You and I escrita por Isadora


Capítulo 11
Capítulo 11




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Herval estava quase pegando no sono quando a campainha de sua casa tocou. Ele levantou-se, assustado, mas mesmo assim resolveu atender. Sonolento, ele mal conseguiu ver quem era quando abriu a porta. De repente, foi atingido logo por um golpe no rosto. Gemeu, tentando se recuperar, mas em seguida, foi atingido por outro murro. Quando se deu conta, estava apanhando de dois homens estranhos, até que perdeu os sentidos...

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Dorothy e Pamela chegaram de madrugada em casa acompanhados por Brian e Lara, que logo se despediram e se dirigiram ao quarto deles. Assim que entraram na sala, Pamela acomodou-se no belo sofá. Dorothy ficou observando a loira, que parecia um tanto pensativa.

– Tudo bem, darling?

– Oh, Dorothy, eu estava aqui pensando... Djonas e Herval brigando por Verônica... é isso mesmo? Os dois homens de minha vida?

Dorothy sentou-se ao lado da amiga.

– Oh, dear – falou a transgênero – não pense nisso agora, hã. Lembre-se que você é uma mulher deslumbrante. Tem também o seu valor.

– Oh, Dorothy, I don't know... eu não consegui segurar o meu próprio marido. A verdade é essa.

– Não foi isso que aconteceu, Pamela. Não pense nisso.

– Oh, sim, Dorothy, foi isso que aconteceu sim. Eu não consegui segurar Djonas... sempre achei que ele fosse louco de amor por mim, mas na verdade, estava bem enganada, madrinha... sabe, sometimes, me pergunto onde foi que eu errei. O que foi que eu fiz ou em que momento Djonas deixar de me amar, Dorothy. Se é que um dia ele me amou de verdade.

– Pamela – falou Dorothy, procurando as palavras certas – os homens são assim mesmo, sabe. Pelo menos alguns deles. Uma hora eles estão caídos de amor por nós e na outra já estão loucos de amor por outro belo par de pernas. É assim mesmo, darling. Tenta seguir em frente, hã.

**************

Na manhã seguinte, Verônica dormia tranquilamente, quando de repente...

– Bom diaaa!!!

Ela acordou assustada.

– Acorda, dorminhoca – falou Jonas, carregando uma bela bandeja de café da manhã, acompanhado dos filhos. Os três pareciam muito bem dispostos.

– Que isso... – murmurou ela, ainda sonolenta.

– Anda, mamãe, acorda! – gritou Loló, pulando em sua cama, ao lado do irmão. Verônica sentou-se na cama, passando a mão no rosto, enquanto Jonas pousava a bandeja no colo dela.

– Olha o seu café da manhã, mamãe! – falou o menino.

– Meu Deus do céu – falou ela, emocionada, segurando a bandeja – bom dia pra vocês também.

– Gostou? – indagou Jonas, sentando-se na cama ao lado dela – tá super caprichado. Tem de tudo o que você pode imaginar aí. Um café da manhã completo preparado por Jonas Marra e os Marrinhas. Não é, galerinha?

– Nossa – falou ela, rindo – como vocês são bons pra mim... não sei se mereço tanto... amo vocês – falou ela, dando um beijinho de bom dia no marido.

– Também te amamos... – respondeu ele, correspondendo ao beijo dela. Enquanto isso, as crianças brincavam na cama.

– A gente ajudou o papai – comentou Loló, animada – olha só, mamãe, tem biscoito, gelatina...

– Tô vendo – falou Verônica, divertida, observando a bandeja – tem tudo aqui. Tá lindo. Tudo lindo. Obrigada.

– Tem nescau também, mãe, ó – mostrou Pedrinho.

– É mesmo – falou ela, se fazendo de impressionada – tem até nescau... meu Deus! Como vocês são fofos!

– Como pode ver – falou Jonas – fizemos a maior festa na cozinha. Só não me pergunte quem vai arrumar depois.

– Tô tentando imaginar – riu ela, provando um biscoito, faminta – hmm, que delícia...

– E sabe que horas são, sua preguiçosa? – indagou Jonas, levantando-se – 10 e 15 da manhã.

– Jura? – zombou ela, rindo e comendo.

– Tá rindo, é? – falou ele, abrindo as cortinas – tinha que ter vergonha. Uma mulher desse tamanho, com dois filhos pra criar, acordando quase ao meio dia...
– Eu, chorar de vergonha? – zombou ela – depois de um café da manhã desse? Imagina, vou até voltar a dormir, meu bem – e voltou a deitar-se.

A essa altura, as crianças já tinham descido para brincar...

– Pode ir levantando – falou ele, com ar autoritário – temos um churrasco pra ir daqui a pouco.

– Como assim churrasco? – quis saber ela, deitada – que churrasco?

– Dona Glaucia acabou de me ligar avisando. Uma coisa só pra família e mais ninguém.

– Ah, Jonas... – murmurou ela, fingindo que estava dormindo – tô com preguiça...

– Ah, Jonas nada – falou ele, indo ao encontro dela – pode levantando daí. Vamos.

– Ah não...

– Ah não? – falou ele, tomando-a da cama. Ela gritava, ao mesmo tempo que ria.

– Vamos direto pro chuveiro – anunciou ele, carregando-a.



***************

Na casa dos Marra da Taquara, que já não moravam mais na Taquara, e sim em numa casa de luxo em outro bairro nobre do Rio de Janeiro, Danilo, Danusa e Matias, curtiam a piscina, juntamente, com os gêmeos, e brincavam com os pequenos.

Jonas encontrou Silvio todo enrolado com a churrasqueira.

– Jonas, me dá uma forcinha aqui, faz favor...

– Calma aí, Silvio, deixa comigo – falou o irmão, tomando as rédeas da situação – vai lá, descansa um pouco e deixa que eu fico aqui.

– Sério mesmo, Jonas? – perguntou o irmão mais velho – tem certeza? não quer que eu te ajude não?

– Não, tá tudo bem, Silvio – respondeu Jonas, colocando as carnes no espeto – não esquenta não, tá tudo sob o controle. Deixa comigo.

– Então tá, Jonas – respondeu o outro, aliviado – tem certeza mesmo, né? Qualquer coisa, me chama – continuou, se afastando – é só me chamar, viu, Jonas.

– Pode deixar, Silvio – respondeu o empresário.

– Oi, Verônica – falou Silvio encontrando a cunhada no caminho – cê tá linda, viu.

– Obrigada – respondeu ela, sorrindo, antes de se aproximar de Jonas e abraçá-lo pelas costas – Vai ficar aí, de churrasqueiro, é? – perguntou ela, beijando-lhe o rosto, carinhosamente – me diz uma coisa: desde quando o gênio da tecnologia sabe fazer churrasco?

Ele riu.

– Meu amor – respondeu Jonas, em tom de brincadeira – não tem nada que Jonas Marra não faça nessa vida. Entenda isso.

– Ah, é, seu convencido? – falou ela, beijando-o outra vez. Ele, então, virou-se por um momento e a beijou delicadamente.


**********************

Jonas estava tirando algumas carnes do espeto quando de repente, Megan e Davi apareceram.

– Dad! – falou Megan.

– Peanuts! – falou ele, voltando-se pra filha e vendo Davi – e aí, Davi.

– Fala, Jonas – respondeu o rapaz.

– Tudo bem, dad? – perguntou Megan, beijando o rosto do pai.

– Tudo bem, baby – respondeu ele, voltando a se concentrar no espeto – e você, como está?

– Bem – respondeu ela, rindo – e vejo que você e Verônica já fizeram as pazes. Fico like muito feliz com isso.

– Bom saber, peanuts – respondeu Jonas – e a sua mãe, como está?

– Oh, dad, a mesma coisa de sempre. Sabe como é a mom, né? Às vezes eu não a reconheço... é chata, pega no meu pé... well, você sabe.

– Eu sei – respondeu o empresário – mas dá uma força pra ela, ok? Ela precisa de você. Agora mais do que nunca.

– Ok – respondeu a filha – pode deixar.

– Mas então? – continuou Jonas – vocês vão ficar pro churrasco ou só vieram de passagem?

– Well, vamos ficar, né, Davi? – respondeu a patricinha.

– E você quer ajudar aí, Jonas? – perguntou Davi, prestativo.

– Não, Davi – respondeu o empresário – tá tudo bem. Vão curtir a piscina vocês dois.

– Ok, dad. Depois a gente se fala.



********************



Verônica saboreava uma carne do churrasco, perto da piscina, ao lado de Marisa e Glaucia...

– E então, Verônica, o que tá achando de fazer parte da família? – perguntou Marisa, toda simpática – a gente é meio maluquinho aqui, mas é gente boa, viu. Fique à vontade.

– Obrigada – respondeu a jornalista – bom, eu tô gostando sim de conhecer melhor a família do Jonas. Tá sendo super bacana.

– Verônica – falou dona Glaucia, de repente, observando a jornalista de cima a baixo – eu tô olhando o seu corpinho agora, sabe... cê tá grávida?

– Imagina, dona Glaucia – respondeu a jornalista, surpresa – por que tá me perguntando isso?

– Não sei – respondeu a sogra – tô te achando assim... mais gordinha... sei lá, mais arredondada... tem certeza que não é gravidez não? O Jonas, depois que descobriu que não era mais estéril, virou um coelho, sabe – e caiu na gargalhada.

– É impressão sua, dona Glaucia, com certeza – respondeu a morena, esboçando um sorriso – me dão licença um minuto? Vou ver os gêmeos...

– Você, hein, Lalaucia – falou Marisa, assim que a jornalista se afastou – não perde a chance de dar uma bola fora.

– Mas o que foi que eu fiz? Eu hein, Marisa. Só perguntei se ela tá grávida. Algum problema? Perguntei porque eu fiquei assim mesmo quando tava grávida do Jonas... e só percebi que tava com ele na barriga bem depois. Eu hein. Fiz nada.



*****************



Na cama, já de noite, Jonas e Verônica namoravam.

– Eu tava sentindo falta desses momentos, sabia... – sussurrou ela, após um beijo demorado.

É? – sussurrou ele, sobre ela – eu também – e voltou a beijá-la.

– Eu te amo... – sussurrou ela, acarinhando o rosto dele.

– Eu sei... – sussurrou ele – e eu não vivo sem você... – e beijou-a mais uma vez. Um beijo gostoso e demorado. Ela, então, o abraçou, enquanto ele a beijava delicadamente.

– Vamos fazer um filho agora? – sussurrou ele – hã? Que tal?

– Tá maluco? – sussurrou ela, rindo.

– Por quê? – sussurrou ele, rindo também.

– Eu já tenho três – explicou ela – e você também. Esqueceu? Não acha que tá bom, não?

– Por mim, a gente tinha uns oito – continuou ele, beijando-a. Ela riu – Hmm-hmm – continuou ele – mais três casais de gêmeos. Tá rindo, é? eu tô falando sério.

– Você não pode estar falando sério.

– Tô sim...

Jonas, então, segurou Verônica pela nuca e a beijou com desejo e determinação. Ela sabia que era praticamente impossível resistir ao beijo dele, pois esse era sempre firme e decidido. Até mesmo quando Jonas a beijava com delicadeza, era com firmeza também, não aceitando recusa. Após o longo beijo, ele se acomodou entre os quadris dela. Verônica gemeu antes mesmo de recebê-lo, e pegou nos ombros largos dele... até que Jonas a amou. A amou com toda delicadeza e perfeição. E entre beijos, carícias e gemidos, eles passaram a noite.



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No dia seguinte, enquanto conversava com Edna, Verônica tomava um sorvete de limão..

– Edna, eu tô tão sem jeito de falar com o Herval, sabe? – comentou a jornalista, gesticulando – sei lá, tô sem cara de falar com ele.

– Pois é – respondeu a amiga, rindo – e eu não queria estar no seu lugar não. Sério mesmo.

– Pois é, menina – falou Verônica, antes de tomar outra colher da sobremesa – e sabe que eu tô achando estranho o Herval não ter me ligado uma hora dessa...

– Desde aquele dia ele não te ligou?

– Desde aquele dia.

– É estranho mesmo – concordou a blogueira – ele tava sempre na cola, né?

– Pois é. O cara sempre foi tão insistente, grudento... ligava quase todo dia. E até agora nada. Edna, será que aconteceu alguma coisa com o Herval?



*************



Jonas Marra estava em sua sala quando, de repente, Davi entrou, agitado.

– Davi – falou Jonas, levantando-se da cadeira – precisava mesmo falar com você...

– Jonas, por acaso, foi você que mandou surrarem o Herval?

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