Escola, farras e garotos... escrita por Aly Campos, Trufa


Capítulo 2
Ela vale a pena?


Notas iniciais do capítulo

Capitulo 2 pra vcs ^^ comentem se vcs gostarem estou louca pra saber a opinião de vcs amores



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Voltei para casa sozinha e por mais que eu não quisesse, ver o Luís com aquela oferecida da Samantha me magoava bastante.

Samantha Parker é a garota mais “popular do colégio”, e essa fama toda se deve ao fato dela ser a garota mais putinha que eu já conheci. Todo mundo pega, todo mundo usa, mas ninguém tem coragem de assumir. Eu seu que devia sentir ódio quando via o Luís com aquela piranha, mas por incrível que possa parecer, eu só conseguia sentir pena mesmo.

Há uns anos atrás ele era meu melhor amigo, com direito a vivermos colados, um sempre na casa do outro e tudo mais. Ele sabia de cada mínimo detalhe da minha vida e eu da dele, mas como tudo que é bom dura pouco, a jumenta aqui começou a gostar daquele idiota e ele fim.

Tá esse não é o fim. Luís virou o galinha da escola e nunca mais conversamos como civilizados desde o dia que ele passou a dar mais valor aquele vaca da Samantha do que pra mim. Pronto, esse sim é o fim. Idiota a nossa rixazinha? Talvez, mas totalmente suficiente para me fazer querer soca-lo a fuça.

Meus pais já haviam saído novamente para o trabalho e deixaram o almoço pronto, só que eu não estava com muita fome então optei por fazer apenas um lanchinho – Batata frita, coca-cola e muitooo sorvete.

Joguei-me no sofá com os meus mantimentos em mãos, pronta para começar minha luta em garimpar algo que presta naquela bendita televisão.

Bufei contrariada ao ver uma serie de filme de terror acabarem de começar, enquanto meus programas favoritos já estavam no fim. Abracei uma almofada e peguei no sono após encher a barriga.

Foi um sono bem tranquilo, não sonhei com nada e aos poucos o frio começou a se fazer presente, já que a inteligente aqui esqueceu a janela aberta. Estava naquele estado quando você não sabe se esta dormido ou se esta acordada, encolhendo-me cada vez mais no sofá, pois não queria levantar.

E como a sorte conspira ao meu favor meu celular começou a tocar sem parar, tentei ignora-lo, mas a praga da pessoa não parava de me ligar – quem era o infeliz? Levantei de uma vez sem um pingo de paciência pegando o celular e fechando a maldita janela.

– Alô? – rosnei ao atender.

– Ei Ana! To te ligando a um tempão – “serio nem tinha percebido...” pensei enjuriada – e ai linda que tal irmos a uma festinha?

– A Clara num to afim não, to mega sem animo pra nada. –respondi aos bocejos.

– Deixa disso amiga, daqui a pouco passo ai e quero te ver arrasando – Não ia adiantar muita coisa discutir com ela e não seria de tudo uma má ideia.

– Ta ok! Você venceu! - me rendi escutando-a comemorar do outro lado da linha – a onde que é?

– É na casa do Luís

– ANNN?? TÁ MALUCA? – gritei enfurecida – eu na casa daquele maníaco? – mas baixei a voz quando percebi que uma mulher que passava na rua olhou meio assustada para minha casa. Pois é, descrição nunca foi meu segundo nome.

– Deixa de show Ana Jú Cliar, passo ai daqui 1h e esteja pronta – então desligou.

Fiquei um bom tempo ate conseguir me tocar no que eu havia me metido.

Já fazia um tempão que não ia lá, acho que desde que passei a "odia-lo". Um ódio bobo talvez, mas era ódio.

Eu iria à casa do Luís. Esse pensamente me fez despertar na hora. Céus eu iria à casa do Luís!

Precisava desesperadamente me arrumar, não podia sair de qualquer jeito. Fiquei no banho um tempão, sequei meu cabelo, fiz maquiagem e finalmente o passo mais importante e o mais difícil, escolher o que vestir.

Devo ter experimentado umas trezentas peças de roupa – minha cama estava soterrada – e não achava nada de legal, que me fizesse bater o olho e me sentir perfeita.

Já quase sem esperanças encontrei meu vestido azul marinho que ia ate a metade da coxa, ele era soltinho e de um tecido fino – perfeito! Coloquei um cintinho dourado e uma botinha de cano alto com um pouco de salto, peguei minha bolsa e desci. Iria arrasar!

Assim que pisei na sala a buzina do carro da Lucas ecoou. Corri apressada aos tropeços, eu com toda certeza do mundo, iria arrasar.

– Que gata! Fui-fui – Lucas mexeu comigo. Ele é quem estava dirigindo, entrei na frente ao lado dele e atrás estava Clara, Annie e Caio.

– Seu bobo! – respondi marcando sua bochecha com um beijo estalado – Boa noite Caio! E uma péssima noite pra vocês sua chatas! – dei língua para as meninas.

– Você ainda vai nos agradecer – Annie falou.

– Duvido muito –resmunguei baixinho.

Chegamos em poucos minutos, aquela casa enormemente linda estava lotada – com toda certeza os pais dele não sabiam da tal “festinha”.

Tomei coragem e sai do carro. A maioria daquele pessoal eu nunca tinha visto na minha vida.

Andava meio que sem rumo e do nada me dei conta que havia me perdido dos meus amigo. Que ótimo, a sorte só parecia aflorar ao meu favor.

– Já falei que você é linda hoje? – voz suave eccou próximo aos meus ouvidos fazendo-me arrepiar até os últimos fios de cabelo.

– É falta de educação chegar assim por trás das pessoas, e não faz diferença o que você acha sobre mim. – respondi seca virando-me para encarar suas orbes escuras.

– Nossa, definitivamente você me odeia ne?! – Luís perguntou um pouco triste, devia ser só mais um joguinho pra eu cair na dele. Uma coisa sobre garotos pegadores, eles nunca são confiáveis.

– Só percebeu isso agora “Luisinho”? – respondi ironicamente sorrindo sarcastica em sua direção.

– PORQUE VEIO AQUI ENTÃO? – gritou fazendo com que todos os olhares se voltaram para a gente. Encolhi-me um pouco envergonhada arregalando meus olhos para todo aquele escândalo do moreno.

– Dá pra falar baixo seu louco? Quer saber, não faço ideia do porque estou aqui, assim que achar meus amigos vou embora. – ele abriu a boca para falar alguma coisa, mas desistiu no processo deixando-me sozinha.

Peguei um suco e sentei-me observando meus amigos de longe, Lucas dava em cima de umas garotas – safado – Clara praticamente tentava agarrar o coitado do Josh e Annie dançava com seu namorado. Não queria atrapalhar-los pedindo para ir embora, então engoli o meu orgulho e resolvi esperar mais um pouco.

– Tudo bem? – Olhei para trás e me deparei com um Tadeu gatérrimo, vestindo uma camisa polo branca, uma calça jeans escura, vans e exalando perfume másculo.

– Tudo sim! Tô só um pouco entediada – respondi sem um pingo de animo, suspirando cansada no final.

– Vou te animar então! Vem... – no instante seguinte me vi sendo arrastada para o meio da pista improvisada ao som de Calvin Harris - ...vamos dançar!

– An? Dançar... eu?

– Vamos Ana se solta!

Preparei-me para protestar novamente quando vi Luís todo oferecido com a Samantha – aquela burra, idiota, piranha...

Fiquei possessa de raiva e por que não? Dançar não faz mal a ninguém. Soltei-me, comecei a balançar os braços e os quadris no ritmo das musicas que seguiam uma atrás da outra.

Só posso dizer que dancei pra caramba, não me importado com absolutamente nada.

– Você dança de mais - Tadeu sussurrou próximo ao meu ouvido.

Sorri largamente envolvendo minhas mãos em torno de seu pescoço.

– Acho que vou pegar alguma coisa para beber – falei soltando-me do garoto.

Ainda com um sorriso nos lábios virei-me encontrando as orbes fuziladoras de Luís sobre meu corpo para logo depois mandar-me um de seus sorrisos travessos e agarrar aquela putinha sem sal

Cínico, imbecil. Aii que ódio!!!

Minha vontade era de chorar, fugir dali o mais rapidamente possível, mas acabei agindo completamente por impulso, dando um beijão de tirar o fôlego no Tadeu. E ele, como homem que é, sem pensar duas vezes me beijou ainda mais.

O QUE RAIOS EU TAVA FAZENDO? Cai na real totalmente atônita, separando-me ainda ofegante do garoto e encontrando todos os pares de olhos da festa voltados em minha direção

Ai. Meu. Deu! O que foi que eu fiz?

Comecei a chorar compulsivamente, saindo o mais depressa possível daquele lugar. Clara e Annie ate tentaram vir atrás de mim, só que eu fui mais rápida escondendo-me por entre os arbustos contendo os soluços altos.

O que eu tinha feito? Estava com tanto ódio de todo mundo e principalmente de mim.

Quando eu comecei a agir tão impulsivamente?

Esperei as meninas afastarem-se do meu esconderijo, para correr o mais rápido possível em direção a minha casa.

E foi nesse momento que eu descobrir odiar ainda mais Luís, porque ele conseguia com um mero olhar, fazer-me perder completamente a sanidade.

POV Luís Filipe Scofield

Quem ela pensa que é? Vem até minha casa, me destra e agarra o Tadeu na minha frente? Eu ate entendo que fui um canalha com ela e me arrependo bastante disso, só que toda vez que tento me redimir e mostrar o quanto me importo, ela simplesmente me ignora e me destrata.

E aquele beijo? Porque que tinha que fazer aquilo? Ta bom eu também beijei a Samantha, mas eu só fiz aquilo porque estava com ciúmes ué.

Depois daquela cena totalmente ridícula corri para trás da casa – La era o único lugar que ninguém me encontraria e onde me deixavam em paz. Queria esquecer aquele beijo, queria esquecer a Ana Jú, aquela sem noção. Sentei com os pés para dentro da piscina.

E pensar que quando mais novo morria de medo de um tubarão me atacar dentro da água, era uma ótima época onde eu só me importava em comer e brincar, sem amor nem nada que nos deixam chateados.

Por que ela me faz sentir como um completo babaca? Eu tenho todas as garotas na mão e mesmo assim continuo querendo só aquela que não me da à mínima?

– Ah você esta ai – Caio ficou bem mais tranquilo ao me ver.

– Achei que ninguém ia me encontrar aqui – respondi cabisbaixo, chutado a água com os pés.

– A brother eu te conheço a anos ne, sei cada lugar que você procura quando esta estressado.

– E ai ela ainda ta se “pegando” com o Tadeu? – Perguntei nervoso, cerrando as mãos em punhos.

– Calma! Logo depois que você saiu a Jú se deu conta da burrice que estava fazendo e saiu chorando e corren...

– Mas ela ta bem? As meninas levaram ela pra casa? – viu eu não devia ter saído de lá, devia ter ficado.

– Não, ela sumiu, mas pode ficar tranquilo qu...

– Ficar tranquilo? Ela pode ta correndo perigo e...

– PARA LUÍS! – Caio gritou balançando-me pelos ombros – Fala pra ela de uma vez que você a ama e para com essa bobeira toda, já to cansado disso.

A claro, ela me odeia e com certeza vai ser super compreensível com os meus sentimentos.

Fiquei calado, abaixei a cabeça e levantei

– Tô muito cansado, vou dormir um pouco.

– Pode deixar que eu cuido de tudo por aqui. Vê se esfria a cabeça e pensa no que te falei, talvez a Jú não valha a pena –Bati em seu ombro e sai.


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