Back Together escrita por Cahmy


Capítulo 22
Back Together - ÚLTIMO CAPÍTULO


Notas iniciais do capítulo

Olá minhas lindas e meus lindos.
Aqui estou estregando o meu ÚLTIMO capítulo de B.T, dá pra acreditar?
Passou tudo tão rápido.... E essa jornada com certeza me fez crescer como pessoa e escritora!
Agradeço a todos que leram e gostaram. Obrigada a minhas fieis leitoras e leitores ( e amigas e amigos, claro).
Minhas amigas, amo vocês!
Foi um prazer.
Espero que vocês gostem deste cap., que foi, sem dúvidas, o mais difícil. Além da responsabilidade ser o último, os personagens estão bem machucados emocionalmente e narrar isso é uma tarefa beeem árdua! E não sei se vocês perceberam, eu sou uma pessoa bem sentimental, que preza muito pelos sentimentos e isso se manifesta no modo que eu escrevo.
Bom, sem mais delongas, aproveitem e abram seu coração.
Mil Beijos



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– Tudo bem, e se for mesmo isso. E se ele estiver realmente cansado de você? Talvez ela seja uma boa garota, talvez eles fiquem juntos. – enxergou- O que você quer dizer me falando todas essas coisas?

Katniss se apoiou o rosto sobre as mãos e ergueu a cabeça para ele.

– Eu quero dizer que sim. Eu aceito ir com você.

O ressoar daquela frase vibrou intensamente no ouvido de Gale. E então, houve uma repercussão instantânea em seu corpo. Ele sorriu abertamente ainda deleitando o doce som daquelas palavras. Rapidamente, se levantou e tomou a mão de Katniss, a levantando da mesma maneira. Por um momento, ele ficou calado, cevando toda a sua felicidade nos seus olhos. Depois, abraçou-a e balbuciou em seus ouvidos.

– Eu realmente ganhei meu dia hoje – disse entre sorrisos abstrusos – Você vai gostar do Dois, eu tenho certeza.

Quando saíram do afago, ela recebeu-o com um olhar cinzento inelegível. O amigo viu as suas mãos ficarem frias. Ouviu sair dela uma voz opressa e sutilmente soluçada.

– Gale, só por algum tempo e depois eu volto, tudo bem? – propôs, com a fala quase sumida.

De repente, todo o delírio de prazer momentâneo em Gale omitiu-se e deu lugar a um desapontamento visceral.

– Se é o que você deseja, tudo bem. – falou serenamente, desprezando aquele sentimento.

– Obrigada. – respondeu ela. Ainda com o ser abatido, apertou a mão de Gale em despedida e partiu com o coração fatiado.

***

Katniss chegou em casa, mas não dialogou com ninguém. Apressadamente, ela subiu para seu quarto e ali ficou o resto do dia. Em uma antiga mala, pôs todas as suas roupas, que, aliás, eram poucas.

Não estava em seus planos comunicar Effie, pois enxergava que no momento em que o fizesse, e então, a olhasse, desistiria de partir. E também atinava que, quando mirasse nos olhos de Peeta, ela ficaria impotente. E sujeitar-se a ficar apartada, em todos os sentidos, dele, era irremediavelmente excruciante.

A noite passou como um ligeiro clarão. Ao acordar, seu todo seu corpo se entorpecer em uma pungência profunda. Ela partiria neste dia. Aprontou seus pertences e depois procurou algo para escrever. Pegou um papel limpo e uma caneta qualquer e escreveu cuidadosamente nele.

Effie,

Por favor, não fique preocupada. Estarei segura no Distrito Dois, com Gale. Voltarei em alguns meses.

Sinto muito.

Eu te amo

Faltavam-lhe palavras. Seus dedos moviam-se retidos, com agonia, pois em cada movimento, sentia formar-se um pranto em seu íntimo e subir para seus olhos, avidando por espaço. Ela fechou os olhos por um instante, enquanto uma lágrima caiu sobre o final do papel.

Depois, sem esboçar qualquer ruído, deixou-o na mesa no quarto de Effie, e a olhou intensamente com anelo. Sentindo que ia explodir em lágrimas, ela saiu.

Percorreu o distrito lentamente, sentindo o alvorecer a devorar. Uma rajada fria nasceu no céu da madrugada e crestou sua pele branca. Em um momento daquele caminho, inevitavelmente, ela passou pela padaria. Parou e estaticamente ficou na entrada e imediatamente, a sua mente incendiou azul. Recordou-se no dia em que ela o curou de sua crise com seus lábios. Ali. Dentro daquela padaria. E depois, imaginou-o sozinho, separado e desligado dela. Por um instante, não encontrou forças parar se desprender do seu garoto do pão, mas, sabia que não poderia evitar a incidência disso.

Posteriormente, voltou em seu percurso e mirou para lá, pela última vez.

***

– Catnip! – disse, acendo as mãos. Katniss caminhou até ele, que estava sentado num banco em frente à estação de bilhetes. Trajava uma calça escura e casaco de couro, assim como ela.

– Bom dia, Gale – correspondeu, com um sorriso leve e desprendido. – Comprou os bilhetes?

– Acabei de comprá-los – retirou dois bilhetes do bolso de seu casaco e entregou um destes para ela. Em seguida, Katniss assentou-se ao lado de Gale.

– Você informou para alguém? – questionou, a observando com curiosidade.

A garota em chamas baixou o olhar cinzento.

– Escrevi um bilhete para Effie. – disse, simplesmente – O trem vai sair agora?

– Sim, daqui a instantes.

E assim, expectaram por alguns escassos minutos, e enfim, o ruído do trem denunciou sua chegada. Ulteriormente, adentraram-no e sentaram-se nas devidas poltronas. Lobrigou a janela de vidro embaçada pela névoa gelada ao seu lado e mirou a estação do trem fixamente.

Katniss sentiu o coração confranger e seu ser evaporar. Por um instante, quis sair furtivamente dali e correr. Cerrou a vista por segundos, tentando reprimir todo o estreitamento de seu corpo. E foi ali, dentro daquele trem, que a garota em chamas se deu realmente conta que estava indo embora. Uma lágrima sorrateira caiu sobre seu rosto.

De repente, ela ouviu o bradar da voz de Gale.

– Está arrependida? – inquiriu, prostrado, a olhando tristemente.

Voltou seu rosto para ele e o mirou. Beijou-o brandamente no rosto.

***

– Haymitch! – vociferou a voz sibilante de Effie, enquanto corria pelo corredor. – Haymitch!

Ela bateu vigorosamente na porta do ex-mentor. Haymitch abriu-a e a recebeu com uma expressão ébria e sonolenta. Esfregou os olhos e bocejou, se empertigando.

– O que aconteceu? – perguntou impaciente, com o rosto ainda letárgico.

Effie revelou um semblante de exasperação, o que o afligiu. Ela expôs o pequeno papel para ele, com os olhos marejados.

– Leia isso- choramingou, entregando o bilhete- Ela foi embora, Haymitch – exprimiu, com a voz embargada.

Rapidamente, ele passou os olhos nas poucas palavras daquele bilhete. E ao lê-lo, não acreditou e ficou perplexo. Uma cólera furiosa crispou em seu corpo.

– O que ela está pesando!? - gritou - Essa maldita garota está LOUCA!

Effie atirou-se nos braços dele, soluçando de angústia, que lhe partiam o peito e cortavam a sua garganta.

– Por que ela fez isso comigo e com o... – um estalo a parou. Ergueu a cabeça abruptamente – O Peeta- balbuciou, refletindo.

– Eu não entendo, ela foi com o Gale, e não com ele.

Os dois saíram em passos apressados e foram até a padaria, na esperança de encontra-lo lá. Foi certeiro. Peeta os atendeu, com a expressão sonolenta e cansada. Estava sem camisa. Era visível os cortes em seu rosto e na barriga, assim, denunciando o árduo trabalho que ele fizera na noite anterior.

Surpreendeu-se ao encontra-los no pé de sua porta.

– Aconteceu algu.. – perguntou, mas antes que finalizasse, seu ex-mentor o descontinuou.

– Aconteceu, Peeta! Aconteceu isso! – exclamou, dando o bilhete branco para ele.

O garoto do pão empalideceu-se quando seus olhos reconhecerem aquelas palavras. Com Gale. Ele sentiu todo seu ser sufocar-se em uma constrição de dor intensa e profunda. Cerrou os olhos por alguns segundos, processando o que sua mente havia enxergado. Mas, ele não entedia. Sentiu toda sua compreensão se esvaindo. E depois, sua primeira ação foi correr. Haymitch e Effie o acompanharam.

Entretanto, ao chegar na estação, encontrou-a vazia. Eles já haviam indo embora. Então, correu para a bilheteria.

– O trem do Distrito Dois já saiu? – perguntou, com os olhos azuis inundados. A bilheteria, que estava entretida transcrevendo dados no computador, sobressaltou-se e levou a mão no coração.

– Saiu faz uma hora... – seus olhos se arregalaram quando percebeu a presença do garoto do pão, ela sorriu. – Peeta!

Mas, ele saiu bruscamente e virou-se para a ferrovia vazia. Todo seu ser desfaleceu. " Eu a perdi". E então, ele ajoelhou-se e pôs a cabeça entre os joelhos, com a agonia de sabê-la longe e separada dele, em outro lugar, distante de seu coração.

***

Passaram-se três meses desde sua ida ao Dois. Com muitos dias perdidos, ela retornou novamente a vida. Gale passava a maior parte do dia trabalhando. Aliás, um emprego extravagante. Onde morava não era tão simples como tinha no Quatro. Era maior e espaçosa. Ocasionalmente, ela o ajudava, ou então, caçava. E foi assim que se sucederam seus dias. Porém, sempre que deitava a cabeça sobre o travesseiro e fechava os olhos, vinha-lhe apenas uma cor: azul. E nenhuma outra mais. Pegava-se pensando em Peeta e se perguntava se ele estava feliz. Seus olhos ardiam, tentando reprimir aquelas insistentes lágrimas teimosas. Era o que sinceramente esperava para ele. Felicidade.

Era um dia nublado qualquer. Gale e Katniss estavam na sala, aquecendo-se com o calor da Lareira. Ambos olhavam para a centelha, perdidos em pensamentos desordenados. Até que Katniss o chamou.

– Gale?

Ele prontamente virou o rosto em sua direção e sorriu.

– Oi Catnip.

Ela procurou fôlego em si mesma e falou.

– Eu quero voltar.

Gale recebeu aquele pedido pasmo. Depois, discutiram fervorosamente. Katniss não mudara de ideia. Sim, ela voltaria para o Doze, pois, ela sabia que desde do dia que chegou, seu coração não estava completo. Deixar tudo mal resolvido não foi a sua melhor decisão. Isso não era algo inerte da garota em chamas.

No dia seguinte, estava na estação de trem. Seu amigo a acompanhou. Choraram juntos quando o trem e vinculados quando o transporte relatava sai vinda. Beijou-a pela última vez e assim ela partiu. Cavou em si saudades, dor e angústia. Entretanto, achou apenas alivio. Ela sabia que Gale acharia em algum momento não tão distante de sua vida, alguém para fazê-lo feliz. E também sabia que esse alguém não era ela e nem ele a Katniss. Pois, o que realmente precisava não era o amor de Gale acesso com fogo e ódio. Ela própria já tinha o bastante Afinal, ela era a garota em chamas.

***

Katniss enfim chegara ao Doze. Encontrou um Meadow mais verde. Aquelas árvores inalavam a esperança. Percorreu todo o caminho de voltara para casa. As pessoas a olhavam com incredulidade. O tordo havia voltado. E quando regressou na fronte deu seu lar, seus pulsos latejaram. Ela abriu a porta vigorosamente, espreitando a presença de alguém.

Ao passo que abria, e o ruir dela se manifestava, Effie, que estava logo na sala, virou-se. Mal acreditou no que vira. Era sua Katniss. Ligeiramente, ela correu ao seu encontro e abraçou com todas as forças que possuía. Depois, se emocionaram um no colo da outra.

– Oh Katniss – choramingava entre soluços – Você voltou.

Finalmente, elas se acalmaram, e então, a garota em chamas foi capaz de falar.

– Eu voltei – disse, emocionada, com a voz confrangida – Eu não irei mais embora, eu prometo.

E sem esperar resposta, Effie tomou-a nos braços novamente, ainda confirmando figura dela em sua frente.

– Oh querida, nunca mais me deixe novamente – murmurejou, no ouvido dela.

Após isso, a garota em chamas teve enfim fôlego.

– Effie, e o Peeta? - inquiriu cuidadosamente e logo ao ouvir o eco de sua voz em seus ouvidos, ela receou a resposta.

Logo, o rosto de Effie fechou-se como um céu prestes a cair em um temporal. Por um momento, ela não disse sequer algo.

– Querida, ele ficou tão magoado- suspirou tristemente- Sentiu-se tão abandonado por você...

A garota em chamas fitou nela um olhar meramente surpreso, no qual cruzou a sombra de uma consternação vigorosa.

– Eu não entendo, ele está com uma pessoa agora, não está?- perguntou.

Effie recebeu aquela pergunta com total assombro. Ela não compreendeu.

– Uma pessoa? Katniss, ele nunca esteve com ninguém - respondeu, a repreendendo.

– Mas eu vi, Effie - murmurou abatida - Eu vi ele beijando outra garota.

– Você deveria falar com ele e resolver isso. - falou firmemente- Ele está na padaria agora.

***

Deparou-se com uma padaria cheia. Haviam uma fila esguia de pessoas. Tudo estava pronto. Sorriu ao olhar o resultado daquilo. Pois, sabia que tudo fora fruto do trabalho de Peeta.

O coração de Katniss arfou em nervosismo. Ela respirou fundo por alguns segundos e retirou de si mesma força para dar um passo a frente e adentrar a padaria. As pessoas enchiam o salão e mal dava para andar ali. Mas, quando as pessoas notaram a presença dela, todas se aquietaram. E Peeta, que estava atendendo um cliente no balcão, a notou.

Eles se encararam. Os olhos diziam coisas indecifráveis. As palavras da boca não saiam, voltavam ao coração sumidas como chegavam. Katniss sentia a acidez da saudade deles com desespero em seu corpo. A vista do garoto do pão queimava em cãibras. Ele sentiu grandes sensações. Todas confusas. Que o esmagaram naquele primeiro instante e adormeceram seus sentidos.

A garota em chamas tinha o corpo inerte e os olhos cinzentos vítreos neles. Num ímpeto de desespero, ela se virou e correu.

E depois, quando ele recuperou um pouco da sanidade, foi atrás dela. Um instinto interno o alertou sobre seu destino: A floresta.

E viu-a por um breve lapso, em sua silhueta morena movendo-se, se distanciando na penumbra das matas, que de uma forma ou outra, era uma claridade de lembranças. E então, ele gritou seu nome com raiva.

Seus olhares resplandeceram um contra o outro. Ele caminho duramente até ela e com as mãos a pegou pelo resto com posse.

– Katniss! Olha para mim- falou, com a voz grave e soluçante. Neste ponto, seus olhos já eram marejados com águas de dor. Ela de pouco a pouco ergueu o rosto e enfim o mirou. E nesse mirar havia uma verdadeira amálgama de sentimentos. Dor, vergonha, mas principalmente, uma saudade pungente que lhe sufocava e a cortava desde o momento que mirou para Peeta.

Peeta apertou ainda mais suas mãos nela.

– Por que você me abandonou, Katniss?- inquiriu, enquanto uma lágrima caiu sobre o rosto dele.

E então, Katniss atirou os lábio sobre ele e o beijou. E o resto de indignação que Peeta tinha, desvaneceu-se. E toda a saudade que os dois guardavam no coração, transformou-se num ímpeto de desejo, poderosa e intensa. Os lábios queimavam e ardiam num encaixe perfeito, como se tivessem sido moldados um para o outro.

Foi um beijo imenso, sem repouso, como que lhe respondendo sua pergunta. Quanto medo ela teve de perdê-lo. Somente quando o ar fez-se necessário, eles finalmente se desvincularam. Peeta a olhava com fascínio, revelando uma saudade profunda e primordialmente a sombra de um perdão sincero. E depois, virou uma cobiça irresistível. Beijaram-se novamente. Katniss era sedenta. Faminta por seu amor. E foi ali que ela finalmente percebeu que o que ela realmente precisava era do amor do seu garoto do pão.

Era um embate agressivo. Estavam embriados com o gosto de amor e esperança. Ele levo suas mãos até as coxas dela e a levantou. Prendeu suas pernas na cintura dele, levando a cabeça para trás, sentindo o prazer lhe consumir quando Peeta roçava os lábios no seu pescoço.

E depois, ainda em seu colo, ela o cravou e viu um azul profundo como nunca vira antes. Então, um sussurro abafado chegou nos ouvidos dela:

– Você me ama, Real ou não Real?

E ela lhe disse em resposta, com o coração cheio de certeza e sorriu.

– Real. E quão real, Peeta Mellark.

***


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Notas finais do capítulo

Então? Gostaram?
Sei que não foi muuito como vocês imaginaram. Mas, vocês sabem que eu não gosto do comum ehehe.
E claro, me digam o que acharam, ok?
Beijoss
obs: se vcs forem boazinhas comigo, farei um epílogo haha