Escola, farras e garotos... escrita por Aly Campos, Trufa


Capítulo 22
Clara estraga prazeres e como ser a rainha do baile... prt 1


Notas iniciais do capítulo

Oieeee povooo ~.~
Gente aqui é a Duda, a Aly não ta podendo escrever - xinguem muito ela por favor - porque aquela eguinha esta em semana de prova e deixou vcs na mão.
Obs: eu também to em semana de prova, mas decidi escrever pra não abandonar vcs.
Pessoal vcs devem entender, primeiro ano n é moleza e nos primeiros dias a professora de química descobriu que me odeia - palmas Duda, você se supera a cada ano.
Então a Aly - aquela vadia que nunca me deu créditos pelos capítulos que eu a ajudo a escrever - me obrigou a fazer uma conta no nyah.
Não sei se isso que eu escrevi esta bom, mas eu andei lendo os comentários - vou responde-los tbm pq minha amiga n faz isso - e eu, particularmente, amo o Lulu com a Jú e vou fazer os dois ficarem juntos um pouquinho. Calma que essa é só a primeira parte, mas eu fiquei doidaaaaa pra postar logo e ver oq vcs acham.
Pf me indiquem fics :)



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Deixei o chapéu, a mochila e os óculos sobre a cama observando o moreno debruçado sobre minha sacada.

Ops! Prevejo futuros castigos, já que os cacos de vidro não estavam mais ali e não fui eu que limpei.

“Ótimo Ana Jú, seu dia não podia melhorar...”

– Ér... – comecei receosa, aproximando da proteção da sacada. O ele viera fazer aqui? Não preferia estar nos braços daquela cachorra ruiva? – veio fazer o trabalho?

– Na verdade, não – o moreno respondeu relaxando os ombros me encarando pensativo.

Vendo ele daquela forma, aqueles olhos escuros fitando-me tão profundamente, os cabelos escuros meio úmidos caídos na testa e suas roupas deixando-o um tanto sexy, toda minha raiva parecia se esvair. Mas só parecia mesmo, a cena de hoje cedo insistia em martelar na minha mente. Ele beijando com tamanho desejo aquela ruiva água de salsicha.

– Então?

– Vim fazer isso...

Arregalei os olhos sentindo suas mãos puxarem minha cintura de encontro ao seu corpo e nossas bocas se colarem em um beijo urgente.

Que. Merda. É. Essa?

Ele fumou orégano com coco antes de vir para cá? Era uma completa briga interna dentro de mim. Uma parte martelava a cada minuto o quão idiota eu seria se cedesse, Luís praticamente jogou na minha cara que eu era uma puta e depois transou com uma vadia sabendo que eu apareceria para fazer o trabalho. Em compensação a outra parte berrava o quanto eu o amava e desejava aquele beijo, e cada toque dele nesse momento. Leo? O beijo dele nem me lembrava mais.

Reuni todas as minhas forças – aquelas desgraçadas que imploravam para continuar o beijo – e o empurrei pelos ombros. Encarei profundamente suas orbes escuras e confusas antes de lhe desferir um belo tapa no rosto.

– Au caramba... – Luís gritou se afastando com a mão na bochecha atingida.

– Tem mais de onde veio essa – rosnei irritada. Nem ao menos sabia a causa de tamanha irritação.

– Por que fez isso? – perguntou com sua melhor carinha de inocente.

Ah isso me irritou. Por quê? Vejamos, porque eu sou uma maluca que gosta de bater no garoto que ama...

– Por que eu tenho uma coisa chamada amor próprio – falei irritadíssima – você acha que é assim? Fala daquele jeito todo comigo e depois é só voltar e ponto?

– Não Jú, é claro que...

– CALA A BOCA – gritei apontando furiosa em sua direção. Céus eu estava em um descontrole só. Eu queria parar, mas era como se meu corpo entrasse no modo automático e todas, literalmente, todas as coisas engasgadas queriam pular para fora – EU VI O “Sr-SOU-SANTO-E-POSSO-JULGAR-A-JÚ” COMENDO AQUELA MALDITA RUIVA!

– Foi um erro...

– UM ERRO? QUER DIZER QUE QUANDO VOCE ME BEIJA E VOLTA ABANANDO O RABINDO PRA SAIA DA SAMANTHA VOCE VIRA E FALA QUE FOI UM ERRO? –Dei dois passos em sua direção tocando meu dedo fortemente em seu peito definido. Algumas lagrimas ameaçando cair. Por quê? Não sei, minha vida era uma confusão só e meu emocional estava para lá de comprometido.

Respirei fundo me recompondo.

– Eu posso tentar explic...

– NÃO, NÃO PODE PORCARIA NENHUMA!

– CARA QUE PORRA É ESSA AI? – tirei minha atenção de um moreno futuramente morto, para fitar o desgraçado do Thomas na varanda ao lado.

– Big Brother ao vivo – zombei ignorando sua desprezível presença ali.

– Hum... Isso esta muito parado, o da globo esta mais emocionante – Thomas voltou a interferir fazendo voltar minha atenção a ele.

– Se toca retardado, a conversa não chegou ao zoológico.

– Ué, achei que já Jujuba – riu debochado – você esta nela.

Todo mundo queria morrer hoje? Já não basta aquele acéfalo me largar sozinha e eu ter que andar por horas, não, imagina, aquele jumento queria cutucar um vespeiro com vara curta.

– Garoto abaixa a bola que a gente ainda não resolveu tudo hoje não – por incrível que pareça, não fui eu a dizer isso.

Fitei o moreno. Não resolveram o que hoje?

– Amanha terminamos isso então, não tive tempo de te dar todos os socos na cara que estão acumulados – Thomas rebateu olhando fulminosamente na direção do garoto ao meu lado.

– Ahn? Posso saber o que esta havendo aqui? – perguntei confusa para os dois garotos com olhares assassinos entre eles.

– Pergunta pro seu namoradinho encrenqueiro ai, boneca.

– Não fala assim com ela seu desgraçado – Luís ameaçou indo em direção à proteção da varanda enquanto apontava na direção do outro garoto sorrindo divertidamente da cena.

– Eu falo como eu quiser seu riquinho de merda – Thomas rebateu.

– Para vocês dois – gritei em vão. Namoradinho? Ele sabia do namoro falso com o alemão? Meu Deus minha vida virou uma novela mexicana e eu nem fui informada a respeito.

– Eu vou quebrar sua cara seu vagabundo – Luís continuava avançando como se quisesse romper a proteção da sacada e passar para a outra.

E é por esses motivos que eu agradeço pelas sacadas serem separadas, se não melhor nem imaginar a 3º guerra mundial a ser travada ali.

– Tenta então Luisinho – Thomas provocou batendo em seu rosto.

De Luís faltavam sair faíscas de tanto ódio.

Balancei a cabeça saindo de meus devaneios. Alguém teria que por fim aquela briguinha de pré.

– Amanha seu mauricinho de merda, amanha eu acabo com você...

– A CARAMBA! CHEGA DESSA PALHAÇADA AGORA – berrei puxando o moreno para trás e me pondo na sua frente – OS DOIS VÃO EXPLICAR AGORA QUE PORCARIA É ESSA QUE TA ACONTECENDO!

Ouvi Thomas rir debochadamente do outro lado e logo em seguida a porta de sua sacada sendo fechada. Babaca!

Puxei o moreno altamente furioso para dentro do meu quarto e fechei a cortina – já que meu vizinho infeliz fez o favor de quebrar minha porta de vidro. Palmas!

– Anda, fala logo sobre aquilo – ordenei depois de fazê-lo sentar em minha cama e o encara-lo em pé a sua frente.

– Não foi nada – respondeu simplesmente dando de ombros.

Cara esses meninos me irritam, ô racinha.

– Escuta, o imbecil do vizinho é meu, vocês nunca brigaram e agora entram nessa discussãozinha toda. De duas uma, ou foi por causa da ruiva aguada ou os dois fumaram...

– Ou não foi nada disso – resmungou baixo, quase inaudível.

– Ou explica ou vaza do meu quarto – ameacei apontando a porta entreaberta.

Luís bagunçou os cabelos enquanto fitava o chão.

– Tudo bem, eu conto – suspirou pesadamente indicando para eu sentar ao seu lado. Obedeci, realmente precisava sentar-me, passar a tarde toda andando com Leo, depois de uma baita caminhada depois da escola não é mole não – quando você foi embora lá de casa, Amélia falou que viu tudo, eu fiquei desesperado e briguei com a ruiva – fiz uma careta – sai furioso de casa pra procurar por você Jú, só que não estava em lugar nenhum. Passei na Annie, ate mesmo no apê do Josh e nada. Foi ai que tive a ideia de passar na casa do Arthur e descobrir de uma vez por todas tudo que aconteceu ontem.

Flashback on

– Ninguém atende essa droga de porta não? – uma voz feminina vociferou de dentro da casa de Arthur. Até que para estrangeiros eles conheciam muito bem as gentilezas brasileiras – não tem pão velho não – uma loira baixinha com estilo roqueira falou assim que abriu a porta.

– Eu vim falar com Arthur – pedi vendo-a rolar os olhos entediada.

– Ô mala sem alça do meu irmão, o imbecil do cara que a Jú gosta ta querendo falar com você – a loirinha gritou largando a porta escancarada e se jogando no enorme sofá da sala.

E agora? Esperava do lado de fora ou entrava e fechava a porta atrás de mim?

– Educação é o seu segundo nome, não é mesmo Marielle? – Arthur sorriu para a outra garota que apenas o mandou o dedo do meio enquanto descia as escadas apenas com um moletom cinza.

Pow, eu não era obrigado e ver outro cara sem camisa né? Amigos tudo bem, agora um sujeito a qual eu nem conhecia?

– A Jú não esta aqui não.

– Eu sei, vim mesmo falar sobre outro assunto – justifiquei vendo-o fazer um gesto para que eu entrasse.

– Irmão? – a loira bronqueou – não gosto desse cara, quero ele longe daqui.

Arqueei uma sobrancelha. Garota problemática, nem me conhecia.

– Você não tem quem gostar – o outro loiro respondeu sorrindo largamente para ela que mandou língua batendo os pés em direção às escadas – então, o que queria mesmo aqui?

– Eu sei, começamos com o pé esquerdo, mas tanto eu quanto você gostamos muito da Jú...

– Correção, eu amo a Jú – mordi a língua evitando responde-lo. Quem a amava aqui sou eu.

– Eu queria saber o que aconteceu ontem.

– Ontem aconteceram muitas coisas, teve ate uma prova de português.

Aquele cara estava testando minha paciência, logo eu desprovido de uma.

– O que aconteceu ontem na casa dela quando você estava só de cueca lá – não pude evitar uma careta, só de imagina-lo seminu meu estomago embrulhava. De homem seminu já basta Caio que insiste dormir só de Box do bob esponja quando esta la em casa.

Arthur riu como se tivesse ganhado o mundo.

– Luís vindo ate minha casa para perguntar isso. Realmente as coisas devem estar feias pro seu lado.

Assenti.

O garoto começou contando do tal acordo do namoro falso e de que Thomas – o seu primo - o pediu para apresenta-lo a namorada na hora do intervalo, e assim começou todo o mal entendido. Depois de como Caio caiu sobre Ana Jú na hora da saída e assim ela pegou carona com ele, e depois uma serie de acontecimentos desde Annie bêbada pendurada no lustre, à cozinha pegando fogo por causa de um miojo. Jú nunca foi e nunca será uma boa cozinheira, colocar fogo na casa virou o hobby quando as pizzas congeladas acabavam.

– Então você e a...

– É, nós nunca namoramos – Arthur cruzou as mãos abaixando a cabeça. Mesmo com uma pontada de ciúmes eu sabia que realmente aquele cara a minha frente gostava da minha Jú e que tudo, mesmo sendo absurdo, era verdade.

Suspirei aliviado e culpado ao mesmo tempo. Se não fosse tão orgulhoso nada disso teria acontecido.

– Quem nunca namorou? – um garoto moreno de cabelos castanhos e lisos apareceu na sala comendo uma maçã distraidamente.

– Eu é que... – tentei inventar uma explicação e livrar o loiro, mas este negou e então me calei.

– Eu e a Ana Jú nunca namoramos.

A maçã na mão do moreno caiu no chão rolando ate o meu pé.

– C-como...

– Thomas vá à merda certo? Não me venha com zombações...

– Espera – o tal Thomas interferiu – Luís certo?

Assenti.

– Aonde aquela desmiolada da Ana Jú se enfiou? – perguntou mais para si mesmo que pra gente.

– Não sei ela...

– Eu não devia ter feito aquilo, ela ia passar na sua casa e...

– O QUE VOCE FEZ? – Arthur gritou indo para cima do outro garoto. Tive que entrar na frente e evitar uma futura briga.

– EU NÃO FIZ NADA DE MAIS – Thomas gritou de volta – SÓ DEI O TROCO POR ONTEM!

– QUE PORCARIA DE TROCO FOI ESSE? – perdi as estribeiras também entrando na discussão.

– Ela não deve ter feito nada demais – o moreno nos ignorou começando a andar em círculos pela sala. Não sabia se me controlava para não soca-lo ou se controlava o outro cara ao meu lado.

– Thomas eu vou perguntar de novo, O QUE VOCE FEZ COM A ANA JÚ? – Arthur gritou.

Foi então que tudo foi esclarecido. Serrei os punhos dando um murro no meio do nariz do imbecil.

Flashback of

Meu queixo abriu um buraco e parou certinho no núcleo da terra. Luís e Arthur juntos sem se matar? E Thomas levou um murro no meio da fuça?

Levantei o rosto do moreno sorrindo levemente para ele. Observei seus olhos meio úmidos.

– Ei, calma agora esta tudo certo – afaguei seus cabelos – eu estou bem...

– Podia não estar – Luís afastou minhas mãos dele virando o rosto para o outro lado – toda vez eu faço algo errado Jú, eu sempre faço tudo errado.

Eu sabia que todo aquele desabafo não era só por hoje, ele se culpava por tudo e não devia ser fácil as coisas na qual o moreno passava. Lembrei dos alertas de mamãe, eu deveria ser mais atenciosa e paciente.

– Luh para com isso, escuta, todo mundo faz coisas erradas, eu mesmo se tivesse explicado tudo antes nada disso teria acontecido.

– E se eu não fosse tão orgulhoso...

Puxei seu rosto novamente fazendo-o olha-me e então tomei seus lábios com os meus. Puxei sua nuca apertando ainda mais nossas bocas coladas e senti suas mãos descerem ate minha cintura. Aquilo, independente de todos os acontecimentos, era o que eu mais queria no momento, e talvez o que eu queria para a vida toda. Ter aquele moreno chato e orgulhoso comigo pra sempre.


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