Heimkehr escrita por Rocker


Capítulo 8
Capítulo 7 – Convencendo


Notas iniciais do capítulo

Eu sei, eu sei, admito que ando demorando bem mais que o necessário. Mas apesar de essa fanfic estar me complicando um pouquinho, eu to naquele momento que não quero fazer nada da minha vida. Estou fazendo um esforço tremendo pra escrever, e o fato de não estar saindo como o planejo está me frustrando mais que o esperado. Então sinto muito se estou decepcionando muitos de vocês, eu também me sinto decepcionada comigo e com o mundo. E não é só Heimkehr, todas as outras fanfics também. Mas estou preparando algumas surpresas, mais para o Social Spirit do que para aqui, já que aqui não posso postar fanfics dos viners. Mas em breve trago o especial de Natal com Jack Frost, esse dá para postar aqui ;) Ficarei algum tempo sem postar nada, do dia 25 ao dia 18 de janeiro, para ser mais exata, porque na minha avó ainda não tem wifi e o modem móvel não está funcionando bem. Até o Natal, pelo menos, tentarei atualizar o máximo que conseguir.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/561452/chapter/8

Capítulo 7 – Convencendo

– Melody?! – perguntou Melanie. Pálida e boquiaberta, ela não parecia acreditar que me via à sua frente, em carne e osso.

– Sou eu mesma. – eu disse, abrindo um sorriso doce e tímido. Eu não sabia qual seria a reação delas ao me ver.

– Como isso é possível?! – perguntou Peg, baixinho, com os olhos arregalados.

– Bem... – comecei a dizer, coçando a bochecha num gesto nervoso.

Os olhos de Melanie seguiram o movimento, franzindo o cenho, e eu não percebi nada até ser tarde demais. Segundos depois eu estava contra a parede de terra da caverna, sendo esmagada pelo corpo de Melanie contra o meu. Mal conseguia respirar com o antebraço dela pressionado contra minha traqueia e o fato de ter batido minha cabeça com a pancada não ajuda em nada.

Mely, faça alguma coisa!, Lua gritou desesperada em minha cabeça, parecendo entender a visão que tínhamos diante de mim.

Melanie parecia sanguinária.

– O que você fez com ela, sua lacraia imunda?! – ela berrou contra meu rosto, sua voz indicando todo o nojo e repulsa que sentia da situação. Ou de mim.

– Calma, Melanie, podemos levá-la ao Doc. – disse Peg em voz branda, tentando acalmar a humana.

Então o alerta se acendeu em minha mente. Doc iria tirar Lua de mim.

– Não! Me larga, Melanie, não vou deixar Doc tirar Lua daqui de dentro! – gritei, usando toda a força que eu conseguia juntar para empurrar Melanie para longe.

Mas eu não medi a força que usei e Melanie foi ao chão, quase se machucando para valer.

– Quem é Lua? – perguntou Peg, confusa, enquanto ajudava Melanie a se levantar.

– A Alma que está dentro de mim e me ajudou a vir até aqui. – respondi, recompondo-me.

As duas trocaram olhares suspeitos, parecendo estar comunicando-se entre si.

Acha que vai dar certo?, perguntou Lua, e eu reconheci seu tom de voz receoso.

Eu não sei, mas nada melhor do que contar a verdade a essas duas, respondi-lhe.

– Como isso aconteceu?! – perguntou Melanie, parecendo extremamente estupefata e desacreditada.

– Ela era de um grupo de humanos rebeldes e sua função era conseguir cada vez mais inserções para levar os hospedeiros de volta ao esconderijo. – repassei as informações que Lua havia me passado quando nos conhecemos. – Ela diz que quando viu em minhas lembranças que eu já era de um grupo e que havia gente me esperando, resolveu me dar o controle do corpo.

Vários segundos se passaram num silêncio infernal, que para mim pareceram horas, antes que elas se pronunciassem.

– Eu acredito. – anunciou Peg, e Mel arregalou os olhos para ela. – Se uma Alma como eu fui capaz de te trazer de volta para Jared, porque essa Lua não pode dar o controle a Mely para ela voltar a Jamie?!

Meu coração se apertou ao ouvir o nome dele em voz alta e tudo o que eu queria naquele momento era ignorar as duas para correr para os braços dele. Mas eu sabia que não podia, não antes de me resolver com minhas cunhadas.

– É, acho que consigo realmente acreditar. – disse Melanie, sorrindo enquanto caminhava até mim. Fui pega de surpresa quando ela me abraçou forte. – Sentimos sua falta, Melody.

Mesmo estupefata, eu a abracei de volta.

– E como ele está? – perguntei quando me afastei, tendo ciência que ela saberia a quem eu me referia.

Melanie trocou um olhar significativo com Peregrina.

– Bem, depois que você foi pega ele entrou numa depressão profunda. Não foi mais o mesmo. – disse Peg, e suas palavras tiveram um grande efeito em mim.

Foi como se todo o ar de repente tivesse se extinguido da terra, e eu não sabia mais como controlar minhas reações. Não conseguia nem imaginar como ele se sentia. Mesmo sendo um pensamento egoísta de minha parte, eu também não queria saber. Eu precisava vê-lo. O mais rápido possível.

– Eu preciso vê-lo. – eu disse, as palavras praticamente voando por minha boca quando eu dava os primeiros passos em direção à entrada das cavernas.

E não apenas Peg e Mel me seguraram, como Lua tentou também.

Mely, não!, gritou Lua em minha mente. Você não sabe como ele iria reagir se você simplesmente aparecer na frente dele depois de um mês pensando que você estava morta. Precisa ir com calma.

Respirei fundo como se tentasse me recuperar de um afogamento. Olhei para Peg e Melanie pedindo ajuda.

– Não pode ir assim. – Melanie praticamente repetiu as palavras que Lua dissera em minha mente. – Ele pode não ser tão compreensivo quanto nós.

– Ele está passando por uma fase difícil. – disse Peg com tristeza, alisando meus cabelos levemente.

– Tudo bem... – cedi por fim. – O que sugerem que eu faça?

– Primeiro você precisa descansar. – disse Melanie, analisando-me de cima a baixo. – Sei que passou por muita coisa para chegar aqui sozinha.

– É impressionante você não ter desidratado até aqui. – comentou Peg. – Como conseguiu isso?

– Racionamento de água e comida. Usei também uma manta sobre a cabeça durante o dia e tracei uma linha reta entre os marcos para não perder muito tempo. – simplifiquei.

Peg pareceu surpresa e Melanie olhou marotamente para ela.

– Bem que a gente podia ter pensado nisso quando fomos nós! – exclamou Melanie e Peg deu de ombros, como se dissesse que elas nunca iriam pensar em algo assim.

Eu ri das duas.

– Vamos logo antes que eu comece a reclamar do que nós não fizemos. – sugeriu Melanie, pegando uma das sacolas no chão e indo em direção à caverna.

Peguei a outra sacola, a que os homens deixaram para Peg levar.

– Eu levo, Melody.

– De jeito nenhum. – eu disse imediatamente. – Eu posso levar.

Elas são legais, comentou Lua em minha mente, enquanto eu andava atrás das duas nas cavernas.

Eu abri um sorriso torto, analisando-as enquanto conversavam animadamente. Sim, elas são, respondi.

– Hey, Mely! – Melanie me chamou mais à frente, como se quisesse que eu me inteirasse no assunto. – Vamos, conte-nos como passou esse tempo. Como uma Alma como Lua foi parar em você?

~*~

– E então foi isso. – terminei minha narrativa quando já adentrávamos os corredores.

– Ficou bastante tempo desacordada. – comentou Melanie, fazendo uma careta. – E foi muito difícil para a Lua te passar o controle do corpo?

Tive um pouco de dificuldade, mas apenas um pouco, respondeu Lua em minha mente. Ela me ajudara a contar os detalhes da nossa viagem.

– Ela disse que foi um pouco. – eu repassei para elas.

– Fico pensando em como deve ser para uma Alma aprisionada... – comentou Peg baixinho, mas acabamos ouvindo e voltamos nossa atenção para ela. – Tipo, é sempre o humano que fica preso, nunca havia antes visto uma Alma cedendo o corpo.

A risada de Lua reverberou em minha mente e me contagiou.

– Ah, eu não sei... – eu comentei quando percebi que havia rido alto. – Deve ser do mesmo jeito que para um humano, sei lá.

– Peg! – ouvimos alguém gritando não muito longe, e me arrependi quando olhei quem era.

Forte, alto, loiro e de olhos azuis. Ian paralisou assim que me reconheceu também.

– Melody?! – ele arregalou os olhos, vindo em nossa direção.

Minha primeira reação foi me esconder atrás de Melanie.

O que foi, Mely?!, Lua logo perguntou, assim que sentiu o alarme em minha mente.

– Pra quê isso, Melody? – perguntou Melanie.

Olhei para Ian, que pareceu ainda mais incrédulo ao ver meus olhos.

– Seguinte, eu consigo enfrentar Melanie, mas um brutamonte desses é impossível. – eu respondi.

E então Ian teve a reação mais inesperada possível.

Ele começou a rir.

– Peg, seu namorado está bem?! – eu perguntei à minha cunhada, ainda escondida atrás da outra.

– Vocês estão brincando que essa é Melody, não estão? – ele exclamou, ainda incrédulo. – Isso que é uma Alma muito bem infiltrada.

Revirei os olhos e saí de trás de Melanie.

– Olha aqui, O’Shea, acredite no que quiser, mas pode ter certeza que não pretendo ir para a queda de braços para comprovar. – eu disse, tentando encontrar lembranças soterradas em minha mente. – Você sabe que eu não ganharia de qualquer jeito, não quero quebrar meu braço de novo. Literalmente.

Ian arregalou ainda mais os olhos. – Então é realmente você, Melody?!

Abri um sorriso para ele.

– E aí, brutamonte?!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!