Back Together escrita por Cahmy


Capítulo 20
Meadow - Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Aproveitem a leitura, amigos e amigas !
Espero que gostem, foi um cap. um pouco diferente, pois quis criar ele cheio de paralelos.
Mil Beijos S2
Obs: Faltam dois caps. amores ahaha



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– Cuide disso para mim. – Katniss falou rapidamente e entregou os esquilos para Effie, que, inevitavelmente, soltou um grito agudo, a mirando com assombro. – Já volto.

Assim, a garota em chamas saiu da casa em passos ligeiros para o Meadow.

Katniss, apressadamente, jornadeou para a Campina. As pessoas a cravavam curiosas, sorrindo, e ela do mesmo modo sorria mecanicamente, alheia ao ambiente em sua volta. Sair pelo distrito, neste ponto, já não era algo tão árduo e penoso como outrora. Mas, sabia como ninguém que, no íntimo de seu ser, aquele omisso e desconfortável sentimento que não desistia de brotar em si, não deixaria de surgir.

Ao mesmo passo que caminhava, sua mente devaneava em Peeta. Pensou na possibilidade de parecer uma boba por procurá-lo assim, tão de súbito. Poderia estar trabalhando ou fazendo algo que não fosse de sua conta. E por isso, ela parou e olhou para sua fronte. E então, ela pode ver o verde inconfundível do Meadow. Cogitou virar-se e andar novamente para casa.

Mas, por um impulso inexplicável, ela continuou. Percorreu o que lhe faltava do caminho. O que não era longo, pois, em poucos minutos, chegou a Campina e sorriu ao mirar seu cabelo loiro, reluzindo pela luz do sol, de costas. Porém, a garota em Chamas encerrou-o ao avistar uma garota de crina castanha na fronte de Peeta. Não estava distante dos dois, por isso, pode olhá-la e procurar na memória a imagem de seu rosto. Entretanto, não a reconheceu. Katniss nunca a tinha visto antes.

Avistou que os dois estavam conversando e por isso ela não os interromperam. Sem fazer ruído, caminhou até a grande árvore e se encostou no tronco, esperando até o momento do fim daquele diálogo. Talvez seria indiscrição observá-los assim. Pensou. Mas, não ouvia qualquer coisa. Apenas podia olhar os dois, não tão distante.

Ficou ali por alguns minutos. Às vezes olhava para o horizonte e depois passava um rápido olhar neles. E em uma destas, Katniss se sobressaltou quando Peeta pegou-lhe a mão e então ela cravou os olhos cinzentos fixamente.

***

– Peet, você a ama, não é?

Ele a encarou em surpresa, novamente, não a compreendeu. Mas, respondeu,

– Eu creio que nunca deixei de sentir isso por ela. Sempre esteve em mim, Sally. Mesmo quando eu estive em crise, e quando eu mal sabia quem eu era. – suspirou- Sinto que ele estava apenas escondido no meu interior. – O garoto do pão a cravou e sorriu.

Sally caiu num abatimento inexprimível e logo desprendeu suas mãos na dele. E com elas, secou as lágrimas finas que caiam sobre seu rosto branco e sardento.

– Então, creio que você vai achar uma loucura o que eu vou falar agora. – Sally disse, com desânimo e distração. Ela fechou os olhos por um instante, procurando nela mesma, ímpeto e as palavras certas.

– Sally, eu realmente não estou entendendo... – exprimiu, apreensivo.

Ela o descontinuou. Seus olhos verdes estavam inundados e ardiam ao mirar para Peeta.

– Você é um bobo, Peet.- deplorou, com a palavra trêmula.- Nunca percebeu...

Ele franziu a sobrancelha em assombro.

– Perceber? Perceber o quê, Sally?

De súbito, o rosto dela transfigurou-se um raio de indignação, que lhe vibrava desde os pés até a pupila.

– Nunca percebeu que eu te amo. – disse, com a voz sentida e trêmula, em meio a um riso de desprezo e tristeza.

O garoto do pão sentiu os sentidos entrarem em febre. Uma constrição parecia-lhe atravessar a garganta. Peeta empalideceu.

– Peet, você, mais do que ninguém, deve saber o que é ficar tanto tempo amando alguém. E eu sempre te amei desde criança e eu nunca deixei, mesmo distante de você. Eu até mesmo já tentei amar outra pessoa, mas, quando eu pregava meus olhos de noite, a única imagem que me vinha era seu rosto. Eu pensava o quanto eu queria os seus braços em mim, me protegendo do frio e do medo. E dessa angústia. Assim como você fazia com ela. E isso é tão desanimador e frustrante. E por mais que eu quisesse. Por mais que eu tentasse. – Um soluço profundo a fez pausar. – Eu sempre soube dentro de mim, que você nunca me amaria. E dói tanto, Peet. É como um sonho que eu nunca serei capaz de alcançar...

Ele a mirou com um olhar intenso, onde subsistia empatia e uma incompreensão. E então, não pode evitar que uma lágrima escorresse de seus olhos azuis. O garoto do pão não sabia o que dizer e o que responder. Era como se tudo estivesse se tornado cinza e devagar. As palavras eram desconhecidas e escassas. Um golpe em cheio.

...Às vezes, eu penso o que teria acontecido se eu não tivesse ido embora. Talvez, seria tudo tão diferente. – ela respirou fundo, buscando fôlego. – Eu só queria que você me amasse, Peet.

Ele não pôde fazer outra coisa, senão, abraçá-la com os braços trêmulos.

– Me desculpe, Sally – sussurrava em seu ouvido. – Eu nunca quis que você sofresse. Me perdoe.

E quando Sally pousou a cabeça em seu ombro e desatinou num pranto tão profundo como a agonia que sentia, Peeta sentiu uma violenta sensação, o sufocando. Achou-se tão miserável e torpe.

Depois de alguns longos minutos, ela ergueu o seu rosto pisado. Finalmente, havia cessado seus soluços de angústia. Mas, ainda sentia um embargo que lhe partia o peito e cerrava sua garganta.

Sally soltou um grave suspiro e desfaleceu. Ela ergueu sua mão trépida e alisou na face de Peeta, que resolveu aceitar o gesto de sua amiga. O garoto do pão sorriu em compaixão para ela, que respondeu-lhe tristemente.

Mas, seu coração palpitou em tumulto e confusão quando Sally pôs os lábios contra os dele e o beijou intensamente, procurando algum tipo de correspondência. Não achou. Peeta permaneceu com os lábios unidos. Ele gentilmente afastou-a dele.

– Sally, por favor... – pediu, enquanto segurava seu ombro e a desvencilhava.

***

Ficou ali por alguns minutos. Às vezes olhava para o horizonte e depois passava um rápido olhar neles. E em uma destas, Katniss se sobressaltou quando Peeta pegou-lhe a mão e então ela cravou os olhos cinzentos fixamente.

A garota em chamas os examinou atentamente. Ficou irresoluta ao ver a garota chorar. E depois, Peeta a abraçou. “ São próximos? Talvez, uma amiga. Como eu e o Gale... “- indagava em pensamentos próprios. Ela procurou no coração os sentimentos que achava em si neste momento. Achou uma constrição nervosa. E a cada carícia e toque que Peeta dava na tal garota vinham impregnadas de uma irritabilidade que a queimava. ”Você é uma boba, Katniss”

Katniss balançou a cabeça, expulsando tais pensamentos de sua mente. Mas, de repente, transpassou-lhe uma sensação opressa e dolorosa a esmagou e paralisou seus sentidos.

Seu garoto do pão estava com os lábios em outra.

Os olhos cinzentos de Katniss queimavam em profunda indignação. E então, seu corpo fico frio. Ela caiu na relva arrebatadoramente. Cravava-os de um lado para o outro, extenuada. Uma pressão interna de angústia e incredulidade embargava-lhe o estômago.

– Peeta, como você pôde... – murmurejou com a voz sumida.

E penou assim por um tempo, com contrações crispando em seu ser. Mas, depois, ela sentiu uma profunda repulsão. E então, saiu em passos tão fortes e apressados, que por mais um pouco, o chão poderia se partir.

Ela enxugava brutamente com as mãos as lágrimas que insistiam em cair sobre sua face. Porém, depois de alguns segundos, ela começou a correr incessantemente.

***

– Sally, por favor... – pediu, enquanto segurava, com as mãos, seu ombro e a desvencilhava.

Ela baixou a cabeça.

– Me desculpe, Peet. – sussurrou.

Peeta ergueu os olhos e tornou-se silencioso e parado. Mirou o horizonte e cruzou os braços sobre o peito. E depois, ele a olhou, pensativo, e disse baixinho:

– Tudo bem.

Uma débil esperança tomou o coração de Sally.

– Então, podemos ser amigos novamente? – indagou, com expectativa.

Ele pensou por um instante e refletiu.

– Eu... – o garoto do pão suspirou em exaustão. – Eu, apenas preciso de um tempo. Acho que foi informação demais para mim por hoje. E você precisa também, Sally. Antes de nós voltarmos como antes, você tem que resolver seus sentimentos. – disse ele, cuidadosamente.

Sally assentiu.

– Você está certo. – assumiu- Eu vou me manter longe por um tempo. – ela pôs a mão no braço dele e o apertou – Até mais, Peet.

Os olhos verdes dela o examinaram. Ela deu seu último sorriso e então, caminhou para longe dali. E Peeta seguiu para a Padaria.

***

Katniss, enfim, havia chegado em casa. Por sorte, ninguém estava ali. Ela correu até seu quarto e permaneceu trancada ali. Com Buttercurp no colo, a garota em chamas compartilhou sua dor e lágrimas. Até que, caíram os dois numa letargia profunda.

– Catnip?

A voz de Gale ressoou nos seus ouvidos. Ela despertou e caminhou lentamente até a porta e a abriu.

– Gale – cumprimentou com a voz escassa. Ao se deparar com ela, ele se estarreceu. Os seus olhos cinzentos estavam inchados, denunciando um longe período de choro.

– Catnip, o que aconteceu com você? – indagou abafadamente, com aflição. Ele segurou o rosto dela com as mãos e secou uma única lágrima que estava para cair. Tomou-a nos braços e a afagou. Ela chorou em contrações sôfregas de flagelo. Gale a apertou no peito, a consolando. Finalmente, a crise passara, ela foi se apaziguando.

–Você, por favor, pode me dizer o que aconteceu? – perguntou, enquanto ajeitava uma mecha do cabelo negro dela atrás de sua orelha.

Ela balançou a cabeça. Depois, eles se sentaram na ponta de sua cama. Katniss estava pálida. Os olhos plúmbeos luziam um ar de brasa febril. Enfim, ela reuniu o resto de forças remanescentes e disse, mesmo que baixo:

– O Peeta... – ao ouvir tal nome, Gale ardeu em raiva. – Bem, eu queria falar com ele desde ontem, e então, eu soube que ele havia saído hoje cedo. Eu fui até ele. Até a Campina. – aquelas memórias estavam ainda tão frescas em sua memória, que chegavam a machucar. – Mas, quando eu cheguei, ele estava com uma garota. Eu juro que não supus nada. Apenas observei os dois conversando e esperei. – ela pausou e suspirou, neste ponto, seus olhos já inundavam-se mais uma vez. – E se beijaram, Gale.

Katniss abraçou Gale e chorou sobre seu ombro.

– Eu mato esse idiota. – rosnou baixinho.

Gale, eu só queria esquecer tudo isso... – sussurrou fracamente.

Ele se desprendeu e a olhou fixamente. E com a voz grave e comovida, ele perguntou:

– Catnip, você iria comigo para o Dois?


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Notas finais do capítulo

Eita!!! O que será que a Catnip irá responder :O
Não esqueçam de comentar e dizer o que acharam, ok?
Mil Beijos
Até o Próximo!!



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