O Domador de Ursos escrita por botogordo


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

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Música: http://www.youtube.com/watch?v=TLfj3pAlrs4



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Alawar foi um dos colonizadores que vieram de Carlin, a cidade das amazonas, atrás de riquezas nas terras árticas, que segundo boatos eram repletas de cristais raros, coloridos e brilhantes, perfeitos para joias e afins, ainda mais se fossem comercializadas em uma cidade repleta de mulheres, que por natureza eram fascinadas por brilho. Mas tudo que o colonizador encontrou em Senja, a pequena ilha ártica a noroeste do continente, foi a floresta de pinheiros, que na época era vasta. Alawar era um visionário e tinha a alma de um comerciante, assim sendo, o colonizador aproveitou-se de um dos mitos mais famosos por todo o mundo. O mito do gordo homem de barbas brancas e roupas vermelhas, que durante os frios invernos saía pelas grandes cidades do continente, sem ser visto, e distribuía presentes pelas casas onde boas crianças moravam. O ganancioso carliniano logo se lembrou que segundo os costumes, as famílias plantavam grandes e decorados pinheiros para que o gordo homem, conhecido como Klaus, se sentisse festejado e deixasse os presentes em baixo deles como forma de agradecimento. Então, Alawar começou o desmatamento da floresta para comercializar os pinheiros durante os invernos. Foi naquele momento que Senja começou a prosperar e alguns habitantes de Carlin e Porto do Norte, um pequeno vilarejo pesqueiro, viajaram até a ilha com a promessa de enriquecer e formar residência lá.


A família de Norberto acompanhou essa expedição. Seu pai, na época desempregado, viu ai a oportunidade de cuidar melhor de sua família. Então, foi ai que nosso aventureiro tomou seu lugar em Senja, com apenas oito invernos vividos. Porém, essa prosperidade da pequena ilha não perdurou por muito tempo, cinco anos após essa “invasão” alguns exploradores descobriram o que já achavam impossível, logo ali, a menos de um mês a noroeste da ilhota, através do quase congelado mar ártico, estava um imenso continente de neve e gelo, que fora chamado de Svargrond. E logo nas primeiras semanas anunciaram a descoberta dos tão cobiçados cristais raros, que estariam abaixo das geleiras do continente congelado. O povo que havia habitado Senja logo migrou novamente, mas dessa vez não iriam apenas pessoas de Carlin e Porto do Norte, como também da capital Thais e de Edron (esta ultima é famosa por ser habitada por grandes e famosos cavaleiros que se tornaram ricos e poderosos com suas façanhas e expedições). E com isso, os tempos prósperos e festivos da pequena ilha logo haviam acabado, e nessa nova onda o pai de Norberto partiu, sozinho, para o grande continente gelado, dizendo a sua família que quando se estabilizasse lá viria buscá-los. Ele manteve contato através de cartas por aproximadamente um longo inverno, até ser tido por morto, quando os rumores de que os nativos de Svargrond haviam reagido fortemente à opressão dos homens que vieram dos mares do sul. Alguns meses após isso, a mãe de Norberto, depressiva, adoeceu, e permanecera assim por uns três invernos até seu falecimento. E desde então, o menino com apenas dezessete invernos vividos, fora aos poucos se tornando o acomodado homem com barbas castanhas que decidira a pouco se aventurar acompanhado de um jovem parrudo.


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