Os Mistérios de Penvile escrita por Richard Augusts


Capítulo 2
Capitulo 2


Notas iniciais do capítulo

Ei galera, ta aí o novo capitulo, espero que gostem. eu particularmente achei que ficou muito bom.

Ops: mais um capitulo editado pelo meu novo beta, Nick Evans :D



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Virei-me em um pulo para trás. A voz vinha de um garoto de estatura grande, com cabelo bagunçado e olhos cor de mel, com uma estranha... Fome neles.

– O que tem aqui dentr... – Algo esmurrou a porta e começou a rosnar. Minhas pernas falharam com o susto que tomei, e acabei caindo. Arrastei-me o mais rápido possível daquele lugar. O pânico tomou conta de mim e cheguei a esquecer do garoto que estava ali. Olhei para cima e perguntei, em um tom mais alto do que deveria, eu acho: – O que diabos é isso?!

Ele abaixou a cabeça, suspirou e deu um leve sorriso. Foi até a porta e deu um chute nela.

– Cala a boca Amorphophallus! – A criatura começou a... latir?! – Eu juro que se você não parar te deixarei sem comida hoje!

De repente, tudo ficou em silêncio. O garoto se virou para mim com um sorriso de orelha a orelha. Ele estava sobre a sombra da casa. E, algum tempo atrás, estava em pânico, então não pude reparar totalmente nele. Mas quando ele se aproximou, pude ver, e aí sim meu coração disparou. Ele estava com um jaleco branco, com muitas manchas vermelhas. Percebendo o meu olhar de desespero, ele recuou para trás, o sorriso desapareceu e se adiantou em se explicar.

– Por onde começo? Haha. Essas manchas são sangue sim. Mas é que eu trabalho em um açougue, então não se preocupe que eu não matei sua família ou algo do gênero. Ainda – novamente aquele sorriso. Podia associa-lo a um psicopata, e jurava que ele estava falando sério até ele começar a rir – Estou brincando.

– Ok, fico mais aliviado. O que tem ali dentro?

– Ah, sobre isso... Eu deixo meu cachorro preso aqui dentro. Ele é um pouco feroz, e, por alguns acontecimentos, me deixaram fazer um lugar para prende-lo – ele olhou para a casa, fechou os olhos e balançou a cabeça como se não quisesse lembrar-se do que avia acontecido - Você é o novo morador, não é?

– Sim, a propósito, meu nome é Antony. Desculpe por me intrometer, mas não sei o que me deixou tão curioso.

– Não, de forma alguma. Eu é que devo lhe pedir desculpas. O Phopha tem estado tão agitado ultimamente. – ele olhou para os pés e suspirou. Seu cabelo caiu sobro os olhos castanhos. Ele era alto, muito alto. Só então percebi que ainda estava no chão. Tentei esconder o constrangimento e me levantei rapidamente. - Mas outra hora lhe explico sobre ele. Agora, sua mãe pediu para eu te chamar. Mas, espere um pouco. Vou pegar um presente para meus novos vizinhos!

– O que é? – perguntei, enquanto ele ia para trás da casa. Voltou depois de alguns minutos, com uma flor muito estranha. Se olhasse para ela fixamente por um tempo, eu poderia jurar que ela se mexia. Mas não fazia a menor ideia do seu nome. Fiquei com vergonha de perguntar, então apenas elogiei: – Que linda, minha mãe irá adorar. Ela queria algo especial de mim?

– Obrigado, eu tenho um jardim ali atrás e sou maravilhado por plantas. – seus olhos se iluminaram ao falar a palavra – Não sei, ela apenas pediu para te chamar. Vamos?

Assenti com a cabeça e então voltamos para casa. Quando estava passando pelo salão, me lembrei daquela garota que me avisara para ficar longe do lugar. Será que deveria perguntar a ele sobre ela?!

– Ei, você não me falou seu nome. – fiquei meio sem jeito por não ter perguntado. – Fiquei tão nervoso que acho que me esqueci de meus modos. Desculpe!

Ele me olhou com um sorriso torto. Como que soube-se que eu queria perguntar outra coisa e só estava enrolando.

– Me chamo Eduard, mas me chame de Edy.

– Ok, então... Quem mais mora aqui além de nós?

– Tem o velho Billy, mas ele nunca sai de casa. – ele botou a mão no queixo e olho para cima. - E só nós, eu acho.

– Mas quando alugamos havia três ocupadas. - Meu coração começou a acelerar. Se não havia ninguém a não ser ele, então quem era aquela garota? Acho que estava começando a ver coisas. – Moram apenas você e seus pais?

– Na verdade, só eu e meu pai. Eu nunca conheci minha mãe, então... Enfim. – seus olhos estavam tristes agora. Arrependi-me no mesmo segundo de ter perguntado aquilo. – Mas e vocês, porque vieram morar aqui?

– Meu pai recebeu uma proposta de emprego no vilarejo aqui perto, então nós viemos.

Estávamos chegando perto de casa quando ele parou.

– Ei, eu me esqueci de alimentar o Phopha, eu já dou uma passada na sua casa. Leve isso para sua mãe por mim. – ele me entregou o buquê e voltou para a casinha aos pedaços. Mas, no meio do caminho, ele parou e gritou. – E seja bem-vindo, Antony.

Respondi com um meio sorriso. Voltei para casa e minha mãe me recebeu com um abraço.

– Querido, da próxima vez avise se for ficar tanto tempo. – ela era daquelas mães corujas, que não podem em hipótese alguma perder o filho de vista. – Conheceu o Eduard?

– Sim, a propósito... – estendi o buquê a ela. – Ele mandou lhe entregar isto.

– Ai nossa, que linda. Faça-me um favor e coloque isto no vaso da sala. – entrei na casa e coloquei a flor no vaso. Ainda insisto que essa coisa se mexe. Enquanto minha mãe esperava, meu pai conversar com as pessoas que nos ajudaram com o caminhão de mudança. – Antony, suba no seu quarto e veja o que seu pai arranjou. Você vai gostar.

Subi as escadas correndo. Estava esperando que fosse algum videogame ou algo do tipo. Quando abri a porta, a maior decepção da minha vida estava ao lado da minha cômoda. Era apenas um espelho. Aproximei-me dele e vi o reflexo de um garoto esquelético com os cabelos negros lhe cobrindo o olho e a pele tão branca quanto à de um vampiro. Aproximei-me do espelho. Fiquei sem ar e entrei em desespero. Virei para trás e olhei para a janela escancarada, onde eu jurava ter visto algo, não, algo não, alguém. Cheguei perto da janela tremendo e com medo. Cada passo minha perna falhava. Depois daquele dia eu iria ter que tomar remédio para o coração ou não aguentaria. Olhei para cima, o céu um azul escuro lindo. Era noite e ele brilhava com milhares de estrelas. Havia um bilhete grudado na janela. Quem o colocara ali? Descolei-o e minha mão falhou. O bilhete caiu no chão. Estava escrito a seguinte frase:

Não confie nele, por favor. Ajude-me – A Garota do Salão.

Definitivamente eu ficaria louco naquele lugar. Não conseguia decidir o que era mais estranho. Um garoto me dar uma flor, o nome daquele cachorro ou o aviso desta garota misteriosa. Meu estômago estava embrulhado. Caí na cama e fechei os olhos com força. Mas, vendo pelo lado bom, é a primeira vez que uma garota me escreve.

De repente, ouço algo quebrar lá embaixo. Em um pulo levanto da cama e vou até a porta.

– Mãe? – começo a suar frio – Pai?

De repente, ouço minha mãe gritar e em seguida mais alguma coisa se quebra. Meu coração salta do peito e meus olhos começam a lacrimejar enquanto desço as escadas já pensando no pior.


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Notas finais do capítulo

Bom, é isso. Gostaram? deixem nos comentarios dicas de oque eu posso melhorar. se gostarão continuem lendo e favoritem, ou acompanhem e tudo mais. Obrigado,
~Rick



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