer que sou uma parente.

– Não, você não é nossa parente.

– Então por que escondem tanto de mim minha própria história?

– Nós não escondemos nada, Johanna. Minha mãe não te contou?

– Me contou alguma coisa. Eu não posso confiar mais em meus pais, eles mentiram para mim esses anos todos. Mas... você disse que nossos pais são próximos...

– Sim, eu disse. Mas não é como você pensou. O General Henry é quem comanda o exército real. Meu pai costuma falar com ele com frequência, mas não são melhores amigos, se foi o que você pensou.

– E por que seu pai confia a Henry o comando de seu exército?

– Bem, antes de se tornar rei, ele era quem comandava o exército e Henry era seu braço direito. Com meu pai tomando posse do trono, Henry passou a comandá-lo. E ele tem feito um bom trabalho. Randall treina soldados e auxilia em muita coisa.

– Olha, é muita coisa para processar. Eu sinto que vou levar um tempo até entender tudo. Na minha ideia, meu pai sempre foi bom, mas agora duvido até de minha mãe. Tô muito confusa com tudo isso.

Enquanto eu e Daniel conversávamos, não percebemos a hora passar. Olhamos para o relógio na parede. Já estava perto da hora do almoço, nós resolvemos ficar ali mais alguns minutos, pois a sala de jantar ficava próxima de onde estávamos. Eu estava nervosa, eu queria acreditar que aquilo tudo era um sonho, e que logo eu acordaria em minha cama, na minha casa, mas não era, era tudo real, muito real!

– O que está te preocupando agora, Johanna?

– Quê? Como sabe que algo me incomoda?

– Olhe suas mãos - Eu estava com minhas mãos queimando e não havia me dado conta, tamanho o meu nervosismo naquela hora. - Daniel, eu não sei como parar isso. Se afaste, eu posso te machucar.

– Não, Johanna. Você precisaria de uma demanda grande de poder para me ferir. Eu também sou um Jotun, para ferirmos uns aos outros não é tão fácil – enquanto ele me explicava aquilo ele segurou minhas mãos. Eu não tentei me desvencilhar desta vez, pois confiava nele, ele sabia o que fazer. - Olha para mim, Johanna – ele me disse segurando minhas mãos, eu olhei diretamente em seus olhos. Ele estava calmo, eu senti uma sensação refrescante percorrer minhas mãos e braços. Daniel estava a usar seus poderes para controlar os meus. Eu me senti segura naquele momento. Sem desviar o olhar do meu ele começou a falar. - Melhor agora?

– Sim, como você fez isso?

– Bem, como nossos poderes são diferentes, usei os meus para apagar as chamas em suas mãos. Não sabia se daria certo, mas funcionou.

– Obrigada por me ajudar com isso. Eu preciso aprender a controlar isto sozinha, nem sempre vou ter alguém por perto para me ajudar.

– Você aprenderá, tenho certeza. Você é determinada, isso ajuda muito.

– Minha ficha não caiu ainda. Não dá para acreditar, depois de todos esses anos, descubro que também sou Jotun.

– Pois acredite, é o que você é. Agora, vamos almoçar?

– Claro! – quando lhe respondi, Daniel e eu nos levantamos do sofá onde estávamos sentados e ele me acompanhou até a sala de jantar para almoçarmos.

Enquanto íamos até o local onde almoçaríamos Daniel estava quieto, pensativo. Eu não entendia todo o mistério que a família Suolide tinha quando estavam perto de mim. Eu sentia que havia algo que todos eles estavam me escondendo.

– Daniel? – lhe chamei, ele parecia estar bem distante mesmo, pois quando chamei seu nome ele até levou um susto.

– Me desculpe Johanna. Eu estava pensando em algumas coisas. O que você disse?

– Nada, só chamei seu nome. Mas eu queria te perguntar uma coisa novamente.

– Novamente? E o que seria?

– Bem, eu notei que todos na sua família ficam estranhos perto de mim. Vocês cuidam muito o que vão dizer. Há algo que eu precise saber e vocês não estão querendo me contar? - Naquele momento ele parou de andar, olhou para o chão pensativo e deu um profundo suspiro. Eu sabia que tinha algo, esperei para ver se ele me contaria.

– Olha Johanna. Eu não quero te causar problemas... Você confia em mim?

– É claro que confio! Você tem me ajudado desde que cheguei aqui.

– Então venha comigo. Quero te mostrar algo antes de almoçarmos. Eu não quero que minha família saiba disso. Posso confiar em você também?

– Você sabe que pode confiar em mim. E, para onde estamos indo?

– Seu quarto.

– Meu quarto? Por quê?

– Confie em mim. Quando chegarmos você vai saber - Nós fomos calados o resto do caminho até meu quarto. Quando chegamos lá ele foi até o criado ao lado de minha cama, onde ele havia deixado uns livros para que eu lesse e pegou um deles, o que estava dentro de uma gaveta com algumas coisas em cima.

– Por que você escondeu um livro no meu quarto, Daniel?

– Eu quero que me prometa uma coisa.

– O quê?

– Que vai ler este livro. E ninguém pode saber que isso está com você, ouviu bem?

– Tudo bem, mas por que tanto segredo com esse livro?

– Olha, somente eu e você sabemos que isso está aqui. Ninguém mais, nem meu irmão, se ele souber que te deixei isto ele me mata antes que meus pais descubram.

– E esse livro vai responder as perguntas que sua família não pôde? - pergunto e ele fica quieto por um momento. - Daniel? Por que não responde minhas perguntas? Esse livro é a resposta?

– Não exatamente. Você vai precisar de tempo até saber tudo. Isso vai te dar uma ideia. Mas tome cuidado com o livro, só o leia se estiver segura de que não há ninguém por perto. Isso é um favor que estou me arriscando ao fazer.

– Tudo bem. Vou cuidar - Ele guardou o livro de volta na gaveta como estava antes e ficou a me olhar por uns instantes, parecia que ele queria muito me contar algo mesmo, mas não podia. Eu, por impulso, o abracei. Ele ficou meio estranho com minha reação, mas depois me abraçou de volta. - Obrigada Daniel. Eu tenho me sentido tão confusa e sozinha nessas últimas horas. É como se não soubesse quem realmente sou. Obrigada por me fazer companhia e me ajudar.

– Tá tudo bem, Johanna. Não vou deixar que nada te aconteça, nem minha família. Você vai descobrir tudo logo. Só tenha paciência.

– Tudo bem. Vou tentar – dizendo isso eu me soltei de seu abraço.

– Agora acho que podemos almoçar. Vamos? – ele me pergunta.

– Vamos, já estou ficando com fome - Nós fomos almoçar com Loki, Addie e seu irmão, Samuel. Jasper estava com eles e...

– Nancy! Oh minha nossa! Pensei que fosse demorar para te ver – eu disse quando vi minha amiga com seu namorado, Jasper, e corri abraçá-la.

– Eu soube que Jasper viria para cá hoje e pedi para te ver. E alguém preparou uma surpresa. Mais tarde você vai ver.

– Mais surpresas? Parece que agora serei surpreendida todos os dias.

– Bem. Addie e eu precisamos de ajuda com os cavalos e Jasper leva muito jeito com isso também e sempre que possível ajuda. Hoje nós vamos fazer uma viagem – Loki explica o porquê da visita de Jasper ao castelo.

– Viagem? Quem vai viajar, e para onde? – Daniel pergunta surpreso ao seu irmão.

– Addie e eu viajamos hoje à noite. Vamos falar com Remy, ver se ele consegue voltar o quanto antes para cá.

– E quanto aos treinos? Quem vai substituir vocês enquanto estiverem fora?

– Você vai me substituir e Jasper a Addie. Randall pode fazer a sua parte também, já falamos com ele.

– E quanto tempo vão ficar fora? – eu perguntei me intrometendo na conversa dos irmãos.

– Bem, nós vamos à Oakley, onde Remy está morando. Talvez fiquemos uma semana fora, porque é longe daqui e fora dos limites da mágica – Loki me explica.

– Vocês estão indo para onde não tem mágica? É lá que meu pai vive!

– Seu pai vive em Oakley?

– Eu não sei. Eu só sei que ele saiu daqui para um lugar sem mágica, segundo minha mãe adotiva me contou.

– Não creio que ele esteja morando lá. Faz anos que ninguém vê Bruce.

– Bem, não custa acreditar, não é?

– É verdade, você precisa acreditar, e em muitas outras coisas também...Depois Daniel te explica esse lance da mágica.

– Okay. Parece que tenho muito a aprender, não?

– Sim. Bastante – Daniel afirma.

– Bem, Nós já vamos nos aprontar para a viagem. Samuel vai auxiliar Randall nas aulas de luta e vocês... – Loki aponta para Daniel e Jasper – Já sabem o que fazer. Qualquer dúvida, falem com meu pai. Nos vemos mais tarde – Loki e Addie saem. Eu já havia terminado meu almoço, mas fiquei ali à mesa com Nancy e os rapazes.

– Você já terminou seu almoço, Johanna? – Daniel me pergunta alguns minutos depois de seu irmão e cunhada saírem.

– Sim. Tem algo que eu deva fazer agora? Mais uma aula? – eu o respondo e já lhe faço mais perguntas.

– Não. Fique tranquila, temos a tarde livre. Eu creio que queira ficar um tempo com Nancy. Vou falar com meu pai e te deixar com ela, Jasper vai comigo, tudo bem?

– Claro, tudo bem. Estaremos no meu quarto, se precisar falar com alguma de nós, sabe onde nos encontrar.

– Tudo bem. Nos vemos mais tarde então – dizendo isso ele sai com Jasper. Ficamos eu e Nancy com Samuel.

– Bem meninas. Se não se importam, também estou de saída – Samuel nos diz.

– Tudo bem Sam – Nancy responde-lhe.

– Ei Sam! – eu o chamo antes que saia

. - Sim? – ele se volta para mim.

– Pode nos levar até os dormitórios? Não sabemos andar por aqui sem nos perder nesse lugar.

– Tudo bem. Eu estou indo para lá mesmo. Acompanho vocês – então nós fomos com Samuel até onde ficavam os dormitórios, o quarto dele ainda ficava no mesmo andar que o meu. Agradecemos a Sam e nos despedimos dele. Logo que entramos em meu quarto eu tirei as sapatilhas e fui para minha cama, Nancy sentou-se lá comigo com aquele olhar curioso e seus olhos brilhantes a me olhar questionadoramente. Sabia que ela me perguntaria um bilhão de coisas, mas eu também estava louca para conversar com alguém. Seria uma tarde boa ao lado de minha amiga. Contei sobre meus treinos e sobre meus pais, mas disse a Nancy que não falasse nada a ninguém sobre o que eu lhe contei, eu não sabia mais em quem confiar. Contei muitas coisas, mas ela sempre tinha mais perguntas.

– E Daniel, hein? Eu notei algo entre vocês – Nancy conseguiu me deixar desconfortável dizendo aquilo. Senti minhas mãos esquentarem.

– Ah Nancy, você e suas gracinhas.

– Não, não foi o que eu quis dizer. É que parecia que havia algo que só vocês sabiam, um segredo, sei lá. Todos na mesa notaram como vocês estavam estranhos quando chegaram. Aposto que Sam pensou besteira, por isso ele não ficou com nós.

– Na verdade há sim algo que só nós sabemos.

– Sério? E o que é?

– Embora seja muito difícil ferirmos uns aos outros, nós Jotuns podemos usar nossos poderes uns contra os outros com mais facilidade quando são opostos. Um pouco antes de sairmos para almoçar minhas mãos começaram a queimar de novo e Daniel me ajudou a controlar aquele fogo usando o poder de gelo dele. Isso foi estranho, eu ainda não me acostumei com a ideia de ser uma jotun.

– Você tem sorte. Eu queria possuir essa mágica.

– É, isso é legal, mas eu não consigo controlar. Eu quero aprender logo - Passei o restante do tempo conversando com Nancy sobre meus poderes e curiosidades Jotuns que descobri. Nós saímos da cama e nos sentamos no tapete que tinha no quarto, havia um pequeno sofá e uma mesinha de centro, onde nós achamos ser melhor para ficarmos. Foi ali que ficamos a conversar. Contei o que Loki me ensinou sobre o controle e mostrei meu quarto. Sabia que mais tarde teria uma surpresa, não podia parar de pensar no que poderia ser.

Estava conversando com Nancy sentada no peludo tapete que tinha em meu quarto quando alguém bateu à porta.

– PODE ENTRAR! – gritei de onde estava. Daniel e Loki entraram em meu quarto.

– Olá! Pronta para sua surpresa? – Loki me pergunta.

– Vocês nem imaginam o quanto. Mal posso esperar para saber o que é – lhe respondo já me levantando do tapete.

– Bem. Vamos encontrar Jasper e Addie, eles estão lá fora com sua surpresa – Daniel me diz.

Eu calcei minhas botas desta vez, pois iria para fora do castelo. Nós saímos todos juntos, Nancy segurava minha mão e os príncipes iam à nossa frente. Eles estavam nos levando para os estábulos, o que será que aquilo tinha a ver com minha surpresa?

Quando chegamos, Jasper veio nos encontrar e nos levou até onde estava Addie. Eu não pude acreditar quando eu vi. Com ela estava um lindo cavalo branco, ela o acarinhava. Era Snow, o meu cavalo.

– Snow! Eu não acredito – logo eu fui até lá e acariciei meu Snow - Meu garoto. Fiquei com saudade. Pensei que não o veria até sair daqui.

– Bem, agradeça a Loki. A ideia brilhante foi dele – Daniel me diz. Eu abracei Loki e o agradeci por ter trazido Snow para mim.

– E ele vai poder ficar aqui? – eu pergunto.

– Vai sim. Se quiser, pode fazer seus treinos com Snow. Addie disse que ele é ótimo – Loki me diz.

– Sério? Ah, eu quero sim treinar com meu Snow. Ele já está acostumado a sair comigo para o bosque. Treino arco e flecha com ele às vezes.

– Você consegue atirar enquanto cavalga? – Jasper me pergunta.

– É claro. Nancy também. Nós treinamos juntas – nesse momento ele olha para Nancy com um olhar tipo “Por que você nunca me contou isso” e ela só concorda comigo.

– Bem, seus treinos com Addie terão que ser adiados. Ela vai viajar comigo, mas se quiser treinar, Jasper estará substituindo ela. Como você já está familiarizada, seria só uma prática – Loki me diz.

– Obrigada pessoal. Eu amei a surpresa. Posso dar uma volta com ele hoje? – eu pergunto.

– Claro que pode, mas onde você pretende ir? – Loki me pergunta.

– Eu quero fazer uma visita aos meus pais. Tenho umas coisinhas para falar com eles ainda.

– Eu te acompanho então – Daniel me diz.

– Tudo bem. Quando podemos sair? – lhe pergunto.

– Agora. Se estiver pronta.

– Eu estou. Podemos ir – eu respondo e então Daniel vai aprontar seu cavalo para sairmos.

– Nancy, você vai ficar aqui ou quer ir com a gente? – eu lhe pergunto.

– Eu vou ficar aqui com Jasper. Te vejo quando vocês voltarem.

– Tudo bem – eu fiquei ali esperando Daniel, que logo estava de volta e pronto para sair.

– Vamos lá? – ele me pergunta.

– Vamos – eu me despeço de todos, monto em Snow e saio com Daniel.


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