Novo Velho Mundo escrita por Raven Winchester


Capítulo 4
Uma Parte Da Verdade




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PO.V. Maison

Acordei num sobressalto. Estava suando frio e arfando.

“Está tudo bem, foi só um sonho não vai acontecer de novo”

Repetia para mim mesma. Eram 4:30 da manhã só dormir por umas três horas, muito pouco para alguém que está precisando, mas perdi o sono. Me levantei tremendo e fui até o banheiro, vendo meu reflexo no espelho percebi o quanto estava horrível, meu cabelo curto estava bagunçado, minha pele pálida e meu lábio inferior estava tremendo sem parar. Lavei meu rosto e voltei para cama, não voltaria a dormir mas mexer no celular era outra história. Seria inútil tentar entrar em uma rede social já que eu não existia nesse mundo então fui organizar minhas fotos, era estranho ter tantas dos rapazes ali sendo que eles estavam dormindo no quarto ao lado. Acho que fiquei assim por uma hora até que ouvi o som de uma porta batendo ao lado, levantei para conferir. Era Sam, ele estava usando uma roupa de exercícios, camisa regata colada no corpo e bermuda. Se eu não estivesse perturbada com certeza estaria vermelha.

–Maison? Desculpa eu te acordei?

–Não, eu já estava acordada mesmo. Onde você vai?

–Correr, Quer ir comigo?

Correr de manhã? Eu não fazia isso a muito tempo, e fazer isso com Sam Winchester? Só um idiota não aceitaria.

–Claro, só deixa eu trocar de roupa.

Ele concordou com a cabeça. Me vesti o mais rápido possível, coloquei um top preto e shorts não havia trazido meus tênis de corrida então calcei meu All-Star. Quando terminei de me vestir Sam ainda estava na porta do quarto dele, que era quase em frente ao meu.

–Já está pronta?

– Claro, agora vamos ver se eu consigo te acompanhar.

Ele riu e saímos do bunker. Se quisesse eu poderia ultrapassar Sam, mas resolvi deixa-lo pensando que era mais rápido, as vezes eu sou uma pessoa legal. Ficamos em silêncio por um bom tempo até que Sam resolveu quebra-lo.

–Então você vai ficar um tempo conosco, vai sentir saudades de casa?

Saudades... era algo que ultimamente eu havia sentido muito - Não, nenhum pouco. - menti

–Sério? Nem da sua família?

–Eu não tenho família para sentir falta. - isso era em parte verdade

–Ah... sinto muito.

–Não sinta, minha vida é só mais um clichê. Criança órfã que vive aventuras em uma terra mágica e perigosa? Humpft.

Ele riu – Mas você nunca teve ninguém? Nem uma família adotiva?

Droga, pra que tantas perguntas? – Quando meus pais, Kathryn e Stefan, morreram eu era muito pequena então me mandaram para um orfanato em New Jersey, mas quem iria adotar uma criança problemática como eu? – Nem tudo era verdade mas dava pro gasto – em fim quando eu fiz dezessete anos, eu sai. Estava em Manhattan quando a “luz branca” me trouxe pra cá.

–Então você pretende ficar?

–Essa é a ideia.

Pausa. Sam parou para tomar folego, tentei disfarçar enquanto olhava seus braços que eram incrivelmente definidos.

–E ai já chega de correr por hoje? – disse me tirando do transe

–Ah, claro.

Ele riu e demos meia volta.

PO.V. Dean

–I’m on the highway to hell!

Eu estava ouvindo AC/DC enquanto fazia panquecas. Quando eu acordei e percebi que estava sozinho decidi aproveitar, não sei onde Sam e Maison estavam mas com certeza ele deve tê-la levado para correr. E quando eles chegarem cansados e famintos eu vou estar me deliciando com panquecas e calda de chocolate. Essa é a vingança pela minha torta.

–On the highway to hell!

Já estava sentado para comer as panquecas quando meu telefone tocou interrompendo a música. Era um caçador amigo do Bobby, provavelmente me avisando sobre um caso. Fui até o corredor para falar com ele, o sinal na cozinha não era muito bom. Quando terminei de falar com o caçador, Dylan, voltei para cozinha e vi de novo uma cena inacreditável. Maison estava sentada no meu lugar preste a comer meu café da manhã.

–Tira as mãos das minhas panquecas! – corri e puxei o prato para longe dela- Qual é seu problema com a minha comida?

Ela não parava de rir- Eu estava brincando, não vou comer as suas panquecas esquilo. – Ela começou a me olhar com uma expressão maliciosa e diabólica- Se é pra te irritar eu tenho ideias bem piores Deano.

O que aquela garota tem de beleza também tem de assustador – Oh, Sammy! Tem certeza que Maison não é um demônio? – gritei

–Você é um fofo, Dean – ela disse – Agora eu vou pro meu quarto

Ela bagunçou meu cabelo e sumiu no corredor. Maison podia ser bem irritante e animada, mas hoje ela parecia mais triste. Ela estava escondendo alguma coisa da gente. Resolvi pensar nisso mais tarde.

–Dean, eu soube que você fez panquecas – me virei para encarar Sam que estava na porta da cozinha

–Nem vem Sammy, elas são minhas.

Ele deu de ombros e sentou do meu lado enquanto eu voltava a tomar meu café da manhã.

–Cara, eu tenho que te contar uma coisa – olhei de relance para ele

–O que?

–É sobre a Maison, ela não quer ir embora, digo embora desse mundo.

–Claro que não! Que garota iria querer sair de perto de mim? Sou um imã para mulheres de todas as idades.

–É mais complicado que isso

Ele me contou tudo sobre Maison e seus pais. Acho que de órfão para órfão eu entendia o que ela estava sentindo.

–E o que você vai fazer Sam?

–Nada, ela não ia aceitar vai querer ir mesmo que eu insista. De qualquer jeito temos que descobri quem ou o que a trouxe pra cá, não queremos mais problemas com viagens interdimensionais.

–Tem razão – disse – agora se me der licença, eu preciso encerar minha Baby.


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Notas finais do capítulo

Eu sei desculpa pela demora, mas espero que o capitulo a compense :) em fim No próximo cap teremos a presença de quem? Isso mesmo do aprendiz do cara da pizza, Castiel! Vai ser bem mais divertido. Favoritem a fic e deixem suas teorias e/ou elogios no comentários, beijosss.