Beyond two Souls escrita por Arizona


Capítulo 39
O que é verdadeiro ou falso?


Notas iniciais do capítulo

Ooooi! :D

Saudades de você meu povo amado ♥

Bom, primeiramente eu quero agradecer de coração a Duda Everllark pela quinta recomendação dada a Beyond two Souls. Duda, muito brigada, eu amei sua recomendecion ;) valeu mesmo.

O capitulo está razoavelmente dentro da quantidade de palavras esperada, e acho que não tem nem um erro gramatical dessa vez (espero).

E sim,TEREMOS MUITO TRAMA PELA FRENTE!!!

Deixem os comentários, me digam se ficou bom o negócio, belezinha?

Beijos, até mais ♥



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Esconder meu rosto dos olhos acusadores de Peeta é inútil. A chama de dor que vejo no azul que me acostumei a admirar me paralisa. Ele está tão magoado, tão desiludido que os sentimentos parecem ter rasgado sua pele e se tonaram visíveis em sua transparência. Céus! Ele sabe, ele descobriu sobre nosso filho.

Deus...

Fecho os olhos com força, me condenando por dentro. Peeta não deveria ter descoberto sobre o bebê por outra pessoa, eu devia tê-lo contado quando tive a oportunidade, com certeza essa situação seria evitada. Agora, além dele ter descoberto a verdade, está triste e furioso comigo, como se já não estivesse assim antes.

Permaneço com os olhos fechados, me encolhendo contra a parede. Ele está bem na minha frente, ouço sua respiração acelerada subir e descer. Estamos tão perto que se esticar as mãos poucos centímetros poço tocar seu peito. Eu poderia dizer a ele o quanto sinto falto dos seus beijos no meu rosto, do quanto estou carente e precisando que afague meus cabelos.

Mas não... não é para isso que ele está aqui. Peeta não se lembra de me, ele mesmo disse que havia esquecido meu rosto. Então por que tem tanta certeza assim no nosso filho? Sou uma estranha para ele. Hora que ama, hora que odeia. E agora essa estranha carrega uma criança vinda dele.

São nesses momentos que desejo voltar no tempo e fazer diferente, porém não tenho esse poder.

— Fala! – me grita gravemente com autoridade na voz – Falo de uma vez sua maldita! Me diz se é verdade.

Encolho-me ainda mais na parede, abraçada ao meu próprio corpo. Meu coração bate tão forte dentro de mim que chega a doer, da mesma forma que as lágrimas começam a escorrer nas minhas bochechas em desespero. Não tenho coragem de abrir os olhos, não tenho coragem de olha-lo.

É humano errar e carregar alguém como culpado junto. Pois é dessa maneira que minha alma se sente, acusa a Peeta o tempo todo como o malfeitor de tudo isso, criando teorias e mais teorias da sua irresponsabilidade.

“Foi ele quem me engravidou.”

“Foi ele quem foi burro o suficiente para ficar para trás na arena!”

“Eu não tenho culpa.”

“A culpa é dele, é de Peeta!”

Reprimo cada um dos meus pensamentos, minha língua não pronunciaria nem uma daquelas palavras. Não vou permitir que minha magoa seja maior que a razão de saber que qualquer frase que eu diga pode virar a cabeça de Peeta no estalar de dedos.

— Eu te fiz uma pergunta! – Peeta grita novamente ainda mais enfurecido – Quer me fazer de idiota, é isso? Sua bestante, quer me fazer de idiota?

Peeta me tira do casulo que criei me pegando pelos braços com violência. A dor dos meus pulsos sendo pressionados me faz finalmente abrir os olhos, ele aperte com tanta forço que acho que vai quebrar os ossos. Queixo-me da agonia que estou sentindo gemendo de dor, mas aparentemente Peeta está irredutível.

Os olhos faiscam de pura raiva, ele está focado em me ferir, se não está tendo uma crise agora, vai ter em poucos instantes. Oh... ele não faz ideia do quanto ainda o amo, do quanto me importo com ele, não faz.

Seu amor é a coisa mais preciosa que trago em mim, e é ele quem mais me destrói.

— Katniss? Fala de uma vez! – pede novamente me sacudido de uma lado para o outro – Fala se o que eu ouvi é verdade. Você me escondeu isso?

Tento engolir o choro a todo custo, embora tenha um nó formado na minha garganta me impedindo de falar. Quero muito dizer-lhe que sim, é verdade, que existe um pequenino ser vivendo dentro de mim, um ser que ele e eu fizemos juntos, sangue do nosso sangue, carne de nossa carne. No entanto, eu apenas consigo balançar a cabeça em afirmação freneticamente, para que ele não tenha dúvidas de que vamos ter um filho.

Por um estante, tudo ficou quieto, permanecemos parados, olhando fixamente um para o outro. Busco no rosto de Peeta algo que indique que ele acreditou em mim, pedindo silenciosamente de não se entregue aos delírios de sua mente.

— Des...desculpe. – digo depois de uma longa pausa ainda tentado para o choro.

Peeta me larga no chão com brutalidade, o que faz com que eu bata os quadris na dureza do concreto. Logo a ardência se espalha pela região, juntos minhas mãos antes de combinar meu choro já existindo o lamento de dor pela pancada.

Mas logo o desconforto é substituído por aflição. Meu bebê passa a se mexer novamente, pela segunda vez no dia, porém de um forma mais agitada que a primeira. O medo dele ter se machucado cai sobre mim rapidamente, me preocupando instantaneamente.

Ponho as duas mãos no ventre, acariciando com cuidado para que meu filho se acalme, todavia isso parece ser impossível, já que não para de se revirar, me deixando ainda mais nervosa com ele.

— Shhh, shhh... calma querido. – falo para ele baixinho enquanto passo a mão na barriga – A mamãe está aqui, calma.

É a primeira vez que converso com meu filho, e que experiência inusitada é falar com a própria barriga, mesmo sabendo que tem alguém lá. Embora meu filho não me entenda, ou saiba o que está acontecendo aqui fora, talvez ele sinta que as coisa não vão nada bem para seus pais. Ouvi dizer que os bebês são capazes de captarem as emoções externas, e que sua mão é o canal.

O que me leva a concluir que, meu filho não tem sorte com a mãe dele.

Peeta que estava andando de um lado para o outro no quanto, se volta para mim rapidamente. Há uma veio saltando da sua testa, ele está suado e respirando muito profundamente, noto os punhos cerrado junto aos outros músculos tensionados do seu corpo.

Ele estava desse mesmo jeito ontem à noite, achei que ele poderia me matar a qualquer momento, mas teve um atitude totalmente diferente. No entanto as substâncias são completamente diferentes, sou eu quem estou na defensiva precisando de ajuda, e ele, voltou a ser o mesmo insano que me ofende de bestante.

Com passos rápidos ele se aproxima, agacha-se até ficar a minha altura no chão. Uma fenda se forma entre suas sobrancelhas, fazendo-o juntá-las, o que é um claro sinal de angustia, o desespero em seu olhar assusta até a mim. Ele põe uma mão no meu ombro, mas eu recuso seu toque me arrastando para longe dele, o que é impossível já que não tenho para onde ir.

— Eu te... te machuquei? – pergunta sussurrando com o rosto perto do meu ouvido.

Cubro minha barriga de forma ainda mais protetora, não permitindo que Peeta chegue perto dela. Talvez eu consiga de alguma forma proteger meu filho do seu pai louco. Com tudo, Peeta me surpreende mais uma vez. Percebendo que eu não vou lhe responder, e minha única reação foi esconder meu ventre, se põe de joelhos ao meu lado. Ele estica um dos braços espalmando as mãos nas minhas costas, enquanto sua mão esquerda se junta as minhas na minha barriga.

Ele está me abraçando.

Me confortando, fazendo o mesmo que eu fiz noite passada.

Não aquento e acabo desabando em lágrimas compulsivas no seu ombro. Seguro sua camisa úmida de suor com vigor, deixando-a amarrotada com tanta força, afundando meu rosto no seu peito. Contrita em minha agonia de tê-lo perto de mim.

Logo começo a emitir soluços agudos de dor, abafados contra do corpo dele. As lágrimas graças deixam um rastro de tristeza no meu rosto. Uma tristeza que eu queria muito espantar, mas quem fazia isso por mim, está tão frágil quando uma folha que se despedaça no inverno.

Peeta me puxa para seu colo, me fazendo sentar sobre suas pernas. Ele me abraça apertado, firmo, como se tivesse medo que eu escapasse dos seus braços. Ah, se ele soubesse que aquele era o meu lugar favorito de estar! Mas eu também não hesito, não quero solta-lo se forma alguma.

— Você se importa? – digo de maneira automática sem saber realmente se queria fazer a pergunta ou não – Você se importa se me machuca?

Devagar, Peeta afasta seus braços do meu redor, mas apenas o suficiente para me olhar, e vertiginoso suas mãos procuram meu rosto para apanha-lo. O azul dos seu olhos está tão límpido, claro igualzinho a um dia ensolarado, apesar as lágrimas que insistem em inunda-los, transbordando os espelho da alma.

Ainda é o meu Peeta, ainda tem o cheiro dele, ainda tem o mesmo rosto bonito que eu via ao acordar, e a marca de riso no canto da boca. As cicatrizes da tortura estão espalhadas nas suas veias, enchendo sua cabeça de mentiras, só que está aqui uma verdade:

O amor que tenho por ele, e o fruto que esse amor gerou.

— Eu não me lembro de muita coisa. – as palavras saem como uma penitencia, eu vejo o esforço que é para ele, a dor que está sentindo – Não sei direito, Katniss. Mas o que sei é que eu fiz a promessa de te proteger, fiz uma promessa e vou cumpri-la. Nem que seja para te proteger... Proteger você, de mim mesmo. Se eu te machucar, eu vou me machucar. Não sei o que Snow fez comigo, mas ele mexeu com a minha cabeça, não com o meu coração.

Nós dois estamos chorando, agarrados um a o outros como voracidade. Peeta tinha uma certeza no meio de tudo o que ele viveu até aqui, e agora, eu também a mesma confiança que ele. Não tinha dúvida nem uma de que ele arriscaria o próprio pescoço por mim, porque é isso o que tem feito até hoje.

Seus olhos descem pelo meu rosto, parando na minha boca. Com o polegar, Peeta roça meus lábios lentamente. Num ato de puro declínio, fecho os olhos apreciando o carinho que a muito não sentia. Meu corpo mata as saudades do efeito que as pontas dos dedos dele me causam, arriando-se por inteiro.

Abro os olhos dando de cara como seu rostos masculino cheio de desejo. Levanto meu corpo só mais um pouquinho, apoiando meus cotovelos em seus ombros, deixando nossas faces em um desnível de poucos centímetros. Os braços fortes de Peeta voltam a me rodear, dessa vez tomando posse as minhas constas com luxuria.

Sua boca chega a minha no estande seguinte em um beijo faminto, sedento de tanto tempo que esperou para acontecer. A língua quente invade minha boca, puxando a sanidade de podia ter em mim para seus lábios.

Lábios que eu mordo só pelo prazer de tê-los junto aos meus outra vez.

Peeta não sairá tão cedo desse quarto. Oh, não mesmo!


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