PrettyGirl II escrita por LiaAzeiDeTona, PandaRadioativo


Capítulo 15
Força Para Lutar?


Notas iniciais do capítulo

Hey!
Voltei!!
Demorei para escrever e joguei tudo no ar.
Espero que gostem!



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" I'm friends with the monster that's under my bed
Get along with the voices inside of my head
You're trying to save me, stop holding your breath
And you think I'm crazy, yeah, you think I'm crazy. "

~ The Monster, Eminem/Rihanna

Todos os dias eu visitava Lia. Ela ficava mais pálida e eu enchia a masmorra com minha "luz". Eu não estou brincando. Estou falando sério. Pode achar que estou louca, mas é a mais pura verdade.
Eu levava livros e pequenos furtos da cozinha. Afinal, não são só os Marotos que aprontam em Hogwarts! A nerd aqui também tem que se divertir!
Por fim, no sétimo dia, levei à Lia sua guitarra. Um instrumento que faz bem a ela. Ela estava fraca. Tossia à menor brisa à quilômetros. Eu me odiava toda vez que a via. Mas era para o bem dela.
– Trouxe para você.
– Obrigada.- Disse ela com voz fraca.
Ela começou a tocar e cantar enquanto eu, de varinha na mão, não esperava o pior.
Ela começou a se encher de vida. De força. Força para lutar. Eu fiquei assustada. As asas de corvo se abriram e Lia pulou da janela.
– Finite Incantatem!- Disse desesperada para entrar na masmorra. Entrei. Bem à tempo de ver, pela janela, Lia pegando Caleb na Ala Hospitalar.
– Se acha que vai escapar tão fácil, Aliannah Madniss, está errada.
Também pulei da janela. Minhas asas de anjo se abriram. Estavam em um tom cinza claro no centro e cinza escuro nas pontas, mas o brilho furta-cor insistia em ficar lá. Mas elas ficavam bonitas assim. Diferentes. Únicas. Sombrias, mas angelicais ao mesmo tempo.
– Isso aqui não é tão inútil quando eu pensava. - Começo a rir.
Eu vi para onde Lia foi, mas vamos brincar de esconde-esconde. Vai ser muito divertido.
Olhei ao redor. Acho que Lia tinha saído dos terrenos de Hogwarts. E eu também. Via os portões e a Torre de Astronomia ao longe.


– Droga! - Perdi ela e o "Ceb" irritante.

Porquê ela salvou ele? Deixe o garoto equilíbrio morrer em uma cama da Ala Hospitalar em estado vegetativo! Mas "nããão"... Vou salvar ele, porque se não, minha amiga psicótica pode matá-lo e "blá, blá, blá"...
"Acalme-se. Não devem estar longe." pensei.
– Homenum Revelio.- Disse. Para minha bela sorte, o feitiço me mostrou duas pessoas sobre uma colina rochosa por ali, não muito longe de minha localização atual.
– Te peguei.
[...]
Lentamente, fui avançando até a colina. Tomando o cuidado de não ser vista. Observei tudo de longe. Não sei o que a criatura fez, mas o maldito Leight voltou à abrir os olhos.
– Lia... O que aconteceu?
– Longa história.
– Mas...
– Depois, Ceb. Então... Anna me prendeu na Torre Oeste e... Você entrou em coma. Por causa de queda. -
Ela sabia? Sabia do que havia acontecido naquela noite? Preciso fazer alguma coisa.
– Entendi. - Disse o Sonserino finalmente. Ele se deitou. Parecia muito cansado. Melhor assim.
– Então, nossa querida Angellic, sabe como foi parar lá! Isso facilita muito sabia? - Eu disse, me aproximando mais. Lia se levantou. Leight não estava em condições propícias para duelar. Ele nem conseguia sentar-se!
– Estupefaça!- Disse. O feitiço atingiu Leight. Perfeito. Lia pega a varinha. Começa a lançar feitiços e eu desvio. Vou acabar com isso logo.

Minhas asas se contraem. As de Lia também. Estamos brincando de "mestre-mandou"? Faça-me o favor!
– Obliviate!- Lia ficou com um olhar vazio, nebuloso, perdido. Ela cai no chão.
– O que fez com ela? - Disse Leight, atrás de mim. O feitiço não foi forte o suficiente.
– Vá para o inferno! - Eu disse.
– Você é um monstro! Dissimulada! Lia era sua amiga! Ela confiava em você!
– Silêncio!- Gritei, apontando a varinha ara ele. Não aguentava mais ouvir aquela voz irritante. Ele gritava, mas não havia som. Comecei a rir. A rir muito. O show iria começar.

[...]

Novamente deixei Caleb inconsciente. Estava anoitecendo. Conjurei chamas. Aonde estávamos era frio.

– O que aconteceu? Como eu saí de lá? Eu... Não entendo! - Diz Lia. Pronto. Ela acordou. Hora do show.

– Ei! Que bom que está bem!
– O que aconteceu? Lembro de estar em uma masmorra... Presa e...
– E você estava.
– Porquê? - Pergunta.
– Porque você quase destruiu a escola. Você deixou Caleb Leight em coma. - Disse apontando para Leight, deitado no chão. - Você me atacou. Você virou um monstro.
– Eu sou um monstro? Eu fiz tudo isso?
– Infelizmente sim, Lia.
Eu abraço ela. Ela começa a chorar. Uma mentirinha não dói. Ou será que dói? Tanto faz.
– Mas nossa amizade ainda está de pé.
Ela sorri.
– Sabia que podia confiar em você, Anna.
Caleb acordou, mas não sentou-se. Que garoto insuportável. Discretamente aponto a varinha para ele.
"Silêncio." eu penso. E não é que funciona? "Professor Flitwick, sabia que eu adoro você?" penso. Ele se senta. Mas não sai som de sua boca. Obrigado Merlim! Poupe meus tímpanos de mais um longo monólogo Sonserino!
– Precisa me deixar lá de novo Anna. Eu não posso voltar e viver normalmente sabendo que sou um monstro. Eu não quero destruir mais nada! Não quero pôr em perigo as pessoas que amo!
– É para o seu bem, Lia. Você sabe, não sabe?
Ela faz que sim com a cabeça.
"Estupefaça." pensei. Lia caiu.
– Estpefaça.- Disse em voz alta. Dessa vez, Leight só apoiou a cabeça, já que ele estava deitado.
– Locomotor bruxos.
Eles começam a flutuar atrás de mim.
Um aperto no coração me pede para parar. Mas reprimo-o. Não posso mostrar fraqueza. Preciso ser forte.
[...]
Deixei-os mais uma vez na masmorra da Torre Oeste. Um de frente para o outro. Separados por um vidro grosso. Eles poderiam se ver e comunicar. Mas acho que Caleb não vai ficar quieto por muito tempo. Eu estava tremendo quando o silenciei pela última vez.
– Salvio Hexia... Protego Totalum... Abaffiato... - Disse.
Caleb ainda estava silenciado e os dois desacordados. Um aperto no coração toma conta de mim novamente.
– É para o bem de vocês.

[...]
Cabisbaixa, como muito pouco junto à Lily na mesa. Ignorando as pessoas que falam comigo.
Quando cheguei no dormitório, adormeci rápido. Mas minha noite não foi tranquila. Como eu queria que eu tivesse uma só noite de descanso. Eu não aguento mais!
[...]
Eu andava em meio à escombros. Escombros de uma construção que outrora fora Hogwarts. Não sei como sabia disso, eu apenas sabia. Ouvia gritos. Via chamas. Toquei meu rosto. Uma máscara. De Comensal. Uma lágrima escapou. Uma única lágrima rebelde. Tirei o capuz e a máscara. Soltei meu cabelo, antes preso em um coque firme.
Caminhei em meio à corpos. Duelos. Ninguém parecia ver-me. Cheguei à um salão. O único em prefeito estado. Tudo estava destruído. Menos o Salão Principal. As mesas estavam postas. Perfeitas. Velas iluminavam o ambiente, embora ainda fosse dia. Não havia nem uma talher sequer fora de lugar. Tudo estava intacto.
Haviam pessoas de costas lá. Se viraram. Lia. Víctor. Lupin. Lily. James. Caleb... Pessoas que outrora confiaram em mim.

Olhei para eles. Eles retribuíram. Olhares vazios, inexpressivos, nebulosos. Como se tivessem acabado de ser... Atingidos por... Um... Avada Kedavra.
Começaram à caminhar até mim. Varinhas na mão. Prontos para duelar. Mas não se pode duelar com mais de duas pessoas. Ou pode? Complicou geral.
– Crucio!- Disseram todos juntos.
Meu corpo queimava. Comecei a tremer. Caí no chão. Eu chorava. Gritava. Sufocava. Sangrava. Me contorcia no chão. Então tudo parou. Me recuperei. Levantei. Tudo girava. Minhas pernas estavam bambas. Cabelo bagunçado e maquiagem borrada.
– Avada Kedavra. - Sussurrei. O feitiço passou direto.
– Avada Kedavra!- Disseram todos juntos. Eu vi vários clarões verdes me atingiram juntos. Sincronizados. Senti meu corpo despencando no chão. Meus olhos rachando e ficando vidrados naquela cena. Meu coração parava lentamente. Meus braços pesavam. Minha cabeça girou e a escuridão me levou. A última coisa que vi foram lágrimas negras escorrendo pelo rosto deles e pingando em suas roupas.
[...]
Acordei chorando e gritando. McGonnagall observava apenas. Eu continuava gritando e me descabelando. Eu ainda sentia os feitiços. Ainda sentia meus olhos rachando e meu coração parando. Lentamente começo a me acalmar. Paro de chorar. McGonnagall se retira sem dar uma única palavra. Acho que os professores não se importam tanto assim comigo.
As meninas me olham com um pouco de desprezo e raiva. Porquê? Não é minha culpa!
Lentamente, deito de novo na cama e adormeço, com a risada de Víctor ecoando em minha mente.

Eu só quero um pouco de paz. Mas acho que isso é mais raro do que um caldeirão cheio de Felix Felicis.


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Notas finais do capítulo

"Locomotor bruxos " -
Feitiço usado por Tonks em A Ordem da Fênix. Mudei apenas de "Locomotor malão" para "Locomotor bruxos".
Espero que tenham gostado.
— BiaMorgenstern -



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