Turbulence escrita por Gabriela Gaof


Capítulo 2
Capítulo 2 - Recebida


Notas iniciais do capítulo

Bem, aqui estou eu novamente, demorei um pouco para postar o capítulo 2 mas aqui esta ele, espero que gostem e continuem acompanhando.
beijocas e Boa leitura!



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Recebida
Já estava me sentindo tonta e enjoada, mas por fim depois de algumas horas o avião pousou. Me dirigindo a saída, pude então respirar com um certo alivio, como se tivesse jogado fora um peso que carregava em minhas costas.
Andei o mas rápido que pude, esbarrando em quem fosse que estivesse em meu caminho. Meus pensamentos vagando pela minha mente, era como se eu estivesse a caminho de um certo paraíso, minha salvação.
Assim que passei pela porta de desembarque, pude avistar meus tios com uma placa escrito o meu nome. O sorriso que eles mostravam me deixou com uma certa segurança, aliviada.
Minha tia era jovem para idade que tinha, tão bonita, me fazia lembrar minha mãe. Só de pensar nela, meu coração estremecia.
–Amy, minha querida, como está crescida, Tão linda!
Sua voz era tão doce, delicada, protetora. “E em pensar que eu não queria vir morar com eles, burra!”
Me distrai pensando por alguns instantes.
–Querida? Esta tudo bem?
–AH, claro tia, estou bem.
–Que ótimo, vamos pra sua nova casa agora Amy, não vejo a hora de você se reencontrar com sua prima!
Eu havia conhecido ela quando criança, claro que com o passar do tempo ela não seria a mesma. Me lembrava de Luisa com um certo aspecto bom, quando a vi pela ultima vez eu tinha 5 anos, lembro que éramos super unidas, não nos desgrudávamos nunca, ate pra dormir muita das vezes dormíamos juntas. Bem, eu não poderia esperar que focemos como antes mas que pelo menos nos descemos bem, afinal , iríamos morar na mesma casa agora.
Do aeroporto a casa de meus tios não era muito longe, 20 minutos pra sem mas exata. Embora estivesse ocupada com o tagarelar de minha tia, de vez em quando me pegava pensando em Lara, havia se passado um dia desde que havíamos nos afastado e eu já estava com saudades, Saudades de seus cabelos dourados que em contato com a luz solar brilhavam, de sua voz suave que me acalmava e me dava uma paz que me fazia passear por entre as nuvem do paraíso.
Ela era minha melhor amiga, eu a amava como uma irmã, sentiria todos os dias de minha vida sua falta.
Lá estava eu, rondando o meu pensamento novamente, isso era o que eu estava fazendo quase que o tempo todo nesses últimos dias.
–Chegamos! –Disse minha tia em uma voz alta.

A casa não era muito grande, um sobrado de alvenaria bem charmosinho verde, com um jardim lindo em sua frente, cheio de rosas e flores de varias espécies. Em cima de uma escultura de tijolos, estava uma estatua de mármore, sobre ela um brasão que reconheci assim que bati meus olhos, era de minha família, uma espécie de símbolo para identificação de clãs.
Meu pai tinha me contado muitas historias quando criança sobre aquele brasão, me lembro que adorava ouvi-las. Eu usava uma corrente que tinha um pingente de prata, nele estava o brasão, meu pai havia me dado de aniversario de 10 anos.
Entrei pela porta da frente da casa, logo que entrei dei de cara com Luisa, com uma carranca, como se estivesse entrado um monstro em sua casa, certamente já pude perceber que não seria como antes quando éramos amigas. Ela me olhos dos pés a cabeça, sempre com aquela carranca em seu rosto, estava me sentindo horrível e para não continuarmos nos encarando como duas estranhas, estendi minha mão para cumprimenta-la, péssima ideia, ela simplesmente me ignorou passando por mim e saindo pela porta.
–Bem, Luisa esta um pouco irritada hoje, não se preocupe com a reação dela minha querida, tenho certeza que vocês vão ser grandes amigas! –Disse minha tia com um aspecto desenchavida.
Era meio óbvio que eu e Luisa não seriamos amigas, ela me odiava, podia ver isso quando passei por aquela porta.
–Venha, vamos conhecer seu quarto Amy.
Subi as escadas, logo a frente um corredor branco cheio de fotos na parede, segui até o fim dele até uma porta cinza.
–Bom Amy, esse quarto é seu agora, espero que goste.
–Obrigada Tia, ele é lindo eu gostei muito.
O quanto era realmente lindo, totalmente diferente do meu antigo quarto, as paredes era todas pintadas de roxo e cheio de desenhos de flores nelas, uma cama de casal com um travesseiro lilás sobre ela, uma escrivaninha branca com um guarda roupas grudado e uma varanda que dava direto para a rua. Tudo extremamente perfeito e simples, afinal, eu não me prendia a objetos e muito menos em decorações de quartos, pra mim aquilo estava ótimo.
–Bem tia, eu quero descansar um pouco, a viagem foi longa e cansativa, espero que não se importe.
–Claro Amy, fique a vontade a casa é sua e o quarto é seu minha querida. Mas tarde conversamos e matamos a saudade.
Ela se virou e fechou a porta. Eu estava tonta, com sono, como podia estar com sono eu havia dormido a viajem toda, mas mesmo assim lutava para deixar meu olhos abertos.
Peguei as malas e as joguei no canto do quarto, sentei na beira da cama e fiquei revirando o quarto com meus olhos, me perguntando por que isso tudo estava acontecendo comigo, certamente tudo tem um propósito e razão, embora não acreditasse muito em destino, eu tinha a sensação de que de alguma forma tudo isso tinha que acontecer comigo, como se algo já estivesse me esperando ali, algo bom, pelo menos era o que eu esperava. Como já havia dito um certo “paraíso”.
Depois de pensar e pensar, lembrei que não havia tomado banho e nem comido nada desde que tinha partido, minha barriga roncava e meu cheiro não era o dos melhores. Com roupas limpas e toalha, fui até o banheiro logo ao lado do meu quarto, precisava de um banho, esperava que aquele cansaço fosse ralo a baixo, Liguei o chuveiro e fiquei debaixo a água que caia dele, coloquei shampoo em meus cabelos e comecei a ensaboar com meu dedos. Não demorei muito no banho apenas alguns minutos, tempo suficiente para lavar todo meu corpo.
Sai e fui direto a cozinha, uma mesa cheia de comida me esperava.
–Você deve estar com fome. –Disse minha tia com uma certa alegria ao falar.
–Sim, estou morrendo de fome.
Sentei a mesa e comecei a comer, não sabia o que pegar primeiro, estava repleta de coisas e melhor, coisas que eu gostava. Então vi o croissant de chocolate, eu simplesmente amava aquilo, peguei logo dois e comecei a enfiar na boca. Parecia que não comia a dias, minha fome era tão grande que nem estava ligando para modos a mesa, apenas me preocupei em comer e encher aquele buraco no meu estômago.
Depois de comer sentei no sofá, minha tia sentou ao meu lado e colocou minha cabeça sobre seu colo, seus dedos deslizando por entre os fios de meus cabelos me fez fechar os olhos, comecei a lembrar de quando era criança e minha mãe fazia cafuné em minha cabeça, eu podia por fim dizer que depois de dias de sofrimento sem para, eu estava feliz por algum estante, naquele momento pude ter a certeza que minha vida estava entrando nos eixos e que eu iria ser feliz ali, do lado do único vestígio de família que eu tinha.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ler, e nos vemos no próximo capítulo!



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