Perseus: A guerra contra o Princípio escrita por Naylliw Freecs


Capítulo 6
Escolhas


Notas iniciais do capítulo

Bem, boa leitura



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POV Terceira Pessoa

Deméter se jogou do Olimpo, atingindo a terra em um baque surdo, a cada vez que tocava alguma planta, a mesma murchava e morria, as lágrimas da poderosa filha de Cronos caíram na terra, que de imediato se abriu a puxando para baixo, o peso sob seus ombros e a falta de ar, fez a deusa quase desmaiar, sua respiração suavizou em quanto seus olhos se fechavam com pesar, e quando estava prestes a desistir a terra se alargou, dando lugar a um extenso e estreito túnel, respirando fundo, seguiu a passagem tenebrosa

Seguindo sempre em frente a deusa pôde ver um tipo de luz esverdeada no fim do túnel, seus olhos se arregalaram em terror quando viu o que havia na sala posterior ao túnel, enormes e grossas raízes se entrelaçavam recobrindo quase totalmente o corpo da bela mulher, apenas seu rosto e seu peito eram visíveis, seu rosto estava mais pálido que o normal e, seu peito tinha um enorme ferimento, dele fluía Icor prateado, a mesma respirava pesadamente e parecia que a única coisa que a mantinha viva era o brilho esverdeado liberado das raízes

Deméter se aproximou apavorada, o Icor liberado pela mulher melou seus pés e ensopou a barra de seu vestido, estalando os dedos um pano úmido surgiu em suas mãos, se aproximando Deméter o pressionou contra o ferimento, um tremor abalou a caverna no mesmo momento, porém logo parou e o brilho verde se intensificou, estalando mais uma vez os dedos o pano sumiu dando lugar a um cantou de néctar, pôs um pouco sob o ferimento e despejou o restante entre os lábios da mulher, que suspirou, invadindo a mente da deusa com suas palavras

Obrigada

Deméter tombou quase caindo para traz quando ouviu a bela voz da mulher, porém seus olhos continuaram fechados, sua respiração ainda suavizada

–Quem é você?

Eu sou Gaia criança

–Gaia? O que é Gaia?

Eu sou uma primordial pequena Deméter, eu sou a terra em si, primordiais são divindades além dos deuses, mais velhos até mesmo que os titãs

–O que você quer de mim? E se é tão poderosa quanto diz, por que não se cura sozinha?- perguntou Deméter, começando a se afastar da bela primordial

Eu fui traída por alguém que não vem ao caso, minha querida e, meu pedido é claro, se torne minha campeã?

–Não desejo poder como meu irmão Zeus, desejo apenas um local para viver em paz

Criança, um mal tão antigo, mais velho até mesmo que nós primordiais se desperta nas sombras, não estamos preparados para combater sua ira, e a guerra é inevitável, se torne minha campeã e terá o poder que nunca sonhou ter, se torne minha campeã e salve sua família, salve Hades...

Por um minuto exato Deméter permaneceu em silêncio, seus olhos estavam opacos e sem vida, mas foram repletos de um brilho verde-musgo, quando ela proferiu as palavras que sabia que um dia iria se arrepender

–Eu aceito- no mesmo momento a deusa foi acertada por uma barreira maciça de poder, mas se manteve em pé, em seus belos cabelos loiro-palha surgiram longas mechas verdes em quanto seus olhos brilhavam com o poder

*__*__*__*

O mundo inferior estava calmo, calmo demais, o local onde se encontrara o Olimpo, agora não passava de um castelo negro sombrio, em seu centro um homem de mais ou menos trinta anos de idade se encontrava jogado no chão, que já formara uma rasa piscina de Icor dourado, o sangue dos deuses. No peito do senhor dos mortos um enorme buraco feito por uma das armas mais mortais existentes

O raio mestre de Zeus

Com uma luz rosa brilhante que iluminou e deu vida a todo mundo inferior um homem surgiu, era alto e musculoso, tinha cabelos loiros rebeldes, e usava uma simples calça de couro, junto com uma camisa de linho rosa, suspirando o primordial traçou uma linha reta com o dedo no sangue do deus, o levando aos lábios, estremeceu com o gosto metálico limpando rapidamente seus lábios, mesmo com as simples vestes, sua beleza era incomparável e o amor que era expelido em ondas por sua pele, era puro e verdadeiro

–Ora, Ora, o que temos aqui?

–Qu.... Quem... é.. V.. Vo... Você..?- conseguiu sussurrar o deus dos mortos tentando se erguer, mas falhou, ao a dor se tornar absurda demais e sua visão se tornar turva

–Eu sou Eros, o primordial do amor- falou o primordial sorrindo, um sorriso tão verdadeiro e puro que Hades pensou se aquele homem fosse uma alucinação

–Prim... Primordial..? O q.. Que.. des... deseja... de mim..?- Eros suspirou estalando os dedos e concertando o deus

–Sim Hades, eu lhe proponho minha benção, se torne meu campeão Deus dos mortos, uma guerra centenas de vezes pior que a titanomaquia chega com o tempo, lute pela casa de Eros Hades, lute por mim

–Você deseja me usar como um fantoche- conseguiu falar o deus, ainda banhado em seu próprio Icor

–Se não aceitar senhor dos mortos, renascerá no Tártaro, reencontrará seu pai e seus irmãos, aceitando minha benção poderá sobreviver, e ver Deméter- sorriu o primordial, cutucando a ferida mais profunda de Hades

–O que tem Deméter!- rugiu o Deus, mas logo foi tomado por uma onda de tosses, apesar de tudo o primordial riu

–Quem não quis quando podia, não vai poder quando quiser Hades, afinal, ninguém se esconde do amor, ela aceitou ajudar minha irmã na guerra, uma guerra que pode destruí-la completamente, aceite se tornar meu campeão e salve seu amor de um futuro trágico- sussurrou Eros

–Eu aceito- disse o deus dos mortos, a beira do desvanecimento

Uma parede maciça de poder foi atirada contra o Deus dos mortos, o mesmo se ergueu cambaleando, seus longos fios tinham poucas mechas brancas, tinha músculos mais definido, e o rosto parecia mais angelical, asas negras rasgaram suas costas, Eros olhou abismado para o deus, quando uma cabeça saia de suas costas, em seguida o peito, os braços, e por fim Eros sorriu, junto com Hades dera origem a um tipo de criatura, bela porém mortal, surgida a partir do amor e da morte

–Tânatos, o deus da morte- sussurrou o primordial do amor desaparecendo em luz rosa

POV Ártemis

Abri os olhos vagarosamente, meu cabelo parecia mais um ninho de passarinho do que um cabelo normal, estava mais pálida que o normal, e meus braços estavam repletos de pequenas agulhas. Me levantei ainda zonza da cama e cambaleei quase caindo, mas mãos fortes me seguraram

–Me largue Apólo

–Quanta gratidão maninha- disse o gêmeo sorridente

–Não preciso de sua ajuda- rosnei, abrindo as portas da enfermaria com ferocidade- Apólo, onde eu ESTOU!

–Calma Ártemis, nosso pai deseja falar com você- disse meu irmão tapado, em quanto eu me dirigia a sala dos tronos, vagarosamente abri as portas me deparando com dez deuses sentados em seus tronos, Apólo entro sorrindo, começou a brilhar até que....

–Você é imortal- disse confusa

–Minha filha, você e Apólo fizeram algo que o Olimpo não nega ser praticamente impossível, e ninguém nesta sala nega que vocês sejam merecedores, por isso, oferecemos a você e ao seu irmão, a divindade, se tornará a décima segunda Olimpiana, se for de seu desejo é claro- disse Zeus

–E então maninha?

–Não- falei surpreendendo todos os deuses ali presentes

–Não acha que o presente é bom o suficiente para você, mortal?!- perguntou ares, seus olhos faiscando com o poder da guerra

–Você terá tempo para pensar minha filha, lhe dou uma semana- disse Zeus

–Minha resposta não mudará, meu senhor- e dizendo isso, me encaminhei para fora do Olimpo

Acabei voltando para o vilarejo que eu conhecia tão bem, vários vieram me agradecer pelo feito, que praticamente Apólo fez sozinho, mas livrei minha mente desses pensamentos, quando o vi, suspirei, um sorriso lento se formando em meus lábios

–Orion- disse a filha de Zeus, abraçando o filho do mar

Mas a mesma não viu, dois pares de olhos fulminantes queimando suas costas, dois eram-lhe bem conhecidos, olhos dourados brilhantes do deus do sol, mas os segundos, eram verdes como as folhas das árvores durante a primavera em uma floresta, olhos carregados de fúria e de ciúme

Os olhos de

Perseus


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Notas finais do capítulo

Bem, bem, cap. Sem ação, o prox. Vai tá melhor, cinco comentários e eu continuo, oks? Please