Crazy In Love escrita por blumora


Capítulo 1
1. Blood, Sweet Blood


Notas iniciais do capítulo

Oi amoras! Andei muito sumida no Nyah, não? Bem, cá estou eu com uma nova fanfic, espero que gostem e comentem :D.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/562233/chapter/1

#01 – Blood, Sweet Blood

O helicóptero estava passando por turbulências quando, depois de quatro horas e meia de viagem, chegamos ao nosso destino —ou quase. Eu, Tony e Natasha tivemos que pular de paraquedas em uma floresta próxima ao nosso alvo. Não podíamos pousar, chamaria muita atenção.

O motivo de estarmos aqui tem nome: Liv Karlberg. A moça tem vinte anos e alguns meses, é uma mutante e é suspeita da morte de mais de 290 agentes do FBI. Não me admira que Fury tenha escalado os três melhores agentes para essa missão —se bem que Tony, tendo entrado oficialmente na SHIELD a 5 meses, não é tão bom em luta corpo a corpo assim.

—E que tal aquela Camila Solärov? Ela parece ser legalzinha. — pergunta Natasha. Rolo os olhos em resposta, sorrindo. Desde que nos conhecemos ela tenta me fazer “pegar uma gostosa”, como dizem hoje em dia, mas eu simplesmente não consigo beijar alguém só por beijar, é antiético.

—Se você quiser posso pedir a Pepper para te apresentar a algumas amigas, tenho certeza de que pelo menos uma delas deve gostar de um picolé maromba. — Tony sugere. Eu e Natasha gargalhamos, “picolé maromba” era nova.

Caminhamos por mais alguns minutos antes de a Agente Romanoff empurrar eu e Stark para atrás de um arbusto, mandando-nos ficar quietos. Ainda faltavam alguns metros até nós aproximarmos do prédio onde a Karlberg estava, então, tentando entender o que havia acontecido, estreitei meus olhos, tentando visualizar algo através do amontoado de galhos e folhas.

Foi ai que eu o vi: um guarda estava vagando sozinho pela floresta, provavelmente fazendo ronda. Ele vestia um uniforme verde-musgo com uma Lua vermelha no braço esquerdo, carregava um arco e uma alijava cheia de flechas.

Meu palpite é que ele trabalhava no prédio em que Karlberg estava e, aparentemente, este também era o palpite de Natasha: a russa já estava com a mão na arma quando eu a parei, apontando para o meu escudo.

Seja rápido. — ela murmurou, revirando os olhos.

Sorri em consentimento enquanto pegava o objeto. Levantei-me e, rapidamente, lancei-o na cabeça do guarda. Não forte o suficiente para matar, é claro, apenas para deixa-lo inconsciente por algumas horas.

—Então, agora que o Idoso da América aqui desacordou o cara, e provavelmente jogou uma semana de memorias do coitado no lixo.. — Tony suspirou. —.. alguém tem um plano?

—Eu sempre tenho um plano — falou Natasha, sorrindo travessa.

Tudo pelo bem da missão, pensei. Tudo pelo bem da missão.

—[C.R.A.Z.Y. I.N. L.O.V.E.]—

Eu estava vestido com as roupas — e armado com o arco — do guarda, enquanto Natasha e Tony se esgueiravam pelos fundos do prédio que, na minha opinião, se parece mais com uma prisão. Já havia passado pela segurança de alto nível dos portões da frente, portanto a parte mais perigosa já havia passado.

Depois de poucos minutos de caminhada dentro do edifício cinzento, avistei um guarda vestido exatamente como eu. Me aproximei dele, que levantou sua sobrancelha em clara desconfiança. Pelo visto bater um papo durante o trabalho não é bem visto por aqui.

—Você sabe onde se encontra Liv Karlberg? — perguntei. —Meu superior quer que eu faça algumas perguntas a ela.

Seu superior, hmm? — o sotaque do guarda era extremamente carregado. —Americanos, sempre tentando ganhar uns pontinhos extras com chefe. De qualquer jeito, posso te levar até Liv Karlberg, me acompanhe.

Seguimos andando por corredores cinzentos, repletos de celas vazias com grades enferrujadas, até que o guarda para em frente a uma e me estende um par de chaves.

Olhei confuso através das barras de ferro, me deparando com uma garota. Extremamente magra e obviamente desnutrida, ela se agarrava fortemente aos próprios joelhos, tremendo de frio; os braços, pés, mãos e até mesmo o cabelo loiríssimo da jovem estavam sujos e manchados de poeira e mais algo que deduzi ser grache. Ela levantou a cabeça, me encarando.

Essa moça não pode ser uma assassina.

—Liv Karlberg? — perguntei, enquanto retirava as chaves da mão do guarda. A garota assente, receosa. Eu sorrio e, com apenas um soco, derrubo o guarda no chão. —Vou te levar para conhecer uns amigos meus da SHIELD. — Liv estremece quando menciono a agencia.

Bem, missão é missão.

Quando eu abro o portão da cela ela se encolhe em um dos cantos de sua prisão, assustada. Tento sorrir. —Eu não irei te machucar, juro.

Ainda receosa, ela se levanta e caminha até mim. —Você vai me tirar daqui?

—Sim. — respondo, simplesmente.

Se você vai sair daqui, queridinha? — o guarda que eu havia derrubado, sentado no chão e com sangue saindo da boca, fala em seu sotaque carregado. Liv prende a respiração. —Com certeza. Mas já adiantando, qual seria o seu local preferido para ser enterrada? — e, assim, ele aperta um botão de emergência na parede e sirenes soam.

Liv me segura pela mão e me guia, em direção a o que deduzo ser a saída. Porém, os soldados que vi no portão de entrada nos encontram primeiro. Estamos cercados.

—Capitão América? — um dos homens fala num inglês perfeito, dando um passo a frente. O tamanho de sua arma e o uniforme está usando são evidencias de que ele é um sniper. —Nunca achei que a SHIELD lhe mandaria para sequestrar Karlberg. Achei que você fosse um dos bonzinhos. — ele ri, debochado, e então ergue sua arma. —Ultimas palavras, patriota?

Surpreendentemente, eu não tenho reação. Talvez fossem as sirenes, ou as palavras do sniper, me deixando confuso, mas isso não me importa. O que me importa é que a assassina teve uma reação.

Ela ergueu a mão na direção da bala que vinha em direção ao meu peito, enquanto uma tremedeira forte dominava seu braço. A bala para a vinte centímetros de distancia do meu coração. Sem esboçar reação, ela fecha sua mão e a bala vai para trás, atravessando o sniper, que cai morto no chão alguns segundos depois.

A tremedeira no braço de Liv para e ela olha para mim, horrorizada. —Jamais me force a fazer isso de novo. — murmura baixinho.

Observo o corpo caído no chão. —Como...? — meus devaneios foram interrompidos por uma inalação ensurdecedora.

O sniper estava vivo.

O que está acontecendo?

Eu encaro Liv, que começa a gritar. As grades das celas se partem ao meio e os soldados, que já estavam suficientemente chocados, fogem.

Mesmo estando chocado, eu tento acalmar a loira.

—Olhe para mim, olhe para mim. — eu repito, segurando seu rosto entre as minhas mãos. —Você salvou a minha vida. — ela olha nos meus olhos, diminuindo ritmo de sua respiração. —Eu não vou deixar ninguém te machucar.

STEVE! — Liv se encolhe ao ouvir o grito. Olho para o lado e me deparo com Natasha e Tony, ambos me encarando com urgência.

—Eles estão chamando reforços, temos que ir. — fala o Stark. Eu concordo com um aceno de cabeça. —Bem, loirinha, sabe onde fica a saída?

—[C.R.A.Z.Y. I.N. L.O.V.E.]—

Havia uma janela na parede da ala hospitalar que me permitia ver tudo o que acontecia dentro da sala. Lágrimas rolavam pelos olhos de Liv enquanto ela era amarrada a uma cama pelos pulsos e calcanhares, e enfermeiras enfiavam agulhas em seus braços e pernas. Os médicos sorriam entre si, felizes com o novo brinquedinho de laboratório. Aquela visão me enojava, parecia simplesmente... errado.

Um doutor, com um jaleco branco e um óculos de proteção na cabeça, saiu da sala, indo em direção a Fury, que se encontrava do outro lado do corredor. Resolvi segui-lo.

Depois de chegar ao seu destino, ele estendeu uma prancheta ao diretor, que assinou o conteúdo rapidamente. O doutor pegou a prancheta de volta e foi embora, mas eu continuei caminhando em direção a meu superior.

—Vai doer?

—O que você quer dizer com isso, Agente Rogers? — Fury ergue uma sobrancelha.

—O que quer que vocês irão fazer a Liv... quero dizer, a Karlberg, vai doer?

Ele sorriu. —Vejo que adquiriu uma certa afeição pela mutante. Isso vai ser bom, já que a transformaremos em uma agente. — ele encara a sala onde Liv estava. —Apagaremos as memorias dela e a transformaremos em alguém melhor do que uma assassina sobrenatural. — completa.

—Posso assistir? — as palavras escapam de minha boca sem que eu me dê conta.

—Não seria recomendado, mas ouvi que ela salvou sua vida, portanto... — Fury faz uma pausa. —Você pode observar pela janela.

—Obrigado, senhor. — eu agradeço, mas ele não responde. O diretor caminha apressadamente em direção a sala onde Liv se localiza.

Eu o sigo prontamente e, quando ele entra na sala, deixa a porta acidentalmente entreaberta. Me apoio na parede, fingindo estar descansando, e tento me concentrar nos murmúrios do cômodo ao lado. Porém, assim que ouço uma simples frase, não consigo me concentrar em mais nenhuma.

O sangue da imortalidade esta bem diante de nós, senhores.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ai, o que acharam?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Crazy In Love" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.