~Pov Hermione

Eu me sentei na mesa da Grifinória e as pessoas começaram a notar que eu não estava triste e nem desanimada, eu percebi os cochichos. Rony logo veio falar comigo.

–Voltou com o Malfoy?

–Não me fale desse imbecil. –Respondi comendo. –Ele é um idiota, nunca mais quero vê-lo na minha frente! –Todos me olharam curiosos e estranhando aquilo tudo.

–O que houve Mione?

–Nada Harry, nós só brigamos mais uma vez e agora eu quero matá-lo.

~Pov Draco

–Pelo visto o humor de alguém está melhor hoje. –Disse Lucy. –Está com a sangue-ruim de novo?

–Vire essa boca pra lá! –Falei comendo um pouco enquanto Blás me olhava sem entender. –Zabini me lembre de nunca mais namorar!!

–Voltaram a brigar? –Pansy perguntou.

–Ela não entende que como terminamos eu posso ficar com quem quiser no meu apartamento!

–Então quer dizer que o Rei da Sonserina voltou pra nós? –Disse Lilá.

–Voltou, mas quero dar um tempo de garotas por enquanto. –Respondi rápido. Hermione se levantou e eu também, se nós tínhamos que brigar pra eles acreditarem, por que não começar agora? Ela estava passando pela porta do Salão Principal ao lado do Potter e do Weasley quando eu segurei seu braço puxando-a e fazendo-a dar meia volta. –Voltou pra asa dos seus amiguinhos?

Assim que eu falei todo o salão ficou em silêncio observando a briga que estava próxima. Eu estava com vontade de rir, assim como tinha certeza de que ela estava, mas nós dois nos seguramos.

–Achei que tinha sido clara quando disse que não queria que falasse comigo. –Ela disse puxando seu braço. O Potter e o Weasley me olhavam como se fossem me matar.

–E eu achei que você não precisava de guarda-costas. –Falei cruzando os braços, meu sorriso arrogante estava estampado no meu rosto, bem como quando brigávamos. –Tenho que dizer, o testa rachada nunca ousou me bater, mas o Weasley? Acho que você luta melhor que ele Granger. –Falei rindo e o Weasley fechou os punhos.

–Cala a boca Malfoy!!

–Nossa, quanta originalidade Potter! –Falei rindo. –Nem sei por que estão aqui, eu nem estou falando com vocês, quero falar com a Granger!

–Mas talvez eu não queira falar com você! Por que não volta pra uma das suas vadias? Assim você não desperdiça seu tempo comigo como fez nos últimos meses!

–Talvez eu volte pra elas, garanto que são todas melhores que você!

–O que eu tinha na cabeça quando começamos a ficar? Você não vai mudar nunca, sempre vai ser esse idiota, mimado e imbecil!

–Eu sei que foram as melhores noites da sua vida, não me vem com essa! –Ela me encarou fingindo estar nervosa e me deu um tapa! Por que ela fez isso? Que eu saiba não estava no roteiro! Okay, okay, depois do que eu disse não tenho direito de reclamar, mas mesmo assim ela deveria ter me batido fraco.

–Não me faça rir! As melhores noites da minha vida são as que eu passo longe de você sua doninha albina. –Eu me virei lentamente encarando-a com “ódio” para que as pessoas acreditassem e ela sorriu. –Vamos embora. –Ela pegou o Weasley e o Potter pelo braço e saiu do Salão me deixando lá com a palma de sua mão marcada em meu rosto.

Lucy, Lilá, Pansy e Blás vieram até mim rapidamente. As três começaram a me abraçar e perguntar se eu estava bem e nos olhos de Blás eu via uma mistura de confusão e raiva.

–Eu quero falar com você agora! –Disse Blás me arrastando para um corredor vazio. Ele olhou para os lados para ver se éramos observados e como não tinha ninguém ele me empurrou com força na parede. –O que você fez?! Ela me disse que iria voltar com você seu imbecil! E pare de rir! Eu falei com ela por sua causa, você estava até doente sem aquela mulher e você a faz ter ódio por você?!

–Blás, nós voltamos. –Falei ainda rindo.

–Voltaram?! Então que briga foi aquela?!

–Cale a boca idiota! Se alguém souber disso ela está morta! Estamos fingindo que não voltamos porque a Lucy pode dar com a língua nos dentes e contar tudo pro meu pai.

–Aah sim, da próxima vez avisa! Eu quase te matei! –Ele sorriu.

Eu voltei para o apartamento sozinho e quando cheguei encontrei Hermione sentada conversando com o Potter e o Weasley. Já vi que vou ter que espantar esses dois daqui.

–Rictusempra. –Falei apontando a varinha para o Weasley, que se deitou no sofá gargalhando e o Potter se levantou com raiva. –Quantas vezes eu vou ter que dizer que não quero esses idiotas aqui?!

–O apartamento não é só seu! –Ela disse e o Potter tirou sua varinha apontando pra mim me fazendo revirar os olhos.

–Some daqui Potty! –Falei retirando o feitiço do Weasley, agora os dois tinham as varinhas apontadas pra mim. –Sério isso?! Vão duelar com o monitor?! Muito esperto da parte de vocês! –Eu cruzei os braços esperando o feitiço vir.

–Abaixem as varinhas, não quero problemas pra vocês. –Disse Hermione abaixando a mão deles. –Eu dou conta dele.

–Tem certeza Mione? –Perguntou o Weasley.

–Tenho sim, boa noite. –Meio relutantes os dois saíram. Hermione e eu nos encaramos e em seguida caímos na gargalhada, nos sentando no sofá. –Eles querem te matar. –Ela disse rindo e se deitando, encostando-se em mim.

–Eu tive que me segurar pra não rir no salão principal. –Falei puxando-a para um selinho. –Aquele tapa foi mesmo necessário?

–Foi. –Ela riu de novo e eu revirei os olhos. A morena se levantou e sentou no meu colo de frente pra mim beijando meu rosto no local do tapa seguidas vezes. –Melhorou?

–Está ficando bem melhor. –Eu segurei sua cintura.

–O tapa é o que você ganha por que comparar a vadias.

–Ciúmes agora senhorita Granger? –Perguntei mordendo seu lábio.

–Cala a boca. –Ela riu me beijando. –Quem seu pai colocou pra te vigia?

–Lucy, e ao que tudo indica ela caiu direitinho.

–Quer dizer que ele é o responsável por aquela vadia aqui em Hogwarts? –Ela se levantou. –Quando eu penso que não tem como odiá-lo mais eu descubro coisas que me provam o contrário. –Eu revirei os olhos. –Não fique azarando o Rony okay?

–Logo agora que eu estava me divertindo? –Perguntei me levantando e me aproximando dela, que apenas cruzou os braços. –Tá bom. –Falei me dando por vencido.

Foi quando ela se aproximou de mim e me beijando me encostou na parede. Ela mordeu meu lábio e começou a me beijar, segurando a gola de minha blusa. Eu peguei sua cintura puxando-a pra mim e aproximando seu corpo do meu. Hermione levou as mãos até minha nuca e me arranhou com força fazendo-me gemer.

Ela tirou minha gravata e jogou-a no chão. Eu estava com tanta saudade de tê-la assim, inteiramente minha. O maldito ar começou a me faltar, mas eu não me afastei. Levei uma das minhas mãos até sua nuca e segurei seu cabelo, puxando levemente sua cabeça pra trás e distribuindo beijos por seu pescoço e clavícula sentindo aquele perfume, o mesmo que eu sentia quando pegava sua pulseira com Amortentia.

Eu alternava os beijos com algumas pequenas mordidas e depois fui fazendo o caminho inverso, chegando até sua orelha e mordendo o lóbulo, fazendo-a arfar. Depois eu selei nossos lábios novamente e percebi que ela estava levantando os pés, e isso me fez rir.

–Minha pequena. –Falei sem desgrudar nossos lábios e ela me deu um tapa de leve, rindo em seguida. Ela abriu os botões de minha blusa e ela não demorou muito para estar no chão perto de minha gravata.

Andando as cegas fomos até o meu quarto. Ela me empurrou na cama e tirou sua própria blusa deitando por cima de mim na cama e me cobrindo com o seu pequeno corpo. Tirei sua saia ainda sem voltar seus lábios, mas ela não teve o mesmo pensamento, foi descendo os beijos cada vez mais pelo meu abdômen até que chegou ao cós de minha calça e a desceu com a ajuda dos pés.

Eu tirei seu sutiã me deitando por cima dela e distribuindo beijos em seus seios. Ela tirou minha cueca também e depois começou a arranhar devagar minhas costas fazendo-me sentir um pequeno choque.

Eu tirei sua calcinha e penetrei, fazendo movimentos lentos. Eu a beijei de novo e ela dessa vez arranhou com força as minhas costas. Eu sentia tanta saudade de tê-la assim comigo sem pensar que eu um dia seria capaz de machucá-la!

Mas aí me lembrei: “Dependendo da proximidade de vocês e da intensidade do que sente chega a ser insuportável e a dor pode se espalhar por todo o corpo”. Creio eu que mais próximos é impossível de ficar, mas então onde está a dor? Snape tinha mesmo inventado aquilo tudo para que eu me afastasse dela?

Resolvi parar de pensar naquilo e me concentrar apenas no que importava, Hermione Granger. Minha morena teimosa que eu amo mais que tudo e que voltou pra mim.

–Draco... –Ela gemeu meu nome e logo começou a se contorcer, chegando ao ápice. Eu fui logo depois, caindo ao seu lado na cama. Ela ainda me beijava quando acabamos, e eu a puxei para se deitar em meu peito.

Ela estava ofegante e sorria pra mim. Eu acariciei seus cabelos e ela levantou um pouco a cabeça me dando um selinho.

–Tenho sorte por ter você e poder chamá-la de minha. –Eu murmurei.

–Blás disse que você sentiria dores se ficasse muito perto de mim. –Ela disse quando sua respiração voltou ao normal e eu lhe dei um beijo em sua cabeça. –Dói quando eu toco?

–Eu não sei, quer tentar? –Perguntei olhando em seus olhos.

–E se doer? –A morena me disse preocupada.

–Não é nada que não venha acontecendo não é? Estou me acostumando.

Com minha mão esquerda eu segurei a sua acariciando-a e lhe dei mais um beijo em sua cabeça. Meio relutante ela tocou, um dedo de cada vez e eu não senti nada. Então a morena sorriu e depois de um tempo dormiu em meus braços, o lugar de onde nunca deveria ter saído e que a partir de agora sempre vai estar. Fiquei um tempo apreciando-a ali comigo mais uma vez, mas o cansaço me venceu depois de uma ou duas horas e eu acabei pegando no sono.

Acordei de manhã achando que tudo o que acontecera na noite passada não passasse de um sonho. O melhor de todos os sonhos. Mas ao abrir os olhos eu vi que ela ainda dormia abraçada a mim. A melhor sensação do mundo pra mim, abrir os olhos e ver que ela está ao meu lado.

Eu sorri ao vê-la ali dormindo tão tranquilamente, mas quando beijei sua cabeça mais uma vez uma dor intensa tomou conta de todo o meu corpo. Naquele momento eu tive a resposta, não era mentira o que Snape disse. Era insuportável, como se todos os meus ossos estivessem se quebrando várias e várias vezes.

Não aguentei e logo comecei a gritar de dor, Hermione acordou assustada e desesperada. Eu senti o suor escorrendo pelo meu rosto e algumas lágrimas caindo a medida que eu gritava. Os olhos dela estavam cheios de lágrimas e era tudo o que eu via ali, seus olhos. Ela sabia bem o que estava acontecendo já que Blás a tinha alertado, foi então que ainda chorando ela beijou meu braço onde estava a Marca Negra e foi subindo os beijos.

–E-eu não sei como posso fazer isso, mas vai melhorar. Vai ficar tudo bem. –Ela disse me dando um selinho. –Eu vou cuidar de você. –Hermione me deu um beijo calmo, suave e protetor e eu percebi que éramos o encaixe perfeito.

A dor aumentou um pouco, mas à medida que ela insistiu e suas foram lágrimas tocando meu rosto e a dor foi sumindo. Sumindo até não restar nada, apenas o beijo. Quando ela perdeu o fôlego a morena encostou sua testa na minha, ainda de olhos fechados e chorando desesperadamente.

Meu braço esquerdo ainda estava dormente, mas não doía mais, então levei rapidamente minha mão ao cabelo dela, o toque fez com que ela abrisse os olhos e encontrasse os meus.

E perdido naqueles olhos cor de avelã eu entendi: Hermione é a causa e a solução da dor. Se eu ficasse com ela minha dor seria grande, mas se eu me separasse dela nada faria minha dor passar.