You Are Nasty escrita por Gabriela Alves


Capítulo 4
Willing To Change


Notas iniciais do capítulo

Ok, capítulo importante para fic.
Boa Leitura!



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POV Annabeth

As semanas foram se passando e eu tentava cada vez mais conquistar Perseu, mas ele não cedia de forma alguma. Certo dia eu vi ele e Grover no pátio do lado de fora conversando enquanto almoçavam.

Fiquei olhando-o tentando entender o motivo de ele não ceder as minhas tentativas. “Será que ele é gay?” perguntei-me, mas sacudi a cabeça afastando o pensamento. Olhei-o mais uma vez e vi que ele estava meio nervoso.

Sai de onde estava, e sem ele perceber, eu sentei-me à mesa atrás deles, fingindo almoçar, pois estava com a minha bandeja do almoço em mãos.

– Annabeth? – Grover perguntou e Percy assentiu. – Cara, você é a “presa” dela, ainda não percebeu? – é assim que chamam as pessoas que eu fico? – Ela te quer, não entendo o motivo de você não querê-la. – “Eu também não!

– Eu conheço esse tipo de garota, me envolvi com uma anos atrás e quebrei a cara, por isso quase não namoro. – explicou-se. – Eu repugno ela, ela não passa de uma qualquer que se aproveita de sua beleza para fazer garotos se apaixonarem e depois parte seus corações. Eu repugno Annabeth Chase. – senti um aperto no coração.

– Nossa, que tenso. – Grover falou.

– Vamos mudar de assunto tá. – falou mexendo no cabelo, desgrenhando-o mais ainda. “Ele fica mais bonito com o cabelo bagunçado.” pensei suspirando.

– Ok. – concordou.

Eles voltaram a conversar e eu virei de costas para pensar no que ele falou, aquilo me abalou... Eu senti um aperto no peito, como se alguém estivesse cutucando meu coração com um espeto gélido.

Será que eu... estou apaixonada?” perguntei-me. Olhei-o novamente e percebi que ele e Grover conversavam animadamente, ele sorria, e seu sorriso era lindo. Eu queria ir até ele e abraça-lo, mas era como se ele estivesse a um oceano de distância.

Algumas horas depois

Eu estava no meu quarto, deitada na cama, chorando. Meu pai havia batido em mim, de novo, essa era a quarta vez só essa semana, e eu não sabia o motivo. Então me lembrei de Percy falando com Grover naquele dia mais cedo. Estava tudo desencadeando novamente, que nem quando minha mãe morrera, meu pai bravo e bêbado me batendo sem eu saber o motivo e eu apaixonada por alguém inalcançável.

Respirei fundo e levantei da minha cama, com o corpo todo dolorido me dirigi em direção ao banheiro. Liguei a torneira da banheira e comecei a enchê-la, eu precisava relaxar. Quando terminou, eu coloquei os sais de banho, liguei-a. Antes de entrar na banheira, eu peguei um livro em minha estante, aí entrei na banheira.

Quando eu abri o livro eu percebi que tinha uma foto no meio das páginas, peguei-a e vi que era uma foto minha com minha antiga melhor amiga, Thalia Grace, que depois de uma briga nossa, ela nunca mais olhou na minha cara, e se olhou, foi com desprezo.

Respirei fundo enquanto grossas lágrimas caiam de meus olhos, coloquei o livro no chão com a foto em cima, eu sentia muita falta dela. Fiquei dentro da banheira por pelo menos uns trinta minutos, chorando.

Sai do banho, sequei-me e coloquei a toalha em volta de meu corpo, fui até o armário, abri a porta e encarei as roupas que ali estavam, coloquei minhas roupas íntimas e depois fiquei em frente ao guarda-roupa, pensando no que iria usar. Todas as roupas que ali estavam eram vulgares. Fechei a porta do guarda-roupa e abri as gavetas, que há muito tempo parei de abrir por não ter as roupas que eu queria.

Peguei uma calça jeans, uma camisa um pouco folgada, um casado de capuz e umas meias. Vesti minha roupa e meus tênis que há muito tempo parei de usar e sai de casa depois de ter certeza que meu pai havia saído.

Entrei no escritório, peguei minha bolsa e sai, entrei no meu carro e sai de casa, indo em direção à casa de Thalia, eu precisava falar com ela.

Parei em frente a casa dela e sai do carro, os carros dos pais dela não estavam na garagem, então ela provavelmente estaria sozinha, ou com Jason em casa. Fui até a porta e toquei a campainha, esperando-a na frente em seguida.

Quando ela abriu a porta me encarou atônita, não esperava que eu aparecesse ali.

– Qual o problema Chase? – falou fria se escorando na porta.

– Queria poder falar com você, posso? – falei com um pouco de medo.

– Não. – ela falou. Curta e grossa, como sempre. – Não importa o que seja. Não vou falar com você nem sob pena de morte. Adeus. – e fechou a porta com força.

As lágrimas vieram aos meus olhos e eu abaixei a cabeça. Tirei a foto de dentro da bolsa e a vi ficar embaçada por causa das lágrimas, respirei fundo e procurei uma caneta dentro da bolsa.

Escrevi um pequeno texto atrás da foto e passei-a por debaixo da porta. Voltei para o meu carro e sai, indo em direção ao Central Park. Estacionei e entrei no parque, indo em direção ao lago, sentei-me em um banco, coloquei o capuz e deixei as lágrimas caírem sem tentar impedi-las.

POV Thalia

Eu estava no meu quarto ouvindo música e desci para beber um copo d’água quando ouvi a campainha tocar, ao abrir a porta me deparei com uma pessoa que eu não esperava mais ver: Annabeth Chase, minha ex melhor amiga que virou a puta do colégio, e que, por incrível que pareça, não estava usando suas costumeiras roupas vulgares.

– Qual o problema Chase? – falei fria, me escorando na porta.

– Queria poder falar com você, posso? – ela falou dócil, mas deu para perceber que estava com medo.

– Não. – falei curta e grossa. – Não importa o que seja. Não vou falar com você nem sob pena de morte. Adeus. – falei e fechei a porta com força.

Respirei fundo e voltei para a cozinha, quando voltei para a sala e vi uma foto no chão, fui até lá e peguei-a, era uma foto minha com Annabeth, mais ou menos dois meses antes de brigarmos. Olhei no verso e vi que tinha algo escrito e comecei a ler:

Eu não esperava que você dissesse não, mas eu queria que você soubesse que eu estou disposta a mudar, eu só queria poder ser sua amiga novamente, mas acho que isso está fora do meu alcance. Eu sinto a sua falta. Desculpe ter incomodado...”.

Annabeth Chase”.

Pude ver que algumas partes estavam meio borradas e um pouco molhadas, provavelmente lágrimas. Senti uma respiração atrás de mim e virei-me, dando de cara com meu irmão mais novo, Jason, que apesar de mais novo que eu era uns dez centímetros mais alto.

– Que foi? – perguntei levantando uma das sobrancelhas.

– Você vai ajuda-la a mudar? – ele perguntou tirando a foto da minha mão.

– Talvez. – falei simplesmente e tirei a foto de suas mãos.

– Ela saiu daqui chorando. – ele falou. – Vi da janela, acho que você deveria ir falar com ela.

– Por quê?

– Bem, parece que tem alguma coisa acontecendo com ela, desde que o ano começou, ela não ficou com ninguém. – bufei.

– Poupe-me, ela deve estar com uma presa difícil. – falei subindo as escadas.

– Não sei, mas só de ter a visto chorando antes de sair dá para ver que ela está arrependida. – ele disse subindo as escadas atrás de mim e me seguindo até o quarto. – Se eu fosse você eu iria atrás dela. – falou e saiu.

Respirei fundo e olhei para a foto, fora dois anos antes, Annabeth usava óculos e aparelho e roupas que não combinavam de forma alguma. Eu dei uma risada triste e me lembrei de como era bom passar o tempo com ela, mas aí nós brigamos e nos separamos.

Li novamente a frase mais marcante atrás da foto: “eu queria que você soubesse que eu estou disposta a mudar”, seria capaz ela voltar a ser aquela garota que um dia foi minha melhor amiga? Não custava tentar, levantei-me, coloquei uma roupa mais aceitável para sair e sai de casa. Quando entrei no carro me lembrei de que não sabia para onde ela foi.

Respirei fundo e me pus a lembrar “Para onde a Annabeth ia quando precisava pensar?...” pensei.

– O lago do Central Park! – exclamei e dei a partida no carro.

Estacionei no estacionamento do Central Park, sai do carro e fui em direção ao lago e olhei em volta, procurando por Annabeth, e a vi sentada em um banco, chorando. O capuz impedia de ver seu rosto, mas era possível ver que ela estava soluçando.

Sentei-me ao seu lado no banco e olhei-a, suas mãos estavam no rosto, impedindo-a de me ver.

– Annabeth? – chamei-a e ela se assustou.

Ela limpou as lágrimas e me olhou, os olhos estavam vermelhos e inchados de tanto chorar.

– O que faz aqui? – perguntou confusa, sua voz estava embargada. – Pensei que não quisesse falar comigo... – ela olhou para o chão.

– Desculpe por ter dito aquilo, mas eu li o que você escreveu no verso da foto. – eu sorri. – O que te levou a querer mudar? – ela sorriu sem graça.

– Eu me apaixonei, mas ele me odeia por causa das minhas atitudes e da minha forma de vestir. – começou a explicar. – E eu me sinto tão sozinha, sinto falta de alguém para chamar de amigo. – as lágrimas voltaram a cair de seus olhos e descer pelo seu rosto. – Eu joguei tudo fora como se fosse lixo, meus amigos, minha reputação, meu conceito de sentimentos, minha melhor amiga... – e desabou a chorar. – Eu não deveria ter feito isso.

– Annabeth... – falei chocada, mas depois sorri.

– Eu só queria... – ela soluçou – que você pudesse... voltar a ser... minha amiga... – falou olhando para o chão, triste.

Eu sorri mais ainda e abracei-a, ela pareceu atônita no começo, mas depois retribuiu o abraço.

– Eu te perdoo. – falei ainda abraçada a ela. – Não vou deixar minha amiga chorar assim, principalmente na minha frente. – ela se afastou um pouco e olhou nos meus olhos.

– Amiga? Sério? – ela perguntou sorrindo. Assenti.

Ela deu um sorriso maior ainda e me abraçou novamente. Sorri e tirei o capuz dela.

– Agora para de chorar e vamos para minha casa para você me explicar isso direito. – falei e ela assentiu.

Nós pegamos nossos carros e voltamos para a minha casa.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam? Comentem aí!
Ó galera, tem muita gente aí falando que a história é muito parecida com uma que já leu, bem, pode ter dois motivos:
1º: a fic foi baseada em um fic da mindigoquevoa (https://www.fanfiction.com.br/historia/161671/Love_Me_For_Me/), ela está ciente disso, nós já conversamos e ela disse que não tem problema, principalmente porque só o começo da minha história é baseado, o resto é diferente.
2º: vocês podem ter lido essa mesma fic na minha conta até mais ou menos ano passado, só que a moderação deletou a fic e eu estou repostando com as devidas adaptações, para não acontecer de novo.
Então, parem de falar que eu plageei a fic, porque na verdade essa fic é minha.
Vejo vocês nos reviews
Beijos, Gabriela Alves
[a partir de agora todos os capítulos serão postados às quartas-feiras às 15:30]