Something Called Love escrita por Lucyle Liddell


Capítulo 5
5- Recognizing


Notas iniciais do capítulo

Ei gente! Como prometido, aqui está o próximo capítulo. Bom, eu não posso dizer que postarei o próximo tão cedo, mas acho que no Domingo eu consigo postar o próximo já que Sábado é o único dia que eu vou ter tempo para escrever. Para quem não conseguiu ler o aviso que eu postei ontem: O HD do meu pc queimou e agora eu estou vindo na casa de uma amiga para postar os capítulos até que eu consiga um HD novo (o que não deve acontecer tão cedo já que esse troço é muito caro). Enfim, sem mais delongas, Enjoy!



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Tobias “Quatro” Eaton

Eu me encolhia cada vez mais sob a mesa na tentativa de me esconder, mas ele sempre me achava. Eu tremia na medida em que eu ouvia os passos se aproximando chegando mais perto a cada segundo, aos poucos lágrimas surgiam, mas eu tentava a todo custo esconde-las. Eu ainda podia ouvir o choro da minha mãe ecoando pela casa, ouvia ela implorar para que ele me deixasse em paz e ouvia ele gritando cada vez mais alto mandando ela calar a boca.

Me esconder no porão parecia ser uma boa ideia, mas depois de alguns segundos parecia que eu tinha facilitado ainda mais para ele e que se ele me achasse não adiantaria implorar, não adiantaria chorar, não adiantaria gritar, não adiantaria correr...

–Tobias! –Eu ouvi ele vociferar.

Abracei meus joelhos.

–Se você não aparecer vai ser pior, você sabe que vai! –Ele continuou.

Abaixei minha cabeça.

–Tobias! –Ele gritava, aumentando sua voz.

Fechei meus olhos. Eu não conseguiria fugir... Novamente.

–Acha que pode se esconder de mim? Moleque estúpido! –Ele gritava, agora, mais próximo.

Então um silêncio dominou o ambiente, tudo o que eu ouvia era a minha própria respiração, nada mais. Naquele instante eu pensei que talvez ele tinha ido embora e saí do meu esconderijo, mas como sempre eu estava errado e Marcus estava ali parado ao lado da porta bem na minha frente me olhando com desdém.

–Você é mesmo idiota. –Ele dizia e mesmo estando em uma distância considerável dele, eu ainda podia sentir o cheiro de uísque.

Por um minuto eu congelei sem saber o que fazer, mas quando recobrei o controle de mim mesmo corri o mais rápido que eu conseguia tentando sair dali o que fora em vão já que ele me segurara antes que eu conseguisse alcançar a porta.

E a partir daquele momento tudo o que se poderia ouvir eram mais gritos, mas dessa vez eram gritos de desespero e de dor... dessa vez os gritos eram meus.

***

Acordei suando frio. Me sentei na minha cama e cobri meu rosto com minhas mãos tentando regularizar minha respiração.

–Quatro! –Ouvi Zeke gritar assustado aparecendo na porta do meu quarto. –O que aconteceu?

Olho para ele confuso.

–Do que você está falando?

–Ouvi uns gritos vindos do seu quarto.

Abaixo minha cabeça desviando o olhar de Zeke.

–Foi só um pesadelo, me desculpe por te acordar. –Falo olhando para ele novamente.

Quando termino de falar vejo ele relaxar um pouco.

–Sem problemas, ninguém é de ferro. –Ele diz dando um sorriso breve e se retirando dali me deixando sozinho novamente.

Eu já sabia que não iria conseguir dormir novamente então me levantei e olhei para o relógio, eram 02h23m da manhã e eu estava completamente sem sono, maravilhoso.

Depois de me xingar por acordar tão cedo fui tomar um banho e pegar uma xícara de café, afinal, se não vou dormir é melhor fazer alguma coisa de útil né? Peguei meu computador e comecei a procurar empregos na internet já que o aluguel do apartamento não se pagaria sozinho e eu não podia deixar Zeke pagar tudo.

Eu já estava verificando uma outra oferta de emprego quando eu ouvi passos na cozinha e fui até lá para ver. Quando cheguei na cozinha, dizer que eu tive um ataque de risos seria pouco. Por que eu tive um ataque de risos? Imagine você encontrar seu melhor amigo com uma cara de zumbi, uma camisa florida e uma samba canção, admita, você também riria.

–Tá rindo de que, traste? –Zeke falou mal-humorado.

–Preciso dizer?

Zeke simplesmente mostrou a íngua e se sentou no sofá enquanto eu parava de rir.

–Por que levantou? –Eu disse me sentando no sofá também.

–Não consegui dormir mais e você?

–Também. Eu estava procurando um emprego na internet, mas até agora nada.

–Deve aparecer alguma coisa uma hora ou outra. –Zeke disse enquanto bocejava.

Eu afirmo com a cabeça e ligo a televisão para me distrair um pouco.

***

Professores entediantes + pessoas entediantes + matéria que eu já sei = Inferno. Juro que parece que todo mundo nessa escola parece conspirar para me irritar.

Eu estava andando pelos corredores já que finalmente o intervalo havia começado, ou seja, ninguém iria me irritar agora. Tinha algumas partes da escola que eu ainda não tinha visto então comecei a andar por aí tentando decorar tudo. Eu estava passando em frente a biblioteca da escola quando sem querer esbarrei em alguém, eu sei, devo estar cego ou algo parecido para esbarrar em tanta gente em tão pouco tempo.

Me virei para me desculpar com quem quer que fosse e tive uma surpresa imediata ao ver que era ninguém menos do que Johanna, uma velha amiga do meu pai que tinha me ajudado a fugir dele várias vezes quando descobriu quem ele realmente era.

–Johanna? –Eu pergunto incrédulo.

Ela me olha atentamente e a princípio não me reconhece, mas depois de alguns segundos seu rosto se ilumina e ela me abraça.

–Tobias! Quanto tempo! –Ela disse quase esmagando meus ossos, mas por sorte antes que isso aconteça ela me solta e vejo preocupação em seus olhos. –Espere. Se você está aqui... isso significa que...

–Sim. Eu consegui fugir dele. –Digo fazendo ela sorrir mais uma vez.

–Fico muito feliz em saber disso, mas, onde ele está?

–Prisão. Foi o único modo que eu achei de me livrar dele.

Ela acena com a cabeça em concordância e logo em seguida começa a fazer uma série de perguntas como: “Onde você está morando?”, “Está tudo bem?” etc.

–Eu estou morando em um apartamento com um amigo. –Eu digo. - Johanna, sem querer ser rude, mas... o que está fazendo aqui?

–Eu trabalho aqui, sou orientadora. E você, mocinho? Como está pagando o aluguel de um apartamento?

–Meu amigo Zeke é o único trabalhando no momento, mas eu já estou procurando emprego.

–Bom, boa sorte então. –Ela disse com mais um sorriso amigável e se despediu.

***

Embora ter visto Johanna fora uma coisa boa nada parece ajudar quando se trata de ficar mais tempo nessa escola. Quando o sinal tocou e todos começaram a levantar correndo para ir embora, eu decidi que passaria na sala da Johanna para conversar um pouco mais como costumávamos fazer, ela era como minha psicóloga naquela época.

Achar a sala por sorte não foi difícil. Eu bati na porta e Johanna a abriu sorridente.

–Ah, olá Tobias.

–Oi, está ocupada?

–Na verdade não, só espere um minuto que eu estava conversando com uma aluna e ela já vai embora.

Aceno com a cabeça e me sento em um banco que ficava em frente a sala. Quando a porta se abriu novamente eu podia jurar que o universo estava conspirando contra mim, pois naquele momento saiu de lá a baixinha irritante que me lembra tanto a minha velha amiga Tris.

–Só pode ser brincadeira. –Digo para mim mesmo, mas ela ouve.

Em menos de um segundo ela me olha com desprezo e Johanna que vinha logo atrás parecia mais perdida que cego em tiroteio.

–Beatrice, está tudo bem? –Johanna diz e eu congelo.

Ela disse Beatrice?

–Espera aí, qual o seu nome? –Eu digo para a garota enquanto me levanto.

Eu devia estar com a expressão mais assustada do mundo já que tanto ela como Johanna pareceram preocupadas por um momento.

–Beatrice, por que? –Ela diz e por um minuto eu não respiro.

–Tobias, está tudo bem? –Johanna perguntou preocupada e no mesmo instante ela olhou para Johanna logo em seguida para mim assustada.

Tobias? –Ela pergunta olhando para mim.

Recupero minha consciência e ainda um pouco surpreso falo:

–Olá, Tris.


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Notas finais do capítulo

E ai, gostaram? Valeu a pena esperar?
Comentem por favor!
Kisses Mkaybye