Beyond two Souls escrita por Arizona


Capítulo 24
Desejo


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, tudo bem?!
Primeiramente, desculpem demorar tanto para as postagens, já expliquei muitas vezes a razão, mas mais uma vez reafirmo que atualmente sou uma pessoa que tem uma rotina semanal corrida, e é difícil escrever a histório, por isso estou fazendo o que posso em manter a fic.
Do mais, comentem o capitulo, digam os que gostaram, e o que não, favoritem e recomendem a história.
Agora se esparramem e divirtam-se com o capitulo novo!
Beijos! Boa leitura!
Até mais



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Senti o calor dos seus braços me deixar, sendo substituído por grossas camadas de cobertores. Um suave beijo foi depositado em minha testa, era como nuvens me beijando. Minha mente capturava cada um dos seus movimentos, eu entendia que ele se levantara da cama e se despedia, mas meus olhos ainda continuam dormentes.

O peso que tinha do lado esquerdo do colchão havia esvaziado com calma, ele já devia estar calçando os sapatos agora. Ele sempre ia antes do sol ficar alto no céu. Peeta temia que minha mãe o apanhasse em meu quarto, ou alguém do lado de fora o visse pular da minha janela.

Se tornou um costume para ele – uma necessidade para mim - dormimos juntos. Não importa muito a hora, quase sempre fugíamos de nossas casas para procurar o conforto um do outro, aí então nos abraçámos e deitámos.

A embriagues quem Peeta me provoca nem eu sei explicar. Quando recosto em seu peito, sinto seu cheiro, eu não compreendo nada ao meu redor, há apenas ele, e eu, e nós.

Eu tentei, eu juro que tentei ir contra tudo isso. Lutei como toda força que poderia haver em mim, busquei entender um razão para o que diabos eu fazia quando estava com Peeta, porém nem eu entendia, até que...um gongo soou em minha cabeça, retumbando dentro do meu peito. Sem ele eu não posso viver.

Me vi em muitas situações, tive muitas perdas, senti o peso das minhas mentiras. Os jogos me arrancaram a dignidade, deixaram um mancha escarlate em minha vida. Gale. Meu amigo que se tornou meu amante, não tê-lo por perto ainda é estranho, mas diferente dele, eu subir a superfície para respirar.

Quando olhos nos insondáveis olhos de ares de Peeta, as minha feridas propiciam, diminuem em correr meus ossos de temor, e quando ele me abraça... Ah quando ele me abraça eu sou livre.

Ele me mudou, me conquistando do seu jeito galanteador e ao mesmo tempo tão sincero. Me fez chorar, e chorou comigo, me consolou, e foi consolado, me viu em dor e me deu esperança. Minha vida sempre foi ligada a dele, só bastava perceber os sinais, ele estava sempre lá, sempre junto, e agora eu sei, nada vai mudar o que eu sinto.

Sou completamente apaixonada por Peeta Mellark.

Quando foi que comecei a acordar com um sorriso bobo no rosto? Que tolice a minha. Sei que é inevitável não sorrir, principalmente quando meus sentimento transbordam pelos olhos. É! Me tornei uma moribunda de amor.

Mas é assim mesmo, essa coisa doida chamada paixão, morde a gente e sai voando por aí, sem ligar muito em qual coração seu vírus pegou.

Deus! Eu, Katniss Everdeen pensando sobre estar apaixonada?

Ahh...chega de falar sobre isso. Estico o corpo ao levantar, o sol entrando na janela indica que já é tarde. Entro no banho, mas o movimento na minha cabeça continua. Gargalho sozinha me lembrando da noite passada, das mãos teimosas de Peeta subindo por minhas pernas, lembro da cara que ele fazia quando o repreendia.

Mesmo me livrado das investidas que ele faz, é bom saber que sou desejada. Essa certeza é ainda mais evidente quando ele me abraça e sinto o volume que tem entre as pernas.

Peeta já teve outras experiências com mulheres, experiências essas que eu nem gosto de me lembrar. Quando via as mulheres da Capital, reparava na beleza que tinhas, recalcada pelas maquiagens extravagantes e a dose de joias em seus pescoços.

Eu não tenho nada daquelas mulheres que possa atrai-lo, mas Peeta anseia por meu corpo com a mais primitiva luxuria nos seus olhos, em seus beijos sedentos em chamas, e arrepios que me sobem por seu peito.

Minhas bochechas queima de tanta vergonha quando isso acontece, mas não nego que o quero completamente meu. Peeta me desperta coisas, me faz querer coisas que nunca achei que seria capaz de imaginar. Quando ele me toca, eu enlouqueço.

Entro no closet já com as roupas que vou escolher em mente. Visto-me rapidamente, o frio que o inverno trouxe esse ano estar bastante rigoroso. Ponho um par de meias grossas só para não ter que ficar calçada dentro de casa, e em pisar no chão frio. Desço os degraus para o andar de baixo saltitando, isso provoca uma olhar espremido de minha mãe para mim.

– Você anda acordando tarde ultimamente. – ela diz quando sento a mesa.

É bem verdade, eu costumava levantar antes mesmo do sol, e agora acordo o ele batendo no meu rosto. Antes minhas noites eram perturbadoras por causa dos pesadelos, mas agora...ah, agora sou protegida pelo abraço quente do meu Peeta.

– Acho que é o frio... – retruco tentado desfazer o sorrio que tenho ao lembrar de Peeta.

– Hum – é o comentário que faz – Acho que você anda muito sedentária, mal vai a floresta agora, devia ir só para esticar as pernas, e além do mais, Peeta estar te acostumando mal trazendo aquelas comidas que ele faz para você todos os dias...está ficando com a bunda gorda.

– Mãe! – olho feio para ela – Eu não estou com a bunda gorda, e você bem que gostas das comidas do Peeta, não reclame.

Páris revira os olhos e sai da cozinha. Prim já deve ter ido para a escola, isso explica o silencio na casa, isso explica também o fato do gato mais feio do mundo está olhando para mim, ele só olha para mim e me trata bem quando quer algo que o interessa.

– O que? – pergunto a ele sem a menor educação – Você quer meu pãozinho de queijo? – finjo oferecer um pedaço a ele que mia em resposta – Pois vai ficar querendo seu horroroso.

Rio da cara de frustração de Buttercup – se é que isso é possível – e da rosnada que ele solta em seguida. Estava demorando para ele mostrar quem é de verdade, um gato ambicioso, feio por fora e por dentro. Ele sempre me detestou.

Quando Prim chegou em casa com um filhotinho rabugento e cheio de vermes eu não quis permitir que ele ficasse, e tentei afoga-lo num balde, só não o matei porque Prim chorou como nunca nesse dia, mas acho que ele ainda guarda rancor por isso. A única coisa que o faz chegar perto de mim sem abaixar as orelhas e rosnar é comida, para isso ele não tem magoas.

Ele fica me encarando assustadoramente, os olhos de Buttercup me causam arrepios. Amarelos topázio amedrontadores, assim como seu pelos. Se esse bicho fosse um pouquinho maior, tenho certeza de que me colocaria no seu cardápio.

Termino de comer, limpo a mesa como sempre faço, lavo e guardo a louça no armário. Mamãe fica praticamente a manhã inteira tricotando e cantarolando as canções que um dia foram cantadas por muitos em nosso Distrito.

Subo de volta ao meu quanto, mas antes escuto minha mãe gritar que logo vamos sair para o Prego. Nossa comida agora vem da Capital, a cada quinze dias trazem quilos e quilos de suprimentos para a mansão dos vitoriosos. Parece que o Distrito é precário de mais para fazemos as compra aqui, por isso os alimentos são enviados.

Isso resulta em uma quantidade enorme de comida boa sobrando – e se estragando – então sempre separamos um certa quantidade, e doamos semanalmente a população. A Capital pote até nós dar o alimente, mas não diz o que fazemos com ele.

Os outros moradores da Vila também fazem o mesma, quer dizer, Peeta e eu separamos a comida do Haymitch. Apesar dele beber metade do dia, e a outra metade dormir em coma alcoólico, quando acorda come feio um animal.

Não tenho muita coisa para fazer, a estação fria deixa sempre um monotonia constante. Jogo-me na cama visando o teto sem graça do meu quarto. Suspiro sem ter muita variação de estado, até que reparo no criado mudo com o abajur. Um aperto me atingi no peito, e lembro-me da joia que guardei ali, na gaveta do mesmo cômodo.

Abro-a, retirando de lá a pequena pérola que foi me dada antes dos Jogos. Eu a havia deixado na gaveta para não perdê-la, colocado dentro de uma caixinha, como quem guarda um sopro de ar para existir.

Seguro a pérola entre meus dedos – como fazia na época dos Jogos – sentindo a superfície lisa e macia que tem. Passo sobre meus lábios que se aquecem com a ficção. Fecho os olhos para aproveitar a sensação que me traz. O calor do contado da pérola com minha boca, me faz recordar o calor dos beijos de Peeta.

Pego uma suéter velho de tricô que minha mãe me fez, desfio uma das mangas, puxando um pedaço suficientemente longo para fazer o que quero. Amarro a pérola ao fio de lã, perdendo-a com firmeza, depois a em volta do meu pescoço com um nó no final, escondendo dentro da blusa que uso.

Haymitch arrebentou o cordão da última vez, tudo bem que ele estava bêbado demais para se segurar nas próprias pernas, mas também acabou deixando escapar que era um objeto importante para Peeta, e que ele não daria essa pérola a alguém se não confiasse nela. Por isso, dessa vez não vou deixar ninguém tira-la de perto do meu coração.

Mamãe e eu vamos ao Prego. Distribuímos algumas sacola de alimentos as pessoas por lá, e compramos panos limpos e balsamo para o seu estoque. Ela me cobra que precisa de alguns de suas ervas, que elas começam a faltar e que tenho que buscar na flores, retruco que quase não há relva que resista ao inverno e que ela deveria ter guardo suas ervas, mas é em vão.

Sou obrigada a ir a floresta mesmo sob ameaça de nevasca no céu, sorte minha que as ervas que ela tanto precisa são perto da cerca, só preciso andar alguns metros para dentro para pegar as que eu preciso. Mesmo sabendo que ninguém vem aqui, dou um checada nas minhas armas escondidas no tronco.

O arco maior, o de Gale, está faltando, o que indica que provavelmente ele passou aqui, e ainda está na floresta. Anda apoiada no tronco oco, bato as raízes cheias de terra das ervas, para evitar que sujem o bolso da minha jaqueta, até que algo me chama atenção.

Fico boquiaberta com surpresa que tenho. Gale e Madge, rindo abraçados e...se beijando. A cana me deixa até um pouco zonza, pisco os olhos com forço, sacudo a cabeça só para ter certeza do que o que eu estou vendo é mesmo real, não pelo fato de estar vendo eles trocando caricias, não por isso, mas pelo fato de achar que vê-los tão íntimos um dia seria simplesmente impossível.

Já me lamentei muito por enganar Gale – junto com um país inteiro – dizendo que era apaixonada por ele. Eu o usei, usei o sentimento que tinha por mim para construir um teatro. Depois disso, ele se tornou alguém estranho para mim, ao nos encontrávamos, dizíamos o mínimo de palavras um para o outro, sempre com frieza, sistemático.

Brigamos feio, dissemos coisas que magoavam tão impensadamente, eu sentia sua falta, e sabia que ele também sentia a minha, um dia já fomos tudo o que tínhamos. Ele me pediu desculpas quando levou a própria Madge feria para minha casa, e agora eu entendo; ele estar se curando, estar me superando.

Isso é realmente justo com ele. Passou tanto tempo escondendo que gostava de mim, não lhe dei a chance de demonstrar isso, eu apenas corri dele e do que tinha a me oferecer, dentro de mim só poderia existir o Gale, meu melhor amigo, mas nada além disso.

Os dois paralisam quando me veem, percebendo que os peguei no flagra. Gale arregalam os olhos, abrindo a boca várias vezes, sem que nem uma palavra saia dela, já Madge, é aí coitada, pode ser comparada aos morangos selvagem que tanto adora pela vermelhidão do seu rosto. Fico pensando que é assim que eu devo ficar quando Peeta tenta suas saliências.

É impossível não rir da cara deles, mas faço de tudo para esconder minhas emoções. Respiro fundo, desviando o olhar pra não envergonha-lo mais, só que isso já é inevitável de acontecer.

A situação do casal piora quando não consigo me conter e começo a gargalhar dos dois, me arrependendo profundamente da minha atitude, mas o que eu posso fazer? É mais forte do que eu.

– Ka...Katniss, eu...eu...posso explicar... – um Gale de ombros encolhidos tenta dizer.

– Não, não Gale, tudo bem – digo recuperando meu fôlego depois de tanto rir – Eu é quem peço desculpas, não queria atrapalhar vocês. Deus! Eu...desculpem.

– Não, Katniss – Madge não ousa me olhar – Isso deve ser estranho para você, é estranho para nós também. Oh, céus! Isso não deveria está acontecendo.

Ela se afasta bruscamente do abraço de Gale, parecendo desnorteada. Ela deve estar pensando que é o pivô de uma traição, que “a outra”, quando na verdade é a pessoa mais inocente disso tudo. Não sei o que Gale disse a ela sobre nós, mas temo que não tenho sido muito detalhista com relação a isso, principalmente por um motivo chamado Peeta Mellark.

– Oh, não! Madge, não se preocupe, eu já vou indo, vou deixar vocês em paz, tá bom? – começo a andar para longe deles - Não liguem para mim, vocês não me viram, eu não os viu, então tudo em seus devidos lugares.

A pobre Madge continua aumentando o seu nível de vergonha, Gale não tem coragem de levar a cabeça, fazendo careta e apertando os olhos, como uma criança que foi paga fazendo travessuras, e agora tem que lhe dar com as consequências.

Passo a cerca ainda rindo do que aconteceu a minutos atrás. Volto o mais rápido possível para casa, sinceramente, eles não me devem nada, e eu muito menos vou cobra-los algo.

Já é quase hora o almoço quando chego em casa, minha mãe está terminado de cozinhar, pelo cheiro é cozido de carneiro, o meu preferido. Dou a ela suas preciosas ervas, que ela guarda em seguida. Eu a ajudo pondo a mesa para a refeição. Logo estamos sentadas comendo.

Prim só volta da escola depois das três da tarde, então como sempre, a obrigação de limpar a louça fica para mim, enquanto dona Everdeen vai tirar seu cochilo d rotineiro depois do almoço. Ainda na pia secando os pratos, olho pela janela vendo os primeiros flocos de neve caírem, talvez Prim chegue em casa mais cedo hoje.

Depois de tudo pronto, arrumo as botas nos meus pés novamente, apanho minha jaqueta mesmo que não tenha a precisão de vesti-la, já que estarei aquecia novamente no momento em que atravessar a rua.

Não é mais necessário que eu bata para entra na sua casa, estamos tão acostumados com o ritmo plano que correm nossas vidas, que dispensamos formalidade facilmente depois de um tempo. Peeta gosta da casa mais escura, deixa sempre algumas cortinas fechada para isso.

As panelas e o cheiro de comida ainda impregnam a cozinha quando passo por ela, ele deve ter acabado de almoçar. Vejo a lareira queimando a lenha devagar com seu fogo, o silencio do lugar faz é agradável, antes eu teria medo dessa calmaria, e por não achar Peeta de imediato na casa, mas agora sei que ele estar seguro, e não se envenena mais ao se encher de entorpecentes.

Só agora lembro-me que não tirei as botas ao entra, olho para trás vendo o rastro de neve que deixei. Tarde demais, e eu não vou limpar, não agora com a visão de Peeta deitado de bruços sobre os cobertores no chão, usando apenas cueca.

Um sorriso derretido em luxuria se forma em meus lábios, eu não vou resistir em aperta-lo. Retiro as botas, deixando no canto, chego perto dele devagar, ponho minhas penas uma de cada lado de seu corpo. Vou deixando meus lábios pousarem levemente sobre a pele de suas costas, suas largas e fortes costas, agora com músculos relaxados.

Seu perfume de invade, me arrepiando dos pés à cabeça. Deito meu corpo sobre o dele, deslizando minha mãos sobre seus braços, beijando seu pescoço. Ele fica tão lindo dormindo, ele fica ainda mais perfeito, seus cílios loiros são tão longos...e parecem até invisíveis na claridade.

Aliso seus cabelos mal comportado, sua macies provoca cócegas nas palmas de minhas mãos por serem lisos. Por um estando sinto que admira-lo daquela forma erra necessário, o nosso sentimento é perigoso, a qualquer momento pode nos trair, posso ser pega espiando em quanto dorme.

Eu não deveria ter chegado tão perto, pós Peeta começa a acordar, praguejo contra me mesma por estragar esse momento. Escondo o rosto na sua nuca enquanto abre os olhos. Buff! Fui pega espiando enquanto dormia.

– Hum...o que você está fazendo em cima de mim? – pergunta sonolento.

– Ah, só senti vontade de ficar em cima de você – faço a vozinha mais manhosa que consigo – Por que, você não gostou? Se quiser eu saio...

– Não! Não, assim está ótimo meu amor.

– Hã, bom então, porque eu não ia sair mesmo.

Permanecemos assim por um tempinho, fecho os olhos para gravar dentro de mim esse momento, pelo menos é o que tento fazer até Peeta se virar de uma vez, me fazendo cair de cima dele.

– Seu babaca! – reclamo esmurrando seu braço.

– Oh, vem cá, deixa de ser braba mulher.

Me puxa de volta para seu corpo, agarrando minha cintura. O fervor que me toma ao sentir seus lábios nos meus, é totalmente particular em cada toque, o calor das nossas peles se tocando, sua língua subindo pelo céu da minha, os pelos que ele tem no peite que eu adoro sentir contra minhas mãos, tudo é maravilhoso quando estou com ele.

Não demora muito para os franzir de suas mãos começarem, flutuando por minhas costas até chegar ao bumbum, apertando de leve. Não vou mentir, o seu toque me atiça também, mas eu...não me sinto pronta para algo tão íntimo assim, como é...como é esse momento.

– Peeta! – tiro suas mãos de onde estava – Você sabe que não fico à vontade com isso.

– Tá bom – ele bufa de frustração – Desculpe. É que...amor, eu não resisto, eu fico louco para te ter.

– A gente já falou sobe isso, eu acho que podemos ir mais longe do que estamos agora – ele concorda com a cabeça – Nós já dormimos juntos todos os dias, só espera mais um pouco, tá? Eu sei que você já ficou com outras mulheres antes, e deve ser difícil para você esperar por mim, mas...

– Ei, Katniss. – Peeta me olha sério, um tanto irritadiço – Por Deus, não pensa assim, eu não vou te deixar só porque nós não... Isso não importa, o que importa é que eu amo você, nunca exigiria seu corpo para me satisfazer, isso é uma consequência para nós dois – seu tom de voz é um pouco mais grave do que costuma usar, deve querer mesmos enfiar suas palavra na minha cabeça – Você é a coisa mais preciosa que tenho, não te dispensaria da minha vida por causa do meu machismo, você entendeu?

Está sento bem sincero, eu sei, mas qualquer garoto se sentiria insegura em perder quem se gosta para os desejos primitivos do outro. Ele me ama, eu também o amo, o quero muito, porém não consigo me entregar dessa maneira a ele. Peeta também é a minha joia preciosa.

Minha joia preciosa.

Por ainda está sobre ele, acabo sentando no seu colo, na verdade, sento um pouco abaixo da linha do seu umbigo, sentido a dureza que tem entre as pernas, me deixando vermelha de vergonha. Rir de mim como sempre faz quando fico assim, erguendo o corpo sentando-se junto a mim.

– Sei que você não estar pronta, mas as coisas poderiam ficar melhor se você não fosse tão puritana.

Puxo o cordão com a pérola dela no final, lhe mostrando que a tenho com carinho perto de mim.

– Se eu não fosse tão puritana, não carregaria isso comigo?

O seu rosto se ilumina quando ver que eu ainda a tenho. Delicadamente a segura, como se pudesse quebra-la ao tocar. Seus olhos se volta para mim, assim como sua boca, e ali está o meu garoto de onze anos e meio, salvando-me ao jogar pães queimado debaixo de uma tempestade.

– Mesmo que você esteja longe – seguro a pérola com firmeza entre as mãos – ela vai ser sempre a prova de que você em todo tempo está comigo.

Dispensamos todas as palavras, congelamos o tempo e transformamos aquilo em eternidade. Não sei o que o amanhã nós reserva, que futuro devastador tem por detrás da cortina, nem os segredos que habitam as profundezas da consciência humana, muito menos as estrelas e constelação do céu. O que sei é que está aqui era tudo o que eu queria.


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