Back Together escrita por Cahmy


Capítulo 18
Stumble


Notas iniciais do capítulo

Olá everyone, estou aqui Novamante com um novo cap.
Bom, vou esclarecer, ontem eu postei este cap. só que BEM diferente. E depois, eu não gostei do rumo que tomou. E graças a Deus, acho que só umas 3 pessoas viram.
Ju, Juh, Ronny ( vcs viram, leiam dnv ok?) Me desculpem o inconveniente.
E um agradecimento suppper especiaal para minha linda Anya, obrigada lindíssima.

Aviso: A história está chegando a sua reta afinal, até porque está chegando minhas aulas, e eu vou ter que me dedicar MUITO esse ano. Não seria justo fazer vcs esperarem semanaas para eu postar. Então, faltam mais ou menos 3 - 4 caps para acabar.
Minhas aulas começam dia 19, então, antes disso eu postarei esses caps. restantes, fiquem ligados !
Mil Beijos
Obs: Esse capítulo é aqueles de transição. Marca a reta final.
Obs 2 : Gente, não existe delly em B.T, tenho uma antipatia mt grande por ela, G.G
shuasuahsuah Criei a Sally para substituir.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/560403/chapter/18

Eu não tive pesadelos hoje. –falou subitamente, num sorriso tão sincero, que eu não posso simplesmente deixar de lhe responder.

– Nem eu. – digo simplesmente. E sim, quão recíprocas são essas duas palavras.

Effie, que se embalançava em uma cadeira-balança em frente a uma lareira revestida de tijolos pardos, aquecia-se com os miúdos franzinos de flama ainda remanescentes da madeira. Os olhos semicerrados, que estavam borrados com sua maquiagem, denunciam sua absoluta insônia durante aquela longa noite. Apesar de estar em quase estado de sono, sua mente ainda era, integramente, focalizada em apenas duas pessoas. Prestes a cair de vez na letargia, Effie descerrou os olhos intempestivamente com o rumor da porta de entrada que se abria.

E ao olhá-los parados em sua frente, ela pôs a mão no peito e a cabeça para trás, em uma completa condição de alivio. Rapidamente, ela ergueu-se da cadeira branca. Seu coração estreitou de emoção.

“Graças a Deus” – balbuciou ao passo que abria os braços amplamente e apertava Katniss e Peeta neles, simultaneamente.

– Eu pensei que... – dizia aos ouvidos deles, mal completando a frase, com a sua aguda voz, cheia comoção.

– Perdão, Effie, - falou a garota em chamas. Katniss, ao vê-la assim, se sentiu fortemente lamentável. Depois, pensou em Haymitch e no que ele diria. E então, um sentimento prévio de cansaço lhe veio.

– Choveu e.... – Peeta tentou justificar, porém, a voz estridente dela o impediu.

Effie se desvencilhou em um ligeiro movimento. Seu rosto agora denunciou uma profunda indignação.

– Haymitch, procurou os dois a noite inteira! – exclamou, aborrecida. – Onde vocês se meteram a noite inteira!?

Katniss tomou a palavra.

– Nós dormimos numa cabana na floresta. – falou rapidamente, temendo alguma ronda de descontrole.

– Na floresta!? – vociferou. Somente em pensar na ideia de estar em uma floresta a atormentava. Ainda mais uma noite inteira. – Vocês têm noção do perigo? Na floresta, Katniss! Na floresta!

A garota em chamas suspirou.

– Não se preocupe assim Effie, era do meu pai. – explanou, pondo a mão no ombro dela. E é seguro. Não tem nenhum leão ou algo do tipo lá, e mesmo se tivesse, eu os caçaria.

Inevitavelmente, o garoto do pão soltou uma leve risada. Effie se virou para ele.

– Você está rindo? – perguntou, extenuada, apontando-lhe o dedo.

– Effie, um temporal caiu. Nós tivemos que dormir lá. Nós comemos e ficamos protegidos. E eu garanto, não aconteceu nada.

Ela respirou fundo, como que procurando no fundo de sua alma consternada alguma espécie de equilíbrio. E por fim, deu aquela parte do assunto por encerrado. Mas, outra parte dela ainda tinha de ser concluída.

– Você tem noção do burburinho que a saída “repentina” de vocês causaram? O quanto a presidente detestou os dois? – perguntava, erguendo os grandes olhos cheios de cólera – O que ela entendeu daquilo? Rebeldia de adolescente?

A aspereza e feroz irritabilidade a consumiu. E tudo isso, desvendava algo mais profundo do que uma raiva, era o medo de sentir a perda mais uma vez.

– Está tudo bem, Effie. Eu tenho uma audiência com ela, eu posso me explicar, não se preocupe. Ela vai entender – A garota em chamas falava firme. Apesar de que, ao ouvir o soar de suas palavras, uma dúvida interna debilitou suas certezas.

– Paylor lutou na rebelião conosco, ela entenderá. – Peeta abraçou Effie.

Ela suspirou, e num murmuro surdo, balbuciou algum par de coisas indefiníveis aos ouvidos alheios.

–--

Buttercurp deitou-se ao meu lado. Ele alisava seu pelo negro em minha perna; me olhando num olhar tão miserável como a própria vida. O gato miava tão sibilante, a ponto de que se alguém o escutasse, diria que estavam-lhe cravando uma faca no coração. Era inquieto e indiferente ao mundo a sua volta. Mas, eu sabia o que aquele som significava. Era pura saudades. No meu quarto, ainda haviam rastros do doce cheiro de Prim. E eu tenho certeza de que se fosse um gato, miaria assim também. E quando eu ponho minha mão na sua pelugem, eu choro. Consolamos um ao outro em uma mesma dor, em uma mesma morte.

" Katniss? " Aquela voz chega aos meus ouvidos. Eu desperto de súbito, e então, meu coração dispara.

– Peeta? – balbucio lentamente, ainda intensa de sono

Ele abre a porta vagarosamente e dispôs seu rosto para dentro de meu quarto.

– Posso entrar? - pergunta, com um sorriso cândido aflorado em sua face branca.

Aceno a cabeça o permitindo; me ergo da cama para recebê-lo. Envolvo meus braços em seu corpo, e sinto um alento me consumindo.

– Apenas vim lhe dizer boa noite. – me disse. Peeta acariciava meu rosto com sua mão levemente. Eu sentia o calor fazer residência em mim.

Peeta me cravou em só olhar azul. Aquele único, que apenas ele possuía. O Profundo e duradouro, que poderia ter surgido de um abismo e estender-se ao infinito. Vejo meus pulsos latejarem, quando seus lábios colam suavemente nos meus.

–--

A porta de madeira ressoava as duras batidas vindas de alguém tão impaciente quanto ao som incisivo destas. Katniss despertou de seu repouso em um sobressalto, assim como o gato ao seu lado, que miava enfadonho com os ruídos invadindo sua audição.

Abriu a porta e defrontou-se com Haymitch, que carregava um envelope branco resplandecente na mão direita e na outra, uma garrafa de rum. Seu corpo era inquieto. Balançava-o em um ritmo sôfrego de impaciência.

– Acordei a vossa Majestade? – diz o ex-mentor, cheio de escárnio, com o seu inerente humor de bebum.

O intenso hálito de álcool invadiu seus sentidos, e ela franziu o rosto.

– O que você está fazendo? Não deveria estar bebendo? – respondeu-lhe, no mesmo tom.

Haymitch ignorou.

– Chegou isso para você. – entregou-lhe o sobrescrito. – A esse ponto, você deve saber de quem é.

Katniss abriu-o ligeiramente e leu as linhas áureas gravadas nele.

– Eu já esperava. – murmurou para si mesma. Ela ergueu os olhos cinzas para ele – O que você acha disso? – Haymitch deu os ombros.

– Estou pensando nisso, garota. Eu não sei o que esperar dela. Parece-me que ela quer realmente se encontrar com você. – ele fez uma pausa e deu uma profunda golada na pequena garrafa de rum que carregava em sua mão. – Você não mais nenhum vínculo com a capital...Eu apenas não sei o que ela poderia falar com você, já que tudo acabou.

– Bom, vou descobrir isso agora.

–--

Alguns escassos minutos depois, um imponente veículo preto estacionou na aldeia dos Vitoriosos. Ela, junto a Haymitch, esperavam na sala da casa. E ao ouvirem o soído deste e o alto burburinho da multidão aos arredores, constaram que o momento havia, enfim, chegado.

– Garota, tenha cuidado. Nós não a conhecemos. E o mais importante: Não a desafie.

Katniss, como foi-lhe requerido na tal carta, entrou no veículo sozinha, apenas na companhia de seus pensamentos, que conjecturavam a curiosidade daquele encontro. Imaginou que a levassem para a Capital, porém, se enganara. Levou trinta minutos desde a saída de sua casa.

Era um daqueles arrabaldes, que pela destruição, fora esquecido pela população. Mas, o que destoava disto, era a habitação presente ali. Uma imponente casa que estava especialmente situada entre jardins, no centro de um terreno obscurecido por laranjeiras. O vento frio que rumorejava na espessa folhagem, atingiu a pele de Katniss, a eriçando. Acompanhada de dois guardas de vestimentas pretas, ela, por fim, entrou.

E quando fez isso, encontrou Paylor sentada em um sofá branco, de costas para a porta. A claridade de tarde reluzia em cascatas pelas grandes janelas de vidro, enchendo todo o ambiente dali. O cabelo castanho encaracolado, estava preso num coque formal. Vestia preto, porém, o seu nome escrito nela, em dourado, contrastava.

Ergueu-se e deu a mão para Katniss. Sua voz grossa e austera pediu-lhe que a acompanhasse. O tilintar do salto fino de Paylor ruía, enquanto as duas andavam no piso revestido por mármore branco.

Enfim, haviam chegado a um escritório, e então, adentraram ali.

– Sente-se, senhorita Everdeen.

E assim Katniss fez, sentou-se em uma cadeira em frente a uma mesa, que na outra extremidade, Paylor se assentou.

As duas assistiram o olhar uma da outra. A presidente tinha o semblante intransigente e circunspecto.

Ela finalmente falou:

– Você deve estar se perguntando se lhe convoquei tão imediatamente para discutir o ocorrido da noite anterior.- o sorriso faceiro que tinha, murchou. Deitou seu olhar castanho na garota em chamas.

Katniss transpareceu uma expressão calculada de amabilidade.

– Creio que não. Uma Presidente deve ter muito mais importantes preocupações do que se importar com a saída de seus convidados de uma festa. – falou simplesmente.

A Voz de Haymitch ecoava na sua cabeça “Não a desafie”. Repetidamente, usava aquilo como alento para sua impetuosidade.

A mulher de pele morena sorriu para Katniss.

– Tem razão. Não estou aqui com você para falar daquele, espero que, singular ato dos dois ontem. Tenho coisas muito mais importantes para conversar com você.

–Realmente– Paylor, ligeiramente, inclinou o corpo para frente, apoiando os cotovelos ao queixo. Esperou por alguns instantes e então continuou a explanar.

– Katniss, a Capital se preocupa com você e com Peeta. – disse com a fala pesada. – Como você bem sabe, o Telessequestro foi realizado e elaborado pelo antigo regime de Snow. Ele foi levado para dentro da velha Capital. Peeta viveu aquilo. E eu sei o quão duro aquele regime foi. Nós vivemos aquilo. E quanto a você. Você foi parte fundamental, eu não poderia estar mais grata.

A garota em chamas ao sentir aquelas palavras romperem em seus ouvidos, teve uma febre nos sentidos. Sim, constatou que estava errada.

– Obrigada. – disse com voz confusa – Mas, nós estamos bem... – recusou com delicadeza.

– Então, estou à disposição. Eu sei que o Peeta passou por tratamento, mas, se ele estiver disposto, nós podemos o ajudar mais ainda. E quanto a você, eu mandarei que o Dr. Aurelius te ligue, tudo bem? Sem relutância.

Os olhos cinzas embaçaram-se e circulavam em Paylor. Cogitou em relutar, mas sentiu-se antecipadamente esgotada. A morena mulher a encarava com curiosidade, expectando sua resposta.

– Tudo bem. Eu falarei com Peeta.

Se levantaram e apertaram a mão cordialmente.

– Esperarei sua resposta, Katniss.

–--

– Peet ? Peet? – chamava repetidamente a fina e delicada voz jovem. Estava no lado exterior da Padaria. E ali, em seu rosto, brotara um sorriso tão expansivo e forte, tal como como as palpitações de seu coração, ao espera-lo abrir aquela porta.

E ao ouvir aquela voz, imediatamente, a reconheceu. Era sua amiga, Sally. Caminhou apressadamente até a porta e a recebeu com um sorriso no rosto. Ela atirou-se em seus braços num longo abraço.

– Pensei que você tinha esquecido de mim, Sally. – disse Peeta.

Suas bochechas sardentas tornaram-se rubras. Ela riu animosamente.

– Claro que não. Só estava muito ocupada com a minha tia.

O garoto do pão a fitou com esmero.

– Aconteceu algo? – perguntou. Lembra-se, desde seus tempos de criança, que a sua tia sofria de convulsões epilépticas. Preocupou-se.

Sally o cravou intensamente, no qual passou ligeiramente a sombra de um padecimento. Mas, acabou rindo novamente.

– Nada demais, apenas o normal – descontinuou e pausou por um instante – Na verdade, eu queria lhe convidar. - Peeta içou as sobrancelhas em surpresa- Eu preciso falar com você, mas não agora.

– Tudo bem, quando?

– Amanhã. Pela manhã, no Meadow próximo à casa da minha tia. Você se lembra, certo?

Claro, ele se lembrava. Quantas vezes brincaram os dois, queimados pela luz do sol da tarde e deitados na grama verde do Meadow.

–--


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí, gostaram? Não?
Não esqueçam de opinar e dar seus comentários, amo falar com vcs S2
Beijinhos