Guys are so hard to trust

Don't Tell Me, Avril Lavigne

POV Bella:

– Nossa Bella, você está tentando ser engraçada? - falou voltando a apertar seu corpo contra o meu - Porque eu acho que não está funcionando - murmurou.

Eu ri. Ele riu.

Eu gosto do sorriso dele.

Droga, odeio gostar do sorriso dele. Aliás, odeio amar tudo que é relacionado a ele. Mas mandei tudo a merda e me permiti apreciar o acolhimento perfeito dos seus braços em volta de mim, até que eu ouço meu nome ser chamado por uma voz conhecida:

– Bella!

Olhei para a porta da classe e encontrei o Emmet sustentando o meu sorriso preferido no rosto. Foi quase inevitável não sorrir também.

– Emmet! - fui até ele, não me importando com o olhar ameaçador do Edward. Eu lidaria com ele depois. Emmet percebeu a maneira como Edward o fuzilava com o olhar, mas ele pareceu gostar disso.

– Então, estava pensando em sair...

– Quando? - perguntei interrompendo sua frase.

– Nesta sexta-feira.

– Claro, pode ser - falei animada. Provavelmente Alice iria também, então seria divertido. Bom, pelo menos eu espero que seja divertido. Ele se foi acenando um tchau, enquanto eu o observava se afastar.

– Odeio esse cara.

Virei-me lembrando da presença do Edward ali. Confesso que fiquei assustada com aquele olhar que nunca vi direcionado a mim antes.

– Edward... - antes eu estava pronta para discutir o que quer que fosse, mas o semblante chateado dele me desarmou completamente. Por isso tentei me acalmar, porque os dois estando furiosos ou nervosos não adiantaria de nada - Ele só é meu amigo - falei calmamente - Quantas vezes eu vou ter que repetir isso para você?

Aproximei-me e toquei seu peitoral. Esse ato fez com que ele me olhasse nos olhos... E também percebi que suas mãos estavam em punho, um claro sinal de que ele estava controlando sua raiva. Respirei fundo e continuei:

– A única pessoa com tenho alguma coisa é você. E só você.

Abracei sua cintura, encostando minha cabeça em seu peitoral, ouvindo seus batimentos descompassados. Contei até 100. Eu sabia que Edward nunca diria nem faria algo para me machucar, por isso mentalizei toda a confiança que eu tenho nele.

– Eu estou com você, não com ele - afirmei novamente, porque ele parecia não entender. Ele tinha que sentir como eu estava mergulhando nele e nas sensações que só ele me proporcionou. Porque, de certa forma, eu não consigo viver sem ele e essa é a parte mais difícil. Mas tinha que admitir que Edward era bem inflexível quando bem queria. Eu não poderia dizer que o amava, mas poderia mostrar o meu amor através de gestos.

Então levantei meu olhar e fitei seu rosto. Ele possuía uma postura rígida e, como disse antes, bem inflexível. Sorri levemente diante da teimosia em pessoa. Coloquei minhas mãos em seus rosto, o obrigando a me olhar. E funcionou, já que agora seu olhar frio e duro estava sendo direcionado para mim.

– Você está esperando que eu peça desculpas, Cullen?

Ele não respondeu, então deduzi que o seu silêncio era uma resposta positiva.

– Pois eu não vou! - continuei fitando a imensidão verde, tentando não me intimidar. Mas estava cada vez mais difícil escolher as palavras certas e dize-las sem nenhum resquício de insegurança. - Eu não fiz nada de errado! O único com postura infantil por aqui é você e, ao que parece, você não percebeu isso.

Fitei-o por mais alguns segundos, esperando que ele dissesse algo. Mas ele não fez e nem sei porque eu esperava que ele o fizesse. Por isso me afastei. Eu não seria tão dócil e ele precisava ficar um pouco sozinho ao invés de fingir que não está me escutando. E talvez só assim as coisas se resolveriam.

(...)