O brilho da jóia estava gigantesco, uma luz rósea a cobria ninguém esperava aquilo, nem Zeus, nem qualquer outro presente, há esta hora todos os Deuses se aglomeravam ao redor do navio para ver aquilo, a maioria assustados, a frieza que os olhos de Kagome passavam eram tanta que pareciam o frio do mar gelado, de mil facas agonizantes em sua pele, parecer bom, Kagome rodopiou livrando seu cetro e ficou de frente de novo com Apolo.

- E-E-Electra? – agora sim, todos podiam dizer... Electra estava lá.

- agora é a hora da verdade Apolo, espero que estejas pronto para enfrentar-me, seu maior pesadelo, esta prestes a começar.

O Deus estava assustado, não conseguia falar nada, Kagome sorriu e o atacou, uma luz rosa saiu do cajado em seguida ela o rodeou e ele se transformou em uma espada, Apolo ficava ora em defesa ora em ataque, a única coisa que se ouvia era o tilintar das espadas se chocando, os movimentos eram sincronizados, perfeitos, complexos, Electra lutava como nunca lutara antes, seu sangue em suas veias pulsava, pulsava de uma forma como nunca estivera antes, um passo em falso, Electra faz um corte no peito de Apolo, uma reta em diagonal, o Deus a olhou chocado, a menina sorriu maliciosamente e passou a língua na parte superior dos lábios, ela voltou a atacá-lo sem dó ou piedade, ninguém a reconhecia, o olhar da menina era frio, a tempestade piorava, Rin fechou os olhos e quando os abriu sentiu lágrimas inundarem as pequenas bolas amendoadas que eram seus olhos.

- NÃO! – a menina correu até a irmã, porém a mesma fez um movimento reto em direção a menina, antes que o poder lhe tocasse Sesshoumaru a pegou e a tirou da reta.

- não se intrometa Rin. – foi à fala da Deusa, fria, nem Sesshoumaru conseguiria aquilo, Rin sentiu seu mundo desabar e ouviu Inuyasha balbuciar.

- o que esta acontecendo? – Rin se levantou e ajeitou o vestido olhou para Inuyasha e falou.

- Kagome se transformou em uma Deusa... – Inuyasha a olhou – por completo. – arregalou os olhos.

Electra olhou para Apolo com um ar te desdém, sorriu travessa.

- não vai me atacar, ficará na defesa até quando? É tão fraco o Deus Apolo, não eras tu que se achavas merecedor do Cetro de Electra? – o Deus a olhou com um olhar cansado, viu que Electra não se encontrava cansada, ou mostrava qualquer sinal de fadiga, parecia perfeita, como se isso nem para brincadeira servisse, Apolo se levantou e começou a atacá-la, Electra sorria e se desviava com facilidade, apesar de serem bem complexos os ataques de Apolo, para a menina não passava de uma brincadeira, e ela sabia, não somente ela, como Apolo e todos os outros presentes... que nesta batalha, seria a Deusa quem venceria, ela não fora criada lutando desta vez, aprendera com o seu sangue, por mais que Kagome existisse e tentasse ser apenas ela... Electra existia e estava ali presente, por mais que tudo que Kagome fizesse ou quisesse fazer, sempre seria Electra, ela decidiu parar com aquela brincadeira, virou-se e começou a atacar de uma forma brutal, em apenas dois ataques havia machucado Apolo e estava agora ali, ele desarmado no chão do navio, ela com o cetro apontado para ele, ela olhou fundo nos olhos do Deus e sorriu.

- com medo? de mim? Da bastarda? Ora, o que houve com aquele Apolo de antigamente? – a menina ficou fria de novo, olhou para o Deus assustado, tirou o cetro de cima dele, o cetro voltou ao normal, a menina se virou, os cabelos dela voaram com o vento.

- não vai me matar Electra? – perguntou Apolo, um tanto sarcástico, assustado, ela o olhou, sorriu ternamente e falou.

- se eu te matasse, só estaria sendo pior que você Apolo, no entanto... tu sabes, como eu sei, que sou melhor que você, que por uma tola vingança, por apenas um cetro não pensaste, ainda me deste a chance de ser outra vez Electra, despertaste a Deusa que havia em mim, a mulher que vês na tua frente, só esta aqui graças a você. – ela se virou completamente para ele, o mar começou a se acalmar, igualmente ao vento.

- isso seria um obrigado? – pergunta Apolo já em pé olhando a Deusa.

- não é, é apenas a verdade. – ela falou com a maior naturalidade do mundo.

- o cetro deveria ser meu.

 - e por ele colocarias tudo a perder?

O Deus não sabia o que dizer, colocaria tudo, todo o mundo, os mortais, por apenas um cetro que de nada lhe serviria? O que estava pensando? Era o cetro de Electra, dado por Calipso, a Deusa da vida e da morte, mas... para que ele o usaria? O olhar de Electra continuava firme, com um ar de superior, os cabelos molhados pesados voavam com o vento, o vestido agora estava grudado no corpo dando-lhe um ar mais sensual, em sua mão, o cetro brilhava roseamente, Apolo a olhou e disse.

- como tu mesma disseste... Eu me achava merecedor do cetro de Electra.  – a menina continuou indiferente, o Deus se ajoelhou. - Ajoelho-me... diante da Deusa Electra... Merecedora do cetro de Electra e de uma beleza que supera a de Afrodite... – levantou-se e uma flor criou-se na mão do Deus que disse.

- em homenagem a Deusa Electra... a flor que de dia és azul e de noite dourada, a flor que fecha-se de dia e abre-se de noite, a partir de hoje... A sua flor Electra. – a menina sorriu e disse.

- obrigada.

- queria saber se gostaria de casar-se comigo Electra. – ele falou observando-a, o sangue de Inuyasha ferveu, ele ia dar um passo quando Sesshoumaru colocou a mão na frente, Inuyasha entendeu e se controlou, a face da menina era um tanto surpresa, abaixou o olhar, fechou os olhos...

A menina fechou-os com mais força.

Sabes o que fazer... não é criança?

A menina balançou a cabeça negativamente, Rin fechou os olhos também.

Aceite.

Foi a única coisa que ouviu, Kagome aceitaria? A Deusa abriu os olhos de novo, suspirou e caminhou até o Deus e falou.

- Esperei por este pedido por muito tempo... Esperei por este momento minha vida de Deusa inteira...

Inuyasha abaixou o olhar e esperou o pior.

- eu recuso seu pedido Apolo... e aceito... O presente de meu pai.

Inuyasha sorriu ,Rin também, todos no navio estavam felizes, Zeus sorriu e logo algo saiu das profundezas do oceano...

Electra.