As Quatro Estações da Minha Vida... escrita por Elaine


Capítulo 7
Capitulo 06: Uma confiável amiga?!


Notas iniciais do capítulo

Er... espero que gostem

Boa leitura ^.^



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Lucy não podia acreditar que tamanha coincidência podia acontecer, Loke, logo ele era o advogado do rosado, aquele homem a conhecia há muito tempo, ele sabia de quase tudo, principalmente do tempo que ela permaneceu internada, ela considerava que ele pudesse contar para Natsu e não era o que desejava, não que Lucy quisesse mentir pra ele, todavia preferiria esperar mais para dizer à ele, queria prepara-lo.

Natsu se surpreendeu em saber que aqueles dois se conheciam, mas o que realmente o chocou foi o que Loke havia dito sobre ela estar salvável, isso significava que já esteve muito ruim, que Lucy não tinha dito tudo, isso o preocupou tanto e ele queria saber o que o estava preocupando.

Loke estava sentado na poltrona com as pernas cruzadas olhando diretamente Lucy enquanto que sorria pelo inesperado reencontro.

— Natsu — disse Lucy se virando pro garoto — É ele quem vai cuidar da minha inscrição? — perguntou apontando para Loke e o rosado assentiu.

Loke se levantou e fusou na mala que havia trazido consigo e de la tirou alguns papeis, levou até o de cabelos róseos e os entregou.

— Tome, Natsu, assine todos com os devidos documentos — disse serio pela primeira vez.

— O que são? — perguntou um pouco desconfiado e o leão apontou para o titilo das folhas.

— São os termos de responsabilidades pela senhorita Lucy — disse enquanto encarava a loira — Apenas assine, te explicarei o resto depois.

Natsu olhou as folhas depois desviou o olhar para ela, Lucy parecia um pouco mais relaxada, ela suspirou, o dia não estava mesmo sendo fácil, ele assentiu para o leão e foi pra algum lugar da casa deixando seu advogado e sua hospede sozinhos.

Loke ficou olhando Natsu até ele desaparecesse de sua linha de visão, ele sr voltou para a garota e riu.

— Então — começou Loke — Diga-me, Lucy, o que aconteceu com o império de Jude? — perguntou com um sorriso de canto.

— Do que esta falando? — indagou Lucy crispando o cenho.

— Se a senhorita esta aqui, significa que o reinado dele já esta desmoronando, só quero saber se aquele homem continua o mesmo — esclareceu.

Lucy suspirou, aquele era o Loke que conhecia, ele sempre fazia as perguntas quando já sabia a resposta, era um ótimo e prestigiado advogado, mas seu cinismo as vezes superava ate mesmo o de Jude.

— Você ja sabe a resposta — disse sem ânimo algum — O mundo dele já tinha começado a desmoronar quando você apareceu — a sua voz carregava uma certa magoa.

— Não tenho culpa, eu sempre iria fazer tudo que fosse possível por ela, por Layla, você mesma sabe disso, ele mesmo que se destruiu, aquele homem amargo — Loke parecia meio frustado, porem logo suspirou — Mas fico contente que você tenha deixado ele, pelo menos você não ira sofrer o que Layla sofreu nas mãos dele — disse e sorriu, mas a loira não retribuiu.

— Eu não sai — fez uma pausa — Ele se cansou de mim e me expulsou — a magoa presente na voz dela era tanta que Loke teve pena dela.

— Isso quer dizer que sua saúde... — não terminou a frase, não precisava, Lucy sabia do que ele se referiria e assentiu, confirmando o indesejável.

— Sim, mas nunca diga nada sobre isso — pediu um pouco clamante e Loke ergueu a sobrancelha, um pouco em duvida — Por favor, só não diga nada, Natsu ainda não sabe — confessou e o leão arregalou os olhos.

— Como pode esconder algo assim dele, Lucy, isso é serio, você não pode esconder pra sempre dele — disse meio aterrorizado.

Lucy deu um suspirou desolado, abaixou um pouco a cabeça e virou o rosto, olhando para o outro lado.

– Ele vai saber, eu vou contar, só não quero que seja agora - sua voz temeu um pouco - Prometa-me, Loke, não conte à ele ainda - praticamente implorou e o leão suspirou derrotado.

— Tudo bem, não vou contar, mas, Lucy, seja rápida, amanhã pode não dar mais tempo.

Lucy de imediato reconheceu a frase, tinha sido o que ela disse à Natsu uma vez, e era claro que o leão conhecia, aquela já tenha sido uma vez o bordão de sua mãe, a loira engoliu em seco e mordeu o interior do lábio inferior, subitamente, uma imensa vontade de chorar estava lhe consumindo e com isso, ela esperava segurar o choro e com um enorme esforço, conseguiu, Loke, que percebeu que ela iria chorar, tomou a liberdade de abraça a garota, Lucy, de inicial ia empurra-lo, mas desistiu ao ouvir o que ele disse.

— Seja forte — e foi tudo, Lucy não segurou, as lagrimas começaram a sair sozinhas, deixando Lucy se ridicularizar na frente de uma das pessoas que ela achou que jamais a veria assim.

[...]

Natsu escorregou pela parede até que se sentasse no chão frio, isso era grave, muito grave, ele estava num quarto ao lado da sala, onde Lucy e Loke estavam, naquele quarto foi possível ouvir toda a conversa, do começo ao fim, sem perder nenhuma parte.

Agora, Natsu tinha a mais pura certeza de que tinha algo errado ainda, e pelo que eles disseram, era mais do que serio, ele não tinha com saber o que era ainda, parecia que a loira estava hesitante em falar pra ele, e, bem, de fato estava, mas Natsu achava injusto, seja-la-o-que for, ele tinha o direito de saber, parecia que todos que conheciam ela tinha o conhecimento do que era, mesmo que fosse algo ruim, ele tinha que saber, se era algo,relacionado à Lucy, se era algo relacionado à saúde dela, ele queria saber.

Natsu não gostava de assuntos do gênero, doenças, saúde, problemas familiares, infelicidades, perdas, esses eram tabus para ele, tudo que lhe recordava de arrependimentos passados e por mais que ele ou ela tentasse se negar à isso, foram assim que os dois cresceram, sob diversos conflitos, mas pra ele, quase tudo já tinha passado, todavia, se realmente Lucy estivesse doente, poderia ser que tudo retorne, só mais forte, seria um total desespero.

O rosado suspirou e bateu o punho no chão, não foi forte o suficiente pra machucar, foi apenas o jeito que ele encontrou de descarregar sua frustração que sentia naquele momento, e ele se sentiu melhor com esse ato, começando a dar vários e vários socos no chão, ele no inicio desse ato sem o menor cabimento, era pela frustração, agora, eram cada vez mais fortes, carregados de raiva do maldito destino que estava conspirando contra eles, ele se sentia incapacitado por não poder fazer nada.

— Mas que droga, Lucy, porque tem que ser assim?! — basicamente rosnou, ele já estava farto dessas coisas, ele tinha se decidido, com certeza iria fazer algo e seria pelo bem dela, seria pelo seu bem, seria para os dois.

[...]

— E essa é a sua nova escola — deu um sorriso tipo de Natsu.

Ele estava mostrando a entrada da escola como se fosse a primeira vez que a loira ia la, sendo que não era, desde o momento que eles colocaram o pé pra fora do apartamento, ele tem narrado cada lugar que ele iam, como se essa fosse a primeira vez que ela saia de casa, todavia, Lucy só ria, estava admirando e gostando, era bom pra ela conhecer tudo de novo, e se tivesse sido isso que Natsu pensou em fazer, então ele estava fazendo um bom trabalho.

O rosado pegou a mão dela e a puxou pra dentro, passaram por varias pessoas, a grande maioria falava com ele, Lucy julgava ele como sendo popular, porem ela não se surpreendeu, alguém como o de cabelos róseos se adaptava e se enturmava bem e rápido. Eles passaram por algumas salas, procurando pela própria, os dois estavam na mesma sala, então ela esperava que achassem a sala rapidamente, mas parecia que o garoto estava mais perdido do que ela, eles continuaram a passar pelos corredores de mãos dadas sem nem mesmo perceberem que estavam desse jeito.

Os dois pararam no meio do corredor onde tinha um folheto com as salas, Lucy procurou o 3ª F, passou algum tempo procurando, eram muitas salas, muito nomes até que achou e pode constatar que Natsu já tinha passado dela, Lucy suspirou e se virou pro rosado.

— Ei, Salamader, você já passou a sala — o chamou pelo apelido com um tom de reprovação, mas não de seria.

— Ah, qual é, não tenho culpa se essa escola é desnecessariamente grande, eu me perco as vezes — disse sem dar a minima para o fato de estar perdido.

Eles voltaram o seu caminho, porem desta vez foram andando e prestando mais atenção nos lugares que passavam, até que eles, enfim, acharam a sala, porem antes de se quer entrar na sala, alguém gritou la de dentro.

— Oh, o Natsu, arranjou uma namorada — algum espertinho gritou do fundo da sala.

Algumas pessoas começaram a dar aqueles risinhos insinuativos, outros praticamente gritaram, isso tudo contribuiu pra que Lucy corasse absurdamente e Natsu tivesse uma leve ruborização, eles soltaram as mãos apenas nessa hora, o rosado correu pra dentro da sala indo la no fundo chutar o infeliz que disse aquilo.

Lucy continuou na porta, ela continuava corada, mas começou a tomar mais atenção na sala, as pessoas daquele lugar era exageradamente bagunceiras, escandalosos e, ao mesmo tempo, eram divertidos, alegres, eram pessoas diferentes que Lucy só tinha presenciado algumas vezes, eram como Natsu.

— Oi — disse alguém atras dela.

Lucy se virou um pouco surpresa e pode ver uma garota de cabelos brancos curtos, a loira sorriu um pouco encabulada pra albina.

— Eu sou a Lisanna, prazer — sorriu e esticou a mão, Lucy hesitou um pouco antes de segurar a mão dela.

— Lucy — disse simples.

Lisanna continuou a segurar a mão dela e a puxou pra dentro da sala, as pessoas nem se deram o trabalho de olha-las, então Lisanna assoviou chamando a atenção de todos.

— Ei, pessoal, essa é a Lucy — apresentou ela à sala.

— Muito bem, Lisanna, obrigada por me ajudar — disse alguém na porta, Lucy se virou e viu uma outra albina, porem mais velha, de voz doce e de rosto angelical.

— Estou aqui pra isso — respondeu Lisanna nem um pouco formal, a albina maior sorriu e a menor, antes de se sentar sussurrou pra loira - Não se engane pelo rostinho bonito, ela pode ser um demônio quando quer — deu uma piscadela discreta e foi se sentar.

A albina maior adentrou a sala e fechou a porta, caminhou até a garota e com o sorriso ainda estampado no rosto, se apresentou.

— Prazer, Mirajane, sua professora.

Lucy demorou um pouco pra retribuir o sorriso caloroso, todavia, acabou por sorrir de volta. Mira virou-se pra sala.

— Então, alguma pergunta que queiram fazer à Lucy? — perguntou com a voz doce e varias mãos se levantaram — Claro, que não sejam da vida pessoal dela — advertiu e no mesmo mento quase todas as mãos se abaixaram, a albina maior riu — Francamente, como vocês são curiosos, ah, Max, o que quer saber? — ela perguntou pra um garoto meio loiro que ainda estava com a mão levantada, que se levantou do seu lugar.

— Do que você gosta? — se dirigiu a loira.

— Do que gosto?! Bem, acho que ler — disse meio pensativa.

Ele se sentou de novo e uma garota morena se levantou.

— Oh, Cana, qual a sua pergunta? — Mirajane perguntou.

— Seu cabelo é natural? — perguntou com um pouco de graça, Lucy arqueou uma das sobrancelhas.

— E o que isso tem haver com a minha apresentação? — indagou com certa vontade de rir pela careta que a outra fez.

— Nada, mas eu queria saber e tenho certeza que todos querem — disse um pouco presunçosa.

— Pode ter certeza que não — gritou alguém no fundo fazendo alguns rirem baixinhos, Cana se virou com um pouco de raiva pra traz.

— Por que você não fica quietinho enquanto ninguém fala com você, Gray — gritou de volta, Lucy tentou visualiza-lo e o achou rindo muito, Cana voltou a olhar a loira que dava risinhos discretos — Iaê, vai ou não responder? — perguntou meio impaciente e Lucy assentiu.

— Sim, é natural — disse rindo um pouco ainda.

Cana bufou e se sentou, Mirajane, que observava, tocou o ombro da loira, chamando sua atenção.

— Acho que já esta bom, agora, se não se importa, pode se sentar.

Lucy olhou a sala, eram poucos os lugares vazios, tinham cerca de três, um ao lado de Cana, quem ela preferia evitar naquele momento por ela estar zangada, outro bem no fundo, onde com toda a certeza ela não conseguiria ver nada e, por fim, o ultimo ao lado de Lisanna, a quem a olhou e sorriu, Lucy não pensou nem meio segundo, se encaminhou ate o lugar e se sentou, Lisanna se virou pra ela.

— Espero nos dar bem — e se virou pra frente.

Lucy deu um meio suspirou aliviado.

— Eu tambem — sussurrou pra si mesma.

A loira olhou discretamente pra traz e pode ver Natsu brigando com Gray, ele notou o olhar dela e sorriu largamente, um tipico sorriso dele, e movimentou os lábios em um sussurrou silencioso pra ela.

Tudo vai ficar bem foi o que disse, assentiu e sorriu em resposta.

[...]

O som da água batendo na bacia de mármore e a respiração dela eram os únicos sons que se ouvia no lugar, sem duvida tinha sido um dia muito agitado pra loira, ela tinha conhecido milhares de pessoas de todas a formas e tipo, algumas eram exageradas e agitadas, outros eram calmos e reservados, mas quem realmente a marcou foi a albina, Lisanna era fantástica, era animada, legal, gentil, bonita e inteligente, alguém que conquistou a confiança da loira bem rápido, sobre alguma hesitação por parte de Lucy de começo, mas mesmo assim ela tinha sido alguém que realmente se encaixava no perfil da loira. Se fosse possível, ela gostaria de se tornar mais próxima da albina, talvez, quem sabe, ser sua amiga.

Lucy ergueu o olhar encarando a própria imagem refletida no espelho e o sorriso satisfeito continuava no seu rosto, estava no fim do dia, no fim do seu primeiro dia, mas o sorriso foi desfeito quando a porta atras de si abriu.

A loira observou discretamente pelo espelho pra ver quem era, duas garota, uma rosada com o cabelo preso pra trás e uma outra de cabelo roxo escuro com uma fita branca e olhos castanhos, esta tinha um olhar meio arrogante e superior, ela olhou Lucy e arqueou uma das sobrancelhas.

— Ei, loirinha — chamou, Lucy suspirou, isso não ia dar certo, mas ela se forçou a virar — Eu nunca te vi por aqui — disse analisando Lucy por inteira e sorriu de canto — Que tal isso, como você é novata, posso deixar você ser minha seguidora — propôs, a loira respirou fundo e foi soltando aos poucos.

— Acho que não — disse e se virou pro espelho se novo, afim de ver a careta retorcida que ela fez ao ouvir sua resposta.

A de cabelos roxos revirou os olhos esnobe e depois forçou um sorriso.

— Ah, garotinha, não vá se achando muito, não, eu que mando aqui, se virar minha seguidora, vai se dar bem — tocou o ombro de Lucy e a mesma tirou a mão dela daquele lugar.

Lucy suspirou, fazia alguém tempinho que não sentia tanta falsidade e cinismo no tom de voz de alguém, e isso fez seu estomago revirar.

— Olha, serio, eu não quero, estou bem do jeito que estou — exclamou já um pouco irritada.

A outra, enfim, bufou e voltou com o olhar arrogante de antes.

— Idiota, tenha mais respeito quando falar comigo, se refira a mim como senhorita sempre — retrucou com desdém e cruzou os braços, a loira esta a beira de falar uma grosseria, quando a porta se abriu dando passagem pra uma albina que ria com certa ironia.

— Ah, Ultear, não acredito que esta fazendo de novo — riu mais uma vez a albina de nome Lisanna — Já se esqueceu da ultima? — perguntou sarcástica e a outra nada disse, apenas a encarava com um olhar furioso — Sabe, Lucy, quando ela tentou a mesma coisa ano passado com a Cana, levou uma surra, foi hilario — dessa vez riu verdadeiramente arrancando um riso abafado da loira.

Ultear bufou e fuzilou Lisanna com o olhar.

— Ora, sua... por que não dá o fora daqui? — mais uma vez Lisanna riu, deixando a outra ainda mais irada.

A albina entrelaçou os dedos e colocou as mãos embaixo do queixo e sorriu de canto.

— Fazemos assim, você que sai e deixa a Lucy em paz, ai eu não conto pro seu querido quem você realmente é — propôs seria.

Ultear ia retrucar, mas a rosada puxou ela e sussurrou algo no seu ouvido, a outra mordeu o lábio inferior e acompanhou a rosada pra fora, mas não antes de esbarrar em Lisanna, que como provocação jogou a franja pra traz e se aproximou da loira.

— Ah, hum... Lisana, obrigada — agradeceu e a albina abanou a mão

— Que isso, não foi nada — sorriu e Lucy sorriu de volta

— Mas... por que você me ajudou? — perguntou um pouco confusa, Lisanna juntou as sobrancelhas.

— Porque somos amigas — disse como se fosse obviu e Lucy se surpreendeu, o que não durou mundo, pois logo ela se atirou contra albina a abraçando, deixando a outra meio em choque, mas ao mesmo tempo curiosa sobre a personalidade peculiar de Lucy.

Tudo estava indo muito bem pra Lucy, mas ela não podia se deixar levar esquecer dos seus problemas, pois ela sabia que não podia se apegar muito a ninguém ou podia deixar que se apeguem a ela, seu futuro promíscuo e tinha reservado a ela e todos a sua volta, um um presente repugnante.


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Notas finais do capítulo

Até e espero que tenham gostado ^.^



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