A Filha de Zeus escrita por Julie Cristine


Capítulo 9
Capítulo 9 – Eles fugiram


Notas iniciais do capítulo

Nesse capítulo eu escrevi algumas cenas de sexo (não é pesado), e se achar que a Alice é muito nova para isso Desculpe não nasci pra agradar ninguém.



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Ficamos o resto da viajem em silêncio. Eu não queria dormir com medo de sonhar o que não desejo. A noite paramos em frente a minha casa. As luzes estavam apagadas.

– Está preparada? – perguntou Dylan.

– Sim.

Nós três saímos do carro. Toquei a campainha. Por longos minutos ficamos esperando alguém abrir a porta. Toquei a campainha de novo. Ninguém atendeu.

– Vocês estão procurando a família que mora aqui do lado? – a mulher que morava na casa ao lado apareceu no lado de fora da casa dela.

– É sim, eu sou filha deles. – eu respondi.

– Ah eles saíram já faz uma semana. Disseram que iam voltar em breve, mas não deixaram nenhuma mensagem, desculpe.

– Eles viajaram?

– Sim. Vocês não são os únicos que estão procurando por eles. Um casal esses dias apareceu aqui, tentei conversar, mas eles entraram na casa e destruíram tudo, quando eu chamei a polícia já haviam sumido.

– Monstros – disse Dylan baixinho.

Eu abri a porta devagar, a maçaneta estava quebrada.

– Obrigado. – agradeceu Dylan.

– De nada!

Entramos na casa, a luz estava funcionando normal. Fui para a cozinha. Vários armários estavam quebrados, e ainda tinha comida na geladeira.

– Fiquem a vontade.

– Eu vou tomar um banho. – disse Mel. – Posso pegar suas roupas?

– Sim é o primeiro quarto subindo as escadas a direita.

Dylan sentou no sofá e eu peguei dois copos d’água para min e para ele.

– Parece preocupada. – ele disse.

– Eu sei onde eles estão.

– Seus pais?

– Onde? – perguntou.

– Uns lugares perto da praia aonde iam ao verão. Minha mãe um dia disse que se eu quisesse fugir dos problemas aquele era o lugar ideal.

– Então você acha que eles foram para lá?

– É.

– Então vamos pela manhã?

– Vocês vão ficar. Mel está machucada, não quero por vocês em problemas que só eu posso resolver.

– Você não vai sozinha.

– Vou. Dylan eu coloquei vocês em perigo demais.

– Eu não vou deixar você ir sozinha. – ele disse se levantando.

– Vai. – eu me levantei – Você leva a Mel de volta pro acampamento. E eu vou procurar meus pais.

– Chamamos Caio. Ele busca Mel e a leva de volta para o acampamento. Eu vou com você.

– Dylan.

– Não vou te abandonar.

Estávamos tão perto um do outro que eu podia sentir seu coração acelerado. Imagina o meu.

– Eu não quero que você se machuque. – eu disse.

Dylan passou sua mão pela minha cintura e me trouxe mais para perto dele. Nossos rostos estavam muito perto. Estávamos quase nos beijando quando Mel desceu as escadas:

– Alice seu shampoo é muito bom. Eu peguei um pouco espero que você não se... Ou. – ela nos viu daquele jeito.

Eu me afastei rapidamente.

– Há é-se vou tomar banho. – eu juntei meu casaco do sofá e subi as escadas correndo.

Foi o melhor banho que tomei. Sequei meu corpo e coloquei um pijama meu. Havia pegado umas roupas minhas e colocado em uma mala que eu tinha no meu quarto.

Mel dormiu no meu quarto, Dylan no quarto de visitas e eu no quarto dos meus pais. Queria matar a saudade deles.

Liguei o som bem baixinho. Eu adorava escutar as músicas velhas do meu pai. Ele não gostava que eu mexesse em seu toca disco, mas quando ele saia eu corria pro quarto na casa antiga e colocava um disco qualquer e escutava até adormecer.

Sentei na ponta da cama e fechei os olhos. Meu corpo balançava de um lado para o outro. Então ouvi a porta bater.

Achei que era a Mel pedindo para min baixar o volume. Abri a porta. E vi Dylan parado com os rosto vermelho.

– Oi. – ele falou baixinho.

– Oi.

– Você está escutando música?

– É.

– Posso falar com você? – perguntou.

– Sim. Entra. – abaixei o volume da música e sentei na ponta da cama.

– Então. – ele sentou do meu lado – Eu liguei para Caio.

– Não temos celular e nem telefone fixo aqui.

– Liguei com uma mensagem de Iris. Então, ele vai pegar um carro emprestado e vai vir buscar a Mel.

– E você.

– Não. Eu vou com você. Já está decidido.

– Dylan, não.

– Sim. Você vai precisar de min. Afinal eu te salvei da empousa.

– Mas e se você se machucar. Que nem a Mel.

– Ela só quebrou o pé.

– Dylan.

– Eu não vou deixar você ir sozinha.

Talvez eu pudesse estar confundindo as coisas. Ou apenas enxergando tudo errado. Mas a partir daquele momento eu percebi. Eu gostava de Dylan. Não como amigo, ou irmão. Como algo mais. E eu precisava demonstrar isso. E foi isso que eu fiz.

Beijei Dylan. Um beijo longo. Passei a minha mão sobre seu cabelo e ele me devolveu o carinho passando sua mão no meu rosto.

Ele se afastou.

– Isso foi estranho. – ele disse.

Pronto. Eu havia confundido as coisas e transformado aquela amizade em uma coisa louca. Eu sou muito idiota mesmo.

– Desculpa. – eu levantei e me apoiei na cômoda onde meu pai colocava os livros.

Abaixei a cabeça.

– Olha desculpa, eu não sei o que deu em min. – eu disse.

Ele veio até min e me beijou de novo.

– Um estranho bom. – disse entre um beijo e outro.

Ele me prensou contra a parede e me fez sentar na cômoda.

– Alice.

– Sim? – eu disse meio recuperando o fôlego.

– Ai Meus Deuses. Como eu gosto de você. – ele disse sério.

– Eu também. – eu disse rindo.

Eu passei as pernas sobre sua cintura. Ele me ergueu ainda me beijando e me levou para a cama. Quando ele já estava deitado sobre min perguntou:

– Eu não sei. Você tá preparada?

– Eu estou. – eu disse rindo com a preocupação dele. – E você?

– Eu acho que estou também.

– Acha?

– Não. Eu tenho certeza. – ele disse me dando outro beijo.

Eu tirei sua blusa e ele tirou a minha. Oh deuses, ele tinha um tanquinho definido. Claro Alice! Ele é filho de Ares e sabe dar aulas de como usar uma espada, você achou que ele não tinha um tanquinho?

Ele começou a beijar minha boca, depois meu pescoço e foi descendo. Meu corpo estava todo arrepiado. Meus Deuses eu estava deitada com um cara na cama dos meus pais.

Eu puxei as cobertas para cobrir nós dois. Então ele desabotoou meu sutiã.

Capítulo 11 –

– ALICE? – gritou Mel.

Acordei com o sol batendo na minha cara. Eu e Dylan estávamos dormindo de conchinha. Mel chamou outra vez. Procurei meu sutiã e minha calcinha pela cama, os dois estavam jogados no chão.

Juntei meu calçãozinho do pijama e minha blusa e atendi a porta.

– Oi? – eu disse com uma cara meio sonolenta.

– Desce agora. – ela disse baixinho.

Mel já havia sacado tudo só pela minha cara de risada quando ela falou aquilo. Eu fui para o banheiro do quarto dos meus pais, escovei os dentes e tentei fazer o máximo de silêncio que consegui. Desci as escadas e fui para a cozinha.

Ela estava me esperando sentada em uma cadeira com o pé esticado em outra cadeira na cozinha segurando uma xicara de café preto. Fiz o mesmo e sentei na bancada que tinha na cozinha.

– Eu não acredito. – ela disse dando risada.

Eu tomei um longo gole de café.

– E ai como foi?

Eu me lembrei da noite e não pude controlar o sorriso.

– Normal ué.

– Você era, você sabe.

– Virgem? Sim, era.

Ouvi passos de Dylan descendo as escadas. Mel saiu pulando num pé só e entrou no banheiro que tinha na sala. Fiquei apoiada na mesa tomando café. Ele apareceu na cozinha, e foi direto pegar um xícara de café. Quando passou de novo por min eu segurei seu braço e ele me beijou.

– Para, eu too com bafo de café. – eu disse me afastando e dando com a bunda na mesa.

Ele deu risada.

– Não me importo. – ele falou baixinho.

Eu e Dylan partimos antes do meio dia. Roubamos o carro da vizinha, que ainda dormia. Eu nunca imaginei que viajaria para a praia sem meus pais, e do nada eu estou viajando com um cara que conheci em um acampamento e que éramos filhos de deuses. Aquilo era muita loucura.


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