Scorose - Sorte no jogo azar no amor escrita por Pudim de Menta


Capítulo 8
Anjo sombrio


Notas iniciais do capítulo

Bm eu dei uma sumida mas estou de volta e não me matem por causa do cap



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Eu andava uma pilha de nervos, Scorpius acabara de mandar uma mensagem com o número do voo, e o horário da chegada.

Eu estava no sofá assistindo Tv, mas eu realmente não conseguia prestar muita atenção, meu celular tocou o número não estava gravado, não atendi, e veio à mensagem eletrônica.

―Oie Rose, é sua mãe, eu estava remexendo no sótão, achei uns livros seus, gostaria de dar uma olhada? E vir pegar? ―O celular transmitiu a conhecida voz da minha mãe.

Peguei as chaves, bolsa e celular, talvez eu devesse visitar meus pais, era uma hora de carro.

••

Meus pais moravam meio afastados da cidade, para o primeiro que parasse ali, a casa pareceria aconchegante e que transbordava felicidade, as paredes brancas bem pintadas, as flores nas janelas, o jardim verdejante.

Dei seta e o portão branco já estava aberto, entrei no jardim e deixei o carro bem próximo à porta. Senti que devia bater aquilo nunca foi meu lar e nem casa.

Minha mãe atendeu forçando um sorriso.

―entre Rose. ―ela pediu, entrei e me joguei no sofá, enquanto minha mãe subia as escadas, o jarro com uma flor artificial, ainda estava lá, foi o primeiro presente do meu pai a minha mãe, uma vez Hugo quebrou o jarro, nem levou bronca, só uma vez encostei na flor, e tive que ouvir um monte de broncas, havia uma mensagem junto a flor. Que tinha uns rabiscos de Rose

Há li, era do meu pai.

Cara Senhorita Granger, queria presentear-te com uma flor verdadeira, mas uma artificial durara mais, espero que dure o quanto meu amor vai durar por você.

Ronald Weasley.

A Rosa foi quem deu meu nome, Rose, acho que minha mãe esperava que eu fosse delicada como uma flor, mas fui só uma decepção, então veio Hugo, O bonito, descolado, Popular o orgulho dos meus pais.

Cutuquei um pouco da flor e ouvi um escarro de garganta, virei-me, deparando-me com minha mãe profundamente irritada.

―Rose, solte já essa flor. ―ordenou ela pausadamente.

―Hugo riscou o papel da mensagem, e a senhora nunca ligou, ele já quebrou o jarro original e não aconteceu nada ele, uma vez só a cutuquei, quase me trancaram em uma masmorra de broncas. ―retorqui furiosa, arranquei uma pétala de raiva. Minha mãe tinha soltado a caixa de livros no sofá, agarrei o caixote fui por carro enquanto minha mãe berrava por mim, e dirigi loucamente.

Num certo ponto parei o carro no acostamento, e olhei a caixa e abri, por cima havia um livro com a capa preta e um pássaro dourado na capa.

Abri e na primeira folha havia uma dedicatória.

Surpreendi-me quando tirei seu nome da caixa, e você pediu um livro, isso me deixou intrigado, nenhuma garota pediu um livro.

Caso esteja interessado numa conversa literária, sou todo ouvidos.

Scorpius Malfoy.

Remexi um pouco na memória, amigo secreto escolar, Scorpius me deu esse livro, nem chegamos a conversar, o telefone tocou, eu esperava que fosse Scorpius, mas era só James, como ele conseguiu esse número, eu tinha o dele, só para quando ele ligar eu não atender, entretanto como sou legal, atendi.

―Rose. ―ele falou do outro lado da linha. ―oi,tudo bem?

―Sim James. ―respondi entediada.

―nossa reconheceu minha voz!

―Não, tenho seu contato, ainda coloquei uma vírgula e não atender. ―eu disse entredentes.

―Olha Rosie, sei que te fiz mal no passado, mas... ―ele tinha um tom de culpa bem falso.

―James, não vou te emprestar dinheiro, não vou apresentar meus contatos influentes, vai estudar teatro! ―Cortei ele de forma bem grosseira, liguei o carro e fui para trás.

Quando estacionei no prédio, Lily esperava no saguão, acho que naquela hora havia um ponto de interrogação estampado na minha testa, então Lorcan apareceu.

―Vão sair? ―me aproximei dos dois.

―Sim! ―o espanto tomou conta de Lily. ―Não conta pro meu pai, ele acha que estou na biblioteca.

―Sabe ler? ―perguntei sarcástica. ―se fizesse algo útil da vida, tivesse o próprio apartamento, não deveria satisfações a ninguém.

―Mas na minha família a pessoas que me amam, e eu não me afastei dela por pura frescura. ―Lily rebateu.

―me afastei de um ninho de cobras, na realidade me afastei das cobras você, James, Molly, Lucy, Fred II,já disse você? ―repliquei. ―Mantenho contato com outra parte da família.

―Rose... ―Lily começou a dizer algo.

―nem vem, sou eu que te peço colares caros? Que peço dinheiro emprestado a você? Sou eu que pede pra você me apresentar gente da alta sociedade? Não! ―a interrompi. ―Se não fosse eu, não conheceria o Lorcan. ―Me aproximei e sussurrei no ouvido dela. ―Lily ser gentil por quem já fez muito por você é obrigação, com pessoas comuns é cortesia, mas ser gentil com quem já lhe fez mal é ser superior e nobre, vou ser nobre. ―me afastei do ouvido dela. ―desejo uma boa noite, tchau Lily, espero que tenha apreciado minha gentileza.

Lily começou a puxar um Lorcan bem confuso, enquanto ela pisava duro. Fui para meu apartamento e liguei a TV, todos os canais de noticia passavam a mesma coisa, a queda de um avião, que explodiu quando tocou o solo, a jornalista falou o número do voo, o número do voo de Scorpius.

Meu corpo amoleceu, desabei em uma chuva torrencial de lágrimas.

Doze dias depois

Era o enterro de Scorpius, eu estava de preto, abraçada no livro que ele me deu de amigo secreto há muitos anos, o enterro foi aqui mesmo na cidade, onde ele nasceu não tinha muita gente. Ele não era de muitos amigos, um homem muito branco e uma mulher com aspecto frágil choravam ali, os pais dele, me aproximei, e a mãe dele me escutou e virou-se em minha direção, ela veio até mim.

Com um papel em mãos. Que devia ser para ela era um tesouro muito precioso

―Rose Weasley? ―ela perguntou baixinho.

―Sim! ―respondi limpando minhas lagrimas. Ela me estendeu o papel.

―Scorpius fez para você, estava na carteira, muito bem protegido, não sei como sobreviveu. ―ela me entregou chorosa. Aquilo devia ser muito para ela, era de um filho.

O papel estava chamuscado, desdobrei com cuidado enquanto ela se afastava, eu temia que aquele papel fosse desfazer-se. Havia uma letra caprichosa ali, de Scorpius, comecei a ler.

Rose Weasley

Cá estou com uma folha de papel dentro de um avião escrevendo para você, eu senti que devia, não sei como dizer.

Por que estou indo para Londres? Queria ser mais que seu amigo, desde o ensino médio, e você nem recordava minha existência, e te achar num banheiro, num casamento foi a oportunidade de ouro, a oportunidade de ouro que nunca imaginei. Falar com você,

P.S: Você sempre esteve nos meus pensamentos.

Fechei a carta, Scorpius gostava de mim, por todos esses anos e eu me remoendo por causa de um idiota, agora ele esta morto, uma nova onda de lagrimas saiu dos meus olhos.

Sai dela sufocada dirigi feito uma perfeita maluca, não sei se eu que estava contra mão ou o caminhão só sabe que quando percebi foi tarde demais, tudo se apagou, quando acordei eu encarava os olhos cinzentos de Scorpius.


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