Radioativos escrita por MahriRin


Capítulo 7
Color of Love


Notas iniciais do capítulo

HELLO NOSES! Mais um cap pra vcs! Sei que demorei um pouco, mas aqui está!


Boa Leitura e Enjoy!



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Maebh:

As chamas ardiam contra as bochechas de Maebh.

Estava um tanto que aliviada por Percy segurar sua mão. Ela olhava para a fogueira acesa em sua frente, o brilho vermelho que soltava da mesma iluminava seu rosto delicado. Os cabelos cor de churros estavam soltos e livres, os olhos verdes estavam fixos na lareira, e seu corpo definido estava por trás de um vestido jeans sem mangas, uma jaqueta de couro e uma bota. A bolsa pendia-se em suas costas com apenas uma alça. O rosto permanecia inerte, os lábios carnudos bem avermelhados naturalmente, as bochechas rosadas e os olhos, que agora estavam cinzas, contrastavam-se com sua pele alva como a neve.

O moreno apertou mais forte a mão da garota, chamando a sua atenção.

–– Vamos, Mae. Senão chegaremos atrasados.

Percy usava uma calça jeans, uma blusa simples e um sapato. Os olhos verdes-mar convidativos a encaravam, a pele bronzeada reluzindo com o brilho da lareira. Maebh percebeu o quão inócuo e abobalhado ele parecia ser.

O moreno a puxou, ao ouvir o barulho da buzina do carro de sua mãe. Entraram no veículo, puxando as portas logo em seguida. Sally havia concordado em abrigá-la em sua casa, já que Maebh não tinha uma, principalmente por que ela e Percy são praticamente irmãos. Paul conseguira uma vaga no mesmo colégio que o garoto. Ela e o moreno passaram muito tempo junto desde então. E isto os ajudavam bastante na recuperação das memórias perdidas. Todo detalhe apenas os fazem se aproximarem mais ainda. São como irmãos bem próximos, ele sempre está lá para ela, para animá-la, protegê-la. Assim como ela estava ali para ele sempre que precisar.

Maebh aproveitou para pensar o quão Quíron estava misterioso quando fizera suas milhares de perguntas. Nunca queria as responder e sempre olhava diferente para ela e Percy quando estavam juntos –– o que era quase o tempo todo, cá entre nós, eles são um só. E, por vezes, as pessoas estranham a sua relação, por serem muito próximos. Os poucos que não estranham são a namorada de Percy, Annabeth, e os seus amigos mais próximos.

O carro parou no portão do colégio. Não era muita coisa: a entrada possuía um grande portão de metal que dava entrada para um jardim repleto de bancos para os alunos lancharem. Este tinha um caminho de pedra, que levava a porta de vidro, onde era os armários, e logo em seguida, as salas. Havia uma cantina, um parque para as crianças e duas quadras.

Este seria o primeiro dia de aula de Percy e Maebh. Isto explica o nervosismo irradiante dos dois. Encontraram-se com Annabeth, Nico e Jason, estes estudavam no mesmo colégio que eles. Deixaram suas coisas no armário, aliviando a carga, apenas pegando o necessário para as aulas do dia. Maebh, estudiosa como sempre, havia pegado uma pilha de livros de múltiplos assuntos acadêmicos por pura diversão, tacando-os em cima da mesa da biblioteca.

–– Se seu cérebro explodir, não diga que não te avisei! –– Percy falou, pousando a mão no topo da cabeça da garota, que batia um pouco acima de seu peitoral, acariciando-a e bagunçando seus cabelos cor de churros.

–– Acho mais fácil seu cérebro explodir de idiotice que o meu explodir de inteligência.

–– Blé. –– foi tudo o que respondeu.

Percy afundou a cabeça em seus braços, descansando. O moreno nunca se dera bem nos estudos, mas ela sabia que teria de ajudá-lo, principalmente com aquela cara dele de tristeza infinita.

Maebh revirou os olhos.

–– Vem logo!

–– O quê? –– Percy levantou a cabeça, os olhos brilhando.

–– Você me ouviu! Você precisa estudar. Eu sei de seus problemas em relação aos estudos.

Percy deu um sorriso maroto, arrastando sua cadeira para mais perto da de Maebh, colando seus corpos e pousando o queixo no ombro da garota, envolvendo-a com os braços na cintura.

–– Desculpa incomodar … –– a voz fina de uma garota fez Percy e Maebh erguerem o olhar do livro –– Mas, me desculpem me intrometer deste jeito, eu estava me perguntando se …er …vocês são namorados?

Maebh soltou uma risada constrangida junto a Percy, que permanecia com o queixo em seu ombro e os braços em volta da cintura.

–– Não, não. –– falaram ao mesmo tempo, ficando desconfortáveis com o olhar desconfiado da garota e se afastando, corados. Maebh continuou: –– Percy tem uma namorada, por incrível que pareça. –– ele a fuzilou com o olhar, mas ela apenas sorriu como resposta e ele devolveu o ato –– Sou apenas uma amiga, meio que irmã.

–– D-desculpa!

–– Não tem problema. –– falou Percy, retornando a posição que estavam antes, ambos se encarando. Eles parecia, de fato, serem namorados, apesar de não se sentirem deste jeito um pelo outro. Talvez por conta de suas proximidades.

–– Esquisito … –– a garota de voz fina murmurou –– Eu podia jurar …esqueçam. Eu achava que vocês, Radioativos, eram mais próximos.

Percy e Maebh levantaram-se da cadeira rapidamente, já atentos pela palavra “Radioativos”. A branca levou a mão para seu colar, mais ainda sem invocar sua espada de duas lâminas, sendo calculista antes.

–– Ora, ora, como mudam de personalidade rápido! –– a garota riu, a voz fina já mudando para uma voz arrogante –– Meu nome é Katherine Miller. Sou uma das ajudantes de Agustine. Sou filha do Cupido. Sabe, meu pai conta muitas histórias sobre vocês …nem sabem o que os aguardam. O medo pode ser curado, sabia? –– Maebh não entendera nado do que ela disse, mas resolvera ficar em silêncio.

Katherine possuía cabelos cacheados e negros, pele branca e olhos rosas. O corpo não era muito definido, apesar de ser bonito. Não era a toa que a chamavam de patricinha do colégio.

Maebh apertou seu colar com mais força.

–– Tem certeza de que quer fazer isto aqui? –– Katherine a provocou –– Agora que todos podem ver do que você é capaz, não vai querer ser exposta, não é?

O rosto de Maebh estava vermelho de raiva, mas se acalmou quando Percy segurou-lhe a mão, assentindo com um sorriso modesto.

–– É, você tem razão, não vamos querer isto.

–– O quê? Como assim? –– Katherine piscou os olhos como se o que visse não fosse real –– Vocês não vão me atacar?

–– Não. Ué, pensei que você não queria isto. –– falou Percy, em uma tranquilidade que assustaria qualquer um que não o conhecesse bem –– Agora está se contradizendo? –– ele ergueu uma sobrancelha.

–– Não. Não! Era para vocês terem me atacado! –– Katherine disse, já assustada –– Então as histórias que meu pai me contava eram verdadeiras? Mas como? Isto é impossível!

–– É impossível manter a calma? –– perguntou Maebh –– Nossa, você deve ser muito estressada.

–– Sua idiota! Eu hipnotizei vocês para me atacarem! Eu sou filha do Cupido! –– uma lágrima escorreu pelo rosto de Katherine –– Eu …Eu falhei … Agustine …Ela vai me matar! E-eu já perdi uma chance com ela …e-eu apenas quero ter uma vida normal …

Maebh e Percy se entreolharam. Eram bons demais para deixá-la ali, chorando. Sabia que poderiam vir a se arrepender desta escolha, mas, mesmo assim, tinham de fazer o que parecia ser o certo para eles.

–– Por que não vem conosco? –– o moreno perguntou, sorrindo.

–– O quê?

–– Vamos, não somos tão ruins assim. Não somos todas aquelas coisas que as pessoas falam. Só queremos sobreviver. –– falou Maebh, segurando na mão de Percy –– E você também é uma semideusa. Devemos nos ajudar, já que estamos sendo extintos. Venha conosco!

Katherine chorou mais forte, cambaleando um pouco até o encontro de Maebh, a abraçando e soterrando a cabeça em seu peito.

–– M-mas …eu disse coisas horríveis, e …vocês não d-devem confiar em mim …

–– Não tem problema. –– falou Percy –– Acreditamos que você é uma boa pessoa.

–– O-obrigada! –– ela corou, abraçando Maebh.

***

Percy e Maebh voltavam a pé para casa. Já era noite –– haviam despedido-se de Katherine e estudado desde então. Os dois andavam conversando animadamente, o frio da noite batendo em seus corpos. As ruas estavam escuras e desertas, apenas alguns postes de luz iluminando seus caminhos. Maebh corria de Percy, que tentava pegá-la e fazer cócegas. Quando o moreno a pegou no colo, a cabeça apoiada no ombro e sua mão nas dobras do joelho dela, deu-lhe um beijo na bochecha.

–– Você sempre me surpreende, Mae.

–– Hã? O que eu fiz?

–– Mesmo sendo irritada como é …você sempre procura perdoar os outros. Pode não saber, mas é uma ótima pessoa. A melhor que já conheci. –– ele sorriu para ela.

Maebh corou, desviando o olhar, tímida. Seu coração bateu forte, os olhos ficando vermelhos-sangue, a cor da paixão. Uma sensação esquisita e desconhecida percorreu pelo seu corpo, fazendo-a se encolher mais. O corpo de Percy parecia de repente irradiar mais calor para ela, que pousou a cabeça no peito do garoto, ouvindo seu coração acelerado.

O que seria esse ardor no peito de Maebh?


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Amaram? Reviews? Recomendações?


Aquele Beijin e até o próximo cap, Potatos do meu Heart!



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