Se me falassem a suas horas atrás que eu estaria entrando no apartamento do Jensen, meu colega de trabalho, eu ia achar uma completa insanidade, um absurdo.

 -Não repara a bagunça - disse ele ao abrir a porta. Tive vontade de perguntar de que bagunça ele estava falando quando as luzes foram acesas. Já que o seu apartamento era super organizado para um homem solteiro, mais até que o meu.

 -Nossa. Você precisa passar o telefone da sua diarista – ele riu.

-Eu não tenho diarista. Pode ser difícil de acreditar, mas sou eu mesmo quem cuida da casa – ele indicou o sofá para que eu me sentar e sentou também – Tenho muitos dotes que você ainda não conhece – disse com ênfase – Quer uma bebida? – perguntou após notar que eu havia ficado sem graça.

-Nada alcoólico, por favor. Pensando bem, aceito uma cerveja se você tiver – ele sorriu e foi para a cozinha.

Devo confessar que tenho um pequeno problema com o álcool. Ele me deixa mais solta, solta até demais. Porem essa noite é isso que estou querendo, ficar livre de todos os meus problemas ao menos essa noite. Cerveja e Jensen são essenciais para o meu tratamento.

-No que esta pensando? – ele voltou com duas garrafas nas mãos. Não podia lhe contar as minhas expectativas para hoje então olhei em volta, procurando por uma desculpa qualquer. Meu alvo foi o aparelho de som.

-Acústica boa? – peguei a cerveja que ele me ofereceu e caminhei até o aparelho.

-Muito – ele me acompanhou. Mexeu em alguns botões e logo o jazz começou a tocar ao fundo – Dança comigo?

Largueia garrafa encima de uma mesinha de canto e deixei que ele me conduzisse. Ao perceber que ele não desviava os olhos comecei a ficar um pouco sem graça, o que o fez se divertir ainda mais.

 -Sabia que você é linda? – corei – O incrível é que não é só a beleza que você tem. Inteligência, força, determinação também vem no pacote. Você é a garota mais incrível que já passou pela minha vida.

 -Ninguém nunca me falou desse jeito – eu estava surpresa. Mesmo namorando tanto tempo com o Jared, nunca o imaginaria falando algo do gênero.

-Deve ser porque ninguém nunca se apaixonou como eu – senti minhas pernas vacilarem ao ouvir isso. O malvado nem esperou eu me recuperar, tacando um beijo que... Nossa.

Fiquei sem ar, sem chão, nem pensar eu conseguia. A situação ficou ainda pior quando senti a mão dele por debaixo da minha blusa, os lábios ocupados fazendo trilha no meu pescoço.

 Cada terminação nervosa do meu corpo reagia ao seu toque. Ele voltou a me beijar e sem interromper o beijo me pegou no colo. Eu não disse nada, as palavras só estragariam o momento.

 No seu quarto, ele me colocou delicadamente sobre a cama e se deitou sobre mim. Começamos então nossa primeira e longa noite de amor.