Perseus: A guerra contra o Princípio escrita por Naylliw Freecs


Capítulo 5
Abrindo os olhos




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POV Terceira

Pessoa Argon e seus irmãos aguardavam impacientes ao redor da prisão de seu pai, cada vez mais hordas de monstros surgiam do que pareciam ser feridas na terra e se juntavam ao exército, quando Argon se preparava para entra em mais uma discussão com Hébile a terra ao seu redor se ergueu açoitando a prisão do princípio, por milhares de quilômetros a voz do mesmo foi ouvida, uma voz cortante que faria até mesmo o mais corajoso primordial estremecer

–Merlok, chegou a hora, traga-me Ordem, e será recompensado

A figura encapuzada se curvou, um sorriso se formou em seus lábios, uma maça e um escudo totalmente negros surgiram nas mãos do mesmo, que em um flash de energia negra, desaparecera

A general Helyana sorriu levemente, seus longos braços se curvaram em um arco atrás de sua cabeça, cada um deles sacou uma faca, a mesma seguiu em direção de Argon e pôs o dedo em seu peito, o circundando em quanto sibilava palavras venenosas ao seu senhor

–Seu irmão foi enviado para capturar a uma das mais velhas filhas do princípio, honra maior apenas aquele que for enviado em busca de Caos, e essa é uma honra que você nunca vai ter- disse a general olhando com escárnio para o Anti-Nyx

–Minha honra, sua cobra infernal, será matar com minhas próprias mãos a primordial da noite, portanto pare de me provocar, ou não me responsabilizarei por meus atos

A general o fuzilou com os olhos, Argon sabia que Helyana era uma adversária digna, mas a mesma era ansiosa e apressada de mais, se quisesse algo a mesma só sossegava quando tivesse o que queria em suas mãos, isso era sua falha fatal, se a mesma não aprendesse a controla-la, o anti-primordial riu, mesmo assim ela seguia fielmente as ordens de seu pai, e esmagaria qualquer um que entrasse em seu caminho

A sua frente, a prisão rugia e estremecia violentamente, Merlok fora em busca de Ordem, a vitória era certa, não havia como perderem, não com o próprio princípio ao seu lado, Argon tinha pena do pobre deus que seria escolhido para libertar seu pai

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Ordem observava de seus aposentos a batalha entre deuses e titãs, o local em que se encontrava era uma pequena sala, cercada inteiramente por espelhos, cada espelho mostrava o que queria, desde a terra, aos locais mais profundos e obscuros do universo

A primordial riu sozinha em quanto mais uma vez Perseus dava um modo de driblar as leis dos primordiais, de repente, todos os espelhos da sala trincaram, mostrando a Ordem, uma só imagem, um homem totalmente coberto por uma capa, e de algum modo se assemelhava a Caos, estreitou os olhos quando, os espelhos racharam ainda mais e explodiram, agora podia ver nitidamente o homem que aparecera em suas visões, tinha cerca de dois metros de altura, portava uma maça preta-avermelhada e, quando abaixou o capuz, Ordem cambaleou não acreditando no que via

–Caos?- o homem, era idêntico ao seu irmão, a não ser por olhos totalmente negros,

–Sim e não, não sou o patético do seu irmão, Caos, o primordial que cria vida e destrói as trevas, eu sou aquele que destrói a vida e prolifera a escuridão, sou conhecido como Merlok, o anti-Ordem e meu único propósito é lhe destruir- sua arma brilhou em vermelho por um segundo, e quando a acertou no no chão, a sala explodiu, barreiras de poder invisíveis se ergueram impedindo todos os outros de ajudarem a filha do Princípio

Uma lâmina fina e transparente como vidro, surgiu nas mãos da primordial, que se levantava dos destroços, seu vestido fora destruído e seus olhos queimavam em fúria, uma armadura completamente branca surgiu no corpo da primordial, que rugiu atacando seu adversário, espada e maça se chocaram abalando todo o local, ondas de poder eram expelidas do corpo de ambos, em quanto a Ordem e o Caos batalhavam, do lado de fora da barreira, os primordiais se aglomeravam, a esmurrando e expelindo ondas maciças de poder, Caos e Vazio golpeavam juntos a barreira que não mostrava sinal algum de ceder, do lado de dentro Merlok e Ordem não passavam de borrões, e quando pela primeira vez a espada da primordial acertou superficialmente o braço do anti-primordial sangue negro jorrou, com um puxão a capa de Merlok fora arrancada, surpreendendo ainda mais a primordial que já tinha corpo coberto por pequenos cortes

–MALDITA- rugiu Merlok, abaixo do pescoço o corpo do mesmo tomava a forma de uma besta, enormes asas de couro partiam de suas costas, sua pele se tornava mais grossa, e tomava um brilho avermelhado, tinha uma enorme calda, que logo foi atirada contra o pescoço da mesma, se enroscando a impedindo de respirar, a cabeça do anti-primordial tomava uma forma diferente, assim como seu corpo que começava a se alongar, até ter a forma de um enorme dragão negro, reunindo todas as forças que ainda a restavam, Ordem agarrou a espada e a perfurou na cabeça do dragão, o mesmo rugiu soltando a primordial e com um puxão arrancou a espada de sua testa

–Você não pode me destruir, primordial da Ordem, apenas alma divina e mortal trabalhando lado a lado poderão me destruir- após isso o corpo do mesmo brilhou em quanto labaredas de chamas vermelhas engoliam a primordial deixando sua pele em carne viva, que logo começou a se regenerar, mas aproveitando o tempo, Merlok a agarrou com suas garras, suas asas se fecharam em torno de seu corpo, quando em uma explosão o anti-primordial desaparecia, deixando uma enorme cratera em chamas para trás

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Merlok surgiu em um baque surdo, tinha a aparência de um enorme dragão negro, e seu corpo estava coberto de pequenas feridas, e entre suas garras uma mulher, de pele e longos cabelos brancos, nesse momento a voz do princípio invadiu a mente de todos

–Tragam-me ela!

Lentamente a primordial forçava os olhos, e arregalava os olhos perante ao enorme exército, por um momento estreitou os olhos, Merlok voltara a sua forma normal, e ajudava a carregá-la, só então se deu conta onde estava e com quem estava e começou a se espernear em busca de liberdade, mas ouviu uma voz que não ouvia a milênios

–Ordem, minha querida- a cada palavra que ouvia um enorme cubo brilhava e era açoitado pela terra negra do local

–Seus tolos! Vocês não podem liberta-lo, o Princípio traz consigo apenas morte e destruição, assim que ele acordar, todos morrerão!

–BLASFÊMIAS- quando o pai da primordial falou, a terra tremeu e rachou, pedras explodiram e até mesmo alguns monstros explodiram, virando pó imediatamente

As quatro figuras que a seguravam a empurraram contra a prisão, e cortaram seu peito, reconhecendo o seu sangue as enormes paredes se abriram rangendo e estalando, o vento gelado, fez Ordem se arrepiar e cambalear tonta, no centro da sala, um enorme caixão branco e dentro dele, um ser colossal de pelo menos dez metros, boiava tranquilamente, se prestasse atenção poderia se ver duas pequena tábua de mesma cor ao caixão, os anti-primordiais tentaram dar mais um passo, porém foram jogados contra a parede, Ordem tentou correr, mas algo a fez se erguer no ar

–Pai- disse a mesma, antes de ser violentamente atirada de cima para baixo diversas vezes

–Vocês primordiais são patéticos, eu lhes dei a vida, e lhes dei liberdade para fazerem o que bem lhe foste da conta, com apenas uma regra, E VOCÊS A QUEBRARAM, ME MALTRATARAM, ME TRAÍRAM E ME APRISIONARAM, EU FIZ TUDO POR VOCÊS E VOCÊS ME DERAM AS COSTAS! Vocês me deram as costas...

–M... Mas...- tentou falar Ordem

–Mas nada, vocês me traíram, e agora sofreram as consequências, seu sangue será usado para me despertar!

E pela primeira vez naquele tenebroso lugar Ordem, riu, uma risada pura e verdadeira, que logo seria tomada pelo medo e aflição

–Pode extrair até a ultima gota de meu sangue, você precisaria de outro primordial e, após esse ataque, nunca conseguirá capturar mais ninguém, barreiras serão reforçadas, proteções serão criadas, você falhará- dessa vez foi o Princípio quem riu, uma risada fria e carregada de ódio

–Você ainda não percebeu por que foi capturada? Sem você o conselho entra em colapso, sem a ordem mantendo tudo calmo, o conselho entrará em conflitos, além disso, graças a jovem Gaia, poderei retornar com o seu sangue misturado ao de um Deus, eu retornarei e instalarei morte em todo o Cosmos, Caos e Vazio cairão e voltarei a ter minha força completa, não haverá ninguém que possa me deter- com essas palavras Ordem foi atirada contra a tábua dourada, os quatro anti-primordiais se aproximaram dela e cravaram cada um uma faca em seu corpo, duas nós pés e duas nas mãos, e por fim uma foi cravada no coração, o sangue prateado escorreu sob a tábua e caiu dentro do caixão do Princípio, a água começou a brilhar em quanto três dos quatro selos do corpo do mesmo se desfaziam

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Os anos se passaram, e os deuses prosperaram, a liderança de Hades nunca deixou dúvidas que as parcas não podiam ter escolhido um governante melhor, os titãs ainda se encontravam aprisionados no Tártaro, e uma guerra travada com gigantes fora ganha, mas em certo dia no mundo inferior que tudo mudou. Começou como qualquer outro dia, Hades e Zeus discutiam no Olimpo como sempre

–Chega Zeus! As irmãs do destino me escolheram como rei dos deuses, você não tem direito nenhum aqui! Então pare de fazer tudo o que quer- rugiu Hades se levantando de seu trono abruptamente, Zeus por sua vez riu, a risada do deus era venenosa e foi ouvida por todo o submundo, os olhos de Hades se estreitaram, Zeus se levantou de seu trono, imediatamente correntes de eletricidade agarravam-se aos deuses ali presentes, menos Hera, a deusa sorriu para o marido, Poseidon e Hestia tentaram se libertar, porém o aperto era demasiado forte

Foi quando raio e espada se chocaram abalando toda a estrutura do Olimpo, os olhos de Hades se estreitaram ficando totalmente negros, névoa negra se expelia da armadura do imortal que de repente ficou com a aparência de um homem de 40 anos de idade, quando falou sua voz saiu triplicada e horripilante

–Você acha que tem poder para se opor a mim Zeus? Acha que tem poder o suficiente para se opor a morte?

O deus dos raios recuou cada vez mais até que se viu encurralado, Hera tentou se levantar, mas dessa vez sombras agarraram a deusa, a prendendo em seu trono

Perseus continuava a observar os deuses, eram uma raça incrivelmente impressionante, tinham um desenvolvimento rápido e eficaz, o primordial riu ao perceber que Hades governava o Olimpo, mas metade do conselho eram filhos de Zeus, foi quando percebeu que tinha que agir, e estalou os dedos, no mesmo momento um selo branco brilhante surgiu no peito de Hades, a sala dos tronos voltou ao normal, Hera foi libertada e Hades se curvou quando sua força começou a ser drenada, vendo a oportunidade Zeus atacou, a vida de Hades estavam entre o raio e a espada, os olhos do mesmo escureceram quando ele tentou controlar as sombras, Perseus estreitou os olhos estalando mais uma vez os dedos, dessa vez Hades tossiu e cambaleou, seus olhos ficaram opacos, quando com um único movimento, Zeus perfurou o raio mestre no peito de Hades, as sombras açoitaram e se agitaram, o Olimpo tremeu, no momento em que desaparecia, tomando novo lugar nos céus, e deixando seu antigo governante para trás, o deus dos mortos, teria um fim como o de um mortal

No novo Olimpo, Zeus sorria triunfante, se tornara o novo rei do Olimpo, Hera seria sua rainha, e quanto a Helios e Selene...

–Vocês estam expulsos, serão exilados se tornando deuses menores- disse Zeus, e sem mais nem menos os dois desapareceram

–Por que fez isso?- Perguntou Hera

–Eu conheço um par de gêmeos que ficariam lisonjeados em se tornarem deuses- falou Zeus libertando os deuses das correntes de energia, muitos olharam para ele com nojo, mas se curvaram o deixando para trás, Deméter passou por ele como um borrão, lágrimas caíram por suas bochechas quando a mesma deixou o Olimpo

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Perseus olhou para a sala dos tronos com receio, sua jogada fora arriscada, porém também fora certa, e pela primeira vem em semanas, Perseus retornou para casa, porém o que vou o abalou e despertou fúria descomunal dento de si, os reinos da Ordem estavam um Caos, primordiais corriam para cá e para la, onde uma batalha parecia ter acontecido, reconheceu Caos e Vazio, e se dirigiu apressado até eles

–Em nome de Ordem, o que houve aqui?- Perguntou eufórico, quem respondeu foi Vazio, o mesmo chorava como uma criança, em quanto lágrimas corriam pelo seu rosto

–Os reinos dela foram invadidos, ela foi atacada por uma espécie de híbrido, é tudo que sabemos

Fúria

Dor

Amargura

Foi o que Perseus sentiu começando a se elevar no ar, seu corpo liberava espasmos de energia em quanto uma encasca caia sob o local, granizo começou a cair dos céus, plantas brotaram do nada, destruindo tudo em seu caminho, pilares de fogo surgiam do nada, em quanto o local era destruído

–Perseus! Pare já!- gritou Caos

Os músculos do primordial relaxaram em quanto seu corpo descia em direção ao solo, as tempestades cessaram e as plantas regressaram a terra, o belo reino primordial fora parcialmente destruído, alguns olhavam abismados para o primordial

–Quem?

–Não sabemos, você acha que após sua mãe ser...- o primordial do Caos, parou no meio da frase, em quanto a boca de Perseus se escancarava

–Como assim mãe?- Vazio olhou com raiva para Caos, que baixou a cabeça culpado

–Ordem é sua mãe e, bem, eu sou seu pai- disse Vazio- preferimos dizer que você nasceu por partenogênese pois precisávamos tirar nosso pai do poder, o mesmo era tirano e já fora corrompido pela escuridão, além de que se disséssemos que você era nosso filho, a fúria do princípio seria maior, ele nutre um ódio profundo e enraizado por mim e por Ordem, já que seu plano sempre foi destruir o universo a partir do Caos, mas viemos junto com ele, controlando sua ira

Perseus expirou e inspirou diversas vezes para entender a situação, fúria queimava dentro de seu peito quando, com um piscar de olhos, o mesmo desaparecia em direção a terra, Caos suspirou olhando para seu irmão

–Deveria ter contado toda a verdade, irmão

–Existem respostas que apenas o tempo revelarão

Perseus reaparecia no mundo mortal, dentre as árvores e arbustos, despejou sua fúria, as árvores cresceram além do normal, trepadeiras taparam sua visão, assim como os arbustos, animais atacaram-se furiosos, quando algo chamou sua atenção, o mesmo se agachou no momento que a cima de si duas figuras pulavam nos galhos em velocidade absurda, pararam há alguns metros, quando Perseus uma voz Feminina

–Pelos deuses Apólo, você não precisa fazer isso, até mesmo alguns deuses a temem- a mesma soava irritada

–A Pyton assombra a tempos demais essas terras Ártemis, se não exterminarmos esse mau pela raiz ninguém mais o fará, além de que não lembra do que ela fez a nossa mãe?

Os olhos de Ártemis escureceram, quando a mesma foi convencida e voltara a pular nos galhos, Perseus pensou em não interferir novamente, suas ações só ocasionavam dor e sofrimento, por não ter estado na sua casa da ultima vez, sua mãe fora....

Abandonando os pensamentos o mesmo seguiu os rastros que deixaram para trás, foi quando uma explosão o fez ser jogado para trás, atingindo uma árvore a despedaçando, se levantou gemendo se aproximando dos sons de batalha. Agora podia ver nitidamente as figuras, mas o que lhe chamou a atenção foi a criatura, uma enorme serpente verde-musgo, tinha pelo doze metros de comprimento, três de altura e quatro de largura, tinha duas enormes presas e também pequenos dentes afiados, seus olhos eram vermelhos e negros e claramente estava ganhando a batalha. O homem era alto e bronzeado, tinha cabelos loiros que chegavam na altura de seus ombros, olhos dourados e brilhantes, e atirava sucessivas flechas que apenas ricocheteavam nas escamas da serpente, a mulher tinha longos cabelos ruivos, pele pálida, com algumas sardas perdidas no rosto, olhos prateados lindos. Perseus se obrigou a parar de pensar nisso, ela tinha longas facas de caça prateadas, e ambos usavam armaduras de couro

Ártemis girou as facas conseguindo arrancar uma das presas da serpente, Apólo agora tentava acertar as flechas nos olhos da criatura, sangue pingava do dente destruído da serpente, a cauda da mesma se enroscava hora ou outra em árvores e as atirava contra seus inimigos, Artemis atirou uma flecha, que se enterrou profundamente em um dos olhos da criatura, a flecha explodiu o destruindo completamente, fúria surgiu nos olhos da serpente que pela primeira vez se atirou contra a mortal a presa a amostra fez um longo talho na barriga da mesma, Apolo atirou sucessivas flechas sem sucesso, até que sobrou apenas uma, o mesmo a segurou entre os dedos e quando estava prestes a atirar o monstro falou

–Filho de Leto, voccccê, não pode me deter, eu sssssou o pesssadelo, dossss viajantesssss, até messssmo ossss deusesss me temem, ssssua irmã caiu o que te faz pensar que pode me derrotar?- sibilou se aproximando do mortal e jogando sua irmã para fora de seu caminho

Perseus olhava em dúvida para a serpente, poderia ajudar o mortal a deter-la, a cobra sibilava deslizando em velocidade alarmante se jogando contra Apólo, o mesmo se desviou pulando em cima da criatura, a mesma se jogou contra as árvores obrigando o mortal a pular de sua coluna

–Morra maldito!- sibilava o monstro tentando se libertar do deus, a mesma o prendeu com seu enorme corpo, o primordial suspirou estalando os dedos, a escama da serpente era resistente, mas não indestrutível, a flecha do mortal começou a apresentar um brilho prateado e dourado, e quando a mesma se preparava para o engolir o mesmo, ele atirou a flecha, a arma perfurou sua boca, saindo do outro lado de sua cabeça, a serpente gigante bateu a cabeça no solo com um estrondo, seus olhos negros agora sem vida agora encaravam Apólo, a mesma começou a desaparecer, seu corpo se transformando em areia dourada, até que apenas sua cabeça permaneceu intacta, névoa verde foi expelida de sua boca revelando um pequeno altar, onde uma bela jovem estava sentada, tinha curtos cabelos negros, e olhos azuis brilhantes, a cabeça do monstro desapareceu, deixando para trás apenas um frasco, um frasco de veneno verde, o veneno da Pyton, a mulher se levantou do altar, se curvou para Apólo falando

–Meu senhor?

–Quem é você?

–Eu sou o oráculo, tenho dentro de mim o espírito de Delphos, portador das profecias da poderosa Pyton, agora, portadora das profecias de Apólo

Sem dar a mínima para a mulher, o mortal correu em direção a irmã, o ferimento tinha deixado sua pele negra, e sua respiração começava a falhar, um estrondo abalou os céus, quando Zeus apareceu na clareira

–Apólo e Ártemis, os deuses estão surpresos com seu progresso, e nenhum deles nega que vocês sejam merecedores, sendo assim lhes ofereço um lugar no Olimpo- Ártemis começou a sofrer espasmos, enquanto Apólo aceitava, sua irmã foi transportada para o Olimpo, onde teria uma chance de cura, cura ao veneno do monstro que ajudou a matar, veneno da poderosa Pyton

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Hélios e Selene andavam desolados pelo mundo mortal, sempre foram bons deuses, cumpriram seus deveres, por que as parcas quiseram que aquilo ocorresse?

Seus pensamentos foram interrompidos quando a terra aos seus pés ameaçou engoli-los, ambos tentaram pular, mas seus movimentos os faziam apenas afundar mais rápido, a terra se ergueu e se solidificou dando forma a uma mulher, seu corpo era totalmente coberto por uma capa, quando descobriu seu rosto revelou beleza incomparável, seus olhos eram azuis como o oceano, tinha longos cabelos dourados, pele pálida, porém sua face transmitia medo e destruição

–Olá queridos!- falou contente

–Quem é você!?- Gritaram juntos, Helios e Selene

–Eu sou Hébile, nasci para me opor a Gaia, porém ela está bem incapacitada no momento, terei de me contentar com vocês- disse a anti-primordial

A terra se ergueu, correntes prenderam ambos os deuses aos pés de Hébile, a mesma riu porém logo fez uma careta

–Eu tenho ordens para levar um de vocês, logo, alguém terá que morrer, isso não é de mais? Já que temos uma garota vamos deixá-la fazer as honras, o garotão vai infelizmente ter que morrer

As correntes se desfizeram no momento em que o deus explodiu em luz dourada, a anti-primordial cambaleou irritada, pondo as mãos em seus olhos

–ESTOU CEGA, MALDITO!- a mesma socou a terra fazendo estacas perfurarem o corpo de Helios, o mesmo caiu, cuspindo sangue, em quanto a visão da sua oponente voltava aos poucos

–Tenha piedade, serei seu servo, por favor?

Por um momento Hébile pareceu pensar, estalou os dedos e correntes de Rocha prenderam os pulsos e os pés do deus

–Obrigado...

–É uma pena que eu não faço prisioneiros- uma ultima corrente se enroscou no pescoço de Helios o sufocando, e em segundos, o deus explodiu em poeira dourada

–NÃO- gritou Selene se debatendo, Hébile riu chutando a deusa em um portal, a levando diretamente, para a prisão do princípio, se curvou para seu pai e, em seguida pôs Selene na tábua ao lado de Ordem, a primordial estava branca como papel, mas sangue ainda fluía de seus cortes, areia negra circundou Hébile, penetrando na pele da deusa, o sangue dourado da mesma fluiu pela tábua, se misturando ao sangue de Ordem, e quando preencheu todo o caixão, pela primeira vez em milênios

O Princípio abriu os olhos


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Notas finais do capítulo

Bem, eu prometi esse cap. Anteontem, maaaas, meu carregador quebrou e tive que comprar outro, e ei!, eu recebi uma recomendação! Eu tinha que fazer esse cap. Maior que os outros para comemorar, e pela demora também devia um cap. Maior para todos, Enfim, obrigado LordedoOlimpo
Ps: quanto mais comentários mais rápido sai o prox.