[Visão da Élia: On]

Hoje nós íamos visitar Nephter, Nero e Violet no hospital, eram nove horas da manhã, decidimos sair cedo mesmo o hospital sendo em uma cidade perto daqui, Newton preferiu ficar no quarto no internato dormindo, pois tinha chegado muito cansado, ele disse algo sobre viagens de avião serem cansativas, enfim, eu já falei que não gosto de hospitais? Eles me lembram filmes de e jogos terror. Bem, estamos indo para a cidade aqui perto do internato, espera! Essa cidade... Eu conheço ela, é a mesma que eu vi quando o garoto de neon apareceu para mim no lado de fora do internato. Mas tem mais alguma coisa, eu já estive aqui antes à muito tempo, porém não consigo me lembrar...

Lari: Élinha? Élinha, tudo bem? Laura!

Élia: Uh? Ah, tudo sim Lari. Eu acho que sim...

Lola: O que foi Élia? Algum problema?

Élia: Esse lugar tem uma energia tão estranha e sombria... Não me sinto muito confortável aqui.

Lola: Se quiser pode ir de volta pro internato descansar, pedimos pro taxista te deixar lá.

Élia: Não precisa eu vou ficar bem.

Além do mais, quero apoiar Gray no hospital.

Olhei pro lado onde Gray estava, sua pele parecia mais branca do que o normal, seus braços e pernas tremiam e ele suava frio olhando pra um lugar fixo.

Lari: Gray, tá tudo bem?

Ele virou bruscamente e encarou Lari assustado.

Gray: Uhum... Eu... To bem...

Então voltou a encarar o ponto fixamente. Esse ponto deve ser interessante pakas.

Foxy: Tem certeza maninho? Não quer ir embora?

Gray: Tenho. Eu preciso ver ela.

Ele ama muito a Violet e, com certeza, ela também o ama, algo me diz isso.

Chegamos ao hospital e eles separaram pequenos grupos para entrarmos no quarto, porque tinha pouco espaço lá dentro. Os grupos eram: Lô, Bonie, Levi e Alice; Henri, Foxy, Andrius e Mona; Eu, Lari e Gray. Resolvemos ir com Gray porque não queríamos deixar ele ir sozinho, parecia estar muito mal.

Levi e Alice estavam jogando, Lô e Bonie em um canto (Autora enxerida: On: Pensando besteira) conversando (Autora enxerida: On: Despensando besteira pensada) sobre jogos e o segundo grupo estava esperando na recepção e conversando sobre o passado, nós íamos entrar quando a enfermeira nos chamasse.

Enfermeira: Pode entrar grupo número três. Laura Straux, Larissa Sudré e Gray Librea me acompanhem por favor.

Acompanhamos a enfermeira em um corredor, passamos duas portas de onde estávamos e ela nos indicou uma porta com três nomes escritos nela. Nero Kuroi, Nephter Block e Violet Blurck.Quando entramos, Gray correu até a cama do meio que tinha uma garotinha deitada com aparelhos em volta.

Gray: Vio-chan... Estava com saudade sua...

Lagrimas caiam dos olhos dele e corriam por seu rosto enquanto alisava o cabelo da garotinha, ele sorria um pouco também, como se estivesse feliz com a presença dela, porém triste com a situação em que estava. Ela era exatamente igual a garota que apareceu na cantina aquele dia.

Élia: Uh? De n-novo isso? Por que eu...?

Comecei a chorar de novo e quando percorri o quarto com os olhos, tentando segurar as lágrimas, vi em uma das camas o mesmo garoto que apareceu pra mim naquela noite.

Élia: Q-quem é ele?

Falei apontando pra cama enquanto tentava segurar o choro e a tremedeira. Estava igual ao Gray no carro.

Lari: O nome dele está aqui na ficha da cama. Nephter Block.

Ouvir esse nome e o assimilar com minha visão foi como uma facada em meu peito. Meu corpo estremeceu e eu quase caí, mas consegui me controlar por pouco segurando na parede. Quando olhei Gray ele estava assim também, porém sua íris e sua pupila haviam sumido e ele não tremia mais.

Élia: Gray? Gray você está bem?

Ele se virou e saiu correndo do quarto batendo a porta atrás dele. Não era ele ali havia algo no controle do corpo, parecia ser um instinto.

Élia: GRAY! VOLTA AQUI GRAY!

Saí correndo atrás dele pelo hospital sem saber aonde ele iria parar.

[Visão da Lari: On]

Élia e Gray estavam estranhos, principalmente perto de Violet e Nephter. De repente Élia quase caiu (se não fosse a parede ao lado dela ela teria despencado no chão, ainda bem que ela tem seus reflexos bons) e Gray saiu correndo sem rumo pelo hospital levando Élia que foi atrás dele desesperada enquanto gritava seu nome e pedia ajuda pros outros que estavam lá fora sentados em um banco próximo. Eu estava assustada e sozinha na sala de hospital. Resolvi olhar a última cama que era a de Nero.

Lari: Nero Kuroi...

Esse nome era familiar. O garoto era claro, deve ser pela falta de sol no quarto, seus cabelos eram escuros, quase negros, e, pelas fotos na cabeceira seus olhos eram verdes escuros. Ver aquele garoto naquela situação me deixava triste por alguma razão.

Senti algo incomum, uma presença atrás de mim, então senti dois braços abraçando minha cintura, me puxavam para perto de seu dono, senti também gotas quentes em meu ombro juntamente com pequenos soluços, com certeza era choro, meu corpo arrepiou, quando senti algo se encostando em meu ombro.

???: Você não mudou nada...

Eu reconheci aquela voz, embora entre soluços, porém havia me esquecido da pessoa. Senti lábios em minha bochecha, um beijo, e uma respiração quente perto de meu pescoço.

???: Eu te amo, estou com muita saudade...

Ele sussurrou em meu ouvido.

Lari: Q-quem? Quem é você?

???: Logo nós nos reencontraremos e eu te contarei, embora ache que você já deve ter uma idéia.

Disse olhando pra cama de Nero. Ele colocou algo em meu pescoço, um colar com um pingente de esmeralda em forma de broto de bambu, parecia com os olhos do garoto na foto.

???: Eu te amo Lari... Minha pandinha branca...

Então a presença sumiu deixando um cheiro de hortelã no ar. O aparelho que media a atividade cerebral de Nero estava maluco e sua respiração ofegante, ele estava bem ativo para alguém em coma. O que acabou de acontecer aqui?