Por favor, espere. escrita por roux


Capítulo 12
Por favor, eu quero outra proposta.




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“Se você quer ficar tem que me conquistar, pra eu não mandar sumir, pra eu não mandar ralar. Tem que me envolver, tem que me convencer, se não eu vou gritar evapora. Não toque no meu cabelo você não é escova; Só manda papo errado, pensa que eu sou bobo. Está se achando o bravo, crente que é o cara... Mas meu sensor de Mané me deixa ligado!”

Bento foi-se sem nem olhar para trás.

Gregori seguiu Bento e entrou no elevador junto a ele.

― Que história é essa de “peça pra sua secretária gostosa”? ― Gregori perguntou bravo, mas confuso.

Bento gargalhou.

― Vai bancar o sínico agora, garoto? ― Bento perguntou sério.

― Eu realmente não sei... ― Gregori confessou baixinho.

― Ora, garoto, todos naquela sala viram que você não parava de comer aquela ruiva com os olhos. Estava quase precisando de um babador. ― Bento disse bravo e deu um tapa no peito de Gregori.

Gregori gargalhou.

― Ciúmes? ― Gregori perguntou. ― Ela que estava se insinuando pra mim.

Bento deu outra palmada no peito de Gregori.

― Qual foi? Ela nem sabe que a gente namora... ― Gregori disse sorrindo.

― Pois é, não sabem e a culpa disso é de quem? ― Bento perguntou.

Gregori fechou a cara, e o sorriso desapareceu rapidamente. O homem alto arrumou sua gravata enquanto parecia pensar no que dizer.

― Você sabe que não é tão fácil assim! ― Gregori falou pausadamente.

A porta do elevador abriu.

― Boa sorte pra resolver. ― Bento disse sério e saiu do elevador, passou pela portaria e saiu do prédio.

Gregori o seguiu e segurou seu braço.

― Me solta, Gregori! ― Bento disse sério.

― Você vai onde? ― Gregori perguntou enquanto segurava forte o braço de Bento.

― Não sei, mas não é da sua conta! ― Bento disse puxando seu braço.

― Algum problema? ― Felipão disse chegando por trás dos dois e encarando Gregori.

Gregori soltou o braço de Bento.

Felipão tinha a mesma altura de Gregori, talvez dois centímetros mais baixo, mas compensava isso com massa muscular. O garoto era bem mais forte que Gregori.

― Não... Problema nenhum! ― Bento disse.

― Não parecia... ― Felipão disse bravo e olhando pra Gregori.

― Gregori já estava de saída... ― Bento disso e olhou para o namorado. ― Nos falamos depois.

Bento caminhou até o carro de Felipão e então no banco de carona.

― Toque no meu amigo de novo, e eu arranco seu braço fora! ― Felipão rosnou para Gregori e saiu, bateu o ombro forte no ombro de Gregori.

Felipão entrou no carro.

― Está tudo bem? ― O garoto forte perguntou.

― S-Sim... ― Bento disse. Então olhou pra Felipão e sorriu. ― Animado para o seu aniversário? ― Bento perguntou sorrindo tentando mudar de assunto.

― Claro... Não é toda vez que se faz 19 anos! ― Felipão riu e arrancou o carro para longe dali.

SEE Enterprises Holdings, Inc.

A tarde já havia passado e era começo de noite. A maioria dos funcionários da empresa tinham ido embora, mas Gregori estava em sua sala e conversa com um que havia restado. O homem estava vestido socialmente, calça preta, terno preto, camiseta branca por baixo, gravata azul marinho bem escuro, e um sapato que brilhava muito. Os cabelos loiros e bem cacheados, diga-se de passagem, que o homem parecia um anjo dos que se vê em pinturas e desenhos.

― Gregori nós temos prazo, porra! ― Disse o homem loiro com olhos azuis bem claros.

― Porra, Natan! ― Gregori berrou. ― Eu já disse que não estou com cabeça agora.

Natan passou a mão pelos cabelos loiros encaracolados e sentou na cadeira em frente a de Gregori. O homem arrancou o terno e ficou apenas com uma camisa branca.

― O.k! O que está pegando? ― Ele olhou Gregori com uma cara de interrogação. ― Já sei... Brigou com a Annabeth?

Gregori gemeu.

― Sabia. O que está pegando? ― Natan perguntou.

― Ciúmes cara... Eu vou terminar o noivado com ela. ― Gregori disse sério.

Natan gargalhou.

― Já ouvi esse papo antes... Quem é o garotinho da vez? ― Natan perguntou baixo.

Gregori o odiou naquele momento. Realmente naquele momento se arrependeu de ter aquela peste em forma de anjo como seu melhor amigo.

― Não é um garotinho... ― Gregori disse sério. ― Ele é o homem!

― Ual... ― Natan riu e bateu palmas. “O” homem?

― Ele é espetacular... Eu realmente estou apaixonado. ― Gregori confessou.

― Você diz isso de todos, Gregori. Não é a primeira vez que tu conheces um cara, diz que ama o cara, fala que vai terminar com a Annie. E nada. Então tu terminas com o cara, o faz sofrer e chorar aos seus pés... Tu viajas pra qualquer lugar e fica longe por um tempo... Volta e faz a mesma coisa! ― Natan disse e então riu.

Tu tu tu.

― Espera. ― Gregori disse.

“Oi.

Estou no Brasilia’s Bar.

Pode me encontrar daqui a uma hora?

Bento! xD”

Gregori leu a sms e olhou pro alto.

Natan apenas riu.

Brasilia’s Bar

Bar, e karaokê. xx

Gregori entrou no bar. E começou a procurar por Bento.

“Sei lá o que será que você tem... Só sei que isso me faz tão bem, não canso de te admirar... Teu amor me faz enlouquecer, na medida certa do prazer... E cada detalhe em você, me da mais vontade de fazer...”

Tocando ao fundo. Gregori sorriu ao perceber o quanto a música que tocava ao fundo fazia sentindo para ele e combinava com ele e com sua relação com Bento. Gregori tirou seu terno e subiu as mangas da sua camisa. A música então parou.

― Hehehe, chegou a hora mais esperada da noite. O momento do concurso karaokê. ― Disse uma voz masculina.

As pessoas no bar gritaram animadas. Gregori apenas sorriu.

― E o nosso primeiro participante é... Bento Anderson! ― O homem disse.

Gregori sentiu seu queixo cair e então viu Bento subir ao palco. Seu namorado parecia meio bêbado, Gregori sentiu vontade de subir lá e arrancá-lo dali a força, mas se segurou.

Bento então começou a cantar.

― Se você quer ficar tem que me conquistar, pra eu não mandar sumir, pra eu não mandar ralar. Tem que me envolver tem que me convencer se não eu vou gritar evapora. Não toque no meu cabelo você não é escova; Só manda papo errado, pensa que eu sou bobo. Está se achando o bravo, crente que é o cara... Mas meu sensor de Mané me deixa ligado ― Bento tinha uma voz bonita e cantava afinado, apesar de bêbado, ele era bom. ― É aceita, sai da mesa, não encosta não; É aceita, sai da mesa, não encosta... Eu quero outra proposta...

A apresentação de Bento não durou muito, mas o tempo que passou no palco o homem não fez feio, dançou, rebolou e atiçou alguns garotos. Bento sorria o tempo todo, então avistou Gregori. Respirou fundo e foi até o namorado.

Bento riu.

― Você está bêbado? ― Gregori perguntou sério.

― Eu tenho uma coisa para te dizer... ― Bento disse alegre.

Gregori assentiu calado.

― Ou nós assumimos essa droga de namoro, ou está tudo acabado entre nós! ― Bento disse sério.

Gregori engoliu em seco.

― Claro... É... Hum... Eu só preciso de um tempo, talvez um mês. ― Gregori disse baixo.

Bento riu.

― Por favor, eu quero outra proposta... ― Bento disse e piscou pro namorado.


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