Escola, farras e garotos... escrita por Aly Campos, Trufa


Capítulo 10
Jogar na sala Clara?


Notas iniciais do capítulo

Então gente uhuuullllllll 2cap na semana eu sou d+ ashahsuhasuhaushaushaush me superei :p bom esse cap foi só da Clarinha amorecos e... não matem o coitado do irmão do Josh mentalmente ta, eu sei que voces vão tentar fazer isso, mas só nõa façam uhsuahsuahsuhsh era pra ter ficado melhor eu sei :/ massssssssssssssss eu tava doida pra postar então postei.... pf amores comentem ta amoooo quando vcs fazem isso.



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POV Clara Martins

Escorei no muro da escola observando os alunos terminar de sair, e consequentemente esperando Josh e os meninos. Eu não podia evita-lo, bom pelo menos foi isso que a Jú me disse, e de certa forma precisávamos conversar e esclarecer isso de uma vez.

Não sabia direito o que falar, minha vontade era de avançar no pescoço daquele veado e degola-lo – não pense que eu estou exagerando, se bobear faço isso mesmo.

Onde já se viu MEU namorado ficar de conversinha com um tanto de vadiazinhas assanhadas? E por fim ainda ligar pra uma delas?

Definitivamente Josh Willians não sabia do que a namorada dele era capaz – mas ele não perde por esperar. Se eu descobrisse que aquele ruivo do capiroto tava me traindo eu o castrava com as unhas.

Josh saiu acompanhado por Lucas e Tadeu. Os meninos sorriam animados comentando algo sobre o carnaval.

Oh céus! Depois da semana de provas seria o tão sagrado carnaval – féééééériasssssssss!

Ohhh glóóóóriaaa!

Tirei meus pensamentos do mal na cabeça me aproximando deles.

Fingi uma tosse fazendo-os me olhar.

– Clariiiinha meu amor! – Lucas deu-me um abraço forte estalando todos os meus ossinhos, o afastei fazendo uma careta.

– Nooossa! Ao que devo a honra da sua atenção senhorio Lucas Patel? – ironizei tirando sorrisinho dos meninos. Josh continuava quieto me analisando.

– Para de drama pequena – Tadeu também me abraçou recebendo meu olhar mais que fuzilador. Pequena era o rabinho dele – Ui calma tava brincando – levantou os braços em forma de rendição. Rimos novamente, Josh continuava a me fitar calado – mas então... Eu e o Luquinha temos que ir, eu sei não chorem – fingiu limpar uma lagrima no rosto.

– Isso ficou meio gay sabia? – Lucas disse em meio a risos. I-DI-O-TAS.

– Ai amor não esparra – Tadeu afinou a voz, mexendo as mãos de uma forma bem comprometedora. Será que ele era bi?

– Ta, ta – Josh os cortou – vazem daqui agora.

– Ihhh TPM – os meninos falaram juntos se afastando.

Voltei meu olhar em sua direção, ele me encarava sério.

Pera quem devia ta séria aqui nessa bagaça era eu.

Tentei tirar forças de Nárnia para poder falar alguma coisa, eu sei que devia xinga-lo – talvez não – mas eu não sabia como fazer isso.

– Então é isso? – Josh foi mais rápido – você quer terminar?

Oi?

– Eu não disse isso.

– Não disse, mas ficou agarradinha com o novato hoje – sua expressão era calma com uma pitadinha de raiva.

– Ah vamos falar do Arthur então? – se era isso que ele queria.

– Eu quero saber o que você tem a me dizer sobre hoje, Clara você me evitou a aula toda. – abaixou a cabeça meio tristinho, ti dó. MORREEEE DESGRAÇA JUNTO COM AQUELA PI-RA-NHA.

– É evitei, eu queria mata-lo agora sabia – falei isso fezendo-o olhar-me assustado.

– Ah claro você fica agarrada com um alemão metido a gostoso e eu quem tenho que morrer? – sua voz saiu meio rouca.

– EU NÃO TERIA FICADO AGARRADA A ALEMÃO NENHUM SE VOCÊ NÃO TIVESSE DADO CORDA AQUELA PIRANHAS – Exaltei a voz pê da vida.

– Oi? – ele me olhou incrédulo – você esta assim por ontem?

– Ontem? Que Mané ontem Josh – me aproximei mais um pouco – eu ouvi uma conversinha sua e do Tadeu. VOCÊ IA LIGAR PRA AQUELA VADIA.

– É por isso? – o safado começou a ir do nada – Clarinha...

Se aproximou mais um pouco, eu recuei.

– Clarinha é o escambau – perdi toda minha paciência – por acaso parece pouco o meu namorado ligar pra uma puta? Ein?

– Calma amor – tentou se aproximar de novo.

– Calma? – tem gente hoje pedindo um soco na cara – eu to calma. Se eu estivesse nervosa “amorzinho”, você não estaria respirando.

Josh suspirou, enquanto me virei para ir embora.

Canalha filho de uma égua “calma amor”, calma é o cacete.

– Clara para de show, agora vai ter que me escutar – falou me segurando pelo pulso.

– Eu não to a fim de te escutar – suspirei, ele ainda me segurava – vá procurar uma daquelas vadias, talvez elas não façam tanto show assim.

Soltei-me de suas mãos batendo os pés – é eu sou birrenta. Uma parte de mim queria escuta-lo, mas outra... Essa gritava desesperadamente “corre daí sua malucaaaaa e faz o maximo de showzinho que puder”.

– Serio você que pediu – Josh falou logo atrás.

Virei-me para ver o que aquele psicopata ruivinho queria dizer com aquilo, quando fui pega de uma vez. Dois braços cercaram minha cintura colocando-me sobre os ombros de meu ate ainda namorado – isso claro porque ele ainda respirava, só pra constar.

– Eu. Vou. Contar. Ate. Três – Disse pausadamente.

Josh apenas sorriu.

– Só vamos conversar Clara.

– UMMM – Berrei.

– Não adianta, acho que agora sou eu quem esta com a vantagem – sorriu de novo.

– DOIS – tornei gritar.

– Custa me escutar?

– TRÊS – esperei mais 2segundos.

– Aiiiiiiiii sua maluca! – Josh gritou depois que mordi sua bunda – caramba menina, ta com fome?

Ri.

– Agora me larga – pedi novamente mais calma ainda rindo do que havia acabado de fazer. Mim não prestar.

– Agora que não largo mesmo – eu estava morrendo de raiva, juro que chutaria com toda minha força as bolas daquele imbecil quando pisasse no chão.

As pessoas a nossa volta olhavam-nos curiosas. Imagina que lindo, eu gritando feito uma maluca, sendo carregada por um ser de cabelo ruivo no meio da rua. O que queriam que as pessoas pensassem?

– Aonde você ta me levando? – perguntei. Já fazia uns 20min que eu estava naquela posição.

– Calma – suspirou – estamos quase chegando – sei.

É eu devia soca-lo, só que gente ele era meu namorado. E sim eu amo fazer showzinho barato – abafem o caso ele não precisa saber disso.

Passamos por ruas bem movimentadas – Ta querendo o que se morávamos no Rio? Vez ou outra uns engraçadinhos vinham tirar fotos da nossa sena, já estava ate imaginando, seria o comentário do resto do ano essa palhaçada.

Escorei meu cotovelo nas costas de Josh e apoiei meu rosto ali, analisando as pessoas com cara de retardadas nos olhando.

Já fazia umas meia hora que aquele jumento me carregava pra sei lá onde. Eu estava morta de fome e minhas costas doíam um pouco.

– Ai –resmunguei quando ele tentou me arrumar em seu ombro me jogando um pouco pra cima.

– Foi mau ai – riu – estamos quase lá.

Sei. Já ouvi isso a uns 20min atrás e cá estava eu ainda sendo carregada nas costas de um retardado com o cabelo vermelho.

Bufei.

Chegamos a frente a um condomínio enorme – de ricos pra constar. Ótimo eu ia ser carregada daquele modo perto de um tanto de gatinhos ricos, to amando isso.

– Tá Josh me solta – falei batendo de leve em suas costas.

Ele riu, mas não ouve resposta – isso deve ter sido um não, né.

Passamos perto de duas piscinas enormes repleto de adolescentes – um calor dos infernos também – que riram e fizeram algumas piadinhas sem graça, enquanto Josh só bufava e mostrava o dedo do meio a eles – julgo que eram amigos, ou coisa do tipo, já que sabiam que éramos namorados.

Entramos no saguão de um dos prédios. Lá dentro era enorme, em um canto um balcão redondo de vidro ficava o porteiro, alguns sofás brancos e grandes estavam escorados na parede, que essa continha alguns quadros com desenhos estranhos – pintores são estranhos na maioria das vezes.

Um homem de cabelos grisalhos, aparentado ter uns 56 anos nos olhou confuso coçando a cabeça meio careca.

– É tudo bem Sr Willians? – perguntou a Josh.

– Tudo ótimo Sr Maicon – meu ruivo abriu um sorriso – como vai à família? Faz tempo que não os vejo.

– Estão bem, graças a Deus – retribuiu o sorriso. Julgo que aquele homem era o porteiro – tem certeza que esta tudo bem?

Maicon perguntou de novo lançando o olhar para mim. Apenas fiz minha cara de tédio numero 11 abaixando a cabeça logo em seguida.

– É ta tudo bem. Essa daqui é a marrenta da minha namorada – disse indo em direção ao elevador.

Seu Maicon continuava confuso, me olhando curioso. Antes da porta do elevador se fechar o ouvi resmungar algo como “esses jovens de hoje... Não dá para entender”, pois é ne.

Ficamos no elevador em silencio. O que a mãe dele falaria quando me visse nessa situação?

Paramos 7° andar.

– Josh, por favor, me solta – implorei – o que seus pais vão achar disso ein?

Ele não me respondeu, apenas me jogou mais para cima, abrindo a porta logo me seguida.

O apartamento que ele morava era enorme, acho que quando o apartamento é de dois andares chamam de duplex ne? Bom não sei.

Fui colocada no chão devagar. O garoto a minha frente tinha um sorrisinho bobo nos lábios.

– Agora podemos conversar? – o encarei seria.

Olhei meu joelho e sem pensar duas vezes acertei em cheio as bolas de Josh.

Sua expressão era de dor, oh, mas que dor. Ele soltou um berro grosso logo em seguida abaixando-se e levando as mãos em forma de concha ate o local atingido.

Ri com gosto vendo-o gemer no chão – ta isso não ficou legal.

– Agora podemos conversar “amorzinho”.

Levei as mãos a cintura olhando ao meu redor. Estávamos na sala, ela era grande, com um sofá marrom de couro grande e outro pequeno logo a sua frente, sendo separados por uma mesinha de centro. Em uma estante giganorme estava a TV giganorme também. Haviam fotos penduradas por toda a parede.

Aproximei-me de um porta retrato em cima da estante. Lá estava um garotinho pequeno, magrinho, com algumas sardas no rosto e os cabelos ruivinhos. Ao seu lado uma mulher também ruiva, muito bonita por sinal, estava abraçada com um homem alto e forte. Deduzi serem Josh e a família dele.

– Você é muito má – virei-me olhando Josh sentado no sofá pequeno – Clara Martins você é perversa.

Ri.

– Claro você me joga nos ombros, me trás para o seu apartamento e eu que sou a vilã da historia?

– Você é mega pesada- Oi? – mordeu minha bunda, berrou o caminho case todo, bateu nas minhas costas, chutas meus documentos. Sim você é a vilã.

Dei de ombros sentando-me no outro sofá a sua frente.

– Cadê seus pais? – perguntei rodando o olho a procura de mais alguma alma viva, sem ser a gente claro.

– Eles não moram aqui – respondeu meio cabisbaixo.

– Como assim? Você mora sozinho? – Ai Clarinha que pergunta sua burra.

– É, não nos damos muito bem – que jumenta Clara, pra que falar dos pais em sua idiota.

Fui ate sua direção sentado-me ao seu lado. O que eu falava? Poxa deve ser barra não se dar bem com os pais.

– Josh é... – tentei achar as palavras certas – eu to aqui, posso ser seu pai e sua mãe se você precisar.

Ele deu um sorrisinho mínimo. Sé então lembrei-me do porque estava aqui.

– Você ainda me deve explicações senhor Josh Willians.

– É devo – ajeitou-se no sofá – Clara uma daquelas meninas que você viu é minha prima.

– Oi? – como assim?

– É, a Vanessa é minha prima.

– Ta, ta. Porque você ligou pra ela? – problema se aquela puta era prima dele, pra que ligar ein?

– Ai Clara ela é minha primo pow – disse como se fosse obvio.

– Eu sei, mas por que você e o Tadeu iam conversar com ela?

– O Tadeu queria chama-la pra sair – sei sair...

– Por que ele mesmo não ligou?

– Amor presta atenção – bateu em minha testa – ele não conhece a menina, como o Tadeu iria ligar simplesmente e falar “iae gata borá ali comigo?” – ri da forma que Josh falou. Sinceramente, fazia super sentido.

Que vergonha céus! Eu mostrei minha bunda para o mundo pra saber disso?

– Não acredito que o Rio todo viu minha bunda só por causa disso – soltei sem pensar.

Josh sorriu.

– É... Mas Clara você ainda me deve explicações sobre um certo alemão – sua voz ficou seria, opa lele.

– Então... – engoli em seco, não tinha nada demais. – bom a gente é só amigo.

– Um amigo que você passou a manha inteira agarrada mesmo sabendo que tinha namorado.

– Eu tava com raiva oras.

– Eu também fiquei com raiva Clara – encarou-me serio – mas nem por isso agarrei menininhas na sua frente.

Oh God! Josh estava cheio de razões, não podia ter feito isso.

– Juro de mindinho que não faço mais – fiz a carinha mais fofa do mundo levantando meu dedinho.

Ele apenas sorriu juntando seu dedo ao meu e me puxando para um beijo.

Clara você é uma maluca!

O beijo foi mega rápido, empurrei-o um pouco nos afastando.

– To com fome – sussurrei. Porque raios eu tava sussurrando.

– Eu também – sussurrou de volta.

Dei-lhe um selinho e levantei.

– A gente pode pedir alguma coisa – deu a ideia, apenas neguei.

– Vamos fazer uma pizza – abri um sorrisão.

– Eu não sei cozinhar – Josh deu de ombros caminhando ate a cozinha.

Pensei um pouco, eu tava morta de vontade de comer pizza e nenhum dos dois sabia cozinhar, que lindo.

– Mas a gente pode pesquisar nesse livro de receitas – eu ruivo entregou-me um livro grosso bem velho – era da minha avó. Tem de tudo ai.

Concordei folheando as paginas meio amareladas.

– Então ta aqui, eu te falo os ingredientes e você pega ta

Josh concordou.

“ • 1 kg de trigo

fermento biológico...

– Quê que é isso? – perguntou encarado a geladeira.

– É aquele fermento parecendo coco de cupim, eu acho.

3 xícaras de água morna...

– Vo colocar pra esquentar, você desliga quando já estiver bom – assenti.

Terminamos de colocar os ingredientes na bancada, nus que tanto de coisa. Olhei o modo de preparo, i sei não tava tudo fácil de mais pra ser verdade.

Comecei fazendo uma mistura com o fermento enquanto Josh misturava óleo ao trigo.

– Clarinha... – escutei-o me chamar.

– Oi a... Seu bobo – briguei tirando o trigo do rosto – é assim bebezinho?

– Calma amor – começamos a rir rodeando a bancada. Eu atrás dele que fugia de mim – vamos conversar.

Peguei um ovo e taquei em sua direção.

– Clara minha blusa olha só – parou me mostrando o estrago feito. Abafei o riso com a mão.

– Sabe assim ficou bemmmm melhor.

– A é?

– Não Josh fica longe – tentei escapar, mas ele foi bem rápido, pegou outro ovo e jogou em minha direção.

Acabamos atirados no chão melecados ate a alma.

– É assim – chamei sua atenção – tem um bife de hambúrguer no teto.

– Ficamos sem comida e minha cozinha ta parecendo campo de batalha – resmungou.

– Culpa sua – joguei em sua cara.

– Eu to com fome – disse pegando o celular também sujo olhando as horas – 3h da tarde, eu quero comer.

– Bom agora eu sugiro que peçamos algo – sorri, Josh me olhou fingindo esta bravo.

– Eu falei isso desde o começo senhorita-cabelos-de-ketchup.

Sorri analisando a ponta dos meus cabelos

– Uhuuuull fiquei ruiva igual você – Josh sorriu ligando para alguém – ta ligando pra quem senhorio-pura-casca-de-ovo?

Pedimos comida em um restaurante ali perto mesmo.

– Amor eu necessito de um banho urgente – falei olhando meu estado.

– Nós dois. Vem vou te dar uma muda de roupa.

Subimos ate seu quarto. Ele era grande, com uma cama de casal fofinha – isso mesmo eu pulei nela toda suja. Em um criado mudo havia um abajur bonitinho e alguns livros da escola, o guarda-roupa era embutido na parede e bem grande.

Josh tirou de lá uma bermuda de academia e uma camisa vermelha.

– Toma – me jogou as peças de roupa – estão limpinhas e... Aqui a toalha.

Adentrei no banheiro de seu quarto trancando a porta.

Eu estava imundíssima, gastei um belo de um tempo catando as cascas de ovo do meu cabelo, o ketchup custou sair e eu ainda fedia ovo.

Meu Deus a primeira vez que venho à casa do meu namorado faço uma bagunça dessas, quero ver pra limpar tudo isso.

Enrolei-me na toalha me olhando no espelho, meu cabelo estava um ninho de guache. Coloquei o short que para mim virou calça e a camisa-vestido. Tornei olhar-me no espelho, como eu estava gata – só que não.

Abri a porta devagar, ele não estava ali. Desci as escadas o encontrando na sala já de banho tomado arrumando nosso almoço-lanche no tapete.

Aproximei-me bisbilhotando a comida sem ainda ter sido notada. Havia strogonoff de frango em uma embalagem, o cheirinho entrava em minhas narinas me fazendo flutuar, em outra salpicão, OMG eu amo de paixão salpicão. Alem disso tinha arroz fresquinho e mais algumas coisas que não me chamaram tanto a atenção.

Josh agora arrumava os pratos quando suspirei tirando sua atenção.

– Clara isso ficou enorme – riu.

– Fazer o que se meu namorado é gordo? – o sorriso em seus lábios sumiu.

– Falou a obesa – contra-atacou me jogando uma almofada que me acertou em cheio na cara.

– Josh – briguei tacando a almofada em cima dele que ria.

Nosso almoço foi tranquilo, comi o salpicão todinho em meio a resmungos do meu ruivinho.

Deitei no sofá já de barriga cheia o olhando terminar de comer. É tão engraçado reparar enquanto uma pessoa mastiga, e o mais legal é ver a cara da pessoa quando nota que a estamos encarando.

– Tá olhando o que? – perguntou fazendo careta.

– Nada – ri – é engraçado você comendo.

– Chata, pirracenta.

– Ó fiz nada.

– Não só é chata muito chata - apertou minhas bochechas – e gosta de fazer uma pirraça.

Lhe mostrei língua.

– Quem mostra língua pede beijo sabia? – falou colocando o prato de lado, chegando um pouco mais perto do meu rosto.

Rolei fugindo do seu beijo levantando os pés e ficado de ponta a cabeça deitada no sofá.

– Você é má Clara.

– Eu sei – concordei mostrando a língua outra vez – vamos jogar?

– É ne fazer o que? – sentou ao meu lado da maneira correta – o que quer jogar?

Pensei.

– Que tal the walking dead?

– Você gosta de zumbis? – Josh me olhou espantado.

– Zumbis são legais – respondi sorridente, seu queixo foi no chão.

– A não isso não – balançou a cabeça em negativa.

– Ué vai me dizer que tem medinho? – alfinetei.

– Não assim coragem eu tenho – coçou a nuca – mas eu não uso pra não gastar.

Ri alto, muito alto. Céus meu namorado tinha medo de zumbis, ele era um completo medroso.

– Eu não... Acredito nisso – falei recuperando o fôlego.

– Vamos jogar corrida – assenti.

Josh foi ate a estante abrindo uma porta cheia – lotada pra caramba – de jogos. Tirou de lá o que queria depois o fechou. O analisei enquanto se curvava para colocar o CD, ai meu bebe ficava tão sexy naquela posição, babei mais um pouquinho ate ser quase acertada por uma manete.

– Que susto seu doido – bronqueei tirando sorrisinhos bobos.

No inicio era pra ser uma corridinha atoa.

– Haha eu to ganhando – comemorei pulando no sofá.

– É amor...

– Oi? – falei sem tirar os olhos da tela.

– É seu carro é o de cima – E meu encanto acabou, cara eu tava olhando o carro errado.

Tadinho, meu carro estava fora da pista e havia batido em uma arvore. Faltavam duas voltas para a corrida acabar, eu estava em ultimo e Josh em segundo. Não podia deixa-lo chegar em primeiro.

Passei dois carros e quando meu ruivo estava prestes a cruzar a linha de chegada em primeiro lugar pulei em cima dele tampando sua visão.

– Clara pow – resmungou – isso é jogo sujo velho, eu ia ganhar em primeiro poxa vida amor.

– Hum é – meu sorriso estava de orelha a orelha, se eu não podia ganhar ele também não. Essa é minha lógica – você que é ruim e coloca a culpa na coitada aqui.

– De coitada você não tem nada – fez bico – e você é má.

– Serio? – dei um sorrizinho maldoso – já que é assim eu não te dou beijo mais.

Sai de seu colo e sentei-me novamente no sofá.

– Não pera – levantou de uma vez sentando ao meu lado – se é assim você é a melhor pessoa do mundo.

Aproximei-me mais um pouco juntando nossos lábios. Fazia um belo tempo que não nos beijávamos assim.

Isso foi ficando mais intenso, suas mãos deslizavam devagar em minhas costas, empurrei-o para longe precisando de ar. Josh me encarou com um sorrisinho safado nos lábios meio avermelhados, logo em seguida redirecionando seus beijos ao meu pescoço. Tirei alguns fios de cabelos do lugar, aquilo estava ficando perigoso demais.

Uma de minhas mãos foram ao seu ombro apertando-o com intensidade, seus lábios beijavam com cada vez mais força meu pescoço, aquilo ia deixar marca, quero só ver.

Já estava suada, minha roupa pregava no corpo pedindo para serem retiradas, fui em direção à barra da camiseta de Josh e a puxei para cima, ele entendeu o recado separando seu lábio rapidamente, terminado de retirar a blusa e logo em seguida voltando ao que estava fazendo.

Suspirei ao sentir seus beijos descerem ate meus ombros afastando a alça da camisa-vestido.

Meu corpo estava pegando fogo. A temperatura naquele apartamento subiu uns 50graus.

Deitei no sofá enquanto os beijos desciam ate meu abdômen fazendo-me arrepiar ainda mais. Senti suas mãos subirem ate meus seios apalpando-lhes um pouco a procura do feixe, que felizmente era na frente.

Opa lelê aquilo tava serio.

Josh foi empurrando a blusa para cima tentando tira-la.

Decidi ajuda-lo – é sou boazinha.

Ouvi uma tosse meio rouca. Meu ruivo deu um pulo olhando meio desnorteado em direção à porta.

Um garoto ruivo também devia ter uns 17 ou 18 anos, estava ali nos encarando e sorrindo descaradamente. Engoli em seco reparando na sena que o menino tinha visto.

– Há quanto tempo você ta ai? – Josh perguntou catando a camiseta jogada em qualquer lugar e a vestindo.

– Cheguei agora – piscou para mim – mas já estou de saída, podem continuar.

Se eu já estava vermelha fiquei mais- se é que era possível. Enfiei as mãos por debaixo da blusa pendendo o sutiã, meu cabelo estava terrivelmente terrível, e olha que nem tínhamos chegado à melhor parte.

– Não... é pode ficar – disse – a gente tava só jogando.

– Jogando sei – o garoto se virou andando ate a cozinha, essa não – CARACA! VOCÊS TAMBEM ESTAVAM JOGANDO NA COZINHA?

Não me contive e comecei a rir.

– Ér... foi guerra de comida – Josh se levantou indo ate a cozinha também.

– CARA CAIU UM HAMBURGUER DO TETO NA MINHA CABEÇA – o menino gritou indignado fazendo-me rir mais ainda.

Levantei ainda meio vermelha abaixando a juba do meu cabelo e indo em direção a eles.

– É então – Josh nos olhou – esse é o Leo, meu irmãozinho – apontou para o menino ruivo, ele era idêntico ao meu namorado, juro que se fosse um pouquinho maior não saberia diferencia-los – e essa é...

– Espera que eu sei – Leo sorriu – essa é a Clarinha de quem você tanto fala.

Assentiu. Minhas bochechas esquentaram.

– É eu já to de saída, ia fazer um lanchinho, mas... – olhou por toda a cozinha - só um ultimo conselho, vão “jogar” no quarto, por favor.

Fiquei roxa de vergonha. Josh lançou ao irmão um olhar de pura reprovação.

– É eu to indo embora agora – cortei a briga de olhares entre os dois.

– Não Clarinha ele já vai num é mesmo Leo? – o garoto assentiu – então a gente continua o que estava fazendo – piscou pra mim.

– Não vamos continuar nada – arregalei os olhos com a proposta descarada feita na frente do irmão dele – Tenho que levar a Susy no aeroporto.

Corri ate a sala pegando minha mochila.

– Amanha devolvo suas roupas e tchau – caminhei ate os meninos lhe dando beijinhos nas bochechas.

– Mas...

Não esperei que Josh terminasse, corri ate a porta de saída.

Meu Deus não creio! Na sala Clara? Na sala? Poxa garota...

Sai do elevador ainda um pouco vermelha, passei pela recepção cumprimentando seu Maicon com um aceno e vazando daquele lugar o mais rápido possível.


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Notas finais do capítulo

Não matem o Leo kkkkkkk ta é pedir d+ :p proximo cap vai ter umas surprezinhas e qm sabe a Jú passa a "odiar" um certo Alemão tambem? Veremos Muahahahahahahahahaah comentem o que acharam e o que acham sobre o meu alemão, sera que o Thutuzinho é melhor que o Lulu? Veremos....