Crazy In Love escrita por blumora


Capítulo 2
2. Empty Head, Zero Answers


Notas iniciais do capítulo

Olá amoras! Trouxe para vocês o segundo capitulo rápidinho, não? Bem, não se acostumem, estou em época de fechar o ano escolar, hehe.
Enfim, aproveitem o capitulo, o qual é dedicado para a LucyMusicWinchester e para a Miss Queen, que comentaram o capitulo passado



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#02 – Empty Head, Zero Answers

Mal abro meus olhos e já os fecho novamente. Uma luz branca me cegava. Me remexo um pouco, me espreguiçando, e noto que estou deitada em um colchão extremamente confortável.

Tento me lembrar o que me trouxe para cá, mas não consigo, nada vem a minha mente. Tudo o que me recordo é que a SHIELD salvou minha vida.

“Sim, a SHIELD salvou minha vida e eu sou grata a eles” as palavras ecoam na minha mente, mas elas são simplesmente... insignificantes. Balanço minha cabeça, negando meus próprios pensamentos. A agência que salvou minha vida não é insignificante, não mesmo.

Abro os olhos mais uma vez e pisco repetidamente, me acostumando com a claridade. Estou em um quarto marrom-claro, deitada numa cama branca. Móveis de madeira decoram o lugar.

A porta se abre repentinamente e eu me sento, assustada.

—Seu nome é Liv Karlberg, certo? — pergunta uma mulher, entrando. —Eu sou Natasha Romanoff. Vista isso. — ela joga um amontoado de roupas em meu colo.

Por que? — indago, levantando a sobrancelha. Minha voz soa rouca, fraca.

—Nós vamos dar uma volta. — a ruiva responde, simplesmente.

—[C.R.A.Z.Y. I.N. L.O.V.E.]—

Natasha havia me apresentado a todo o prédio da SHIELD antes de me deixar na frente do escritório de um cara chamado Nick Fury, sozinha. Havia uma placa colada na porta com a palavra “Diretor”, e um teclado numérico ao lado. Bato duas vezes na superfície de ferro, aço... ou do que quer que a porta fosse feita, tentando chamar a atenção de quem quer que estivesse do outro lado da parede.

Ouço um barulho e, então, a porta se abre. —Senhorita Karlberg, pode entrar.

Encaro o dono da voz. Sua pele era escura, usava um tapa-olho e era calvo, exatamente como Natasha Romanoff havia o descrevido. —Seu nome é Nick Fury, certo?

O diretor sorri e eu, finalmente, adentro a sala. Haviam mais duas pessoas na sala, homens, um moreno e um loiro, o ultimo parecendo inquieto.

—Estes são Tony Stark e Steve Rogers. — Nick nos apresenta. —Agentes, esta é Liv Karlberg, a garota de quem tanto falei.

—Ao seu dispor. — o moreno faz uma reverencia, me fazendo rir. O loiro, por outro lado, mal abriu sua boca para dizer oi.

—Você esta se sentindo bem, Liv? — Fury indaga, chamando minha atenção. —Nenhuma dor de cabeça, estomago ou.. sensações estranhas?

—Não, não, estou bem. — eu respondo, prontamente. —Se bem que...

—“Se bem que” o que? — Steve pergunta, parecendo preocupado.

Dou um passo para trás. —Eu não.. eu não tenho uma clara memória do que estou fazendo aqui... — inalo profundamente. — do porquê estou aqui. — completo.

—Bem, Srta. Karlberg — Fury caminha em minha direção. — seus pais trabalhavam para a SHIELD e houve um... incidente, em sua casa. Rogers, Romanoff e Stark conseguiram chegar a tempo de salvar você.

—Mas eu não me lembro de absolutamente nada, nem mesmo de quem eram os meus pa..

Isso se chama choque pós-traumático. — o diretor me corta ante que eu possa terminar a frase. Eu recuo e ele suspira, se virando e se sentando em sua mesa. —De qualquer jeito, estamos aqui por que quero lhe fazer uma proposta.

—Uma proposta?

—Se junte a SHIELD, da mesma maneira que seus pais o fizeram. — ele sorri. —Se torne uma agente. Lhe providenciaremos treinamento, transporte, comida, moradia...

Mordo minha própria língua. Meus pais, a agência... era muito para processar. Eu nem mesmo tenho uma clara lembrança das pessoas que me deram a vida.

—Eu posso... pensar? — pergunto.

—Claro. — Fury suspira. —Você tem até a manhã, as nove em ponto, para me dar sua resposta. Caso contrário, você terá de se virar sozinha. Agente Rogers, acompanhe-a, por favor.

—[C.R.A.Z.Y. I.N. L.O.V.E.]—

—Então você não se lembra de nada? — Steve levanta uma sobrancelha. —Nem mesmo o que é uma cafeteira?

—Eu sei o que é uma cafeteira, querido. — eu rio. —Eu não tenho memórias sobre tudo relacionado ao acidente. E quando digo tudo, é tudo mesmo. Não me lembro nem de quem são meus pais, onde eu morava mas.. você tem, certo?

—Foi bem... intenso. — os músculos do corpo do loiro parecem ficar tensos. —Extremamente confuso. Não me admira você ter sofrido de, bem, choque de trauma.. ou será que se chamava..

Choque pós-traumático? — eu o corto. Ele assente. —Eu simplesmente gostaria de saber quanto tempo vou ficar sem minhas memórias.

—Bem, certas pessoas ficam sem as memórias por tipo... — Steve coça a cabeça. —toda a eternidade. — eu o olho assustada, então ele rapidamente completa: —Foi o que Banner me disse.

—Espero que ele esteja errado. — eu suspiro.

—Você foi uma heroína no dia do acidente, se isso serve de consolo. — ele sorri. — Salvou minha vida.

Salvei? — eu engasgo. —Como?

—Bem, hm... tinha esse.. homem, e ele ia atirar em mim. Você.. você me empurrou para o lado. — o loiro se enrola. —Enfim, ouvi falarem que, se você aceitar trabalhar para a SHIELD, eu serei seu treinador. Que tal eu lhe mostrar a área de treinamento?

—Já que não temos nada para fazer mesmo. — eu sorrio falsamente.

Ele havia desconversado, e eu sei que há um motivo.

—[C.R.A.Z.Y. I.N. L.O.V.E.]—

Encaro meu reflexo no espelho. Estou vestida com uma camiseta, calça, botas e jaqueta. Todas as peças de roupas sendo pretas, com um pequeno diferencial na jaqueta: havia uma Lua vermelha na manga esquerda. Meu cabelo loiro estava solto e eu aparentava ter, ao menos, dez quilos a mais. Minha pele estava mais bronzeada e meus olhos menos cansados. Eu estava, simplesmente, saudável.

Ouço duas batidas na porta e me viro, me deparando com uma mulher ruiva vestindo as mesmas roupas que eu. Ambas sorrimos.

—Como vai? — ela pergunta e eu reviro os olhos.

—Como eu vou não é importante, Romanoff. — me aproximo dela. —Ele já chegou?

—Já, e é melhor nos apressarmos se quisermos ouvir alguma coisa.

—Descobrir alguma coisa. — eu a corrijo e ela bufa.

—Quando chegarmos lá e eles estiverem conversando sobre métodos para se passar geleia em uma torrada, eu vou rir da sua cara.

—Você não vai rir de nada se perdermos a reunião. Vamos logo.

Seguimos o caminho em silêncio, dando passos leves. Não poderíamos ser notadas se não quiséssemos nossas cabeças em espetos de madeira.

Ao nos aproximarmos da sala em que a reunião acontecia, Natasha tenta abrir, inutilmente, a porta.

—Trancada. — ela murmura, bufando.

—Estariamos encrencadas se estivesse aberta, com você entrando desse jeito. — respondo, sussurrando. Em seguida, retiro um pequeno aparelho circular, grudado a dois fones de ouvido, de um bolso em minha jaqueta. A ruiva sorri. —Vamos dar um jeito. — dito isso, grudo o aparelho a porta e ofereço um dos fones a Romanoff, colocando o outro em meu ouvido.

“Ela é promissora, eu prometo” ouço uma voz, feminina e conhecida, falando. “Não vai explodir que nem suas ultimas cobaias”.

Eu e Natasha erguemos nossas sobrancelhas.

“Tem certeza?” ouço outra voz, também conhecida, porém, masculina, falando. “Minha empresa não me permitirá gastar dinheiro com algo que não funciona por muito mais tempo.”

“Tenho. Quando ela nasceu, modificamos componentes de seu DNA. Ela resiste a ferimentos, radiação e projetos químicos por mais tempo que uma pessoa normal. O suficiente para que ela não exploda durante o procedimento.” a voz feminina garante. “Espere um momento”.

Ouvimos barulhos de um teclado e, então, a porta em que eu e Natasha nos apoiávamos abre para o lado de dentro, nos derrubando.

Ergo os olhos e encontro a dona da voz me fuzilando.

—Olá, senhora Ohanna. — eu sorrio envergonhada para a mulher a minha frente. —Desculpe a mim e a minha amiga, nós estávamos apenas...

—Não é para mim que você deve pedir desculpas, criança. — Ohanna me repreende. —Você deve pedir desculpas para o nosso convidado.

Olho para o outro lado da sala, encontrando o tal convidado. Engulo a seco.

—Desculpe-nos, senhor..

—Fury. — ele diz. —Me chamo Nick Fury.

Eu acordo, confusa. Seria este sonho uma memoria? O que Natasha e Fury estariam fazendo nele? O que era aquele lugar? O que será que...

Meus devaneios são interrompidos pelo meu próprio grito: sou tomada por uma pontada avassaladora em minha cabeça. Minha visão se torna nublada e sussurros de vozes desconhecidas quebram o silêncio da noite.

—Vá ate a sala dele..

—Você sabe.. dele..

—Noventa e quatro, quatorze...

—Você consegue...

Quanto me dou conta, já estou em frente ao escritório de Nick Fury. A porta havia sido deixada entreaberta.

Eu entro na sala e sinto a pontada novamente e, quase automaticamente, me sento na cadeira da escrivaninha, já que mal consigo me manter em pé.

Noventa e quatro, quatorze.. — a voz sussurra novamente.

Meus dedos alisam a extensão do teclado a minha frente. Talvez fosse a senha do computador.

Dou de ombros, sentindo a pontada diminuir, e digito os números na tela de bloqueio. Após a tela de loading, um arquivo se abre automaticamente no monitor.

Nome e/ou Apelido: Liv Karlberg

Idade: 23

Espécie: Humana(??)/Mutante

Palavras-Chave: Sangue Imortal

Avisos e TAGS: Perigosa/Não-Confiável

—Liv? — ouço a voz de Fury. —O que, exatamente, você está fazendo aqui?


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Notas finais do capítulo

Bom, notei que no primeiro capitulo, recebemos cinco acompanhamentos e dois reviews. Vocês acham que conseguimos 3 reviews desta vez?
Anyway, obrigada por lerem