Escola, farras e garotos... escrita por Aly Campos, Trufa


Capítulo 1
Luís de novo?


Notas iniciais do capítulo

Aiii gente primeiro capitulo espero que gostem e pf comentem o que acharam ^^



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– AI SEU IDIOTA! – Gritei irritada – vê se olha por onde anda seu... Ah claro tinha que ser você! – Bufei abaixando-me para pegar meus pobres livros que agora se encontravam no chão graças aquele jumento.

– Que isso minha princesa – disse o retardado soltando um de seus sorrisos safados enquanto se abaixava para me ajudar com os livros – primeiro dia de aula, relaxa.

– Primeiro não sou sua princesa – Fiz aspas com uma das mãos – e segundo, fique bem longe de mim... Idiota! – Tomei meus livros de suas mãos e sai batendo os pés deixando-o sozinho no corredor da escola.

Vê se eu mereço uma coisa dessas? Mal entro na escola e já sou recebida por quem? Pelo cara mais babaca e metido a besta do mundo.

– Um obrigado seria ótimo minha princesa – gritou ele fazendo questão de ressaltar justamente o “minha princesa.

Argh que ódio!

Tentei ao máximo ignorar minha vontade de voltar até ele e lhe socar a fuça. Respirei fundo seguindo ate meu armário.

Calma Ana Jú, esse é só o primeiro dia de aula, você não pode ser expulsa por homicídio ainda.

Meu nome é Ana Jú Cliar, tenho 17 anos, cabelos cor de mel que vão ate um pouco mais da metade da cintura, olhos verdes escuros, sou branca e não muito alta – 1,64 pra ser exata. E já deixando bem claro e que não se assustem, muito, não sou lá uma pessoa muito normal, mas acho que isso já deu pra perceber ne? Curso o terceiro ano do ensino médio e ninguém tem noção do quanto rezo para o meu inferno escolar acabar. Não que eu seja anti-social, ou que não me de bem com as pessoas da escola, longe disso, porque me dou bem até de mais com todo mundo, mas é que escola não é um lugar sagrado ou uma coisa mandada por Deus. Está bem mais, para algo enviado do capiroto, assim como aquele ser lá atrás.

Aquele lá atrás é Luís Filipe Scofield – odeio aquele garoto com todas as minhas forças e o porquê não vem ao caso agora. Mentira vem sim. Aquele peste é o ser mais insignificante do universo e fez pacto com alguma entidade maligna para me infernizar pelo resto da vida. Serio, o garoto é encapetado - ele é alto, moreno, com olhos castanhos maravilhosamente lindos, aqueles cabelos escuros que vivem bagunçados e me dão uma vontade tremenda de toca-los, com músculos nos lugares certo, gostoso, um deus grego e muito lin... Como assim eu to elogiando ele? Pirei? Eu estou achando que é excesso de escola, mau voltei e já não estou muito bem. Não havia falado que escola não é de Deus? Acordar 6h da manha e ir pra um zoológico - porque é isso que a minha escola parece - não é uma coisa muito abençoada.

Voltando ao assunto, alem de lindo e essa merdas, Luís é um encosto chato e repugnante, sem contar que, mesmo com todas as minhas preces, o ser continua estudando na mesma sala que eu desde que me entendo por gente. Triste, eu sei. Já não basta a mãe dele ser melhor amiga da minha, tem que acontecer mais uma coisa dessas para piorar com a minha situação.

– Linda já ta todo mundo na quadra escutando o famoso e mais legal discurso de inicio de ano – Luís revirou os olhos depois de surgir das trevas. Eu falei! O garoto é encapetado gente, como é que ele surge assim e eu não vejo? – acho melhor irmos ou estaremos ferrados.

– Da pra não chegar assim de fininho perto das pessoas? Isso assusta e acho que mandei você ficar bem longe de mim, não? – fechei o armário com cara de poucos amigos, espantando meu olhar assustado por tê-lo assim tão perto – larga do meu pé chulé... vai desinfeta – enxotei-o com as mãos enquanto o empurrava pelos ombros, andando a passos apressados ate o auditório.

Clara e Annie – minhas duas fieis e mais loucas amigas – acenaram assim que adentrei no enorme espaço lotado de cadeiras e de adolescentes cheios de hormônios, apontando que havia um lugar vago a minha espera ao lado delas.

Hora de colocar em dia as fofocas...

A doidinha da Clara eu conheço desde que me entendo por gente. A garota é 2cm mais alta que eu e vive se gabando por isso. Clar tem os cabelos loirinhos, olhos castanhos e um corpo na medida certa combinado com seu tamanho não muito alto – quando você a vê pela primeira vez a julga fofa e delicada, pura mentira, ela é o cão chupando manga e eu, definitivamente, sinto medo dela. Já Annie é descendente de índio – e como eu sou uma ótima amiga gosto de provoca-la a chamando de japa por causa do olhinho meio puxado – é alta, com a pele morena e os cabelos longos castanhos e lisinhos.

Sentei-me ao lado delas mandando língua para a carrancuda da diretora que apresentava, de peito estufado e tudo, os novos professores, pronunciando também algumas regras que se diziam obrigatórias na escola – que ninguém obedecia.

– Aiiii Jú do meu coração que saudades que eu tava de você – Clara abraçou-me apertado assim que consegui espremer-me no meio da multidão e chegar até elas.

– Eu também linda – retribui o abraço, estava morrendo de saudades, pois todas nós viajamos nas férias e então acabamos de não nos vermos.

– E eu? Valeu pela consideração – Annie fez seu drama básico com direito a bico e tudo. Sorri abraçando-a também, enquanto lembrando-me do quanto havia sentido falta de toda aquela ceninha.

– Chegando atrasada no primeiro dia de aula ein Ana Jú? Tem vergonha na cara não garota? – Clara mudou de assunto assim que matamos a saudades fechando a cara. Por um momento até cheguei pensar que ela estava realmente irritada, mas tudo foi por água a baixo quando a mesma desatou a rir. Que amiga mais louca eu arranjei, não?

– Tive um incidente nada agradável com uma certa pessoa – As duas entenderam na hora o meu olhar, sorrindo totalmente cúmplices.

– Vocês dois ainda vão casar e ter muito filhinhos – Annie comentou com aquele olhar totalmente malicioso me empurrando de leve pelo ombro.

– Sai fora japa! Eu tenho cérebro ok? – A empurrei de volta.

– Japa? Eu sou descendente de índio ta sua burra! – Comecei a rir, ela odiava essa comparação.

– Eu sei japinha do meu coração – Usei novamente o apelidinho apertando suas bochechas. Provocar a Annie era muito facil, ate mesmo porque eu estava com a razão dessa vez, ela que tinha começado pisando no meu calo.

– Você fala isso só pra desconversar o fato de você esta caidinha pelo Luís, pode admitir – Ai que traidora ate a Clara estava contra mim.

– Você fumou? – elas riram – e você sua traidora devia ficar do meu lado – Dei língua pra Clara.

– Só falo a verdade meu amor.

Ficamos conversando durante toda a apresentação da diretora – e como aquela gorda fala viu. Riamos de coisas totalmente sem sentido e discordávamos de tudo, ate que deu a mais sagrada hora da aula – o intervalo - e assim fomos liberados. Infelizmente para nossa falta de sorte teríamos mais três ultimas aulas.

– Oi meninas! – Caio nos cumprimentou com seu típico sorriso arrebatador de corações – que saudades que eu tava de você amor. – e abraçou Annie para logo em seguida beijarem-se apaixonados. O amor dos dois, mesmo meloso demais, era algo realmente lindo se ver.

Pena que eu não estava com saco para melação hoje.

– Minha vela já derreteu... Cof...Cof – comente saindo de perto dos dois arrastando uma Clara com cara de bocó para deixar os dois pombinhos terem mais privacidade, se bem que se agarrar na escola não tem como ter privacidade.

– Porque eu não arrumo um namorado que nem o da japa? – A loira resmungou depois de sentarmos em uma das mesinhas do refeitório.

– Sua hora chega amiga, relaxa! – dei duas batidinhas em seu ombro tentando não invejar a cena que assistíamos de camarote. Annie era uma sortuda, sortudássa para falar a verdade.

– Porque duas meninas tão lindas estão sozinhas posso saber? – Lucas entrou na nossa frente de uma vez, fazendo-me quase cai pra trás de tanto susto.

– Que susto menino ta querendo me matar? – Reclamei com as mãos ao coração acelerado.

– Foi mal Aninha... – o loiro se defendeu rindo da minha cara de espantada, enquanto me dava vários beijos na bochecha.

Lucas é meu melhor amigo para todas as horas, aprontamos varias coisas juntos, varias coisas mesmo, passamos por situações fáceis e difíceis e sempre que precisei ele estava do meu lado. Meu loiro era alto, pardo, com olhos azuis encantadoramente lindos, possuidor de um cheiro encantador de café e frutas cítricas, capitão do time de basquete, ou seja, o tipo de gato que faz qualquer garota perder o fôlego com uma simples olhada.

– E então gente, porque vocês tão aqui com essas caras tão moribundas? – Tornou perguntar.

– Estavamos invejando a Annie... – Clara suspirou - ... só isso.

– An? –Lucas virou-se, conseguindo então ter uma ampla visão do casal de pombinhos se pegando – ata – soltou uma risada. - Mas então lindas deixa de depressão e vamos que eu tenho que apresentar vocês a amigos novos.

– E eles são bonitos? – Clara levantou na mesma hora. A garota nem tenta disfarçar o desespero de encontrar um homem.

– IIIIh... tá me estranhando? Eu lá vou achar homem bonito? –o loiro mostrou-se indignado com a pergunta e eu não me contive, cai na gargalhada.

– Chega de show Luquinha, ME LEVA LOGO ATE ELES! – Clar praticamente gritou, agarrando meu amigo com um dos braços, agarrando-me com o outro livre.

– Tá Claritinha da minha vida, já to indo – resmungou esboçando uma careta de dor devido ao aperto.

Os novos amigos do Lucas estavam conversando em grupinho numa mesa perto da nossa. Havia três meninos mega gatinhos e o infeliz do...

– Aninha minha flor! – Luís veio me abraçar e eu simplesmente desviei o deixando completamente sem graça e no vácuo. Os meninos riram e zombaram um pouco do meu fora sensacional.

Talvez eu também seja um pouquinho mau.

– Gente essas daqui são minhas gatinhas e melhores amigas Clara e Ana Jú – Lucas nos apresentou fazendo uma prevê reverencia e nossa direção, arrancando risadinhas de todos – e meninas esses são Tadeu – apontou na direção de um garoto alto, com o corpo bem definido, pernas torneadas e olhos escuros. Não querendo ser tarada de mais, mas já sendo, o menino era bem gostoso pra chuchu – Josh, o nerd - Apontou para um garoto magro, ruivo e com algumas poucas sardinhas no rosto que o deixavam bem sexy, o nerd bonito. – e esse daqui é o Gustavão, o galanteador, não se deixem levar ta garotas. – E por ultimo Gu como ele disse para chamarmos, tinha realmente uma cara de safado e de pegador, ele era moreno com aquele típico sorriso safado com os dentes branquinhos perfeitamente alinhados que, consequentemente, conquistava qualquer uma.

– Ah Josh, que nome mais lindo! – Clara aproximou-se do garoto fazendo-o corar na hora.

– Então meninas esse é o primeiro ano deles na escola, não vamos dar uma mau impressão ok? – dizendo isso Lucas tirou-a de perto do pobre coitado e eu ri baixinho.

Jogamos conversa fora o resto do intervalo inteiro e só quando estava subindo as escadas me dei conta que o Luís não estava mais com a gente – melhor assim pensei. E assim que cheguei na sala entendi porque não havia visto mais ele, La estava o safado se agarrando com a Samantha – aquela piranha consegue me fazer odiar ela mais do que odeio o pilantra sem vergonha do Luís. Fingi não me importar ate porque eu nem devia ligar pra aqueles dois, sabe eles se mereciam bastante.

Assim que bateu o sinal fui para casa.

É errado sentir ciúmes de uma pessoa que você odeia?


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